terça-feira, 14 de novembro de 2017

Pezão não tem vergonha

Luiz Fernando Pezão disse que manterá, por enquanto, a indicação de Edson Albertassi para conselheiro do TCE do Rio de Janeiro.

“É cedo. Eu mesmo já fui investigado por dois anos pela PF. Vamos esperar o transcorrer do dia e dar às pessoas o amplo direito de defesa.”

É muita falta de vergonha.

Renuncie, Pezão.

Dodge denuncia Eduardo Paes por crime eleitoral

Raquel Dodge apresentou ao STF denúncia contra Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo, ambos do PMDB do Rio, por crime eleitoral.

Os dois –Paes, então prefeito do Rio, e Pedro Paulo, candidato à sua sucessão em 2016– foram flagrados fazendo uma carreata nas zonas norte e oeste do Rio no dia da votação, o que a lei eleitoral proíbe.

“Os denunciados eram penalmente capazes à época dos fatos, tinham consciência da ilicitude e deles se exigia conduta diversa. Estão caracterizadas a autoria e a materialidade do crime”, escreveu a procuradora-geral.

Nenhuma propina, nada?

Eduardo Paes nega crime eleitoral

Eduardo Paes negou a acusação de crime eleitoral feita hoje pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Leia abaixo a nota do ex-prefeito do Rio:

“Em relação a notícia de suposto crime eleitoral, cabe esclarecer que não tínhamos conhecimento do procedimento e não fomos notificados previamente para apresentar esclarecimentos mínimos.

Registramos ainda que jamais distribuímos material de propaganda no dia da eleição, sendo certo que a manifestação através de adesivos em roupa e bandeira é permitida no dia da eleição. O que a lei proíbe é a distribuição de material de propaganda, fato que jamais ocorreu.

De qualquer forma, permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.”


O incrível aumento de patrimônio de Picciani

O Globo registra que, em 20 anos na Alerj, Jorge Picciani conseguiu aumentar seu patrimônio em mais de 6.000% –6.387,5%, em números exatos.
Em 1994, quando o atual presidente da Assembleia do Rio voltou a ser deputado –depois de ter sido secretário de Esportes e presidido a Suderj–, seus bens pessoais eram de R$ 160,5 mil, em valores atualizados.

Na declaração que apresentou ao TSE em 2014, Picciani registrou balanço patrimonial de R$ 10,381 milhões.

Rio ‘desbanca’ Curitiba no ranking da Lava Jato

Pela primeira vez desde o início da força-tarefa da Lava Jato, em 2014, o Rio superou Curitiba como campeã de operações e prisões, registra a Revista Exame.
Segundo dados do Ministério Público Federal, neste ano Curitiba coordenou nove operações, com 18 prisões. No Rio, em 2017, já houve 14 operações –contando com a de hoje– e 78 prisões.

“Em Curitiba, a operação bateu no teto, e a responsabilidade agora está nas mãos do Supremo. O Rio foi uma extensão natural, já que boa parte das empreiteiras investigadas tinha negócios vultosos no estado, onde também fica a sede da Petrobras”, disse à Exame Sérgio Praça, da FGV.

“Além disso, o Rio tem uma combinação matadora: uma enorme quantidade de bandidos e de dinheiro disponível para corrupção”, acrescentou Praça.

E ponha combinação matadora aí!

Albertassi desiste de vaga no TCE

Edson Albertassi, um dos alvos da Operação Cadeia Velha, desistiu da vaga no TCE do Rio para a qual Luiz Fernando Pezão o havia indicado.
Em nota, o deputado e líder de Pezão na Alerj disse que as acusações serão contestadas pela sua defesa, que ainda não teve acesso ao inquérito.

Na verdade, Albertassi foi desistido pelas circunstâncias.

Tribunais no combate ao crime

De um observador da cena jurídico-política:

“As medidas coercitivas adotadas pelo falecido Teori Zavascki, no STF, e agora pelo TRF2, no Rio de Janeiro, mostram que é possível combater o crime por meio de tribunais. Se o fim ou a diminuição do foro por prerrogativa de função facilita isso, é outra questão.”

Pezão não sabia de nada?

Luiz Fernando Pezão nomeou Edson Albertassi para o Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.
O que era um escândalo administrativo, como apontamos em mais de um post, se tornou também um escândalo criminal.

Pezão não sabia de nada a respeito de Albergasse?

Aliás, Pezão não sabia nadica de nada sobre o esquema de corrupção no transporte público do Rio de Janeiro?

Executivo, Legislativo e TCE do RJ formaram organização criminosa, diz PF

A Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato desencadeado nesta terça-feira (14), aprofundou as investigações de desvios de verba pública no Estado do Rio e concluiu que não há um "chefe-mor" da quadrilha. 

Na verdade, dizem os investigadores, agora há vários entes à frente do esquema — e não só o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

A operação Cadeia Velha investiga o uso da presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e de outros cargos na Casa para a prática de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O alvo da operação é o pagamento de propina a políticos pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor),

Foram presos: o empresário Felipe Picciani; o empresário Jacob Barata; o ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira; e mais 6 pessoas.

Foram conduzidos coercitivamente a prestar depoimento: o presidente da Alerj, Jorge Picciani; e os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB.

Os pedidos de prisão preventiva contra os três deputados, que têm foro privilegiado, serão analisados na quinta-feira (16) pelo TRF-2.

As investigações apontam que a cúpula da Alerj formou uma organização criminosa que vem se estruturando desde a década de 1990, integrada também por Cabral.

"Constata-se que o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Tribunal de Contas [do Estado do Rio], que deveriam ser autônomos, independentes, com dever de fiscalização recíproca, na realidade estão estruturados em flagrante organização criminosa com o fim de garantir contínuo desvio de recursos públicos e lavagem de capitais", afirma o delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem Rodrigues.

De acordo com a Polícia Federal, havia "excessivos benefícios fiscais" a empresas de transporte e empreiteiras, fazendo com que o Estado deixasse de receber mais de R$ 138 bilhões. Em troca das isenções, os parlamentares ganhavam propina.

Para o delgado Ramagem, a corrupção causou o colapso da economia fluminense.

"Segmentos empresariais pagavam rotineiramente propina para agentes políticos, não só no Legislativo mas também no Executivo e no próprio TCE, em troca de atos de ofício", explica o procurador-regional Carlos Alberto Gomes de Aguiar. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva nesta terça, após o pedido de prisão preventiva dos deputados.

"Através da agremiação política que detém hegemonia do Estado do Rio de Janeiro, e com ocupações estratégicas em diversos orgãos públicos, vêm ganhando força política quase insuperável e enriquecendo assustadoramente. Enquanto o Rio de Janeiro definha nesse caos social, esses sujeitos se empapuçam com dinheiro da corrupção", completou.

'Terceirização' da lavagem de dinheiro

Jorge Picciani é suspeito de desviar dinheiro através de uma empresa do ramo da agropecuária, a Agrobilara. Para os investigadores, é uma das formas mais simples de se lavar dinheiro: chance de manipulação de preço, baixa tributação e pouca fiscalização, aponta o MPF.

"A Agrobilara chegou a um nível de sofisticação de lavagem [de dinheiro] que não faz só a lavagem de Picciani. Ela já terceirizou esse serviço e lava de outras pessoas, seja de empresários, seja de servidores públicos", afirma a procuradora Andréa Bayão Pereira Freire.

Organização tentou retomar o controle das contas

Personagem que até então não havia sido citado nas investigações de corrupção no estado, o deputado estadual Edson Albertassi foi trazido para o centro do escândalo pela operação Cadeia Velha.

Apontado como destinatário de propinas pagas por empresários de ônibus por mais de um ano, o parlamentar foi citado como ponta de lança da organização criminosa ao ser indicado para uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). A nomeação de Albertassi foi suspensa pela Justiça na segunda-feira (13).

De acordo com os procuradores, Albertassi foi indicado ao TCE para que a organização criminosa retomasse o controle das contas, interrompido após a prisão de seis dos sete conselheiros, na Operação Quinto do Ouro.

Apesar dos indícios de que a quadrilha se movimentava para manter os esquemas de corrupção em atividade, nenhum dos investigadores quis comentar se a indicação do deputado compromete o governador Luiz Fernando Pezão, que vem enfrentando diversas ações judiciais por bancar o nome de Albertassi à Corte.

Entre fevereiro de 2016 e maio deste ano, Albertassi recebeu repasses de cerca de R$ 60 mil mensais. "Segundo delatores, a intenção era ter o líder do governo sempre ao lado dos empresários corruptores. É o mesmo raciocínio que os levou a financiar Jorge Picciani e Paulo Melo: eles são fortes politicamente, e esses empresários os colocaram no bolso", afirmou o procurador Carlos Alberto Aguiar.

O que dizem os suspeitos

Jorge Picciani: "O que aconteceu hoje com meu filho é uma covardia feita para atingir tão somente a mim. Felipe é um zootecnista, bom pai, bom filho, bom amigo, que trabalha de sol a sol e não tem atuação política. Todos que o conhecem o respeitam e sabem do seu caráter e correção".

Jacob Barata Filho: "A defesa de Jacob Barata Filho não teve acesso ao teor da decisão que originou a operação de hoje da Policia Federal e, por isso, não tem condições de se manifestar a respeito".

Lélis Teixeira: "A defesa se manifestará quando tiver examinado os autos. Ainda não conseguimos acesso."

Edson Albertassi: O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do deputado, mas ainda não obteve retorno.

Paulo Melo: Em nota, o parlamentar informou que esta "à disposição da justiça" irá "contribuir com as investigações". "Não tenho nada a esconder. Minha vida política sempre foi muito clara, todas as contribuições recebidas foram legais e declaradas na justiça eleitoral", comunica o texto.

(com G1 conteúdo)


Padilha e Torquato ‘esquecem’ nomeação de coordenador de inquéritos do STF

Há cerca de dois meses, Leandro Daiello criou a Coordenação Geral de Combate à Corrupção, englobando as divisões de crimes financeiros, desvio de recursos públicos e inquéritos do Supremo.

Até então responsável por esses inquéritos contra políticos, o delegado Josélio Azevedo de Souza foi indicado como coordenador-geral. Como se trata de um cargo de confiança (DAS 4), a indicação de Josélio seguiu para a Casa Civil com várias outras.

As demais já voltaram, menos a do delegado que investigava políticos. O Antagonista apurou que o documento com sua nomeação foi encaminhado ao Ministério da Justiça, mas sem uma definição.

A nova direção da PF considera Josélio “competente”, mas ainda não discutiu o seu caso.


‘Gemidão do Zap’ no processo contra Cabral

A Justiça Federal do Rio ouviu hoje três testemunhas de defesa no processo que acusa Sérgio Cabral e mais nove pessoas de desvios de quase R$ 50 milhões, relata o G1.

Durante seu depoimento, o ex-secretário dos Transportes Sebastião Rodrigues Neto foi interrompido pelo som de um celular. Era o “Gemidão do Zap” (WhatsApp).

Advogados disfarçaram o riso e, como escreveu o G1, “assim como nos depoimentos das testemunhas, ninguém confessou o ‘crime'”.




Pezão demite procurador-geral do Rio

Luiz Fernando Pezão demitiu Leonardo Espíndola do cargo de procurador-geral do Rio, informa O Globo. A demissão sairá no Diário Oficial desta terça-feira.
No cargo havia um ano, Espíndola recusou-se a defender a indicação do líder de Pezão na Alerj, Edson Albertassi —aquele que tem ensino médio completo— para o TCE do Rio.

O procurador-geral considerou a indicação “totalmente inconstitucional”, segundo o jornal carioca. A reação do governador foi mostrar-lhe a porta da rua.