quarta-feira, 19 de abril de 2017

'Lula é o comandante máximo da organização criminosa, a situação é cada vez mais grave, por isso tentará palhaçada dia 3 de maio', afirma jornalista



O jornalista e historiador Marco Antonio Villa comentou a intenção de militantes de fazer uma manifestação em Curitiba, durante seu depoimento ao juiz Sérgio Moro. 

Para Villa, a situação de Lula fica cada vez mais grave, com as revelações da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. 

Villa diz que a cada dia fica mais claro que Lula é "o comandante máximo da organização criminosa". 

Boechat acaba com Lula: 'Manobra escandalosa, atitude de má-fé para atrapalhar o juiz Moro'

O jornalista Ricardo Boechat criticou a estratégia da defesa de Lula de chamar 87 testemunhas para depor em sua defesa. Boechat afirma: "Qualquer pessoa que convoque 87 testemunhas de defesa, ou está perto de Jesus Cristo, ou então está afim de atrapalhar o processo, enrolar, enfim, postergar o julgamento". 

Boechat ainda disse que a decisão de Moro de obrigar Lula a ouvir as testemunhas é muito razoável diante da má-fé da defesa. 

Juiz da Lava-Jato no Rio recebe duas ameaças de morte, e PF envia equipe para analisar risco

A Polícia Federal de Brasília enviou ao Rio agentes treinados para avaliar o risco das ameaças sofridas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal e responsável pelas operações Calicute, Saqueador e Fatura Exposta, desdobramentos da Lava-Jato no estado, após serem descobertos dois novos planos para matar o magistrado e um outro contra um agente federal.

As ameaças partiram, segundo O GLOBO apurou, de um presídio e do Disque Denúncia. A equipe que está no Rio desde a semana passada é a mesma que fez análise de risco no caso do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, também alvo de ameaças.

A pessoas próximas, Bretas afirma que tem certeza de que as ameaças estão relacionadas ao trabalho que a 7ª Vara Federal Criminal do Rio faz contra a corrupção no estado.

Há duas semanas, o novo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), desembargador André Fontes, determinou o reforço da segurança do juiz Bretas. A portaria com a decisão assinada pelo desembargador não explicava, porém, o motivo que o levou a tomar essa medida. Agora se sabe que se trata de planos para matar o magistrado.

A nova administração do TRF tem ajudado no esquema de segurança do juiz Bretas, apesar das dificuldades orçamentárias.

Desde fevereiro, o juiz que mandou prender o ex-governador Sérgio Cabral, o empresário Eike Batista e ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, anda acompanhado por policiais. Além da escolta, a Polícia Federal também vinha monitorando possíveis ameaças a Bretas.

Pela caneta do juiz Bretas, 18 envolvidos somente na Calicute, iniciada em 17 de novembro do ano passado, estão presos. Desde então, Bretas instaurou cinco ações penais, com 45 réus, homologou 22 acordos de colaboração e determinou 21 conduções coercitivas. Já foram arrecadados R$ 430 milhões, pagos por meio de delações, além da apreensão de uma aeronave, 35 embarcações, 103 imóveis, além de joias, veículos, obras de arte e outros valores encontrados com os acusados.


Delator conta que recebeu R$ 500 mil em espécie para pagar reforma no sítio de Lula

Responsável pela obra do sítio de Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o engenheiro civil Emyr Costa contou à Procuradoria Geral da República (PGR) que ajudou a elaborar um contrato falso para esconder que a Odebrecht havia executado a reforma da propriedade rural. Costa relatou ainda que comprou um cofre para guardar R$ 500 mil repassados, em espécie, pela empreiteira para executar a obra.

O sítio está registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva. No entanto, os investigadores da Lava Jato dizem que há indícios de que a propriedade pertenceria ao ex-presidente da República e de que a escritura apenas oculta o nome do verdadeiro dono.

Em janeiro, a Polícia Federal pediu ao Ministério Público Federal para prorrogar o prazo de encerramento do inquérito que investiga o caso.

O Instituto Lula afirmou que "o sítio não é de propriedade do ex-presidente". "Seus donos já provaram tanto a propriedade quanto a origem lícita dos recursos que utilizaram na compra do sítio", diz a nota.

Segundo Costa – que atuava como engenheiro da Odebrecht Ambiental –, ele usou o dinheiro para pagar, semanalmente, a equipe de engenheiros e operários e os materiais de construção da reforma do sítio.

Emyr Costa contou detalhes da obra em depoimento de delação premiada com o Ministério Público. Ele é um dos 78 executivos e ex-dirigentes da empreiteira que fizeram acordo com a PGR para relatar irregularidades cometidas pela construtora em troca de eventual redução de pena.

Em um dos trechos do depoimento de 32 minutos à PGR, o engenheiro explicou aos procuradores como auxiliou o advogado Roberto Teixeira – amigo do ex-presidente – e o ex-dirigente da Odebrecht Alexandrino Alencar a redigir um contrato falso para maquiar o envolvimento da construtora na reforma do sítio.

Conforme o delator, na reunião com Teixeira e Alexandrino, ele informou que as despesas da obra seriam pagas em dinheiro vivo e que seria subcontratada uma empreiteira menor para executar o serviço.

Em meio à conversa, destacou Costa, Roberto Teixeira sugeriu que o engenheiro procurasse o empreiteiro para elaborar um contrato de prestação de serviços em nome do proprietário que aparece na escritura do imóvel, Fernando Bittar.

Diante da proposta do advogado, contou o delator, ele próprio sugeriu que fosse colocado no contrato um valor inferior aos R$ 700 mil que foram gastos na obra. Emyr Costa explicou que decidiram definir que a reforma havia custado R$ 150 mil para que ficasse compatível com a renda de Bittar.

"Eu fui lá para que não aparecesse que foi feito pela Odebrecht em benefício de Lula. Vai lá e faz um contrato entre Bittar e Carlos Rodrigo do Brato, que tem uma construtora e, nesse mesmo objeto, eu declarei: sauna, coloca um valor até mais baixo para ser compatível com a renda do Bittar", observou Costa.

"A gente colocou mais baixo que os 700 mil [reais]. Colocamos 150 mil e eu fiz o contrato pessoalmente, marquei uma reunião, levei o contrato, pedi para ele assinar e emitir uma nota no valor do contrato. Ele me devolveu e eu e eu voltei um dia antes para o senhor Roberto Teixeira eu fui sozinho e me registrei novamente na portaria", complementou.

Cofre

Emyr Costa afirmou que foi destacado para coordenar a obra do sítio no final de 2010 em uma conversa com o executivo Carlos Paschoal, responsável pelas operações da Odebrecht em São Paulo. Segundo o engenheiro, à época ele comandava os projetos de saneamento da construtora entre São Paulo e São Caetano do Sul, município do Grande ABC.

Ele explicou à PGR que a Odebrecht entregou a ele R$ 500 mil em espécie para que ele administrasse a reforma do sítio. O delator disse aos procuradores que nunca tinha visto tanto dinheiro vivo.

A cifra elevada fez com que ele decidisse comprar um cofre para guardar o dinheiro. Costa destacou que, todas as semanas, sacava R$ 100 mil do cofre para entregar à empresa subcontratada para fazer a reforma.

“Eu peguei toda informação e mostrei para Carlos Paschoal e disse que era necessário 500 mil [reais]. Ele me autorizou a começar o trabalho e disse que ia entregar o dinheiro através dessa equipe de operações estruturadas. Ele pediu para ligar para a senhora Maria Lúcia Soares. Eu nunca tinha feito uma obra dessa natureza e comprei um cofre. Semanalmente, eu entregava R$ 100 mil. Eu recebi esse dinheiro em espécie”, contou o delator.

"[Paschoal] me disse que era para eu destacar um engenheiro de confiança para mandar até o apartamento do Lula e fosse até o sitio de Atibaia fazer umas reformas. Essa reunião foi na construtora", disse Emyr Costa aos procuradores, ressaltando que ouviu de seu chefe que a propriedade também era utilizada por Lula.

Reforma

O engenheiro contou no depoimento que a reforma do sítio de Atibaia incluiu a construção de uma casa para os seguranças da Presidência da República que atuavam na equipe de Lula, suítes na casa principal, duas áreas de depósitos para adega e quarto de empregada, sauna, conserto de vazamento da piscina e conclusão de um campo de futebol.

Dono da Odebrecht, o empresário Emilio Odebrecht afirmou em depoimento, no acordo de delação premiada, que a reforma do sítio de Atibaia custou à construtora cerca de R$ 700 mil (veja no vídeo abaixo, a partir do minuto 7).

Emílio afirmou, ainda, que a propriedade sempre foi tratada dentro da empresa como se pertencesse ao ex-presidente da República. Segundo o empresário, foi a ex-primeira-dama Marisa Letícia quem pediu ajuda para concluir as obras, que já estavam em andamento no sítio.

O pedido, relata Emílio, foi feito em 2010, no último ano do segundo mandato de Lula na Presidência da República.

No ano passado, o instituto já havia se pronunciado sobre o sítio, afirmando que o ex-presidente frequenta o local desde que encerrou o mandato (em 2011); que o sítio pertence a "amigos da família"; e que "a tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente".

Recibos

Em março do ano passado, a Polícia Federal encontrou no apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo (SP), documentos referentes a intervenções e reformas no sítio de Atibaia. Na ocasião, os investigadores afirmaram ter encontrado recibos de compras no Depósito Dias Materiais de Construção Ltda em favor do engenheiro Igenes dos Santos Irigaray Neto e cujo local de entrega indica o endereço do sítio Santa Bárbara.

À época, a ex-proprietária do depósito disse que a Odebrecht pagou as compras para a reforma do imóvel. Ela destacou ainda que Irigaray Neto teria sido contratado por meio do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, um dos réus da Lava Jato.

Na mesma operação de busca e apreensão, os policiais localizaram com a família de Lula um documento intitulado “Sítio Atibaia” que, de acordo com a PF, continha “anotações possivelmente referentes a cronograma de obras; desenhos de plantas e projetos”.

Havia ainda um “pedido de capa de piscina” elaborado pela empresa Acqua Summer Piscinas, em Atibaia, em 18 de janeiro de 2011, em nome do servidor da presidência Rogério Aurélio Pimentel, que atua como assessor de Lula. Pimentel comprou o objeto por R$5 50. A encomenda foi entregue no Sítio Santa Bárbara.

Em sua delação premiada, Emyr Costa contou para a Procuradoria Geral da República que viu pela "televisão" que, na operação no apartamento de Lula, a PF havia apreendido vários recibos do sítio frequentado pela família do ex-presidente.

Ele informou aos procuradores que a maioria do material de construção usado na reforma foi comprado em Atibaia. Segundo ele, apenas a sauna instalada na propriedade foi adquirida fora do município.

O engenheiro relatou que, até a equipe da Odebrecht assumir a reforma, quem estava à frente da obra era um grupo de arquitetos contratos por Bumlai.

"Esse arquiteto tinha feito projeto principal, que era das quatro suítes. Isso já estava sendo feito, nosso trabalho foi de conclusão da obra", enfatizou.


Caiado pede que seja marcada a votação da PEC do foro privilegiado

Após a leitura do relatório do senador Roberto Requião sobre o projeto de abuso de autoridade, diversos senadores pediram vista do processo, tendo em vista que houve extensas modificações do texto original. 

Como a previsão de vista é absolutamente legal, senadores que apoiam o projeto que visa barrar a Lava Jato pediram que fosse marcada imediatamente uma nova data para a votação, preferencialmente na semana que vem. 

O senador Ronaldo Caiado, então, aproveitou a deixa para pedir que seja também marcada a votação da PEC do foro privilegiado, que vem sendo adiada sem qualquer justificativa razoável. A proposta foi imediatamente endossada por vários outros senadores. 

Suíça bloqueia contas de marqueteiro de Lula e Dilma

As contas citadas pelo publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014), estão hoje bloqueadas nos bancos suíços. Elas foram alimentadas, segundo pessoas próximas à investigação, com dinheiro de campanhas na ‘América Central e na América do Sul’.

João Santana e sua mulher Monica Moura confessaram o recebimento de valores não contabilizados da empreiteira Odebrecht por campanhas do PT.

Em Berna, o Ministério Publico Federal da Suíça também indicou que contas secretas no país eram usadas para financiar campanhas eleitorais e a suspeita dos investigadores era de que elas tenham sido alimentadas com recursos criminosos.

Os suíços indicaram que contas suspeitas de alimentar campanhas foram bloqueadas. “Como parte das investigações sobre o caso Petrobras/Odebrecht, o Escritório do Procurador Geral da Suíça também ordenou o bloqueio de uma conta que era mantida por uma empresa localmente domiciliada”, informou o Ministério Público suíço.

“De acordo com as informações disponíveis, ela (a conta) foi usada para financiar campanhas políticas na América Central e na América do Sul”, explicou o Ministério Público, já em meados de 2016.

Os suíços também indicaram que não estão investigando o suposto uso ilegal em campanhas, já que isso não seria de sua jurisdição. Mas, para eles, é a origem suspeita dos recursos que levantou dúvidas.

“Qualquer doação ilegal para campanhas eleitorais e outros objetivos políticos devem ser assunto de investigação nos países concernidos e não são, portanto, do interesse direto das investigações conduzidas pelo Escritório do Procurador Geral”, destacou o Ministério Público.

Segundo Berna, o Brasil fez na época um pedido de cooperação para ter acesso a esses dados e os documentos já foram transmitidos ao procuradores da Operação Lava Jato.

Segundo o MP suíço, em junho de 2016, ’em relação à sra Dilma Rousseff não existe nem um processo criminal e nem investigações conduzidas em relação a ela’.


Após ser desmentido, Requião retira da proposta o trecho que citava o juiz Sérgio Moro

Na defesa de seu relatório do projeto de abuso de autoridade, o senador Roberto Requião retirou um trecho em que afirmava que o juiz Sérgio Moro concordava com a redação. 

Moro se manifestou e afirmou: "Consta, no parecer do senador Requião sobre o projeto da lei de abuso de autoridade, afirmação de que eu, juiz Sérgio Moro, teria sido consultado e concordado com a redação por ele proposta para o parágrafo segundo do artigo 1 do substitutivo. 

Isso, porém, não é verdadeiro, estando o Senador absolutamente equivocado pois não fui consultado e não concordo com a redação proposta". 

Após o desmentido, Requião afirmou que retirou o trecho, porque não conversou com o juiz sobre a "última versão". 

'Por menos do que Dilma fez, a presidente da Coréia está presa e pode pegar perpétua', responde senador após Dilma falar absurdo sobre Lula

Após a presidente deposta Dilma dizer que as provas contra Lula são "muito frágeis",  o senador José Medeiros lembrou que a própria Dilma não está livre de investigações. 

E acrescentou: "Por menos do que Dilma fez, a presidente da Coréia está presa e pode pegar perpétua"

Requião recorre à mentira para aprovar projeto que amordaça judiciário

O juiz federal Sérgio Moro declarou que ‘é inverídica’ a afirmação de que foi consultado e concordou com a redação do parecer do projeto que altera a Lei de Abuso de Autoridade.
O relator da proposta, senador Roberto Requião (PMDB-PR), deve apresentar nesta quarta-feira, 19, novo parecer à Comissão de Constituição e Justiça. A redação teria se baseado nas sugestões do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e sido feita após consulta e aprovação de Moro.
O juiz da Lava Jato divulgou nota em que nega ter avalizado o substitutivo.
“Consta, no parecer do senador Requião sobre o projeto da lei de abuso de autoridade, afirmação de que eu, juiz Sérgio Moro, teria sido consultado e concordado com a redação por ele proposta para o parágrafo segundo do artigo 1 do substitutivo”, informou Moro.
“Isso, porém, não é verdadeiro, estando o Senador absolutamente equivocado pois não fui consultado e não concordo com a redação proposta.”
O juiz da Lava Jato chegou a ir ao Senado para apresentar suas divergências em relação à proposta. O projeto do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) abre brecha para que juízes e promotores sejam punidos pela interpretação da lei.
“Ninguém defende abuso de autoridade, mas a redação proposta no substitutivo do senador não contém salvaguardas suficientes para prevenir a criminalização da interpretação da lei e intimidara a atuação independente dos juízes.”

CUT/Vox Populi mostra Lula na liderança da eleição 2018

Pesquisa Vox Populi encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor no primeiro turno da eleição presidencial de 2018 em todos os cenários avaliados. 
Lula oscila entre 44% e 45% quando enfrenta o senador Aécio Neves (PSDB), o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Doria. 
AGORA VEJAM DE QUEM É O INSTITUTO VOX POPULI: 

O dono do Vox Populi é um cidadão chamado Marcos Coimbra.
Se você não ligou o nome à pessoa, Marcos é colunista da Carta Capital, revista acusada na Lava Jato de receber mais de R$ 8 milhões da Odebrecht para favorecer Lula junto à opinião pública.
Seu instituto foi alvo de busca e apreensão na sexta fase da Operação Acrônimo, acusado de intermediar repasses da empreiteira JHSF para a campanha do petista Fernando Pimentel ao governo de Minas.
Também está no radar da Lava Jato, acusado de ter recebido clandestinamente R$ 10 milhões da Andrade Gutierrez S.A. para comprar "pesquisas" para a campanha de Dilma Rousseff.
É esse cidadão - sociólogo, militante, historicamente comprometido com uma identidade político-partidária, dono de um "instituto de pesquisa" investigado pela Polícia Federal - que hoje utiliza sua empresa para divulgar uma "pesquisa eleitoral" que decreta a vitória de Lula em 2018 no primeiro turno.
Sim, o mesmo Lula com 57% de rejeição nos demais intitutos de pesquisa.
O mesmo Lula que há meros seis meses literalmente não conseguiu eleger nem o próprio filho vereador em São Bernardo do Campo.
O mesmo Lula que na última eleição viu o seu partido perder seis de cada dez votos que recebeu na eleição anterior, angariando menos apoio ao redor do país que o PTB de Roberto Jefferson.
A pesquisa foi amplamente difundida nessa manhã por sites como Brasil 247 e Rede Brasil Atual, ambos investigados pela Lava Jato.
E o nome que se dá a isso, você já ouviu certamente outras vezes: manipulação de massa.
A receita é simples, fácil de realizar. Cria-se uma "revista", um "instituto de pesquisa" e "blogs independentes" que possam replicar o discurso oficial de um partido político, capaz de influenciar diretamente a construção argumentativa de seus militantes, que por sua vez repassam esse conteúdo adiante para seus amigos e familiares.
E o discurso agora é: Lula preso será um golpe contra as eleições de 2018. "Imprensa", "institutos de pesquisa" e "formadores de opinião" confirmam isso. Dureza, não?
Sabe o pior? No país da malandragem, não falta otário para cair nesse esquema ponzi de falsificação da opinião pública.
- Rodrigo da Silva, editor do Spotniks


fonte: spotniks
AGORA VEJAM QUE

Palocci começa a considerar vantagens da delação

O ex-ministro Antonio Palocci teve uma primeira reunião com a força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba para negociar um possível acordo de delação premiada, segundo reportagem nesta terça-feira do jornal Folha de S.Paulo.
Palocci, que está preso desde setembro do ano passado, está considerando as vantagens de um acordo com Lava Jato e pode tratar em sua delação de casos de corrupção que envolvem empresas do sistema financeiro, como bancos, e conglomerados que não integram o grupo de empreiteiras.
Na lista também há fatos ligados ao ex-presidente Lula – de quem ele defendeu interesses econômicos – e às campanhas do PT. Também estava na reunião com a força-tarefa da Lava Jato o delegado Felipe Pace, que conduziu investigações que prenderam o político.
O advogado Roberto Batochio, que defende Palocci, disse à Folha que não foi informado sobre eventual delação do ex-ministro e que deixará o caso se o cliente tomar a decisão de firmar acordo.

ESTADO EMPRESÁRIO OU PRIVATIZAÇÃO DE ESTATAIS? – HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE ROBERTO CAMPOS


“Os riscos da incompetência privada são limitados; os erros da incompetência pública, ilimitados.” (Roberto Campos)
Nós, brasileiros, vimos atônitos os infindáveis escândalos envolvendo as empresas estatais nos últimos anos. O “mensalão” teve começo com um caso de propina nos Correios, o “petrolão” tinha naturalmente a Petrobrás como vítima e o BNDES, Banco do Brasil e Caixa não ficaram imunes ao que o ministro Celso de Mello, do STF, chamou de “formação de quadrilha” no seio do Estado brasileiro na era lulopetista.
Mas será que o choque deveria ser tão grande? Será que o abuso das empresas administradas pelo Estado é algo inesperado, raro? Talvez a magnitude do esquema, a ousadia dos corruptos e o alastramento da podridão possam assustar mesmo, mas não a essência do problema. Ao menos não para quem esteja familiarizado com o pensamento liberal, que teve em Roberto Campos um de seus maiores ícones no Brasil.
Campos comprou essa briga décadas atrás, praticamente sozinho no meio político, e o próprio termo pejorativo “Petrossauro”, que cunhou para se referir à então idolatrada Petrobrás, demonstra como ele já imaginava o potencial estrago com a empresa gigantesca e paquidérmica nas mãos dos políticos. Enquanto quase todos gritavam “o petróleo é nosso!”, Campos argumentava com lógica contra o fetiche do nacionalismo estatizante. O tempo mostrou quem estava certo.
A revolta com os falsos nacionalistas foi uma constante na vida de Campos. Entre os principais motivos, estava justamente a criação da Petrobrás. Ele sempre defendeu a competição no setor, por meio de empresas privadas, inclusive as de capital estrangeiro. De onde vinha o dinheiro não o preocupava, mas sim ter uma produção abundante do importante produto para beneficiar nossa indústria. Eis o modelo americano, país onde o petróleo não poderia ser mais estratégico!
Mas os devaneios nacionalistas falaram sempre mais alto do que a lógica, e um monopólio estatal foi criado, com enormes custos para a população, muitas vezes ignorados pela visão míope que olha apenas um lado da moeda e se esquece dos custos de oportunidade. Recordes de produção eram festejados sempre com muita fanfarra, sem entrar no raciocínio de como seria com várias empresas privadas competindo. Tanto Getúlio Vargas como Lula se deixaram fotografar com as mãos sujas do “ouro negro”, em atos claramente populistas. O populismo tem longa história em nosso país.
Por conta dessa briga intelectual que comprou com os nacionalistas da esquerda e da direita, Campos foi apelidado de “Bob Fields” e acusado de ser um “entreguista”. No fundo, ele tinha apenas mais conhecimento econômico, um mapa de fundo teórico infinitamente mais embasado e estava do lado certo da história, como o sucesso das privatizações iniciadas por Margaret Thatcher comprova. Ele sabia que o Estado jamais consegue ser um bom empresário, por conta dos incentivos perversos em jogo. Cabe à iniciativa privada, num ambiente de livre concorrência, liderar o progresso da nação.
Seu entendimento acerca do mercado era preciso, e até hoje vemos que muitos ainda não foram capazes de compreender tal conceito. O mercado “é apenas o lugar em que as pessoas transacionam livremente entre si”, o que não é pouco, “porque no seu espaço a interação competitiva entre os agentes econômicos equivale a um plebiscito ininterrupto”. Os agentes podem rever a todo o momento suas escolhas, assim como a medição quantitativa de suas preferências lhes permite o cálculo racional. Os socialistas jamais assimilaram este fato.
Campos era mestre no poder de síntese: “No meu dicionário, ‘socialista’ é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros”. Eles sempre souberam “chacoalhar as árvores para apanhar no chão os frutos”. O que não sabem é plantá-las. Nas suas palavras, “os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado”.
A “mão invisível” de Adam Smith faz seu “milagre” por meio do livre mercado porque cada indivíduo busca o que é melhor para si, mas, nesse processo, precisa colocar o foco no outro, nos clientes. O lucro advém do sucesso em atender bem a demanda, quando não há privilégios ou subsídios estatais em jogo. As empresas privadas buscam incessantemente a excelência para sobreviver e prosperar, cortando custos desnecessários e investindo em produtividade. Os funcionários mais competentes são promovidos, enquanto os ineficientes são demitidos. O escrutínio dos sócios do capital garante esse mecanismo, enquanto, nas estatais, o dinheiro é da “viúva”, ou seja, é de todos, o mesmo que não ser de ninguém.
Mas nada disso era bem compreendido pelos adversários de Campos, o que o deixava frustrado, pregando no deserto. Acusavam o tal “neoliberalismo” pelos males que assolam nosso país. O completo afastamento do modelo liberal, não obstante seu uso como bode expiatório, era profundamente lamentado por Campos. Em sua opinião, “o que certamente nunca houve no Brasil foi um choque liberal”. O liberalismo econômico e o capitalismo não fracassaram na América Latina, “apenas não deram o ar de sua graça”. Em resumo, “o Brasil está tão distante do liberalismo – novo ou velho – como o planeta Terra da constelação da Ursa Maior!”.

Roberto Campos foi um defensor do livre mercado, das privatizações, do capitalismo, do império das leis objetivas. Combateu o nacionalismo retrógrado, o planejamento estatal, os impostos elevados e progressivos, a burocracia asfixiante, a concentração de poder, o socialismo em geral. Viveu a angústia de ver as ideias racionais serem desprezadas por políticos presos em uma mentalidade ultrapassada, que chegou a parir um absurdo como a Lei da Informática, criando reserva de mercado para produtores incompetentes e condenando o Brasil ao atraso tecnológico. Lamentou, enquanto muitos vibravam, a Constituição “besteirol” de 1988, que oferecia garantias irrealistas, promessas utópicas, plantando as sementes das desgraças que se seguiram.
Sofreu com as imensas oportunidades perdidas, que mantiveram o Brasil longe de realizar seu potencial. Poderia ser um tigre, mas agia como uma anta. E foi praticamente uma voz isolada e abafada por um uníssono ensurdecedor de ideias esquerdistas. Como ele mesmo reconheceu, “admitir o ‘liberalismo explícito’, num país de cultura dirigista, é coisa tão esquisita como praticar sexo explícito em público; não dá cadeia, mas gera patrulhamento ideológico”.
Infelizmente, muito pouco mudou desde então. Na verdade, mudou: praticar sexo explícito em público passou a ser visto como “moderninho” e “progressista”.
* Ensaio para o livro Lanterna na Proa, organizado por Paulo Rabello de Castro e Ives Gandra Martins em homenagem ao centenário de Roberto Campos.

Juiz americano condena Odebrecht a pagar R$ 8 bilhões a Brasil, Suíça e EUA

A Odebrecht foi sentenciada nesta segunda-feira por um juiz americano a pagar 2,6 bilhões de dólares (cerca de 8 bilhões de reais) a Brasil, Suíça e EUA, após ter admitido manter um esquema de propinas ao longo de 15 anos em mais de uma dezena de países que, segundo promotores americanos, levou a pagamentos irregulares de 3,34 bilhões de dólares (10,3 bilhões de reais).
A maior parte da multa da Odebrecht, 2,4 bilhões de dólares (7,42 bilhões de reais), irá para o Brasil. A Suíça receberá 116 milhões de dólares (360,1 milhões de reais) e os EUA ficarão com 93 milhões de dólares (288,7 milhões de reais), segundo a sentença proferida pelo magistrado Raymond J. Dearie. A companhia também terá de manter um monitor de compliance.

Fonte: Veja

Lula pôs o Brasil à venda

Todos sabemos que a corrupção já existia antes de Lula da Silva chegar à Presidência da República. Mas foi com o líder petista que a transformação de todos os assuntos estatais em negócio privado se consolidou. E foi assim que ele pôs o Brasil à venda. A Odebrecht e outras empresas envolvidas no escândalo apenas compraram – sem nenhuma boa-fé – o que havia sido colocado na praça. Esse é o conteúdo do irretocável editorial publicado pelo jornal O Estado, no último domingo. Leia a análise completa abaixo.
“Há quem veja nas delações da Odebrecht e nas centenas de inquéritos delas decorrentes, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) como na primeira instância, a confirmação de que toda a política nacional está corrompida. A disseminação da corrupção seria de tal ordem que já não teria muita serventia a identificação dos culpados. Com leves variações de tons, todos os políticos seriam igualmente culpados. Ou, como desejam alguns, todos seriam igualmente inocentes.
Como corolário desse duvidoso modo de ver as coisas – como se a deformação da política tivesse pouca relação com a atuação desonesta de pessoas concretas –, há quem entenda que as descobertas mais recentes da Lava Jato desfazem a impressão, tão forte nas primeiras etapas da operação, de que Lula e sua tigrada tiveram uma participação especial na corrupção no País. Eles seriam tão somente um elo a mais na corrente histórica de malfeitos. A responsabilidade por tanta roubalheira caberia, assim querem fazer crer, ao sistema político.
Longe de relativizar a responsabilidade do PT na crise ética da política, as revelações sobre os ilícitos da Odebrecht, delatados por seus diretores e executivos, confirmam e reforçam o papel deletério de Lula na política nacional. Seu papel foi decisivo e central para o abastardamento da vida política brasileira. Foi ele o autor intelectual e material do vil assassinato do interesse público nos dias que vivemos.
A corrupção levada a cabo nos anos do PT no governo federal não é mera continuidade de um sistema corrupto. Há um antes e um depois de Lula na corrupção nacional, capaz até de assustar Emílio Odebrecht. “O pessoal dele (de Lula) estava com a goela muito aberta. Estavam passando de jacaré para crocodilo”, disse o presidente do conselho de administração da empreiteira, em relato por escrito à Procuradoria-Geral da República.
É evidente que já existia corrupção antes de Lula da Silva chegar à Presidência da República. A novidade trazida pelo ex-sindicalista foi a transformação de todos os assuntos estatais em negócio privado. Sem exagero na expressão, Lula da Silva pôs o Estado à venda. A Odebrecht e outras empresas envolvidas no escândalo apenas compraram – sem nenhuma boa-fé – o que havia sido colocado na praça.
Ao perceber que todos os assuntos relativos ao governo federal poderiam gerar-lhe benefícios, pessoais ou ao Partido dos Trabalhadores, Lula da Silva procedeu como de costume e desandou a negociar. Com alta popularidade e situação econômica confortável – o País desfrutava então das reformas implementadas no governo anterior e das circunstâncias favoráveis da economia internacional –, Lula não pôs freios aos mais escusos tipos de acordo que sua tigrada fazia em seu nome, em nome do governo e em nome do partido, como restou provado no mensalão e no petrolão.
Lula da Silva serviu-se do tradicional discurso de esquerda, de ampliação da intervenção do Estado na economia, para gerar novas oportunidades de negócio à turma petista. São exemplos desse modo de proceder as políticas de conteúdo nacional e da participação obrigatória da Petrobrás nos blocos de exploração do pré-sal. Aquilo que era apresentado como defesa do interesse nacional nada mais era, como ficaria evidente depois, que uma intencional e bem articulada ampliação do Estado como balcão de negócios privados.
Lula não inventou a corrupção, mas criou uma forma bastante insólita de fazer negócios escusos. Transformou a bandalheira em política de Estado. Com isso, corruptos, velhos e novos, tiveram ganhos nos anos petistas que pareciam não ter limites. Não foi por acaso nem por patriotismo, por exemplo, que o governo petista estimulou as empreiteiras a expandir sua atuação para novas áreas, como a exploração de petróleo. Assim, incluía-se mais uma oportunidade ao portfólio de negociatas da tigrada de Lula.
Todos os inquéritos abertos a partir das delações da Odebrecht merecem especial diligência. Seria equívoco não pequeno, no entanto, achar que o envolvimento de tanta e diversificada gente nas falcatruas de alguma forma diminui a responsabilidade de Lula da Silva pelo que aí está. A magnitude dos ilícitos descobertos pela Lava Jato, da Odebrecht e de tantas outras empresas e pessoas, só foi possível graças à determinação de Lula da Silva de pôr o Estado à venda. Não lhe neguemos esse mérito.”

Gerente da Odebrecht foi demitido depois de questionar pagamentos ilícitos

O delator Hilberto Mascarenhas, da Odebrecht, relatou à Operação Lava Jato, um episódio ocorrido na sede da empreiteira, em São Paulo. No elevador do prédio da Odebrecht, um gerente de obra em Angola questionou um funcionário do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propina da empreiteira, sobre pagamentos ilícitos.
Trabalhavam no setor de propina, com Hilberto Mascarenhas, os executivos Luiz Eduardo Soares e Fernando Migliaccio.
“Eu demiti um. Eu demiti um rapaz que procurou uma palhaçada. Entrei no elevador eu, Fernando e Luiz, e esse palhaço, na frente de outras pessoas, chegou para Fernando e disse: Você não tem vergonha de estar dando dinheiro para esse povo, não?. Fernando disse: Eu nunca dei dinheiro a ninguém, não. Eu pago o que os outros mandam. Não sou eu que estou dando, não”, relatou.
“Eu achei que o comportamento dessa pessoa, que era um gerente de uma obra em Angola, não cabia. Ainda mais no elevador que tinha 8, 10 pessoas, ele fazer um comentário desse. Eu liguei para o chefe dele e pedi a cabeça do rapaz. Pedi mesmo. Esse tipo de comportamento não pode ter. Até porque ele era uma das pessoas que em determinado momento, como diretor de uma obra, podia pedir.”
O Ministério Público Federal quis saber o nome do gerente. Hilberto Mascarenhas disse não lembrar. “Nem quero saber mais.” Segundo o delator, os gerentes de obras sabiam do Setor de Operações Estruturadas.
O departamento ficava no escritório da empresa no mesmo lugar de hoje, na Marginal.”Setor na época ficava no 16º andar, no cantinho do 16º andar. Eram três salas”, contou. Hilberto Mascarenhas foi questionado se havia uma cobertura para o departamento.”Não, não”, afirmou.  “Pelo contrário, era tratado… Você sabe quanto é a folha de pagamento da empresa que você trabalha? Por que você precisa saber o que é que eu faço na minha área? Não tinha que ficar divulgando o que fazia, nem ficar divulgando o que não fazia.”

conteúdo: República de Curitiba

Odebrecht, desde 1980 comprando políticos e financiando a corrupção

De 1981 a 2001, Jack Welch atuou como CEO (presidente-executivo) da General Electric (GE). Até hoje, aos 81 anos, ele é considerado um dos maiores líderes do mundo corporativo. Foi responsável por tirar a GE de uma grande burocracia e aplicar diversas inovações gerenciais. De sua trajetória de
20 anos no posto mais alto da empresa, o executivo já compartilhou diversas lições, entre elas: o primeiro passo para o sucesso de uma empresa deve ser a definição da missão, depois detalhar seus valores e o comportamento para cumpri-la.
No Brasil, Emílio Odebrecht foi o CEO da poderosa empreiteira quase no mesmo período em que Jack Welch foi na GE.  Ele também deixou a presidência da instituição em 2001. Porém, ao invés de batalhar para que sua organização se desenvolvesse e alcançasse êxito por vias honestas, Emílio cedeu à tentação de constituir relações promíscuas para promover seu negócio.
Por exemplo, no fim da década de 1980 ele e Lula foram apresentados por Mário Covas. De lá pra cá, o relacionamento do petista com a empreiteira evolui tanto que, na última segunda-feira, ao juiz Sérgio Moro, Marcelo Odebrecht afirmou que a Odebrecht chegou a repassar a Lula, por intermédio do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, nada menos do que R$ 40 milhões a fim de “manter a relação”.
Outro caso, foi o contato com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), cujas conversas começaram no início dos anos 2000, quando ele ainda era deputado federal. O parlamentar mineiro tinha ascendência sobre a gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Depois, com a sua eleição para o governo do estado as negociações corruptas se intensificaram. Aécio chegou a receber R$ 5,2 milhões em propina das empreiteiras, entre elas a Odebrecht, que tiveram permissão para erguer a Cidade Administrativa, sede do Governo.Por fim, uma planilha anexada pelo executivo Benedicto da Silva Júnior, ex-presidente da construtora Norberto Odebrecht e um dos responsáveis por comandar o setor de “operações estruturadas”, trouxe o nome de 179 políticos como destinatários de R$ 246 milhões em supostos pagamentos via caixa 2 entre 2008 e 2014.
Nessa lista de repasses de dinheiro não declarado, os que mais receberam recursos foram o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que teria recebido R$ 61,9 milhões e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, com R$ 21,2 milhões. Em terceiro, aparece o sucessor de Cabral e atual governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, cujos repasses ilegais somaram R$ 20,3 milhões.
No âmbito internacional, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que o Grupo Odebrecht pagou 1 bilhão de dólares a políticos de diferentes países, provocando uma tempestade sobre a reputação de diversos governantes. O dinheiro foi enviado como doações de campanha ou propina direta para políticos em troca de contratos de construções, principalmente em infraestrutura. Entre os países envolvidos, estão: Argentina, México, Equador, Peru, Colômbia, Angola, Panamá, Guatemala e República Dominicana.
Como empreendedor, não podemos dizer que Emílio Odebrecht ignorou de todo a lição do grande Jack Welch. Está claro que ele sabia muito bem qual era a missão, os valores e o comportamento a ser adotado na sua empresa. Foi uma escolha consciente. Porém, perversamente consciente.
Elisa Robson
conteúdo: República de Curitiba