domingo, 29 de abril de 2018

Ruralista troca Alckmin por Bolsonaro e diz que tempo de tucano passou

O agronegócio está fechado com a pré-candidatura de Jair Bolsonaro porque o isolamento do deputado do PSL-RJ permite que ele assuma posições defendidas pelo setor, como o reforço da segurança no campo contra roubos e invasões.

A avaliação é de Frederico D’Ávila, 40, diretor da Sociedade Rural Brasileira que elabora o programa de governo de Bolsonaro da área.

D’Ávila é o mais graúdo aliado de Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB, a migrar para a órbita de Bolsonaro até aqui. De 2011 a 2013, ele foi assessor especial do então governador paulista para agro, e até aqui era seu principal consultor junto ao setor. 

Então filiado ao PP, D’Ávila era uma das vozes aliadas de Alckmin a alertar sobre a atração que o deputado vinha exercendo junto a produtores rurais. Sem ser ouvido, abraçou a causa de Bolsonaro, filiando-se ao PSL para disputar uma vaga na Câmara.

Ele é irmão do coordenador de comunicação da pré-campanha do tucano, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila.

Produtor de grãos, diz manter o respeito por Alckmin, mas considera que seu momento para tentar ser presidente passou. “O Geraldo é um piloto de 747, só que estamos sobre a Síria. O Bolsonaro é um piloto de F-16”, diz. 

Leia a entrevista concedida à Folha:

O que o levou a se aproximar de Bolsonaro, após tantos anos na órbita de Alckmin?
Eu continuo tendo o Geraldo como um grande amigo, um grande professor na atividade pública. Na campanha [presidencial do tucano] de 2006, da qual eu participei bastante, a gente percebia muito o apoio na rua. Agora eu não vejo isso. Por quê?
Porque quando você quer juntar demais e desagradar de menos, você acaba sem margem, bem engessado. Isso é bem claro no meu setor. O Bolsonaro, até por não ter esse leque de alianças, pode se posicionar da maneira que bem entender. Ele abraçou as bandeiras do setor. 
A imagem do Geraldo não sofre abalo nenhum em relação a caráter e retidão, mas não é o momento. Estamos com o país na UTI e querem tratar o paciente com homeopatia. Nós precisamos é de antibiótico. Não é para tomar a vida inteira, é por um período. 

O sr. fala muito no agro. Mas acha que Bolsonaro atende às demandas fora dele?
Atende. Esse presidencialismo de coalização não funciona. Você tem de dar ministério, cargo, secretaria em troca de apoio. Bolsonaro gosta do modelo americano, de 15 pastas. 
Virou uma cultura no Brasil tornar o militar um cidadão de segunda classe. Não conheço oficial-general que tenha sido mal formado. O Bolsonaro já disse que quer colocar militares nos ministérios por competência.

O sr. acha que, ganhando a eleição, Bolsonaro governa? Com o sistema existente?
Ele respondeu a essa pergunta num evento no banco BTG: “Se você quiser um governo que dá ministério em troca de voto, já peço para não votar em mim”. A plateia veio abaixo.
Agora, se você me perguntar como faz... Eu sou agricultor, aprendi a cultivar a terra de uma maneira. Chega uma pessoa falando que vai cultivar de outra forma, você fica olhando. Tem de haver outro meio, desse jeito não tem como continuar.

O sr. não vê no Alckmin a pessoa para essa ruptura.
Eu acho que tanto o Geraldo quanto o Bolsonaro seriam bons para o Brasil, só que um tem mais condições neste momento. O Geraldo é um piloto de [Boeing] 747 da [companhia aérea alemã] Lufthansa: não vai chacoalhar, vai jantar, atravessar o Atlântico bem tranquilo. Só que não estamos voando em céu de brigadeiro, estamos voando sobre a Síria. O Bolsonaro é um piloto de [caça] F-16. O Brasil precisa de um piloto de F-16.
O país foi arrebentado, precisa de uma depuração da máquina pública. Falo pelo meu setor inclusive. Veja a Operação Carne Fraca [que apura irregularidades em frigoríficos], tinha agente corrupto.
O sujeito faz concurso e sabe o quanto vai ganhar, não é para fazer rolo. Isso diz respeito ao Bolsonaro: se alguém chega para ele para falar de estrutura de campanha, de dinheiro, ele já pula fora.

Por outro lado, a campanha dele está embrionária em termos de estrutura.
É, mas também não é para ninguém fazer campanha agora.

Mas ele está em campanha há dois anos.
Mas isso que você está vendo é muito da parte dos entusiastas dele. E ele tem de estar no Parlamento terça, quarta e quinta.

Ele é um político profissional, não tem boa produtividade no Congresso. Saindo desse “momento Bolsomito” em aeroportos, ele passa pelo escrutínio de uma campanha?
Acho que sim. Os 28 anos de Parlamento dele lhe dão total estofo. Ele não se diz um não político. É um parlamentar de segmento que virou figura nacional.

E as polêmicas todas nas quais ele se envolveu?
Você não está acreditando na evolução do ser humano...

Não.
[Risos] Veja aquelas declarações polêmicas. Se você pegar um Fernando Gabeira, um José Serra na década de 70, eles não corroboram aquela linha nos dias de hoje. Chamar o Bolsonaro de misógino e racista? Isso não é verdade. Ele trabalha com mulheres e negros.

Mas ele é processado por isso no Supremo [disse que não estupraria a deputada petista Maria do Rosário porque ela “não merecia” em uma discussão].
Mas você vê aquela cena, é ela que estava defendendo um criminoso. Ele é um cara risonho, brincalhão, afetuoso. E o pavio dele está muito mais longo do que antigamente. O que irrita ele é que só falam dessas coisas antigas.

E o agro? Qual é o projeto que o sr. faz para ele?
Se você for olhar a pauta dos candidatos, exceto aqueles que são contra o modelo produtivo, as demandas são as mesmas. De diagnóstico estamos cheios, temos de fazer. Precisamos de logística.
Precisamos de segurança no campo, tanto contra roubo de insumos quanto jurídica, contra invasão e demarcações arbitrárias.
Por fim, estabilidade e previsibilidade na concessão de crédito. Falam que a gente quer dinheiro subsidiado. É que há uma distorção original, que é a taxa de juros do país não ser competitiva. Precisamos de uma equalização para poder competir. 

Vocês se falam sempre, o sr. já apresentou esses pontos?
Não falamos diariamente não. Sobre os pontos, já, e ele aprovou, por isso é apoiado. Ele disse que quem vai dar a diretriz da agricultura será o setor. O ministro não será indicado pelo partido tal. A primeira vez que temos um ministro que realmente vive da terra é agora, com o Blairo Maggi. 

O sr. quer ser ministro?
Se eu toparia? Se ele me convidar... As pessoas precisam entender que se a agricultura patina, a cadeia da economia cai toda. 

Voltando à política, haverá candidato do PSL em São Paulo?
Então, o pessoal pede para ele. Mas eu vou falar do que eu entendo, meu setor. Tenho dois irmãos, todos votam diferente, nunca briguei. Não briguei com o Geraldo por política.

Falando nisso, como ficou o almoço de domingo com seu irmão [integrante da campanha de Alckmin]?
É a ironia do destino, o que a gente pode fazer? Ele está no juízo dele, eu estou no meu.

Jucá recebeu R$ 5 milhões da Odebrecht pela sua ‘importância política’, diz ex-diretor

Em um novo depoimento prestado à Polícia Federal dia 6 de abril, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho voltou a afirmar que a empreiteira pagou R$ 5 milhões ao senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo no Senado. Ao delegado Albert Paulo Sérvio de Moura, o ex-diretor disse que o valor não foi destinado somente em razão do apoio do senador ao processo legislativo de conversão em lei da medida provisória 627, de 2013, que garantiu vantagens fiscais para empresas que atuavam no exterior. De acordo com Melo Filho, o repasse foi definido por Marcelo Odebrecht e reflete a “importância política” de Jucá e “sua histórica relação com a empresa”.

O inquérito contra Jucá foi aberto em 2017, a partir da “lista de Fachin”, a pedido do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, para investigar fatos relacionados a ele e ao também senador Renan Calheiros, com base em declarações prestadas por executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Os colaboradores dizem que o grupo Odebrecht teria efetuado o pagamento de vantagem indevida com a finalidade de obter aprovação de legislação favorável aos seus interesses. Para tanto, Marcelo Odebrecht teria negociado diretamente com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, a edição da medida provisória, “com a qual se almejava alcançar benefícios fiscais que favoreceriam subsidiárias da Odebrecht que atuavam no exterior”.

Em um segundo momento, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), teria havido a atuação no âmbito do Congresso Nacional com o intuito de realizar ajustes na legislação no momento da conversão da medida provisória em lei. “Nesse contexto, relatam os colaboradores o pagamento de R$ 5 milhões ao Senador da República Romero Jucá, que afirmava falar em nome também do Senador da República Renan Calheiros”, aponta o MPF.

Questionado pela Polícia Federal, o ex-diretor disse que não se recordava especificamente da quantia destinada ao senador correspondente ao registro “exportação”, conforme planilha apresentada em corroboração à Procuradoria-Geral da República. No entanto, segundo Melo Filho, definido o valor, a operacionalização dos supostos pagamentos foi repassada ao então diretor José de Carvalho Filho, um dos delatores da Odebrecht, que se encarregava de tratar com o Setor de Operações Estruturadas – conhecido como departamento da propina.

O ex-diretor lembrou ainda que o senador solicitou apoio financeiro para a eleição de 2014, destacando o apoio que havia dado no Congresso Nacional “a temas relevantes de interesse do grupo Odebrecht”. À Polícia Federal, Melo Filho disse que o último tema relevante tratado com o senador antes deste encontro havia sido a medida provisória. Assim, “interpretou que o senador se referia a este processo legislativo”, diz o depoimento.

Segundo o ex-diretor, Jucá de fato ajudou no avanço do processo legislativo de conversão em lei da MP 627/2013, “tema de interesse de todo setor industrial exportador brasileiro, não só da Odebrecht”, destacou.

Outro lado. O advogado que integra a defesa de Romero Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que não há preocupação em relação à investigação porque não há “nenhuma hipótese de ter tido uma doação visando qualquer contrapartida”. “A empresa doou devido à sua (Jucá) histórica relação com a empresa, como ele tinha com vários setores da economia”, disse Kakay.

“O senador é reconhecidamente um senador de muita importância no Congresso Nacional, porque ele talvez seja a pessoa que mais entende de economia e que mais é acionada nas questões econômicas.”

Kakay voltou a tecer críticas ao Poder Judiciário. “Infelizmente, neste momento, eu acho que o Ministério Público Federal deveria olhar o que está acontecendo dentro do Poder Judiciário para que pudesse, inclusive, impedir essas investigações que não terminam nunca em cima de doações que, absolutamente, nada têm de irregular.”

Réu. 
Em março, a Primeira Turma do Supremo aceitou denúncia contra o presidente do MDB, tornando o parlamentar réu no âmbito das investigações relativas à delação da Odebrecht pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Relatado no Supremo pelo ministro Marco Aurélio Mello, o inquérito contra Jucá – que agora tramitará como ação penal – apura se o líder do governo no Senado cobrou e recebeu R$ 150 mil de propina para atuar em favor pela empreiteira na tramitação de duas medidas provisórias no Congresso.

Barroso descobre calote de mensaleiros

Luís Roberto Barroso decidiu verificar como andava o pagamento das multas aplicadas aos mensaleiros condenados pelo STF.

Descobriu que tem gente sem pagar os débitos há mais de dois anos.

O ex-deputado Pedro Henry, por exemplo, pagou apenas a primeira das 24 parcelas. Quitou míseros 4,5% do débito. Estão em situações semelhantes Rogério Lanza e Romeu Ferreira Queiroz, informa o site Folha Política.

A dívida dos três somadas chega a quase R$ 9 milhões.

Pedrada:“Esquerda não gosta de trabalhar. Lula só trabalhou oito anos na vida e tem aposentadoria, tríplex, fazendinha, sitiozinho"


“Esquerda não gosta de trabalhar” Doria também direcionou críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Já viu a turma da esquerda gostar de trabalhar? Pergunta ao Lula se ele gosta de trabalhar. Estou fazendo gestão, fazendo administração, com transparência, eficiência, competência, trabalho. Lula trabalhou oito anos na vida e tem aposentadoria, tríplex, fazendinha, sitiozinho”, afirmou Doria. E acrescentou:

 "Cada vez que vejo esse sem vergonha do Lula falar mentira na televisão eu ponho mais uma hora de trabalho e dedico para ele”.

O ex-prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB) foi um dos políticos que mais se destacou durante os meses que antecederam a prisão do ex-presidente Lula nos últimos meses. Por conta de seus ataques quase semanais, Dória se tornou alvo da fúria de setores de esquerda dos meios de comunicação. Mas quando começou a ganhar projeção nacional com suas críticas, também passou a ser alvo de radicais da extrema-direita, preocupados com a ascensão do empresário convertido em um controverso político.

Em outra pedrada clássica, Dória afirmou: "Os meus filhos, ao contrário dos filhos daquele cidadão, vão aprender que é com trabalho que se conquista, não é com roubo, não é com usurpação, não é com presente de empreiteira."

Dória chegou a prometer levar chocolates para Lula em Curitiba, numa alusão à eventual prisão do petista, que acabou se concretizando. Mas esta não foi a espetada mais clássica do ex-prefeito contra Lula e a esquerda brasileira. Cotado como favorito da disputa ao governo de São Paulo, Dória despejou pérolas ao longo dos últimos meses, como as que ilustram o início desta matéria. 

Dilma entra no radar de Sérgio Moro com assinatura de acordo de Palocci com a Polícia Federal na Lava Jato


O ex-presidente Lula foi preso, após ter caído no radar do juiz federal Sérgio Moro. Ao que tudo indica, o petista não será o único ex-presidente da República do PT a ser investigado pelo temido juiz federal da 13.ª Vara Federal de Curitiba.

Um outro preso por Sérgio Moro pode abrir a porta da cadeia para outros petistas ilustres, como a ex-presidente Dilma Rousseff, a mais ameaçada pela assinatura do acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci, preso há um ano e meio em Curitiba.

O ex-ministro dos governos petistas, que teve suas propostas de de acordo de delação negadas pelo Ministério Público Federal finalmente conseguiu assinar um acordo de colaboração com a Polícia Federal. O fundador do PT e membro do núcleo duro do partido de dos governos de Lula e Dilma já prestou os depoimentos de seu acordo, que deve ser homologado pelo próprio juiz Sérgio Moro. Acuados, integrantes dilmilstas da Procuradoria-Geral da República não terão mais como blindar a ex-presidente, já delatada por gente como Marcelo Odebrecht, Joesley Batista, Monica Moura e João Santana, sem que nada tenha acontecido.

Palocci tem o poder de envolver Dilma, Guido Mantega e outros integrantes da mais alta cúpula do PT. Considerado o 3. na hierarquia do partido, o ex-ministro é considerado o arquiteto de esquemas ilícitos e foi o responsável por administrar milhões em recursos desviados da Petrobras para financiar as campanhas da ex-presidente. Palocci já afirmou que Dilma não apenas tinha conhecimento sobre os fatos criminosos, como também participou de reuniões com ele e o ex-presidente Lula para tratar de desvios na Petrobras.

Em seu acordo de delação premiada assinado com a PF, Palocci prometeu "bala na agulha" para abater muita gente. Em seu primeiro depoimento ao juiz Sergio Moro, em abril de 2017, o ex-ministro afirmou que poderia entregar "nomes e operações" que ajudariam os procuradores a avançar na comprovação do esquema de corrupção investigado pela força-tarefa. "Apresento todos os fatos com nomes, endereços e operações realizadas. Posso lhe dar um caminho que vai lhe dar mais um ano de trabalho, que faz bem ao Brasil", prometeu Palocci.

Naquela ocasião, Palocci declarou à Justiça que os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff participaram, em 2010, de uma reunião com o empresário Emilio Odebrecht na qual foi discutido o pagamento de R$ 300 milhões em "contribuição". O ex-ministro narrou ainda uma reunião, em meados de 2010, na biblioteca do Palácio do Planalto que, segundo ele, também estavam presentes Lula, Gabrielli e Dilma Rousseff. Na ocasião, Lula falou sobre os investimentos bilionários no pré-sal e falou com Gabrielli que o papel dele e de Palocci era garantir "que uma parcela deste projeto financie a campanha desta companheira aqui, a Dilma Rousseff que eu quero ver eleita presidente do Brasil”. Palocci  diria mais tarde ter testemunhado Lula sucumbir ao pior da política no melhor momento dos seus governos. Palocci disse numa carta na qual rompia com o PT que o ex-presidente navegou no “terreno pantanoso do sucesso sem crítica, do poder sem limites, onde a corrupção e desvios (...) são apenas notas de rodapé no cenário entorpecido dos petrodólares que pagarão a tudo e a todos”. Apesar de ter assinado um acordo de delação com a Polícia Federal, a colaboração se dará no âmbito da Lava Jato, a maior investigação sobre corrupção do Brasil, cuja força-tarefa é integrada pela PF, informa o site Imprensa Viva.

Por influência ou não do PT de Lula e Dilma, o MPF se negou a assinar o acordo de delação com o petista, assim como fizeram até aqui com gente como Eduardo Cunha, Léo Pinheiro, da OAS e Marcos Valério, todos com potencial explosivo contra os dois ex-presidentes petistas e seus subordinados. Palocci é o primeiro a romper a barreira imposta pelo MPF desde os tempo de Rodrigo Janto. O que vem pela frente é motivo de pânico no PT de Lula e Dilma justamente pelo fato de não haver nada a fazer para retirar de Sérgio Moro a oportunidade de esclarecer mais uma série de crimes que permanecem impunes no Brasil. 

Que venha logo a verdade. Doa a quem doer. 



Logo que Dilma e o PT foram banidos poder, Joesley Batista passou a ter problemas. Sob Temer, foi alvo de 5 operações da PF


A corrida do empresário Joesley Batista para bater na porta do ex-procurador-geral da República no início do ano de 2017 parece ter uma explicação bastante plausível. Logo que a ex-presidente Dilma Rousseff e o PT foram enxotados do poder, o empresário se tornou alvo de cinco megaoperações da Polícia Federal logo nos primeiros meses do governo Temer, em 2016.

O dono do grupo JBS prosperou durante os governos do PT de Lula e Dilma, e conseguiu transformar o pequeno frigorífico Friboi, que valia cerca de R$ 1.9 bilhões em meados do primeiro mandato do ex-presidente Lula, foi transformado no gigante J&F, que alcançou o valor de R$ 170 Bulhões no final do primeiro mandato da ex-presidente Dilma, em 2014.

O presidente Michel Temer assumiu o comando do país e da Polícia Federal em maio de 2016. Dois meses depois, Joesley Batista e as empresas dirigidas por ele se tornaram alvos da primeira, de cinco operações da Polícia Federal desde 2016.

A primeira foi a Operação Sépsis, deflagrada em 1º de julho de 2016. A Polícia Federal investigava Joesley e seu grupo por um esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.

Dois meses depois, Joesley se tornava alvo da Operação Greenfield, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2016. O empresário e seu grupo foram alvos de uma investigação sobre fraudes em fundos de pensão.

Operação Cui Bono? foi deflagrada pela Polícia Federal em 13 de janeiro de 2017. O grupo de Joesley Batista foi alvo de uma investigação sobre um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa e que envolvia políticos, funcionários da estatal, empresas e empresários. Segundo as investigações e o MPF, a JBS e o Grupo Bertin, adquirido pela primeira empresa, se beneficiaram do esquema criminoso para obter recursos junto à Caixa.

Dois meses depois, era deflagrada a famosa Operação Carne Fraca, realizada em março de 2017, na qual o grupo comandado por Joesley Batista era investigado pela comercialização de carne estragada. A PF identificou irregularidades em 21 frigoríficos controlados pela JBS. Joesley e seus subordinados foram investigados por supostos pagamentos de propina a fiscais sanitários do Ministério da Agricultura e por vender carne de qualidade duvidosa para a população.

Nem dois meses se passaram, e Joesley Batista e seu irmão foram alvos da Operação Bullish, realizada em 12 de maio de 2017 para investigar fraudes e irregularidades em aportes concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através BNDESPar, braço de participações do banco, ao frigorífico JBS.

Enquanto era investigado em tantas operações, Joesley Batista, o maior financiador do PT e maior anunciante da Rede Globo foi bater na porta de Rodrigo Janot. Saiu de lá poucos dias depois com um controverso acordo de delação premiada, no qual foi perdoado por todos os seus crimes.

Joesley foi auxiliado pelo então braço direito de Janot na PGR, Marcelo Miller, que atuou como agente duplo na defesa dos interesses do empresário. A trama engendrada no coração da PGR envolveu uma série de operações suspeitas, provas foram forjadas com a conivência direta de Janot, que usou o acordo com o criminoso para denunciar o presidente Michel Temer. Seria o troco de Janot e Joesley contra o presidente? Temer havia negado conceder o terceiro mandato a Janot e Joesley havia se tornado alvo de uma série de  investigações que poderiam levá-lo à prisão sob o comando de Temer na Polícia Federal.

Há suspeitas de que milhões circularam por baixo dos panos para promover a mais vergonhosa conspiração da história da República, inclusive com a participação da Rede Globo, que divulgou uma transcrição totalmente falsificada da gravação na qual Joesley não conseguiu arrancar nada de comprometedor contra o presidente. Frustrados pela falta de intimidade do açougueiro com o presidente para falar abertamente sobre dinheiro, como em outras gravações nas quais Joesley  trata descaradamente sobre propinas, os vazadores da notícia da Globo inventaram uma série de falas que jamais existiram.

No mesmo dia, a Globo colocou todos seus empregados para pedir a renúncia de Temer. Não se sabe até hoje se o propósito do grupo de comunicação era salvar a pele de seu maior anunciante ou também se vingar do presidente por ter cortado as generosas verbas de publicidade praticadas durante os anos de ouro da corrupção do PT. É possível intuir que todos os demais que embarcaram na aventura de Janot e Joesley tinham algum motivo para apostar na derrubada do governo. A sociedade até hoje não engoliu esta triste passagem da história do país.

Com informações do site Imprensa Viva

Joesley Batista deu mansão de R$ 15 milhões de presente para turma de denunciou Temer


Os envolvidos na segunda denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer, também derrotada na Câmara dos Deputados, fizeram parte de um esquema que prosperou justamente durante os governos de Lula e Dilma. Gente como Joesley Batista,  Fábio Cleto e Lúcio Funaro, que operavam na Caixa Econômica mediante pagamento de propina por obter benefícios no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS).


A denúncia apresentada por Janot apontava que afirma apenas no caso da liberação de R$ 940 milhões em financiamento do FI-FGTS para a Eldorado Celulose, do grupo J&F de Joesley Batista, rendeu R$ 33 milhões em propinas. Esse dinheiro teria sido dividido entre Lúcio Funaro, Eduardo Cunha, Fábio Cleto, Henrique Alves e Michel Temer. Estranhamente, o nome do ex-ministro de Lula e Dilma, Geddel Vieira Lima, não aparece como um dos beneficiários do esquema, nem ninguém do PT.



Funaro teve várias propostas de delação recusadas pelo Ministério Público Federal, assim como ocorreu com o publicitário Marcos Valério, que fez parte do esquema do mensalão do PT, o empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS que teria citado favores a Dias Toffoli, ministro do STF, Eduardo Cunha e o ex-ministro Antonio Palocci, que delatou a participação de Dilma e Lula em esquemas criminosos na Petrobras. Como todas as tratativas envolvendo acordos de delações são sigilosas, não se sabe bem os motivos pelos quais o MPF se negou a firmar acordos com delatores com enorme potencial de comprometer gente do PT, como o próprio Funaro e Palocci, que finalmente conseguiu firmar um acordo esta semana com a Polícia Federal esta semana.



Furaro era tratado como um grande mentiroso, descontrolado e perigoso. Durante as primeiras tratativas, logo após sua prisão, a ex-mulher do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, Adriana Balalai Cleto confirmou, em depoimento prestado por videoconferência à Justiça Federal, que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro ameaçou atear fogo na residência do casal com os filhos deles dentro.



Ninguém na PGR levava Funaro à sério. O delator, que pode ter ameaçado gente graúda no PT, passou a ter credibilidade justamente após a derrota da primeira de núncia de Rodrigo Janot contra Temer, que teve como base a gravação feita por Joesley Batista. Funaro foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Sépsis, em julho de 2016, uma das cinco operações da Polícia Federal que tiveram como principal alvo o Grupo JBS do empresário Joesley Batista.



A situação de um dos donos do frigorífico Friboi, Joesley Batista, fica cada vez mais complicada, na medida em que novos detalhes revelados pelo delator e ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, são revelados. Além de seu envolvimento nas fraudes dos fundos de pensão, o executivo queridinho dos governos petistas é investigado em outras frentes na justiça.



A casa de Joesley Mendonça Batista, no bairro Jardim Europa, em São Paulo, foi alvo recente de uma Operação da Polícia Federal autorizada Supremo Tribunal Federal (STF) e coordenada pela Procuradoria Geral da República (PGR). Uma das empresas de Joesley, a Eldorado Brasil Celulose, foi apontada pelo delator Fábio Cleto como uma das pagadoras de propina. Ele disse que recebeu R$ 680 mil para montar operação de R$ 940 milhões. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão no endereço da empresa na marginal Tietê, em São Paulo, no mesmo prédio onde funciona a JOB/Friboi. Outra curiosidade é que as operações da Polícia Federal contra Joesley Batista e seu grupo começaram justamente após a queda da ex-presidente Dilma Rousseff.



O ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto afirmou em delação premiada firmada com Ministério Público Federal que Joesley Batista deu uma mansão de presente ao doleiro Lúcio Funaro como pagamento de propina por obter benefícios no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Segundo Cleto, a informação foi dada para ele por Alexandre Margotto, sócio de Funaro. A mansão no Jardim Europa, em São Paulo. é avaliada em R$ 15 milhões.



Sob o governo Temer, Joesley Batista e seu grupo foram alvos da  Operação Sépsis 07/2016,   Operação Greenfield, 10/2016,  Operação Cui Bono?, 01/2017,   Operação Carne Fraca, 03/2017 e a Operação Bullish, em maio de 2017, período em que Joesley já estava enfiado no gabinete de Janot tramando para se livrar da prisão iminente na Lava Jato.



Funaro foi preso na no dia 1º de julho de 2016, juntamente com o vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, na Operação Sépsis, que investigava um esquema de arrecadação de propinas de grandes empresas que, para executar projetos milionários, recorriam ao Fundo de Investimentos do FGTS (FI/FGTS). Entre as maiores beneficiárias do esquema, estavam justamente a Odebrecht e a JBS de Josely Batista, os maiores financiadores de campanhas do PT de Lula e Dilma. Em suas delações, tanto Marcelo Odebrecht quanto Joelsey Batista confirmaram que reservaram somas bem próximas para Lula e Dilma. Marcelo Odebrecht afirmou que destinou R$ 300 milhões e Joesley Batista afirmou que movimentou mais de R$ 300 milhões para Lula e Dilma no exterior.



É no mínimo curioso que Janot tenha denunciado justamente o presidente Michel Temer, sem que nenhum destes delatores tenha afirmado que deu algum dinheiro para o presidente, ao contrário do que disseram sobre Lula e Dilma.



Em sua delação, Fábio Cleto, confirmou que nunca teve contato a não ser social com Temer, mas disse que o ex-deputado Eduardo Cunha havia lhe dito que Temer sabia do esquema. Cunha desmentiu a delação de Fábio Cleto e assegurou que Temer não tinha qualquer envolvimento nos esquemas da Caixa e que as nomeações das diretorias que beneficiaram a JBS de Joesley Batista passavam pelo crivo do PT de Lula e Dilma.



Em sua primeira delação, Fábio Cleto tambémnão mencionou o envolvimento de Temer. O nome do presidente só apareceu após em sua delação após o fiasco da primeira denúncia de Janot. Na primeira delação, Fábio Cleto revelou detalhes sobre uma viagem pelo Caribe ao lado de Joesley Batista e Lúcio Funaro, em 2011. Cleto estava em Atenas, na Grécia, quando encontrou Joesley e Funaro.



"De lá decidiram, de última hora, realizar uma viagem a Saint Barth, uma ilha paradisíaca no Caribe. Como o avião em que estavam era grande demais, optaram por aterrissar numa ilha próxima e seguir para Saint Barth por meio de uma lancha. De acordo com Cleto, Joesley mandou buscar, num jato executivo operado pela JBS, as mulheres dos três no Brasil, para que se juntassem ao tour no Caribe."



O empresário Joesley Batista já havia sido indiciado por um esquema de lavagem de dinheiro no Banco Rural, o mesmo que circulava a propina que financiava o esquema do mensalão do PT, que resultou na prisão de José Dirceu.



Fábio Cleto também afirmou que Joesley Batista deu uma mansão de presente ao doleiro Lúcio Funaro como pagamento de propina por obter benefícios no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Segundo Cleto, a informação foi dada para ele por Alexandre Margotto, sócio de Funaro. A mansão no Jardim Europa, em São Paulo, foi avaliada na época em R$ 15 milhões.



O curioso em todo este rolo é que o nome de Michel Temer só começou a aparecer nas delações após Joesley Batista ter corrido para bater na porta da PGR e negociar com Janot e seus auxiliares um acordo de delação mirabolante para escapar da prisão, após ter sido alvo de cinco operações da Lava Jato durante o governo Temer, registra o site Imprensa Viva.



É conveniente ressaltar que o valor da JBS saltou de R$ 19 bilhão para até R$ 170 bilhões durante os governos do PT de Lula e Dilma, graças ao acesso facilitado ao dinheiro do povo no BNDES, Caixa, etc. Por meio da JBS, Joesley Batista era o maior financiador do PT e também o maior anunciante da Rede Globo, a mesma que vazou uma transcrição falsa da gravação de Joesley com Temer e colocou todos seus empregados para pedir a renúncia do presidente, enquanto o próprio Joesley faturava milhões especulando com o caos que se instalou no mercado financeiro após o vazamento da transcrição falsa da Globo. Desde então, os mesmos grupos atuam para desestabilizar o governo, incluindo setores do MPF, STF e Polícia Federal, enquanto Joesley Batista continua, aparentemente sendo blindado pelos mesmos grupos. Talvez, o maior erro de Temer tenha sido ousar mexer com interesses de gente tão poderosa.

Presos, deputados têm R$ 4,77 milhões em emendas liberadas

Presos em regime fechado, os deputados Celso Jacob (MDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC) mantém suas rotinas de liberação de emendas parlamentares. Desde que foram presos, eles destinaram R$ 4.773.942,37 a seus Estados.
Para o deputado fluminense, foram R$ 3.905.114,76 de dezembro até abril. Já para o catarinense, R$ 868.827,61 nos últimos 2 meses. Os dados estão disponíveis no SIGA Brasil.

Nesses períodos, por cumprirem prisões em regime fechado na Penitenciária da Papuda, eles não registraram presença na Câmara.

JACOB

Desde que passou para o regime fechado, em novembro do ano passado, o emedebista teve 12 emendas liberadas. Elas variam de R$ 1.479,24 para ações de turismo no Estado do Rio a R$ 661.002,37 para projetos da área de saúde em Belford Roxo, na região metropolitana da capital fluminense.
Celso Jacob foi preso no início de junho do ano passado. Foi condenado pela 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por falsificação de documento público e dispensa de licitação quando era prefeito de Três Rios, no sul do Rio de Janeiro.
De início, cumpriu a pena em regime semi-aberto. Durante 5 meses, sua rotina era dividida entre a Câmara dos Deputados e a Papuda.
Foi flagrado ao tentar entrar com queijos e biscoitos na prisão. Foi parar na solitária. Por decisão do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), teve sua pena alterada para o regime fechado.
Celso Jacob teve seu salário cortado em dezembro. Desde fevereiro, seu gabinete está vazio, sem funcionários.

RODRIGUES

O deputado catarinense teve 5 emendas liberadas. Elas variam de R$ 61.964,26 a R$ 441.642,26.
As emendas parlamentares de João Rodrigues são festejadas nas redes sociais. Como ele está preso, quem anuncia os repasses são a mulher dele e o chefe do gabinete de Florianópolis –tudo registrado no Instagram.
Reprodução/Instagram – Dep. João Rodrigues
João Rodrigues foi condenado em 2ª Instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal) a 5 anos e 3 meses de reclusão por fraude e dispensa de licitação. Foi preso no Aeroporto de Brasília. Ele vinha dos Estados Unidos e foi flagrado tentando alterar seu destino final para o Paraguai.
Ao Poder360, a assessoria de Rodrigues afirmou que o processo contra o deputado “é uma injustiça”. Sobre as emendas, disse que o catarinense não perdeu o mandato e que “ele tem forte atuação em todo o Estado de Santa Catarina”.

fonte: Poder360

Delação de Palocci na PF reconstitui esquema criminoso de Lula e Dilma em negócios que deram prejuízo De R$ 42 bilhões à Petrobras


Os relatos incluídos no acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci assinado com a Polícia Federal contém  uma série de fatos relacionados com esquemas ilícitos perpetrados pelos ex-presidente Lula e Dilma na Petrobras, registra O Globo.

A publicação informa que "fatos abordados pelo ex-ministro da Fazendo Antonio Palocci na delação premiada firmada com a Polícia Federal (PF) reconstituem o esquema de corrupção na Petrobras, as relações das empreiteiras com políticos do PT e a forma como os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff se envolveram com negócios que deram prejuízo de cerca de R$ 42 bilhões à empresa, segundo estimativa da PF".



Além da responsabilização de Dilma em eventos relacionados a desvios e prejuízos causados à Petrobras, a publicação adianta ainda que "Palocci detalhou entregas de dinheiro vivo a Lula. O ex-ministro detalhou ocasiões em que foi pessoalmente levar pacotes ao ex-presidente e relacionou datas e valores entregues por um de seus principais assessores, Branislav Kontic, na sede do Instituto Lula. Segundo Palocci, os pagamentos a Lula, feitos nos últimos meses de 2010, quando ele se preparava para deixar o Planalto, chegavam a somar R$ 50 mil".



O ex-ministro narrou ainda conversas com Lula no Palácio do Planalto, como a que teria tratado do esquema envolvendo a construção de sondas para exploração de petróleo em águas profundas. O objetivo da negociação, feita na presença de Dilma, seria levantar dinheiro para bancar a campanha da petista, na eleição de 2010, com recursos desviados da Petrobras.



Caberá ao juiz Sérgio Moro homologar o acordo de delação celebrado entre o ex-ministro Antonio Palocci e a Polícia Federal.



Com informações de O GLOBO.

Carvalhosa explica os 9 motivos para o impeachment de Gilmar


O jurista Modesto Carvalhosa, na Veja, explica os nove motivos para o impeachment de Gilmar Mendes:

“1. Gilmar telefonou espontaneamente a Silval Barbosa, ex-governador de Mato Grosso, horas antes preso em flagrante na Operação Ararath, hipotecando-lhe solidariedade e prometendo interceder a seu favor junto ao ministro Toffoli, que relatava o inquérito. Silval Barbosa é, nas palavras do ministro Luiz Fux, o protagonista de uma delação monstruosa.

2. Gilmar votou contra a prisão do secretário da Casa Civil e da Fazenda desse mesmo ex-governador. Éder de Moraes Dias, segundo a Polícia Federal, foi o principal operador do esquema de corrupção descoberto na Ararath.

3. Gilmar teve inúmeros encontros privados com o presidente Michel Temer, fora da agenda oficial, alegando velha amizade, e, ainda assim, com voto de minerva no Tribunal Superior Eleitoral, absolveu a chapa Dilma-Temer de abuso de poder político e econômico na última campanha, de maneira a preservar o mandato do amigo. Nesse processo, a ex-mulher de Gilmar, Samantha Ribeiro Meyer-Pflug, emitiu parecer favorável a Temer, que depois viria a nomeá-la conselheira da Itaipu Binacional, sem contar que o presidente ainda tornou um primo de Gilmar, Francisval Dias Mendes, diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários.

4. Gilmar, agindo como verdadeiro soldado do PSDB, a despeito de ser o relator de quatro entre nove inquéritos contra Aécio Neves, aceitou o pedido deste para convencer o senador Flexa Ribeiro a seguir determinada orientação no tocante a projeto de lei de abuso de autoridade.

5. Gilmar, desprezando o fato de que sua atual mulher trabalha no escritório que defendia os interesses do notório Eike Batista, mandou libertá-lo da prisão.

6. Gilmar, por três vezes, livrou do cárcere Jacob Barata Filho, milionário do setor de transportes do Rio de Janeiro, cuja filha se casou com o sobrinho de Guiomar Mendes, mulher do ministro. Mais: Francisco Feitosa, irmão de Guiomar, é sócio de Barata.

7. Gilmar mandou soltar o ex-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio Lélis Marcos Teixeira, cliente, como Barata, do escritório de advocacia integrado pela esposa do ministro.

8. Gilmar votou no processo de anulação da delação premiada dos proprietários do grupo J&F, a despeito de a JBS haver patrocinado com 2,1 milhões de reais eventos do Instituto de Direito Público (IDP), empresa da qual o ministro é sócio.

9. Gilmar determinou a soltura do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso José Riva, conhecido como “o rei da ficha suja no Brasil”, que foi defendido por Rodrigo Mudrovitsch, não só professor do IDP, mas também advogado do ministro em outra causa.”

Todo errado e ilegal, presidente do TRF-1 resolve atacar Moro

O juiz Sérgio Moro determinou a extradição do lobista Raul Schimidt Felippe Júnior, preso em Portugal e acusado de operar a distribuição de dinheiro de propinas aos ex-diretores da Petrobras Jorge Zelada, Renato Duque e Nestor Cerveró.
Schimidt recorreu ao TRF-4, tribunal a qual o juiz da República de Curitiba está subordinado, que manteve a decisão. Na sequência, o lobista impetrou novo recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também manteve a decisão.
Eis que, num malabarismo jurídico inusitado e ilegal, a defesa do lobista entrou com um outro pedido de anulação da extradição junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Estranhamente e de maneira totalmente descabida, um desembargador do TRF-1 concedeu a liminar.
Moro evidentemente ignorou a decisão e determinou o prosseguimento dos procedimentos para extradição do criminoso.
Neste sábado (28), o presidente do TRF-1, desembargador Ney Belo emitiu uma nota criticando a decisão de Moro, dizendo que o juiz da Lava Jato ‘atenta contra o Judiciário’, registra o Jornal da Cidade Online.
Ou seja, o TRF-1 ignora uma decisão do STJ e é Moro quem atenta contra o Judiciário?
Aliás, o TRF-1 é absolutamente incompetente para recursos contra decisões da Lava Jato de Curitiba.
Cabe ai uma representação no CNJ contra o desembargador que expediu a liminar e contra o presidente do colegiado pelas declarações estapafúrdias.
Moro é inigualável, age dentro da lei, com coragem e sem medo de 'cara feia'.

Ao Lula dos “excessos” e das “faltas”, definitivamente, preso ou livre, você acabou

Foram tantos os “excessos” cometidos por você, Lula!
Você ultrapassou todos os limites em termos de excesso de vaidade. De orgulho. De prepotência. De incivilidade. De ganância. De abuso de poder. De deboche.
Esses “excessos” revelaram quem você realmente era, enquanto se deixava corromper pelo contaminado, sombrio e vermelho “jogo político”, desfrutado por você, e que só satisfazia - e ainda satisfaz - interesses escusos e prazeres mórbidos.
Você ficou em falta, então, com o devido respeito pelos nossos princípios e valores. Pelas cores da nossa bandeira e da nossa alma. Pelo lema Ordem e Progresso. E até por você mesmo.
Como a vida é feita de “opostos”, e o “excesso” está intimamente relacionado à “falta”, faltou a você, Lula, cumprir o seu dever como cidadão e político prestador de bons serviços.
Foi assim que o “trabalhador humilde” que se tornou líder do seu próprio partido e presidente extremamente ardiloso deste país, - perdeu o direito à liberdade, à credibilidade, e passou a ser desprezado. Ridicularizado
“Excessiva indignação”. Eis o que você causou.
Você diria, levianamente, que seu comportamento se justifica, já que “ficar em falta com atos corretos e se exceder com atos impróprios, abusivos” é, hoje, “mera rotina” praticada por muitos que nem deveriam estar no poder.
Levando em conta, então, os opostos “verdade e mentira”, você estaria sendo, - quem diria! - verdadeiro.
Só ficaria “faltando” romper com o excesso de “arrogância” e de “falsidade”, e recorrer aos seus respectivos opostos - a “humildade” e a “sinceridade” -, para que você, num lampejo de consciência, ao menos, se desculpasse.
Até porque mesmo que você se livre da prisão, - protegido pelas conspirações inadmissíveis de um grupo de ministros de toga, que vem desvirtuando as leis e a essência do que conhecemos como “suprema justiça”, - vai continuar carregando sozinho, na sua memória, o pesado fardo de culpas e mais culpas. E não existe provação pior.
O que está faltando em você, portanto, “Lula dos excessos e das faltas”, é parar de subestimar a inteligência dos milhões de cidadãos de bem, legítimos donos deste Brasil, que nós somos, porque não admitimos mais ser manipulados. Ultrajados!
Nem por você, nem por qualquer outro, que desonre, - “com fingidas intenções políticas” -, o nosso solo pátrio e o que nós acreditamos!

Texto por L. Oliver, escritora.

Detalhes do xeque-mate de Moro no STF

As provas contra Lula que vão muito além das delações dos executivos da Odebrecht

Sergio Moro agiu rápido e tranquilizou aqueles que temiam que após a decisão dos Ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli o processo de Lula sobre o sítio de Atibaia escapasse de suas mãos.
Através de um despacho, o juiz Sérgio Moro decidiu manter consigo o processo contra o ex-presidente Lula que trata sobre o sítio de Atibaia, justificando sua atitude afirmando que o “respeitável acórdão” do STF “sequer foi publicado” e que o processo contém “mais provas” que vão para além das delações de executivos da Odebrecht.
“Oportuno lembrar que a presente investigação penal iniciou-se muito antes da disponibilização a este Juízo dos termos de depoimentos dos executivos da Odebrecht em acordos de colaboração, que ela tem por base outras provas além dos referidos depoimentos”, escreveu.
O juiz ainda destaca que houve uma precipitação por parte do Ministério Público Federal (MPF) e da defesa de Lula ao comentarem a decisão do Supremo. O magistrado avalia que somente após a publicação do acórdão da decisão do STF é que se pode avaliar os efeitos da decisão e a extensão do julgado pelo colegiado.
Moro se mostrou tranquilo em relação ao andamento das ações contra Lula que estão sob sua responsabilidade.
O juiz lembrou que o ministro Dias Toffoli não fez referência direta nem à ação penal nem a competência dele para julgar, destacando que a decisão tinha caráter provisório e tinha presente apenas os elementos então disponíveis naqueles autos.
Moro não vai deixar que que estas manobras do STF interfiram no seu julgamento.
(Jornal da Cidade Online conteúdo)