As chances do ex-presidente Lula arrastar o processo que será julgado no dia 24 de
janeiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) são praticamente nulas,
avaliam juristas. Como se trata do julgamento mais importante de toda a Lava Jato, os
desembargadores devem votar com extrema observância no caso que tem como réu o
homem apontado como o chefe da organização criminosa que vitimou a Petrobras
durante quase uma década e meia.
Lula é alvo de nove processos na Justiça e os responsáveis por seu primeiro
julgamento na Segunda Instância não ousariam divergir uns dos outros logo no
primeiro caso. Ainda mais tendo em vista que o julgamento ocorrerá em ano eleitoral
e que o criminoso condenado atua explorando brechas jurídicas para judicializar sua
candidatura à Presidência da República.
A expectativa é a de que os julgadores de Lula
votem em consenso, o que inibiria a possibilidade da defesa do petista prolongar o
processo por meio de recursos como embargos infringentes, quando há discordância entre os membros do colegiado sobre a condenação e a definição da pena.
De todo modo, o retrospecto da Corte também não é nada animador com relação ao
histórico de recursos de condenados na Lava Jato.
Até o momento, praticamente
todos os oito embargos infringentes em ações da Lava Jato julgados no TRF-4 foram
negados e a decisão desfavorável ao réu, mantida.
Com informações de Imprensa Viva
Com informações de Imprensa Viva