quinta-feira, 31 de agosto de 2017

FOI A FALTA DE CONTROLE DE DILMA SOBRE A PF QUE RESULTOU NA LAVA JATO E NO IMPEACHMENT, SEGUNDO O PT

Um ano após o impeachment, a presidente cassada Dilma Rousseff é vista por setores amplos do PT como uma página a ser virada. Muito embora o discurso oficial seja de martirização de Dilma e a militância apoie a ex-presidente, alas petistas a consideram culpada pela derrocada do PT e uma ameaça para a volta de Lula da Silva ao Palácio do Planalto.
De acordo com estes setores do partido, a falta de controle de Dilma sobre a Polícia Federal – e não os casos de corrupção envolvendo integrantes da legenda – resultou na Lava Jato, no impeachment e na disseminação do sentimento anti-petista.
Estes mesmos setores consideram que as maiores dificuldades para o retorno de Lula da Silva à Presidência são reverter o entendimento comum de que os erros de Dilma são a origem da crise econômica e recompor a aliança de centro esquerda esfacelada no processo de impeachment.
O partido dos trabalhadores não sabe o que fazer com Dilma. Atualmente, as funções da presidente cassada se resumem à presidência do conselho curador da Fundação Perseu Abramo, muito longe do centro de poder real da sigla.
Na última passada, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra e uma das petistas mais próximas e fiéis a Dilma, perguntou à presidente cassada se ela pretendia se candidatar em 2018.
“Ela disse que não tem nada decidido. Mas, se decidir se candidatar, vai ter muito voto”, disse a senadora. Para Gleisi, “Dilma é a grande liderança que encarna a injustiça contra o PT”.
2018
No entanto, essa opinião da presidente do partido não é compartilhada por setores relevantes da máquina partidária. Em várias conversas reservadas, dirigentes dizem que, se Dilma for derrotada na disputa por uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul ou pelo Rio, causaria ainda mais desgaste ao PT. Outros afirmam que ela tiraria a vaga de um senador petista e aceitam para ela, no máximo, uma candidatura a deputado federal.
Essas críticas, antes veladas, agora vieram à tona. O próprio ex-presidente Lula, em entrevista à uma rádio de Salvador, apontou falhas de Dilma na condução da política e da economia e disse que ela poderia ter tomado a decisão de não ter se candidatado à reeleição.
Já o presidente estadual do PT do Rio, Washington Quaquá, escreveu que, com a chegada de Dilma ao Planalto, “uma arrogância desmedida tomou conta do centro de decisões”.
Em conversas recentes com amigos, Dilma tem demonstrado a falta de vontade de voltar a morar a Brasília, ficar presa a um mandato e ter de conviver com políticos que considera traidores.
Dilma prefere a agenda de viagens internacionais, nas quais denuncia o que chama de “golpe” e a convivência com intelectuais e artistas.
No início de setembro próximo, Dilma Rousseff voltará à Europa para um giro que inclui França, Bélgica, Itália e talvez a Rússia. Desta vez, além de “denunciar” o impeachment, vai fazer a defesa do direito de Lula de disputar a eleição de 2018.

República de Curitiba conteúdo

Dilma e Chico Buarque choram no aniversário do impeachment

Já o Brasil comemora o primeiro ano livre dos bolivarianos. 
Dilma Rousseff e o cantor Chico Buarque vão chorar juntos nesta quinta-feira (31), no aniversário do impeachment da petista. Outros petistas, integrantes da esquerda e órfãos das mamatas nas administrações petista também irão lamentar o falecimento do projeto bolivariano de poder. 

É claro que ninguém vai falar do fim da inflação, da queda dos juros e da retomada na geração de empregos. Dilma e o PT quebraram o Brasil, mergulharam o país em sua mais profunda, longa e acentuada recessão jamais vista e deixaram um legado de 14 milhões de desempregados. 

A coisa ficou feia também para os órfãos da Lei Rouanet. O próprio Chico Buarque se viu obrigado a voltar a trabalhar e teve que lançar um disco este ano. Sem o dinheiro suado do contribuinte, o cantor está se virando nos trinta para manter as contas em dia. O último trabalho do artista foi em 2011. 

No ato “O Brasil um ano depois do golpe”, ao lado de militantes e artistas, Dilma Rousseff despejará suas mágoas contra o presidente Michel Temer e tentará desqualificar o êxito do atual governo através das velhas narrativas sobre o desmantelamento da máquina petista de corrupção. Enquanto Dilma e seus cúmplices choram suas mágoas e lamentam terem sido escorraçados do poder, milhões de brasileiros comemoram o primeiro ano livres da organização criminosa chamada PT.

Folha Política conteúdo

BNDES ACIONA A JUSTIÇA CONTRA JBS

Lauro Jardim, na sua coluna no O Globo, informa que o BNDES entrou hoje na 8ª Vara da Justiça Federal de São Paulo com uma ação cautelar com o mesmo pedido feito à CVM: que os irmãos Batista sejam impedidos de votar na assembleia de amanhã da JBS.

O objetivo da ação é tirar Wesley Batista da presidência da empresa.


FELIZ ANIVERSÁRIO

Há um ano, Dilma Rousseff foi chutada do Palácio do Planalto.

De lá até hoje, Lula foi condenado pela Lava Jato, Aécio Neves caiu no ostracismo e Michel Temer foi denunciado pela PGR.

E o Brasil evitou a bancarrota.

Feliz aniversário, impeachment !

JANOT É ACUSADO POR TEMER DE "AGIR SUSPEITAMENTE"

Michel Temer voltou a desqualificar Rodrigo Janot, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva na China: 
“Você sabe que, no plano jurídico, quando alguém começa a agir suspeitamente, tem que arguir da suspeição, e quem decide é o Judiciário. O Judiciário é que vai decidir o que deve haver, se há suspeição, se não há suspeição. O que não se pode é manter o silêncio”.

INSTITUTO LULA FOI PAGO COM PROPINA VINDA DO EXTERIOR

O prédio do Instituto Lula foi pago com propina vinda do exterior.

Os dados do sistema Drousys sobre a compra do imóvel, por parte do departamento de propinas da Odebrecht, foram anexados pela Lava jato ao processo de Lula.

Leia a seguir um trecho do documento obtido pelo Valor:

“Os elementos ora anexados, examinados no relatório de análise igualmente anexado, demonstram que parte do valor despendido com a aquisição do imóvel localizado na Rua Doutor Haberbeck Brandão, 178, foi disponibilizado pelo Grupo Odebrecht com recursos de caixa dois, por meio do Setor de Operações Estruturadas, envolvendo, no que concerne aos pagamentos feitos no exterior as empresas offshore Constructora Internacional Del Sur S/A e Innovation Research Engineering and Development Ltd., ambas por Olivio Rodrigues Júnior.”

Olivio Rodrigues Júnior é um dos delatores da empreiteira.

Instituto Lula no departamento de propinas da Odebrecht

Quem pagou o prédio do Instituto Lula foi o departamento de propinas da Odebrecht.

A Lava Jato só tinha as planilhas da empreiteira e depoimentos dos delatores para comprovar esse fato.

Entretanto, agora, segundo o Valor, o MPF encontrou os repasses para a compra do imóvel no banco de dados clandestino da Odebrecht, o  sistema Drousys.

PF encontra ‘outras conversas’ no gravador de Joesley

A Polícia Federal encontrou no famoso gravador usado por Joesley Batista mais de 40 horas de conversas que haviam sido descartadas pelo empresário, mas permaneciam na memória do aparelho, segundo apurou o site O Antagonista.

A PF recuperou os áudios e encaminhou o material à PGR, que pediu a Joesley a identificação dos interlocutores, data das conversas e os temas – em caso de suspeita de crime.

Os novos diálogos envolvem um ministro de Temer e um senador do partido da base do governo.

JBS apresentará ‘nova delação’

Ao pedir a prorrogação de prazo ao ministro Fachin, a JBS informou que, além das provas de corroboração, apresentará 50 novos anexos – mais que os 42 anexos da primeira fase do acordo, informa o site O Antagonista.

Isso, na prática, é quase uma nova delação. Os irmãos ‘Sley’ vão entregar provas de corrupção nos fundos de pensão e no BNDES, com Guido Mantega.

Serão apresentados extratos dos depósitos das contas que, segundo Joesley Batista, foram usadas para guardar propina para Lula e Dilma.

Liberação de bens de Marisa não tem qualquer relação com a extinção da punibilidade

Os advogados que defendem o ex-presidente Lula da Silva são desprezíveis do ponto de vista jurídico. Utilizam a Justiça para a chicanagem, a maledicência e a politicagem.
A dupla dinâmica e patética, Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, ingressaram com uma petição junto ao juiz Sérgio Moro, requerendo o desbloqueio dos bens de dona Marisa Letícia.

A alegação dos dois espertalhões é de que foi extinta a punibilidade da ex-primeira dama, por isso, no raciocínio desonesto dos causídicos de araque, metade das coisas que pertencem ao ex-presidente também eram de propriedade da primeira-dama. Com a morte de Marisa, essa parte deveria ser imediatamente separada para ser entregue aos cinco filhos dela.
Os advogados, atrevidos, pediram também a Sérgio Moro para liberar os valores depositados em poupanças e previdências privadas.
A extinção da punibilidade de Marisa em função do falecimento, não dá lastro aos bens que porventura tenham sido adquiridos de maneira ilícita.

Essa petição dos advogados é tão somente mais uma chicana com o objetivo de conturbar o processo e dar margem ao choro de lamentações nos discursos de Lula e na retórica do PT.

A morte não santificou Marisa. 

fonte: Jornal da Cidade on line

Concessionária da Free Way gaúcha é suspeita de desviar R$ 100 milhões

Triunfo Concepa, que detém a concessão privada de 121 kms de estradas no Rio Grande do Sul e três praças de pedágio, é suspeita de desviar 100 milhões de reais de verba pública em uma obra de apenas 19 kms na BR-290, uma estrada federal entre Porto Alegre e Gravataí. O trecho é conhecido pelos gaúchos como “Free Way”. Até então, essa empresa era vista como um exemplo de sucesso de concessão à iniciativa privada.
A companhia alegou que “forneceu todas as informações solicitadas e continuará a cooperar com as autoridades competentes a fim de esclarecer integralmente os fatos”. A Triunfo Concepa teve a concessão renovada em julho deste ano pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até 2018, mas já opera no Rio Grande do Sul há 20 anos. A renovação ocorreu sem nova licitação para o contrato, que está em vigor desde 1997.
Essa obra para a construção de uma quarta faixa no trecho, entre 2014 e 2015, custou 241 milhões de reais sem abertura de licitação, segundo a PF. Do total do valor, o Tribunal de Contas da União (TCU) calcula que 100 milhões foram desviados. A verba saiu dos cofres do governo federal.
“São recursos públicos. Não são recursos de uma concessionária [privados], não é uma obra ressarcida mediante tarifa custeada pelos usuários [pedágio]. Por mais incrível que pareça, são recursos da União”, disse o delegado Alexandre Isbarrola, da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor).
Segundo o TCU e a Polícia Federal, a Triunfo Concepa se negou a prestar esclarecimentos e a entregar documentos a órgãos federais. Por isso, na manhã desta quarta (30), foram executados 14 mandados de busca e apreensão, tanto na concessionária quanto em empresas que, de acordo com a PF, foram terceirizadas como fachada para desvio do recurso, no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. A PF não divulgou os nomes dos empresários investigados.

fonte: Veja

Joesley apresenta extrato de todos os depósitos feitos para Lula e Dilma


Joesley Batista vai entregar à PGR extratos bancários que mostram todos os depósitos que ele fez nas contas que seriam usadas para guardar propina para Lula e Dilma.

As datas desses depósitos coincidem com a liberação dos empréstimos do BNDES autorizados por Guido Mantega.
Esse é um indício importante para sustentar a tese de que Mantega cobrava propina em nome dos presidentes.
Joesley afirmou que mostrava pessoalmente o comprovante a Mantega toda vez que fazia algum depósito destinado, segundo ele, a Lula e Dilma.
Entretanto, as contas serviam apenas para registro da dívida, já que os repasses às campanhas ocorriam no Brasil, num modelo de compensação semelhante ao dólar-cabo.
Como essas contas estavam em nome de offshores do próprio Joesley, até agora era praticamente impossível confirmar a versão do dono da JBS.
A informação é do blog Antagonista.

Lula pede a Moro o desbloqueio de sua aposentadoria e poupança e a herança de Marisa

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu na noite de terça-feira (29) ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, o desbloqueio de recursos recebidos por meio de aposentadoria e cadernetas de poupança. Em julho, após condenar o ex-presidente no chamado processo do tríplex, o magistrado ordenou o bloqueio e sequestro de bens de Lula até o total de R$ 13,7 milhões como indenização à Petrobras.

Segundo documento anexado pela defesa, Lula recebe aposentadoria de cerca de R$ 8,9 mil por mês. Desde 1993, ele tem direito ao benefício por ser anistiado político.

Os advogados do petista também solicitaram o desbloqueio da metade dos valores bloqueados de contas bancárias (R$ 606 mil) e de previdência privada de Lula (cerca de R$ 9 milhões), considerada pela defesa como parte da herança de Marisa Letícia, mulher de Lula, falecida em fevereiro, "por força do regime marital da comunhão universal de bens".

Segundo os advogados, as medidas adotadas por Moro afetam bens que, pela lei, não podem ser penhorados e "alcançaram todos os valores da titularidade" de Lula, "que têm origem lícita e estão devidamente declarados-- prejudicando sua própria subsistência, assim como a subsistência de seus familiares." A defesa também afirma que o magistrado "decretou o sequestro de bens que não resguardam qualquer relação" com os crimes pelos quais Lula foi condenado no processo.

"Valor aleatório"

A defesa do ex-presidente também chama de "valor aleatório e arbitrário" os R$ 16 milhões determinados por Moro como indenização a ser paga por Lula à Petrobras -- os R$ 13,7 milhões já mencionados mais o valor do tríplex no Guarujá e das reformas feitas no imóvel pela construtora OAS. O apartamento foi confiscado. 

Para os advogados, a definição do valor teve como base apenas o relato de Agenor Franklin, ex-executivo da OAS que também foi réu no processo do tríplex. Segundo Franklin, R$ 16 milhões de propina relativos a um contrato da empresa com a Petrobras iriam para o PT. 

"É ilegal o constrangimento do patrimônio de quem quer que seja --na proporção da totalidade dos bens adquiridos em vida-- a partir do mero relato de um corréu e 'colaborador informal'", afirma a defesa de Lula.
Recurso contra bloqueio

Em julho, a defesa do ex-presidente entrou com mandado de segurança no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) contra o bloqueio de bens, mas o recurso foi negado em decisão liminar. O mandado ainda será analisado pela 8ª Turma do tribunal. 

Para o desembargador João Pedro Gebran Neto, o pedido da defesa "esbarra na ausência de urgência", mas trouxe "argumentos ponderáveis sobre a (in)validade da decisão de primeiro grau" que devem ser ainda examinados pela 8ª Turma, formada também pelos desembargadores Victor Laus e Leandro Paulsen.

Segundo um comunicado divulgado pelo TRF-4, o advogado Cristiano Zanin Martins alegou no mandado de segurança que o crime pelo qual Lula da Silva foi condenado envolveu apenas o tríplex do Guarujá (SP), já confiscado na sentença, sendo inadequado o sequestro de valores e bens de origem lícita. O advogado ressaltou que tais bens foram adquiridos antes dos fatos apontados no processo, e negou que haja risco de dilapidação do patrimônio do ex-presidente Lula da Silva.

Ainda de acordo com a nota do tribunal, Zanin disse que Moro não poderia ter promovido novas medidas cautelares após a sentença e decidiu bloquear os bens com base em cogitação da força-tarefa da Operação Lava Jato, formada por procuradores do MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná).

Segundo nota enviada por sua assessoria de imprensa ao UOL, Zanin disse que "não houve análise do mérito do mandado de segurança, que será apreciado pela turma do TRF-4." De acordo com o advogado de Lula, o próprio Gebran Neto "reconheceu que há 'argumentos ponderáveis sobre (in)validade da decisão de primeiro grau'.
A sentença do tríplex

Na sentença do processo do tríplex, o juiz condenou Lula da Silva por ter sido destinatário "especificamente de cerca de R$ 2.252.472,00" por meio do imóvel no litoral paulista, "sem o pagamento do preço correspondente e da realização de reformas no apartamento às expensas da [empreiteira] OAS".

Esse valor teria ligação, segundo Sérgio Moro, com R$ 16 milhões em vantagens indevidas a partir de contrato celebrados entre a Petrobras e a OAS que favoreceram "agentes do Partido dos Trabalhadores".

O juiz Moro pediu "o sequestro de bens do ex-presidente para recuperação do produto do crime e o arresto dos mesmos bens para garantir a reparação do dano". Os valores devem ser revertidos à Petrobras. O ressarcimento somente deverá feito se a condenação for confirmada após recursos em todas instâncias.

Moro diz que "não tem relevância se os bens [sequestrados] foram ou não adquiridos com recursos lícitos".

Ministro do STF manda soltar homem preso em flagrante com 211,5 quilos de cocaína

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, por decisão liminar, concedeu liberdade a um motorista de 53 anos que havia sido preso em flagrante, na cidade de Rosana (SP), com 211,5 quilos de cocaína em um caminhão. O homem passou 34 dias encarcerado.

Na primeira instância, a juíza da Vara do Plantão da Comarca de Presidente Venceslau, Daiane Thaís Souto Oliva de Souza, converteu a prisão em flagrante do motorista, decretada pela Polícia Civil, em prisão preventiva.

“Os efeitos deletérios que a droga causa à sociedade quando distribuída estão estampados diariamente nas páginas dos noticiários em todo o Brasil, destruindo a vida de pessoas, dissolvendo famílias e gerando intranquilidade social. Diversos crimes graves são decorrentes do tráfico de drogas: roubos, homicídios, latrocínios, extorsões, corrupção, concussão, dentre outros. Trata-se, portanto, de um crime-gênese que acaba por desencadear toda uma sequência de violência, dor, sofrimento e ódio”, argumentou a juíza.
Ela ainda lembrou que a Constituição Federal equiparou o tráfico de droga aos crimes hediondos, “para que haja uma maior atenção por parte do Estado na sua prevenção e combate”.

“Diante do chamado constitucional, não pode o Poder Judiciário fechar os olhos para essa realidade sem dar o devido tratamento ao problema. Os fatos narrados pela Autoridade Policial reclamam, portanto, uma resposta à altura da gravidade apresentada”, salientou a juíza.

“Diante desse quadro, analisando em concreto detidamente os fatos, considerando a quantidade de droga apreendida e a forma em que estava, a periculosidade do autuado é manifesta, sendo certo que a liberdade dele representará uma porta aberta para a continuidade delitiva”, apontou a magistrada.

De acordo com a juíza da primeira instância, “a manutenção do autuado em custódia se revela necessária em face da possibilidade de retomar às suas atividades ilícitas, voltando a afetar a ordem pública, favorecida pela ausência de uma resposta mais adequada por parte das autoridades, em especial do Poder Judiciário”.

Na segunda e na terceira instâncias do Poder Judiciário, respectivamente, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiram a concessão da liminar requerida para a libertação do preso, ao analisarem habeas corpus impetrados pela defesa.

Primariedade e bons antecedentes

Ao impetrar outro habeas corpus no STF, a defesa do motorista sustentou a inidoneidade dos fundamentos da prisão, tendo-os como genéricos, e apontou a ausência dos requisitos para a preventiva. A defesa também destacou o caráter excepcional da constrição cautelar e as condições pessoais favoráveis do envolvido – primariedade e bons antecedentes. Ainda argumentou que o caso ofendia a Constituição Federal e o Código de Processo Penal.

Ao deferir a liminar no habeas corpus, o ministro Marco Aurélio Mello apontou que “os fundamentos da preventiva não resistem a exame”.

“Inexiste a custódia automática tendo em conta o delito supostamente cometido, levando à inversão da ordem do processo-crime, que direciona, presente o princípio da não culpabilidade, a apurar para, selada a culpa, prender, em verdadeira execução da pena”, argumentou Mello.

“O Juízo considerou a gravidade concreta da imputação. Os malefícios do tráfico surgem como elemento neutro, insuficiente a respaldar o argumento alusivo à preservação da ordem pública. Esta fica vinculada à observância da legislação em vigor. Aludiu ao risco de reiteração delituosa sem revelar dado concreto, individualizado, a demonstrar a indispensabilidade da cautelar. Partiu da capacidade intuitiva, olvidando que a presunção seria de postura digna, ante o fato de o paciente estar submetido aos holofotes da Justiça”, prosseguiu o ministro do STF.

“No tocante ao aumento da delinquência, o combate não há de fazer-se a ferro e fogo, mas mediante política criminal normativa. A problemática da inexistência de vínculo com o distrito da culpa tem solução conforme o disposto no artigo 366 do Código de Processo Penal. Ainda que, citado por edital, o acusado não constitua defesa técnica, as consequências são apenas a suspensão do processo e do prazo prescricional, devendo a preventiva fazer-se balizada no artigo 312 dele constante. Tem-se a insubsistência das premissas lançadas”, argumentou Mello.

Ao deferir a liminar, Marco Aurélio Mello mandou expedir o alvará de soltura do preso, que estava no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. A ordem foi cumprida na última quinta-feira (24), exatos 34 dias após a prisão.

Ainda em sua decisão, Marco Aurélio Mello mandou advertir o motorista da necessidade de permanecer com a residência indicada à Justiça, atendendo aos chamamentos judiciais, de informar eventual transferência e de “adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade”.

Fundo falso

A carga de 211,5 quilos de cocaína foi apreendida pela Polícia Militar Rodoviária no dia 21 de julho deste ano, durante fiscalização realizada na base da corporação, no km 75,500 da Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), em Rosana (SP). O caminhão conduzido pelo motorista de 53 anos transportava uma carga de milho. No entanto, ao revistar o veículo os policiais militares encontraram 200 tabletes de cocaína escondidos em um fundo falso na cabine do caminhão, com placas de Maringá (PR).

De acordo com o inquérito elaborado pela Polícia Civil sobre o caso, o motorista afirmou nada saber acerca da droga, que apenas havia carregado seu caminhão com grãos na cidade de Rio Brilhante (MS) e que estava seguindo rumo a Paranaguá (PR).

O delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, de Rosana, determinou a prisão em flagrante do motorista pela prática, em tese, do crime de tráfico de droga e representou à Justiça pela conversão da medida em prisão preventiva, o que foi acatado pela primeira instância.

“A conduta do indiciado gerou de forma concreta grave abalo à ordem pública. Além do crime a ele imputado ser equiparado a hediondo, a grande quantidade de droga e as circunstâncias em que foi detido denotam que, certamente, está a serviço do crime organizado e, portanto, merece uma maior atenção por parte das autoridades constituídas do Estado. Sabe-se que o tráfico de droga é o móvel para inúmeros outros crimes e principal fonte de manutenção das mais variadas organizações criminosas, merecendo reprimenda à altura, ainda que durante a fase policial e, posteriormente, processual, não lhe devendo ser concedida a liberdade provisória”, relatou o delegado no inquérito policial.
Ainda com o motorista, foi apreendida a quantia de R$ 3.127 em dinheiro.


O Ministério Público ofereceu denúncia contra o motorista por tráfico interestadual de droga e, no âmbito da primeira instância, o caso segue sua tramitação na Vara Única do Fórum da Comarca de Rosana.

Ao libertar traficante, Marco Aurélio Mello faz 'copia e cola' de decisão que soltou o goleiro Bruno

O ministro Marco Aurélio Mello mandou soltar, ontem, um traficante preso em flagrante com 211 quilos de cocaína escondidos em um fundo falso, utilizando um mecanismo de "copia e cola" de outras decisões anteriores, como a soltura do goleiro Bruno e, poucos dias após, de uma quadrilha inteira de assaltantes de bancos

O "CTRL C + CTRL V"  do ministro Marco Aurélio foi notado pelo promotor de Justiça Aluísio Antonio Maciel Neto, em um artigo em que mostrava que as liminares de Marco Aurélio concedem liberdade a presos perigosos com base em um "elemento neutro". Ele diz que é necessário avaliar a pilha de habeas corpus sob responsabilidade do ministro Marco Aurélio, e que as decisões do ministro sejam analisadas pelo colegiado. E conclui: "enquanto nada for feito, a sociedade continuará a padecer diante de decisões que não guardam relação com a gravidade dos fatos, dos crimes e criminosos".


Releia o artigo do promotor Aluísio Antonio Maciel Neto: 

Mais uma liminar, mais uma pessoa condenada por crime grave em liberdade, mais um processo que dormitará em algum escaninho do Supremo Tribunal Federal até que a decisão provisória seja ou não ratificada pelo colegiado.
Infelizmente, esta é a rotina vista nos processos sob a responsabilidade do Ministro Marco Aurélio Mello. Mudam-se os fatos, os crimes e os atores processuais, mas, em comum sempre duas coisas: a existência de um “elemento neutro” a fundamentar a liminar concedida e a transformação de uma decisão provisória em permanente, sem apreciação pelo colegiado.
Nem mesmo a condenação do “goleiro” Bruno a pena de 22 anos e 3 meses pelo sequestro, morte e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, foi suficiente para afastar o tal “elemento neutro” de Marco Aurélio. Em sua decisão liminar, asseverou que “o clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a preventiva”.
Ora, será mesmo que um crime cometido com a absoluta brutalidade, com sequestro, espancamento e com a morte praticada como se estivesse a abater um animal selvagem, pode mesmo ser “elemento neutro” para a sociedade? Pode mesmo ser “elemento neutro” uma morte cujo corpo até os dias de hoje é negligenciado à família por aqueles que a mataram com requintes de crueldade?
Há poucas semanas, o prefeito eleito de Embu das Artes também foi beneficiado por liminar de Marco Aurélio. Na decisão, aduziu que o “suposto desequilíbrio social causado pelo tráfico de drogas surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar o argumento alusivo à preservação da ordem pública”.
Ora, será mesmo “elemento neutro” o desequilíbrio social causado por aquele que é acusado de integrar facção criminosa voltada a prática de crimes de tráfico de drogas e lavagem de capitais? E mais, que estava foragido quando foi beneficiado pela liminar concedida, em evidente comportamento de não cooperar com a Justiça?
Se não bastasse, também no começo do mês, Marco Aurélio soltou outros 21 integrantes de organização criminosa sob o seguinte argumento: “Os malefícios do tráfico surgem como elemento neutro, insuficiente a respaldar o argumento alusivo à preservação da ordem pública”.
Ora, será mesmo “elemento neutro” o fato dos acusados serem presos na posse de aproximadamente 100 quilos de drogas, de mais de 2 milhões de reais, além de armas e munições?

As decisões mencionadas ocorreram em período inferior a trinta dias, mas, infelizmente, refletem o mesmo padrão liberatório adotado pelo Ministro Marco Aurélio: independentemente do argumento lançado para fundamentar a prisão de alguém, haverá sempre um elemento neutro a justificar o injustificável, a negar o inegável, a fazer do redondo o quadrado, do branco o negro, do bom senso o escárnio.
É fato que cada juiz tem liberdade de convicção diante dos feitos que são colocados sob seu crivo. Todavia, tal convicção deve ser sempre motivada e suscetível de recurso ou de apreciação pelo colegiado que o integra.
Nenhum juiz, seja de primeira instância ou da Suprema Corte, é dotado de dom divino da perfeição. Aliás, como bem dizia o ex-ministro Nelson Hungria, o STF tem apenas “o supremo privilégio de errar por último”.
Mas, se o jargão jurídico diz que “decisões jurídicas não se discute, recorre-se”, tal preceito não se aplica às liminares concedidas pelo Ministro Marco Aurélio.
Em novembro do ano passado, o jornal O Estado de São Paulo publicou matéria que noticiou o acúmulo de Habeas Corpus em tramitação sob a relatoria do Ministro Marco Aurélio.
Dos 3.298 Habeas Corpus em tramitação até aquele mês, Marco Aurélio era responsável pela relatoria de 1.426; ou seja, ele acumulava 47% de todos Habeas Corpus em tramitação no Supremo Tribunal Federal.
Apenas a título comparativo, o segundo Ministro com maior número de Habeas Corpus era Luiz Fux, que possuía apenas 291 processos sob sua relatoria. Já o Ministro Edson Fachin era o que menos possuía Habeas Corpus sob sua relatoria, apenas 152 processos.
Em outras palavras, no período mencionado, Marco Aurélio acumulava 4,9 vezes mais Habeas Corpus do que Luiz Fux e 9,3 vezes mais feitos do que Edson Fachin.
Ora, se a distribuição dos feitos no Supremo Tribunal Federal se faz de forma automática, igualitária e linear, por que Marco Aurélio possui, sozinho, quase a metade Habeas Corpus em tramitação no STF? E por que alguns Habeas Corpus permanecem em tramitação por longos períodos sem apreciação do colegiado, restrito apenas à responsabilidade de seu relator?
É preciso verificar a razão do acúmulo de Habeas Corpus existente sob a relatoria de Marco Aurélio Mello. É necessário que se analise a necessidade ou não de criação de força tarefa a fim de que tais feitos sejam finalizados.
Enfim, é fundamental que suas decisões individuais sejam apreciadas pelos demais Ministros, pois somente assim ter-se-á certeza do que são e se procedem os tais “elementos neutros”; ou se, na verdade, são suas decisões que são revestidas de conteúdos neutros, a serem prontamente refutados pelo pleno.
Enquanto nada for feito, a sociedade continuará a padecer diante de decisões que não guardam relação com a gravidade dos fatos, dos crimes e criminosos.
Enquanto nada for feito, o “goleiro” Bruno e tantos outros continuarão a festejar o carnaval, enquanto os familiares de suas vítimas permanecerão a chorar por suas faltas, mesmo aqueles que sequer tiveram a chance de velar os corpos ocultados pela frieza e desfaçatez de seus algozes.

TCU manda Gabrielli e Cerveró pagarem R$ 260 milhões por Pasadena

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou nesta quarta-feira, 30, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor Internacional da companhia Nestor Cerveró a ressarcir US$ 79 milhões (cerca de R$ 250 milhões) por dano ao erário na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A corte impôs ainda, a cada um, multa de R$ 10 milhões.

O TCU também solicitou que os dois tenham os bens arrestados para assegurar o ressarcimento e determinou que sejam inabilitados para o exercício de cargos em comissão e funções de confiança por oito anos. Na prática, a quitação dos montantes é improvável, pois o patrimônio já rastreado de ambos não alcança o valor cobrado pelo tribunal. Cabe recurso contra a decisão.

As punições são as primeiras aplicadas pelo tribunal por causa das perdas no negócio, considerado um dos piores já feitos pela Petrobras.

No mesmo processo, o TCU também apurava a possível ocorrência de outro prejuízo, de US$ 92 milhões (R$ 291 milhões), pelo fato de a Petrobrás ter adiado de 2009 para 2012 a decisão de comprar uma parte da refinaria, o que implicou o pagamento de juros. A conclusão da corte foi de que a medida foi correta e não gerou perdas.

Por isso, não foram condenados por esse item dez executivos, entre eles a ex-presidente da companhia Graça Foster, o ex-CEO da Petrobrás América Gustavo Tardin Barbosa e os ex-diretores Guilherme Barbassa (Financeiro), Jorge Zelada (Internacional), Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços), além do próprio Gabrielli.
Entretanto, a maioria continua sendo investigada em outros processos, que avaliam aspectos diferentes do negócio, e estão com os bens preventivamente bloqueados.

Por unanimidade, os ministros do tribunal entenderam que Cerceró e Gabrielli foram responsáveis por uma carta de intenções na qual a Petrobrás aceitou, em 2007, pagar US$ 700 milhões por 50% da planta de refino. Na época, a empresa já era dona de 50% dos ativos. Para o TCU, o compromisso firmado fez com que o valor final desembolsado na aquisição ao grupo belga Astra Oil fosse US$ 78,8 milhões mais caro.

O então diretor Internacional, hoje delator da Lava Jato, foi quem elaborou o documento e conduziu as negociações, mas o tribunal sustenta haver provas de que o então presidente da Petrobrás autorizou “as tratativas empreendidas”.

Os ministros concordaram com a tese apresentada pelo procurador Paulo Soares Bugarin, do Ministério Público de Contas, que implicou os dois executivos em seu parecer. Os auditores da corte, no entanto, propunham isentar Cerveró e Gabrielli. Eles concluíram que não ficou demonstrado que a carta de intenções foi a causa do prejuízo no negócio.

Em seu voto, o relator do processo, Vital do Rêgo, defendeu a proposta que Cerveró atuou com aval da Presidência da Petrobrás. “Assevero que se examina nestes autos aquisição vultosa de ativo internacional em que se espera a participação obrigatória do presidente da Petrobrás nas etapas de negociação. Não é razoável considerar que o sr. José Sérgio Gabrielli não tivesse conhecimento das ações de seu subordinado direto para a formalização de negócio dessa monta. Ao contrário do que alega o responsável, as evidências dos autos demonstram que ele, ora detinha conhecimento sobre as tratativas da aquisição, ora detinha o controle, e, ora agia ativamente para a consecução da compra dos 50% finais da refinaria”, comentou.

Em sua delação premiada, firmada a partir de 2015, Cerveró admitiu ter recebido propina para viabilizar a compra de Pasadena. No entanto, ele não acusou Gabrielli de corrupção.

O processo julgado nesta quarta foi o primeiro dos quatro que tratam do negócio a chegar à fase final. Uma outra investigação, que avalia a responsabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff, deve ser apreciada na semana que vem ou na seguinte. Como antecipou o Estado, a área técnica do tribunal e o MP de Contas, em pareceres recentes, propõem aos ministros que a petista e mais cinco ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás passem a responder por dano ao erário de US$ 266 milhões (R$ 840 milhões), além de ter os bens preventivamente bloqueados, com o objetivo de resguardar eventual ressarcimento aos cofres públicos.

Posicionamentos anteriores, tanto do plenário quando da área de auditoria, eram para que os integrantes do colegiado fossem isentados. A decisão a respeito dependerá dos ministros.

A compra de Pasadena foi feita em duas etapas, uma em 2006 e a outra em 2012, ao custo total de US$ 1,2 bilhão.

Inicialmente, com aval do Conselho de Administração, a Petrobrás pagou US$ 359 milhões por 50% da refinaria à Astra Oil – que, no ano anterior, havia desembolsado US$ 42 milhões por 100% dos ativos. “Isso representa um acréscimo de 1.690%”, disse Vital nesta quarta.

Em março de 2014, o Estado revelou que a então presidente da República votara a favor do negócio em reunião do Conselho de Administração. Ela disse que só deu seu aval porque se baseou em “resumo tecnicamente falho” que omitia cláusulas prejudiciais, as quais, se conhecesse, não aprovaria.

Após desacordos comerciais, a Astra acionou uma dessas cláusulas, que lhe assegurava o direito de vender sua fatia em Pasadena à estatal. Em 2012, a Petrobrás pagou US$ 820 milhões pelos 50% remanescentes à empresa belga.

Em 2014, após série de reportagens do Estado, o TCU apontou prejuízos de US$ 792 milhões no negócio e abriu os três processos para investigar as responsabilidades. Porém, decretou a indisponibilidade apenas do patrimônio de ex-executivos da estatal.

COM PALAVRA, GABRIELLI

A defesa de Gabrielli informou que vai recorrer da decisão. Nesta quarta-feira, reiterou que o ex-presidente da Petrobrás não autorizou a carta de intenções. Os advogados do ex-presidente da Petrobrás voltaram a alegar que o processo demonstra que Cerveró extrapolou os poderes que tinha nas negociações de Pasadena.

COM A PALAVRA, CERVERÓ

O Estado não localizou a defesa de Cerveró.