terça-feira, 31 de outubro de 2017

Marcinho VP defende legalização das drogas e diz que tráfico financia políticos

Apontado como a principal liderança da facção Comando Vermelho (CV) e há quase 11 anos preso em presídios federais, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, decidiu falar. Chefe do tráfico no Complexo do Alemão, o que ele nega, o traficante defende a legalização das drogas e disse que o comércio de entorpecentes financia campanhas de políticos.
As bombásticas declarações foram feitas em uma entrevista exclusiva ao portal Uol dentro do presídio federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 
"A legalização das drogas é um caso complexo que merece um debate profundo, ouvir a sociedade, fazer um plebiscito para saber se ela está preparada. Mas as drogas leves, como a maconha, seria importante dar o primeiro passo para legalizar, uma forma de erradicar e, no mínimo, diminuir o tráfico de drogas. A partir do momento que legalizar vai vender em tudo que é botequim, farmácia, traficante não vai vender mais drogas, correto?", defende, dando exemplos como o Uruguai e Holanda. 
Entretanto, VP acredita que a legalização enfrenta resistência das próprias autoridades que, segundo ele, não estariam interessadas porque a liberação das drogas acabaria com benefícios dos políticos. 
"O tráfico de drogas financia campanhas políticas no Brasil, senhor. Financia o governo do estado, deputados, senadores. Para eles não é importante isso (legalização). Os grandes barões das drogas, a maioria, vivem acima de qualquer suspeita. Encastelado em seus palacetes financiam campanhas políticas. E não interessa para eles acabar com essa fonte de renda", acusa. 
'Cabral foi o maior charlatão que tive o desprazer de conhecer'
Um dos alvos constantes do livro de VP é o ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso em Bangu por corrupção. O político foi responsável pela ida do traficante para fora do estado, em 2007.
"A maior organização criminosa do Rio de Janeiro estava instalada dentro do Palácio Guanabara e Sérgio Cabral Filho era cacique-mor dessa organização que levou o Rio à falência. Foi a maior decepção que tive na minha vida. Foi o maior charlatão que tive o desprazer de conhecer na minha vida", diz na entrevista.
Marcinho conta que teve um encontro em 1996 com Sérgio Cabral, na época candidato à prefeito do Rio, disputa que acabou perdendo.
"A equipe dele me procurou na época, no Alemão, para pedir ajuda na campanha dele. Um showmício, dia de domingo, show do grupo Molejo. Levei para o meu camarote, sentou na minha mesa. Comeu, bebeu, me abraçou, conversamos quase uma hora. (...) A minha parte eu fiz, os votos que prometi dei a ele. Dei mais de 50 mil votos a ele", conta.
Traficante vai lançar livro
Marcinho VP vai lançar neste sábado o livro "Marcinho Verdades e Posições — O Direito Penal do Inimigo", onde fala sobre Lula, UPPs, se define como um preso político e conta uma outra versão para a morte de Tim Lopes. O material tem coautoria do jornalista Renato Homem.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A BRUXA QUE AFUNDOU O BRASIL!!!!


O VELHO E O NOVO. MERECE, DESTRUIU O RIO DE JANEIRO


Fachin nega novo pedido de Cunha

Edson Fachin acaba de negar novo pedido de Eduardo Cunha para que o ex-deputado, preso desde outubro de 2016 em Curitiba, seja transferido em definitivo para a Papuda.

Fracasso de Lula na caravana comprova fraude em pesquisas

O fiasco de público nos atos do ex-presidente Lula durante sua caravana por Minas Gerais está servindo para desmentir os institutos de pesquisa, que apontam em consultas recentes que o petista figura como o favorito na corrida presidencial de 2018. Numa cidade como Governador Valadares, que tem mais de 400 mil habitantes, Lula não conseguiu atrair nem 200 pessoas para seu comício, ocorrido na região central da cidade, densamente povoada. Cerca de 70% do público presente foi trazido de Ipatinga, cidade repleta de metalúrgicas onde a CUT possui milhares de sindicalizados. 

Na cidade de Teófilo Otoni, que tem cerca de 160 mil habitantes e é governada por um prefeito do PT, a situação não foi diferente. Lula não conseguiu atrair 300 pessoas, apesar do feriado facultativo e o convite 'formal' para que todo funcionalismo comparecesse ao comício. A praça no centro da cidade foi cercada por um cordão de isolamento para impedir que manifestantes chegassem perto do palanque. De nada adiantou. Milhares de pessoas cercaram a praça para hostilizar o petista e o grupo trazido por ele de Ipatinga para inflar o ato. A proporção de pessoas contrárias ao petista era absurdamente superior aos que se encontravam no cercadinho providenciado pela prefeitura local. Para cada petista, havia pelo menos 20 manifestantes contrários à presença de Lula na cidade. 

Se o petista tivesse conseguido atrair ao menos 5% da população para seus comícios, os manifestantes contrários não se sentiriam tão encorajados a gritar palavras de ordem e xingar Lula de ladrão a plenos pulmões. 

O fato de Lula não conseguir mais atrair multidões só não é mais vergonhoso que o fato do petista atrair milhares de opositores que compareceram aos seus comícios apenas para xingá-lo. Isto significa que além de ter pouquíssimas pessoas dispostas a defendê-lo, o número de pessoas que fazem questão de comparecer a seus comícios para xingá-lo é cada vez maior, inclusive nas regiões mais pobres do estado de Minas Gerais. 
Em cada 30 pessoas, 29 saem de casa para xingá-lo de ladrão.

Lula foi questionado por um velho companheiro na região de Araçuaí sobre o baixo número de pessoas presentes em seus comícios, mesmo tendo em vista o esforço dos grupos políticos locais em levar pessoas para os atos. A princípio, Lula respondeu: "não sei o que aconteceu com meu público", mas logo se corrigiu e falou que os tempos andam meio estranhos e que as pessoas ficam com certa vergonha de assumir suas preferências pelo PT com este "monte de mentiras que andam dizendo na imprensa".

Temer começa a punir deputados ‘traidores’

Michel Temer começou hoje a mandar embora os apadrinhados dos deputados que votaram a favor dele na primeira denúncia e contra na segunda, informa o Estadão.
O primeiro da lista de dispensas foi Tufi Michreff Neto, diretor de Gestão Interna da Embratur, ligado ao peemedebista Mauro Mariani, de Santa Catarina.

Os outros “traidores” da lista do Planalto são Jaime Martins (PSD-MG), Abel Mesquita (DEM-RR), Cícero Almeira (PODE-AL), Delegado Éder Mauro (PSD-PA), Heuler Cruvinel (PSD-GO), João Paulo Kleinübing (PSD-SC) e João Campos (PRB-GO).

Nos próximos dias, os afilhados políticos de Martins no Ministério da Ciência e Tecnologia também devem perder seus cargos.


ESQUERDA JÁ VIROU SINÔNIMO DE...


Rosa Weber levará a plenário ação contra o fundão

Rosa Weber decidiu levar ao plenário do STF o pedido de medida cautelar do PSL para suspender o fundão, aprovado na recente reforma política.
Estimado em R$ 1,7 bilhão, o fundão será composto por 30% dos recursos de emendas parlamentares. Na ação direta de inconstitucionalidade do PSL, assinada por Modesto Carvalhosa —à qual O Antagonista teve acesso em primeira mão–, ele é chamado de “sumidouro de dinheiro público”.

Rosa também deu cinco dias para que Presidência, Câmara e Senado apresentem informações sobre o caso “com urgência”. Não foi definida a data da discussão no plenário do Supremo.


Presidente do DEM gaúcho adere a Bolsonaro

Onyx Lorenzoni, deputado e presidente do DEM no Rio Grande do Sul, saltou para o barco de Jair Bolsonaro.
Para ele, Bolsonaro é uma alternativa à alternância de poder entre siglas como PT, PSDB, PMDB e o próprio DEM.

“Trabalho com absoluta convicção e com seriedade para ajudar a construir outra proposta. A candidatura do Bolsonaro, que é um democrata, vem da vontade da rua, do apoio popular”, disse Lorenzoni em entrevista à Rádio Guaíba.

Em resposta, Pauderney Avelino, vice-líder do DEM na Câmara, afirmou que a posição de Lorenzoni não é a do partido –e que a sigla não apoiará Bolsonaro.


A CARAVANA DO FIASCO E O "MILAGRE" DA MULTIPLICAÇÃO DAS ÁRVORES

Segundo o Datafolha, 1 MILHÃO de petistas estavam presentes no comício de Lula !! Observem, também, que os veículos que passam do lado direito da foto são os mesmos da foto real, como não poderia deixar de ser!!! 

'Barroso apenas expôs em público o que outros juízes da corte já diziam em privado'

Para o colunista Bernardo Mello Franco, da Folha de S. Paulo, "o incômodo com as práticas de Gilmar Mendes chegou ao limite" e a discussão ocorrida entre o Gilmar e Barroso apenas expôs o que outros ministros já admitem. 

Leia abaixo o texto do colunista: 

O barraco que parou o Supremo Tribunal Federal na quinta-feira não foi um incidente isolado. O ministro Luís Roberto Barroso apenas expôs em público o que outros juízes da corte já diziam em privado. O incômodo com as práticas de Gilmar Mendes chegou ao limite.

O copo transbordou quando Gilmar abandonou o tema em julgamento para ironizar uma decisão de Barroso em outro processo. Deu-se o seguinte bate-boca: "Não sei para que hoje o Rio de Janeiro é modelo". "Vossa Excelência deve achar que é Mato Grosso, onde está todo mundo preso". "E no Rio, não estão?". "Nós prendemos. Tem gente que solta".

Irritado com a lembrança, Gilmar acusou o colega de ter soltado o ex-ministro José Dirceu, que ele próprio libertou há seis meses. Barroso perdeu a paciência e reagiu. Sem quebrar o protocolo, chamou Gilmar de mentiroso ("Vossa excelência normalmente não trabalha com a verdade"), parcial ("Vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu") e defensor de corruptos ("Não transfira a parceria que vossa excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco").

Barroso também disse que o colega "destila ódio o tempo inteiro" e sugeriu que ele ouvisse "As caravanas", de Chico Buarque. A letra é um tratado sobre as relações políticas e pessoais no Brasil de 2017.

Na semana que precedeu o bate-boca, Gilmar voltou a causar constrangimentos para a imagem do Supremo. Ao defender a portaria escravagista do governo Temer, o ministro declarou que seu trabalho é "exaustivo, mas não escravo". Ele despacha em gabinete refrigerado, circula em carro oficial com motorista e recebe R$ 33,7 mil por mês.

No dia seguinte, a PF informou que Gilmar trocou 46 ligações criptografadas com o senador Aécio Neves, denunciado por corrupção passiva e obstrução da Justiça. Barroso deve ter pensado nisso ao criticar o "Estado de compadrio" e dizer que "juiz não pode ter correligionário".






O custo da campanha de Bolsonaro

Jair Bolsonaro quer gastar na campanha presidencial R$ 2 milhões, segundo a Coluna do Estadão.
“Pela nova lei eleitoral, o limite para os candidatos ao Planalto é de R$ 70 milhões no primeiro turno. Para reduzir os custos, Bolsonaro diz que vai viajar só de avião de carreira. Para onde não tiver aeroporto, vai de ônibus.”



A Lava Jato espantou o fantasma de Celso Daniel


Alexandre de Moraes explicou ao Estadão por que, no universo da criminalidade organizada que reúne os tráficos de drogas e de armas, não aparece ninguém importante para delatar.

“A corrupção na política é um crime organizado, mas não é violento. E é mais fácil delatar alguém que não é violento. Tente verificar quantas vezes o MPF e a PF conseguiram pegar um chefe do tráfico ou traficante de armas com delação. Nenhuma. Por isso é que estamos precisando de outras medidas para a criminalidade violenta.”

No entanto, o primeiro delator da Lava Jato, Paulo Roberto Costa, já admitia temer pela sua integridade física, lembra o site O Antagonista.

“Eu tenho medo. Porque nós estamos falando com [de] uma gente muito graúda.”

Um delegado, na ocasião, afirmou que os citados não tinham histórico de violência, ao que Costa sorriu e disse “Celso Daniel”, referindo-se ao prefeito petista de Santo André (SP) assassinado no início de 2002, o primeiro de uma fila de oito cadáveres ligados ao caso. Acrescentou ter ouvido “de muita gente” que “foi o PT que encomendou”.

Se Costa delatou, e sua sobrevivência após a delação abriu a porteira das outras, foi só porque a Lava Jato, na medida do possível, soube espantar o fantasma de Celso Daniel.



Críticas de Gilmar são “cortina de fumaça”, diz Janot

Rodrigo Janot rebateu a declaração de Gilmar Mendes de que ele foi “o pior procurador-geral da história do país”.

O ex-PGR disse em Washington, segundo O Globo:

“Eu não sei (qual o motivo das críticas), eu não sei qual é o problema deste senhor. As críticas que ele faz não são só a mim não, ele faz críticas a várias pessoas e de uma maneira muito agressiva. Eu queria entender, a pergunta que eu recebo, e eu não sei te responder. Qual é a razão deste comportamento, o que se quer esconder com este comportamento? Isso ainda eu não consigo identificar. Agora, que tem uma cortina de fumaça tem, com certeza tem. Ninguém tem essa capacidade de odiar gratuitamente várias pessoas a não ser que tenha um problema de saúde. Antes eu não podia falar, agora eu posso, né? (Risos).”

Janot foi aplaudido de pé várias vezes ao falar de Gilmar.



O terreno congelado de Lula

Por meio de emissários, Lula pressiona a Prefeitura de São Bernardo do Campo a liberar a construção de uma casa na zona rural da cidade, informa a Folha.

“O imóvel seria erguido dentro de uma chácara de 20,5 mil m², que o petista e sua mulher, Marisa Letícia (morta em fevereiro), adquiriram, em setembro de 2016, por R$ 545 mil (corrigidos pela inflação).”

Após a condenação de Lula no caso do triplex em julho de 2017, 36% do terreno foi congelado pelo juiz Sérgio Moro.

É melhor Lula aproveitar nos outros 64% seu tempo (literalmente) livre.

Hoje, 54% da população, na prática, pressiona o TRF-4 a liberar para ele o terreno de uma das celas de 9 m² da Papuda.


Não é a economia, estúpido!

De Michel Temer ao deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), um dia antes de a Câmara derrubar a segunda denúncia contra o presidente, segundo o Estadão:

“Todo mundo diz que quem decide se o governo é bom ou ruim é a economia. Mas o Brasil está criando empregos, as coisas começam a melhorar e eu não ganho nenhum ponto, não mexo uma vírgula nas pesquisas.”




domingo, 29 de outubro de 2017

Provas de Mônica Moura contra Lula e Dilma Rousseff ficaram 7 meses paradas no STF


O repórter Daniel Adjuto, do SBT, relatou que provas apresentadas pelo ex-marqueteiro de Lula e Dilma em sua delação premiada ficaram 7 meses sem análise no STF, e só passaram a ser analisadas porque a força-tarefa do Paraná pediu acesso ao material. 

Leia abaixo o relato de Daniel Adjuto: 

Celular e notebook de Mônica Moura ficaram 7 meses parados no STF. Só no último dia 24, foram enviados p/ perícia da PF extrair informações.
Além dos eletrônicos, há 2 cadernos de anotações. Tudo foi entregue em 24/03 como provas das revelações da delação premiada.
Material só seguiu neste dia 24 para a PF porque o MPF do Paraná pediu acesso ao material para PGR. Fachin autorizou em 10/10.
Raquel Dodge disse que documentos já estão escaneados, mas eletrônicos precisam de perícia p/ o envio, o que ainda não ocorreu.
Nos eletrônicos e nos cadernos, segundo Mônica, estão provas das revelações sobre petistas como Dilma e Lula, além de Marta Suplicy.
Os materiais entregues como provas serão compartilhados com Curitiba e também vão para investigação no STF que mira grupo do PT denunciado por Janot.

'A acusação, feita por Gilmar, de que Barroso soltou José Dirceu é absolutamente falsa'

O procurador e coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol, esclareceu que não é verdadeira a afirmação feita por Gilmar Mendes de que o ministro Luís Roberto Barroso teria libertado José Dirceu. Segundo Dallagnol, "quem soltou Dirceu foram na verdade Gilmar, Toffoli e Lewandowski, em decisão que revogou a preventiva e que, como apontei na época, fugia completamente do padrão de decisões anteriores desses mesmos ministros".

Leia abaixo o texto de Deltan Dallagnol:

Barroso disse a Gilmar o que precisava ser dito. A acusação, feita por Gilmar, de que Barroso soltou José Dirceu é absolutamente falsa. Barroso aplicou um decreto de indulto da presidente que era inafastável (ele não poderia fazer diferente) e isso em nada interferiu na prisão preventiva decretada em Curitiba. Quem soltou Dirceu foram na verdade Gilmar, Toffoli e Lewandowski, em decisão que revogou a preventiva e que, como apontei na época, fugia completamente do padrão de decisões anteriores desses mesmos ministros. Por isso está correto Barroso em frisar que a lei deve valer para todos e que não comunga com a leniência de Gilmar com réus do colarinho branco.

Gilmar Mendes é vaiado e chamado de 'ladrão' em estádio de futebol


Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo, e Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), foram hostilizados pela torcida que compareceu ao clássico entre São Paulo e Santos no Pacaembu, neste sábado. Os dois, que não estavam juntos, mas dividiam o mesmo espaço no estádio, viraram alvos da torcida presente assim que foram vistos. 

O primeiro alvo foi Leco. Avistado por são-paulinos, ele ouviu gritos de "vai tomar no...". Gilmar Mendes foi hostilizado em seguida. Assim que foi identificado, o ministro passou a ouvir o coro de "ladrão" vindo de centenas de presentes no local. Tímido, ele se recolheu em seguida. 

Os dois estavam no camarote central do Pacaembu, que comporta as principais autoridades que comparecem ao estádio municipal. Gilmar Mendes e Leco não estavam juntos e sequer entraram pela mesma porta, mas como o espaço é o mesmo, foram hostilizados pelo mesmo grupo. O ministro, inclusive, é santista. 

Mais de 30 mil pessoas compareceram ao Pacaembu para acompanhar ao clássico, decisivo para os dois times no Campeonato Brasileiro.


“Nenhum político vai respeitar a Justiça daqui em diante”

Os procuradores Helio Telho e Carlos Fernando Lima compartilharam e comentaram nas redes sociais o post de O Antagonista intitulado “Assembleias se aproveitam de decisão do STF que acabou por salvar Aécio“.

Helio Telho ironizou, no Twitter, os ministros do Supremo:

“Obrigado, ministra Carmem Lúcia! Valeu, ministro Alexandre [de Moraes]! É isso aí, ministro Gilmar Mendes. Por um Brasil melhor!”

Carlos Fernando escreveu no Facebook:

“Nenhum político vai respeitar a Justiça daqui em diante. Não só não obedecem mais ordens judiciais, como daqui a pouco estarão prendendo juízes e procuradores.”


“O Supremo precisa resolver logo”

Alexandre de Moraes disse ao Estadão que só vai se manifestar nos autos sobre prisão após segunda instância, quando o Supremo Tribunal Federal pautar novo julgamento a respeito.

“Não antecipo porque é proibido pela Lei Orgânica da Magistratura. O que eu disse na sabatina [no Senado] foi que isso não é inconstitucional. Adotar um ponto ou o outro não é inconstitucional. O que venho reiterando é que o Supremo precisa resolver logo. Não é justo que um ministro dê a liminar e alguém responda em liberdade e outro a rejeite e a pessoa responda presa. Isso não é justiça, é loteria.”

Isso não é justiça, é STF.

“Um novo Brasil tenta nascer, mas o velho se recusa a morrer”

O procurador Carlos Fernando Lima também ironizou como “interessante” a prioridade dada por Rodrigo Maia ao projeto de lei de Renan Calheiros contra o suposto abuso de autoridade.

“Depois de comandar a sessão noturna em que foram destruídas as 10 Medidas contra a Corrupção, agora [Maia] pretende acelerar a discussão da lei que pretende intimidar juízes e procuradores”, escreveu no Facebook.

Em outro post, Carlos Fernando compartilhou uma imagem com as seguintes frases:

“Um novo Brasil tenta nascer, mas o velho se recusa a morrer. Não podemos deixar que a esperança em um futuro seja natimorta.”

Maia abre mão de diária. E os outros?

A Câmara informou neste sábado que Rodrigo Maia abriu mão de receber diárias durante o tour de nove dias no exterior, segundo O Globo.

O presidente da Casa alegou que parte das despesas será custeada pelos anfitriões dos eventos dos quais participará.

Mas as cinco diárias de US$ 550 serão pagas a cada um dos demais nove parlamentares integrantes da comitiva oficial, o que totalizará US$ 27.500 (equivalente a cerca de R$ 90 mil).

“Há ainda os gastos e diárias dos servidores que acompanham a comitiva.”

Tudo com o seu dinheiro, leitor.



“Falando do fundo do meu coração, não vi ameaça nenhuma”

O deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ) disse ao Estadão que é “sem jurisprudência no nosso ordenamento jurídico, ilegal e absurda” a transferência de seu pai, Sérgio Cabral, para um presídio federal em Mato Grosso do Sul, determinada pelo juiz Marcelo Bretas.

“Eu tenho a convicção de que os tribunais superiores, de forma independente e imparcial, vão revogar essa decisão. A informação citada como privilegiada saiu no próprio Estadão, em entrevista concedida pelo juiz do caso, que a família dele tem negócios no ramo de bijuterias.

(…) Quanto à parte em que o juiz se sentiu ameaçado, eu estou até agora sem entender o porquê. Falando do fundo do meu coração, não vi ameaça nenhuma, apenas uma informação pública.

Não existe um motivo plausível para o juiz puni-lo mandando ele para um presídio federal, em um regime que é feito para abrigar pessoas que cometem atos sanguinários, pessoas violentas em último grau. Ele vai ficar sem acesso a nenhuma informação, sem a família, com a defesa muito comprometida.”



“Com a comissão, está garantido o debate”

Foi o que disse Rodrigo Maia ao Estadão sobre a criação de comissão especial para tratar do projeto contra o suposto abuso de autoridade, que tramitará com “prioridade” na Câmara.

Maia alegou ter recebido a demanda da juíza Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, e do procurador José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

“A juíza confirmou o pedido a Maia. Segundo ela, há uma preocupação dos magistrados que eles não sejam devidamente ouvidos sobre o projeto. A reportagem não conseguiu contato com o presidente ANPR.

Maia ressaltou que havia um temor entre juízes e procuradores de que a urgência do projeto fosse aprovada e a proposta, votada diretamente no plenário da Câmara, sem passar pelas comissões.”






CCJ deve pautar fim do foro privilegiado

Depois que Rodrigo Maia mandou criar uma comissão especial para analisar o projeto de lei contra o suposto abuso de autoridade, que estava parado havia seis meses na Câmara, o site O Antagonista questionou o que aconteceu com a PEC do fim do foro privilegiado.

O Estadão responde: o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), “deve” pautá-la “nas próximas semanas”.

“O relator Efraim Filho (DEM-PB) liberou o parecer há um mês. A proposta já foi aprovada no Senado e se passar pela CCJ, também será formada uma comissão especial por se tratar de mudança constitucional.

A PEC que restringe o foro especial valerá para crimes comuns cometidos por deputados, senadores, ministros de Estado, governadores, prefeitos, ministros de tribunais superiores, desembargadores, embaixadores, comandantes das Forças Armadas, integrantes de tribunais regionais federais, juízes federais, membros do Ministério Público, procurador-geral da República e membros dos conselhos de Justiça e do Ministério Público.

O foro permanecerá para presidente e vice-presidente da República, chefe do Judiciário e os presidentes da Câmara e do Senado.”

A relevância de Bolsonaro

A Veja perguntou ao humorista Carioca, do Pânico, se ele não teme, com a repercussão do seu quadro Mitadas do Bolsonabo, no qual imita Jair Bolsonaro, levantar a popularidade do original.
“Não estou preocupado em saber se levanta ou não. Sou humorista e minha preocupação é tratar de personagens que são assunto. Sou atento aos fatos. Se eu disser que ele é um político irrelevante, estarei mentindo. O cara lota aeroportos quando chega, enquanto o Lula força uma caravana em que aparecem umas dez cabeças.”

Carioca disse também que, com o personagem, conseguiu “driblar essa coisa chata do politicamente correto”.

“Para mim, é a maior vitória.”


“A reforma da Previdência não tem condição de passar”

Foi o que disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), sobre a resistência da base de Michel Temer em aprovar mudanças na aposentadoria, segundo o Painel da Folha.

“Ninguém vai colocar o dedinho lá para ficar marcado na véspera da eleição.”

Paulinho da Força gosta de colocar o dedinho é no imposto sindical.


O fim da maior recessão do Brasil: tchau, querida

A recessão em que o Brasil mergulhou no segundo trimestre de 2014 terminou no Natal de 2016 e pode ter sido a mais severa que o país viveu desde, pelo menos, o início dos anos 1980.

É o que concluiu o Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), grupo formado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), que se reuniu na sexta-feira, segundo a Folha, e estabeleceu que a economia brasileira começou a sair do fundo do poço no último trimestre do ano passado.

“Ficou estabelecido que a recessão durou 11 trimestres, levando o PIB (Produto Interno Bruto) a uma queda acumulada de 8,6%. (…)

Até então, o período recessivo mais longo havia sido o do governo Collor, entre 1989 e 1992, que se estendeu por 11 trimestres e levou a uma contração de 7,7% do PIB.

Já a recessão mais profunda foi registrada nos anos 1980, quando a economia caiu 8,5% por nove trimestres.”

Sim: Dilma foi pior que Collor. Dilma foi pior que tudo.



sábado, 28 de outubro de 2017

CUIDADO COM OS NOVOS "CUIDADORES"!

Percival Puggina*
Entre as muitas mudanças de conduta individual e social ocorridas nas últimas décadas, certamente as que afetaram a dinâmica da vida familiar foram as mais importantes. Elas produziram imenso impacto no comportamento de crianças, adolescentes e, já agora, numa inteira geração de indivíduos adultos e nas famílias que constituem.

Ao saírem as mães de casa para trabalhar, houve uma primeira tentativa de compensar o menor tempo dedicado aos filhos com recompensas possibilitadas pelo aumento da renda familiar. Foi o tempo dos presentes melhores e concessões maiores. Num segundo momento, pais conscientes trataram de qualificar os reduzidos tempos de convivência com redobrada atenção, enquanto novos "cuidadores" ingressavam no território negligenciado pela educação familiar.

 Entre as muitas consequências da ação desses novos personagens, inclui-se a prevalência de impulsos primários em prejuízo do bem e dos valores que a ele conduzem. Contratados pelos pais ou disponibilizados pelo Estado, ou ainda viabilizados pelas modernas tecnologias eletrônicas, estão, em grande parte, a serviço de suas próprias pautas e visões de mundo. E estas, comumente, se relacionam com a construção de uma "nova sociedade" que nada guardará da mais alta civilização que a humanidade conheceu.
 Terrível desdobramento da persistência e da determinação com que se atacam valores essenciais ao desenvolvimento integral da pessoa humana e à harmonia da sociedade! A chamada guerra cultural escolheu seu público preferencial entre os vulneráveis pela imaturidade e promove, ali, um massacre impiedoso da verdade, do bem, do belo e do justo.
 Pediram-me, outro dia, que discorresse sobre o tema “Como podem os pais influenciar positivamente seus filhos?”. Embora a receita seja a mesma de sempre - amor, diálogo, atenção, zelo e exemplo - há que reconhecer que os resultados podem ser insuficientes, pois o conjunto das influências nocivas a que a juventude está sujeita envolve, supera e muitas vezes destrói os melhores influxos que possa receber. Só uma ação conjunta de pais, escolas, autoridades, Igrejas e meios de comunicação social, conscientes, todos, de suas responsabilidades, pode minimizar o estrago.
 A que influências nocivas me refiro? Refiro-me à escola com partido e com ideologia de gênero, tão na moda. Refiro-me às novelas de TV (que jamais valorizam qualquer coisa que tenha valor) e às franquias da internet impropriamente utilizada. Refiro-me à desarmonia musical das bandas, ao mau conteúdo das letras que cantam e aos maus exemplos que proporcionam. Refiro-me ao fio condutor permissivo de quase toda a publicidade e das mensagens voltadas aos jovens. Refiro-me à cultura do corpo (e sua animalidade) e à indigência a que é relegada a humanidade do espírito e da mente. Refiro-me à impotência das autoridades ante o tráfico de drogas. Refiro-me às noites e suas festas, que absurdamente começam na hora em que deveriam terminar e ao crescente consumo de bebidas alcoólicas e drogas por menores.
São adultos os que promovem e se beneficiam dessa ausência de limites e os que perante ela se omitem. Há no inferno lugar para todos.
* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Prisões revelam proximidade do tráfico com Evo Morales

Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Militar do Mato Grosso apreendeu na semana passada um avião monomotor carregado com 480 quilos de cocaína. A droga seria descarregada em uma pista de terra batida em uma fazenda da cidade de Tangará da Serra. Piloto e copiloto eram os bolivianos Carlos André Dorado, de 24 anos, e Fabio Andrade Lima Lobo, de 35 anos. A prisão, que deveria chamar atenção apenas pelo tamanho do carregamento, expôs as relações íntimas entre o narcotráfico e as autoridades políticas bolivianas.
A mãe do traficante Fabio Andrade Lima Lobo é Carmen Lima Lobo, filiada ao Movimento ao Socialismo (MAS), legenda do presidente boliviano Evo Morales. Carmen chegou a ser candidata a vice-governadora pelo Estado de Beni – na Amazônia boliviana. Lideranças políticas bolivianas ouvidas por VEJA garantem que a indicação de Carmen para a posição foi obra do ex-ministro Juan Ramón Quintana, que ocupou a vaga de ministro de Presidência (equivalente à Casa Civil) por três mandatos de Evo Morales. Atualmente Quintana é embaixador da Bolívia em Havana.

O pai do traficante Lima Lobo nada mais é que o colombiano Celimo Andrade, preso em 1992 em Santa Cruz de La Sierra. Quando de sua prisão, ele era considerado o principal nome do Cartel de Cali fora da Colômbia e era responsável pelas operações de envio de cocaína da Bolívia para a organização colombiana.
Embora os vínculos de Carmen Lima Lobo com o capo do tráfico fossem conhecidos na Bolívia, os dois políticos mais poderosos do país abaixo do presidente Evo Morales jamais se privaram do convívio com ela. Além do padrinho político Juan Ramón Quintana, Carmen era do círculo próximo do vice-presidente Alvaro Garcia Linera.
Essa não foi a primeira vez que o traficante Lima Lobo foi pilhado pelas autoridades. Em 2012, ele  foi preso quando embarcava cocaína e fuzis russos modelo AK-47 em um monomotor que seria despachado para o Brasil. Apesar do flagrante, ele foi posto em liberdade e nunca respondeu pelo crime.
Em julho deste ano, um dirigente do MAS foi preso em São Paulo com 100 quilos de cocaína. Romer Gutiérrez Quezada, segundo investigadores do caso, estava no Brasil aguardando a designação para vice-cônsul da Bolívia na capital paulista.
A cobertura diplomática dada a Quezada acendeu o sinal vermelho para as autoridades americanas. O envio de Quintana para comandar a embaixada em Havana não é tratado como uma mera movimentação política. A DEA (sigla em inglês da Agência Antidrogas dos Estados Unidos) tem informações de que Cuba é um importante hub para o envio de cocaína para os cartéis mexicanos e para os Estados Unidos.
Em 2015, quando desertou e fugiu para os Estados Unidos, Leamsy Salazar –  que foi guarda-costas de Hugo Chávez e do poderoso Diosdado Cabello – relatou aos agentes federais as dezenas de operações de envio de cocaína da Venezuela para Cuba.
No mesmo ano, um “processo trabalhista” aberto na Justiça americana revelou detalhes de uma operação secreta que investigava Walter Álvarez Agramonte, o piloto do avião oficial do presidente Morales, e duas pessoas próximas ao vice-presidente Alvaro García Linera: seu pai, Raúl García, e seu amigo Faustino Giménez, um argentino que trabalha para o governo Morales. Segundo a investigação conduzida pela DEA, foram coletadas evidências suficientes para o indiciamento dos investigados.
A referência a Raul García, que morreu em 2011, reforçou informações divulgadas por VEJA em 2012. Autoridades bolivianas, à revelia do governo, investigaram as relações do pai do vice-presidente com o tráfico. Segundo os informes, ele recebeu um apartamento como pagamento por usar sua influência para designar um corrupto como chefe da aduana do aeroporto de Viru-Viru, em Santa Cruz de la Sierra, de onde saem grandes carregamentos de cocaína para o Brasil.

A mesma reportagem de VEJA, chamada A República da cocaína, também mostrou que outros membros dos círculos íntimos e de poder de Evo Morales estavam intrinsecamente conectados com o tráfico. Em 2010, Juan Ramón Quintana e a ex-miss Bolívia Jéssica Jordan, então com 28 anos, foram fotografados entrando de mãos abanando e depois saindo com maletas da casa de um traficante.
Depois das revelações de VEJA, Jéssica seguiu ativa e operante no núcleo de governo. Foi candidata ao governo do Estado de Beni e depois foi enviada como cônsul da Bolívia em Nova York. No ano passado, ela foi “rebaixada” a vice-cônsul em Miami.
Assim como a presença de Quintana em Havana é objeto de atenção, a atuação de Jéssica no sul da Flórida tem sido acompanhada com lupa. Considerando que Cuba é um importante entreposto de cocaína boliviana e que Miami é a principal porta de entrada dessa droga nos Estados Unidos, os investigadores estão olhando bem de perto para que os diplomatas não voltem a se encrencar com traficantes.
fonte: Veja

Temer sabia de esquema de corrupção na Caixa, afirma Funaro

O doleiro Lúcio Funaro, considerado operador de políticos do PMDB, voltou a implicar Michel Temer (PMDB) ao dizer, em depoimento à Justiça Federal, que o presidente da República e outros líderes do partido sabiam do esquema instalado na Caixa Econômica Federal para cobrar propina na liberação de financiamentos e de recursos do FGTS e desviar os recursos para a legenda.
O esquema era operado por Fabio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa. Ao ser questionado pela Procuradoria da República sobre quem, dentro do PMDB, tinha conhecimento da atividade ilegal comandada por Cleto, Funaro respondeu: “Geddel [Vieira Lima, ex-ministro] com certeza, Lúcio [Vieira Lima, deputado federal, irmão de Geddel] com certeza, Henrique [Eduardo Alves, ex-ministro], Michel Temer, Moreira Franco [ministro da Secretaria-Geral da Presidência], Washington Reis [ex-deputado federal e prefeito de Duque de Caxias, no RJ]”, elencou o doleiro.
Funaro não deu mais detalhes da menção que fez ao nome de Temer e do ministro Moreira Franco. Ele já havia dito na sua delação premiada, em setembro, que o presidente sabia dos esquemas de arrecadação de dinheiro para o partido. “Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer”, disse .
O doleiro prestou depoimento na 10ª Vara Federal em Brasília em inquérito da Operação Sépsis, que investiga desvios a partir de contratos da Caixa. Na mesma audiência, Cleto afirmou que Cunha e Funaro intermediavam o repasse de propina para garantir a empresas a liberação de contratos com o banco estatal. O ex-vice-presidente da Caixa disse ainda que sua indicação para a Caixa foi patrocinada por Cunha, que levou seu nome a Henrique Alves.
Cleto afirmou que mantinha Funaro ou Cunha informados sobre as empresas que tentavam operações com o FI-FGTS. Os dois, a partir daí, procuravam as empresas para negociar pagamento de propina e davam sinal a Cleto sobre como ele deveria votar naquela operação. “Aprovada, algum tempo depois eles me comunicavam o porcentual que supostamente tinham conseguido e me pagavam um porcentual disso, pré-aprovado”, afirmou.
Funaro afirmou que Cleto sabia que iria operar pagamentos “desde o momento que entrou” na Caixa. “Não ia pedir um cargo no governo na Caixa para não ganhar nada. E ninguém indica alguém que não seja para ter algum proveito ou financeiro ou político”, disse Funaro sobre a indicação de Cleto, patrocinada pelo PMDB.

Cunha e a sala de dinheiro

Funaro disse que se encontrou “no mínimo” 780 vezes com Eduardo Cunha. “Uma relação que durou aí 15 anos e eu encontrei pelo menos uma vez por semana com o deputado Eduardo Cunha. São 780 encontros no mínimo”, disse Funaro ao juiz Vallisney de Oliveira, fazendo a conta de cabeça. De acordo com ele, o ex-presidente da Câmara foi “centenas” de vezes ao seu escritório e tinha liberdade para entrar sentar em sua cadeira para receber “quem quiser”.
Segundo ele, havia uma sala em seu escritório apenas para guardar dinheiro – o local chegou a abrigar 5 milhões de reais em espécie.  O doleiro também afirmou que Cunha gastava “na própria política” o dinheiro que arrecadava. De acordo com ele, “tem político que guarda para si” e outros que usam o valor para angariar apoio na política. “Eduardo Cunha usou 100% na própria política, estou convicto de que tudo o que ele tem e arrecadou gastou na própria política”, disse Funaro.

fonte: Veja