sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Patrícia Abravanel e marido tentam anular parte da delação da JBS

Fábio Faria, deputado federal (PSD-RN) e a mulher dele, a apresentadora Patrícia Abravanel, filha de Sílvio Santos, vão tentar anular na Justiça parte da delação do executivo da JBS, Ricardo Saud.
O trecho contestado pelo casal se refere ao depoimento em que Saud relatou aos investigadores da Lava Jato que a empresa combinou um pagamento de propina para o deputado, na casa do dono da JBS, Joesley Batista, durante um jantar.
Segundo Ricardo Saud, também estavam presentes Patrícia Abravanel e Robinson Faria, governador do Rio Grande do Norte e pai de Fábio, além da esposa de Robinson.
Na delação, Ricardo Saud disse que, em troca da propina, uma empresa do grupo J&F ficaria com o controle do serviço de água e esgoto do Rio Grande do Norte. O executivo afirmou que a propina foi paga, “algo em torno de R$ 10 milhões”, mas a J&F desisitiu de tocar o negócio na área de água e esgoto.
Para tentar invalidar esse trecho da delação, a defesa do casal vai usar uma mensagem por telefone deixada pela mulher de Joesley, a apresentadora Ticiana Villas Boas, para Patrícia.
Na mensagem, Ticiana se solidariza com Patricia e afirma que não houve conversa sobre propina no jantar.
“Oi, Pati, sou eu, Tici. Estou ligando para você e mandando essa mensagem para te falar do meu apoio. Então, o que eu quero falar é que eu acho um absurdo isso tudo… que está acontecendo. Aquele jantar, imagina só, não tem nada a ver… do que falaram, foi um jantar normal, eu não vi nada de dinheiro, de nada que beirasse ser ilícito. Se você for chamada para depor ou tiver qualquer tipo de implicação para você, eu sou sua testemunha de defesa e vou deixar claramente que é um absurdo”, afirmou Ticiana na mensagem.
 O que dizem as defesas
Patrícia Abravanel
A defesa de Patrícia afirmou que o depoimento de Saud é cheio de má-fe. Disse também que, ao que tudo indica, “no afã de tornar a delação mais vistosa ou atraente por se tratar a autora de pessoa famosa, o réu envolve a autora em situação que não lhe diz respeito”.
Casal Patrícia Abravanel e Fábio Faria
O advogado José Luís Oliveira Lima, da família de Fábio Faria e Patrícia Abravanel, afirmou que a gravação de Ticiana invalida o depoimento de Saud.
“Nós estamos falando do áudio da esposa do maior acionista do grupo JBS, casada com Joesley Batista, que desmente taxativamente o que o Ricardo disse no seu depoimento ao Ministério Público. Portanto a maior prova, a prova cabal, a prova que desmente o que Ricardo disse é o depoimento da Ticiana”, disse o advogado.
J&F
Em nota, o grupo J&F disse que “nenhum dos colaboradores mentiu em qualquer depoimento prestado à PGR e ao Ministério Público Federal.
“Os colaboradores apresentaram grande número de informações e provas à PGR e em atendimento aos demais ofícios do MP, que estão sendo tratados dentro dos trâmites legais. Sobre a questão trazida pela reportagem é importante esclarecer que o fato ocorreu na data e evento conforme relatados, em conversa reservada, sem a participação nem conhecimento das esposas. Os colaboradores continuam à disposição para cooperar com a Justiça”, disse a J&F na nota.
Ticiana Villas Boas
Também em nota, Ticiana Villas Boas confirmou a veracidade da mensagem de voz que enviou em apoio “à amiga e colega de trabalho” Patricia Abravanel.
Ticiana disse ainda que, como revela o áudio, nem ela nem Patrícia, durante o período em que estiveram juntas no jantar em sua casa, presenciaram qualquer conversa com conteúdo ilícito.
Por isso, diz a nota, Ticiana se dispôs a defender a amiga caso fosse necessário, com a intenção de evitar que Patrícia fosse envolvida no caso.

Rigoroso, Moro não permite proteção do BB a Bendine

Sabe-se lá por qual motivo, de dentro do Banco do Brasil tem vindo uma tentativa de proteger o seu ex-presidente, Aldemir Bendine, ora preso na ‘República de Curitiba’.

Sérgio Moro tinha determinado que a instituição financeira fornecesse os extratos das contas de Bendine.

A resposta do Banco do Brasil veio através de um ofício onde requeria o prazo de 30 dias para o atendimento da solicitação, alegando uma suposta ‘complexidade na elaboração dos arquivos’.

Na mesma hora, o juiz Sérgio Moro despachou e determinou que o banco fosse imediatamente notificado, no sentido de que em 5 dias forneça às informações solicitadas, sob pena de prisão por desobediência para a autoridade responsável.

Assim é Moro.

conteúdo Jornal da Cidade Online

Bolsonaro pressiona PEN para retirar ação contra Lava Jato

Em vez de casamento, noivado. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) anunciou na quinta-feira, 10, a suspensão temporária de seu processo de filiação ao PEN – futuro Patriota -, legenda com a qual negociava uma possível candidatura à Presidência da República.
O deputado relatou uma divergência com o partido: disse não concordar com uma ação ajuizada pela agremiação em 2016 contra a decisão do STF de permitir a prisão de pessoas condenadas em segunda instância. O político apoia a decisão da Corte e diz que derrubá-la vai “acabar com a Lava Jato”.
“Estava negociando para me filiar ao partido quando descobri isso, há uns dez dias. Não quero ser conhecido como o candidato a presidente pelo partido que acabou com a Lava Jato. Então, vou primeiro resolver isso para depois me filiar”, anunciou  o deputado Bolsonaro, ao lado do presidente do PEN, Adilson Barroso. “Deve dar casamento, mas ainda é um noivado.”

Governo do RJ vai pagar R$ 2,5 milhões em aluguel de jatinho apesar de ter 200 mil servidores sem salário

O governo do Estado do Rio de Janeiro lançou na quinta-feira (10) um edital para contratar por 12 meses um serviço de táxi-aéreo para o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e sua equipe. A empresa que oferecer o jatinho e atender as exigências do edital poderá fechar o contrato por até R$ 2,51 milhões.
O serviço, de acordo com a concorrência, poderá ser renovável por 12 meses e deve cumprir uma série de exigências, as principais são ter capacidade para seis passageiros (além da tripulação), tenha poltronas giratórias para reuniões, banheiro exclusivo e autonomia para permanecer durante três horas e meia em voo de cruzeiro, ter capacidade de percorrer distância de 2.200 km para permitir viagens do Rio para as principais capitais –Brasília, São Paulo e Belo Horizonte.
A empresa que vencer a concorrência deverá, segundo o edital, ter uma “sala VIP” nos aeroportos dessas cidades. Com cerca de 200 mil servidores sem receberem quase quatro salários (incluindo o 13º), o Estado enfrenta grave crise financeira, institucional e na segurança pública. Cerca de 3.000 cestas básicas já foram distribuídas por sindicatos de servidores para aqueles em situação de maior penúria.
O lançamento da concorrência causou indignação nas entidades que representam os funcionários do Estado.
“É um absurdo isso, um gasto supérfluo. Voos em aviões de carreira seriam mais em conta. Isso mostra a inversão de prioridade,  mostra que governo não está nem aí para servidores. Ninguém me informou que recebeu algo hoje”, disse Marcos Freitas, do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado), que acrescentou que até a tarde de sexta-feira (11) parcela do pagamento de maio não havia caído na conta dos servidores.

Após MPF desarquivar inquérito e matar narrativa anti-Moro, Lula volta a ser investigado no Mensalão

Lula da Silva voltou a ser investigado no Mensalão, que volta das trevas para aterrorizar o molusco.
A Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu desarquivar uma investigação contra Lula relacionada ainda ao caso do mensalão. As informações são do Globo.
O caso envolvendo o ex-presidente Lula trata de um pagamento de US$ 7 milhões da Portugal Telecom para o PT quitar dívidas de campanhas eleitorais. A acusação foi feita pelo empresário Marcos Valério e a PF abriu um inquérito em 2013 para apurar o episódio.
Valério acusou Lula e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci de terem negociado o pagamento pessoalmente, dentro do Palácio do Planalto. Mais de 20 pessoas foram ouvidas pela PF no inquérito e os investigadores não encontraram indícios dos pagamentos.
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) pediu o arquivamento das investigações em setembro de 2015. Só que a Câmara de Combate à Corrupção, que revisa atos como arquivamentos de inquéritos, decidiu que a investigação deveria continuar.
O detalhe é que Moro não tem absolutamente nada a ver com isso, pois não pertence ao MPF e não tem nenhuma participação como juiz do mensalão.
Ou seja, não vai dar para o molusco inventar a desculpa esfarrapada de que está sendo “perseguido por Moro”.