sexta-feira, 29 de setembro de 2017

'AÍ VOCÊ CHEGA COM UMA MOCHILA CHEIA DE DINHEIRO?'

Um dos novos áudios da delação da JBS publicados pela revista Veja mostra uma conversa de Ricardo Saud com João Magalhães, ex-deputado do PMDB mineiro.

Os dois falam, segundo a Veja, de propina de R$ 4 milhões que teria sido prometida a Magalhães, a Antonio Andrade, hoje vice-governador de Minas e a outros deputados.

Como Magalhães, de acordo com a gravação, se recusou a carregar o dinheiro, ele teria ficado todo com Andrade.

“[Como] vou descer em Governador Valadares? A Polícia Federal em Valadares é em frente ao aeroporto. Aí você chega com uma mochila cheia de dinheiro?”, pergunta o deputado.

“Nós resolvemos tudo. Aquilo tá resolvido. Você tomou um chapéu”, responde Saud.

ALCKMIN E O 'DEVER MORAL'

Geraldo Alckmin declarou, em entrevista à rádio Jovem Pan, que o eventual perdedor de uma prévia tucana pela candidatura ao Planalto terá a obrigação de apoiar quem ganhar:

“Vou trabalhar para eu ser candidato. Se não for, não tem problema, eu vou ajudar quem for candidato. Quem ganhar está legitimado para ser o candidato. Quem perder tem o dever moral de apoiar quem ganhou.”

O governador não citou o nome de João Doria na entrevista nenhuma vez. Nem precisava.

DEFESA DE LULA: NADA DE DOCUMENTOS

A defesa de Lula da Silva não apresentou até agora os documentos pedidos por Sergio Moro em 11 de setembro, com prazo de 15 dias.

Os documentos de comprovação de origem de recursos são exigidos para liberar metade dos valores bloqueados pela Justiça em contas e aplicações do ex-presidente.

No total, Moro bloqueou R$ 606 mil em contas e pouco mais de R$ 9 milhões em planos de previdência. Os advogados de Lula alegam que 50% do valor bloqueado é de Marisa Letícia.

TEMER CONTRA A 'SANTA INQUISIÇÃO'

O presidente Temer divulgou nota para responder aos novos áudios de Joesley Batista, recuperados pela Polícia Federal e divulgados pela revista Veja.

Segundo Temer, as acusações dos delatores da JBS são uma “grande armação” de “meliantes” que, de maneira “sórdida e torpe”, tentam desestabilizar o seu governo.

O presidente acusou membros do Ministério Público Federal de atuarem como “integrantes da Santa Inquisição”. E disse que os delatores revelam as “ambições de comandar o país” do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

AÉCIO EXCLUÍDO DO SITE DO SENADO

O Senado já retirou o nome de Aécio Neves da lista de parlamentares em exercício de seu site, um dia depois de ter sido notificado pelo Supremo do afastamento do tucano.

Desta forma,  Aécio fica formalmente afastado. Assim sendo, ele só poderá receber um terço do salário (ou seja, R$ 11.264). Não terá direito a carro oficial nem verba de representação.


'JANOT QUERIA QUE EU MENTISSE PARA DERRUBAR O MICHEL', DIZ CUNHA

A revista Época anunciou ter obtido a primeira entrevista exclusiva com Eduardo Cunha desde a prisão do ex-presidente da Câmara, há 11 meses.

O editor-chefe da Época, Diego Escosteguy, publicou alguns trechos em sua conta no Twitter.

Eduardo Cunha, que negocia delação com Raquel Dodge depois de ter fracassado com Rodrigo Janot, acusa o ex-procurador-geral de querer que ele “mentisse na delação para derrubar o Michel”.

Também disse se considerar um "troféu político" da Lava Jato –"o outro vai ser o Lula"– e afirmou que o que ele tem para delatar "arrebenta a delação da JBS e debilita a da Odebrecht. Posso acabar com a do Lúcio [Funaro]".

Ao que parece, mesmo preso, o ex-deputado Cunha continua firme no time de Michel Temer.

O PRINCIPAL PROBLEMA DO BRASIL


PARA MUDAR DE VERDADE O BRASIL!


NOSSA MENSAGEM A TODOS OS BRASILEIROS QUE DESEJAM UM PAÍS MELHOR E QUEREM MUDANÇA!

(Vídeo original de: MPB - Movimento Pró Brasil)

MARCO AURÉLIO VÊ GRAVE CRISE INSTITUCIONAL NO CASO AÉCIO

Ministro defende análise de ação sobre Congresso dar aval a medidas contra parlamentares.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou nesta quinta-feira (28/9) que o caso sobre o afastamento e recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB-MG) abriu uma grave crise institucional entre a Corte e o Senado. O ministro negou que o tribunal esteja atuando politicamente e defendeu que é o momento de analisar uma ação que trata da necessidade de aval do Congresso para medidas cautelares contra parlamentares.

“Não posso concordar [com críticas de atuação política], porque eu julgo os colegas por mim. Eu não atuo politicamente. A minha política é única: de observância à Constituição Federal”, disse o ministro.  “Estamos diante de uma crise institucional, mas será suplantada porque a nossa democracia veio pra ficar. É grave, é grave”, completou.

O ministro afirmou que o Supremo deveria analisar logo a ação direta de inconstitucionalidade 5.526, movidas pelo PP, PSC e Solidariedade, para que sanções como prisão preventiva e medidas cautelares, quando aplicadas contra parlamentares, sejam submetidas ao Congresso Nacional em 24 horas. O relator é o ministro Edson Fachin.

” Se pudermos enfrentar a ADI, será muito bom. Agora, de qualquer forma, há um sistema de freios e contrapesos. Não pode ser acolhida a concentração de poder”, afirmou.

Apesar das opiniões divergentes na corte sobre necessidade do Senado de rever o afastamento de Aécio e recolhimento noturno decretado pela 1ª Turma, Marco Aurélio defendeu que a Casa Legislativa tem prerrogativa para analisar a decisão do Supremo.

“A turma é o Supremo dividido. Que reine, acima de tudo, o entendimento em prol da democracia. O meu convencimento sobre a matéria eu estampei no dia 30 de junho, quando eu apontei, sem incitar o Senado a uma rebeldia, que, como ele pode rever a prisão, pode rever também uma medida acauteladora, que seria a suspensão do exercício do mandato. Agora, vamos ver. Que prevaleça a ordem jurídica, que prevaleça a lei maior do país, que precisa ser um pouco mais amada pelos brasileiros em geral, que é a Constituição Federal”.

Na terça, por 3 votos a 2, a primeira turma estabeleceu as sanções ao senador diante do risco de atrapalhar as investigações de fatos que constam na delação da JBS. Em sessão nesta quinta, o STF decidiu deixar para a próxima semana a sessão que vai analisar a situação do tucano.

fonte: Redação JOTA.INFO - De Brasília