quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O ‘debate com Lula’ sem Lula

A “live” no Facebook que Fernando Haddad e Manuela D’Ávila vão fazer no horário do debate dos presidenciáveis da Band está sendo anunciada pelo PT como um “debate com Lula”.

O próprio texto publicado no Twitter explica que Haddad, Manuela, Gleisi Hoffmann e José Sérgio Gabrielli “estão entre os confirmados” –pelo PT, claro, não pela TV– “e falarão em nome do nosso eterno presidente!!”, com duas exclamações mesmo.

A Folha explica que os quatro vão “contracenar com imagens” do hóspede ilustre da carceragem da PF em Curitiba.

O mundo paralelo do petismo está cada vez mais bizarro. A única possibilidade de a live ser, de fato, um “debate com Lula” é se servirem lula à doré durante o evento.

Contra Bolsonaro, Haddad admite a possibilidade de apoiar Alckmin

Em evento do Banco BTG, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad afirmou que um segundo turno entre Bolsonaro e Alckmin seria um ”pesadelo”.

Ele também admitiu que o PT não tem preconceito com uma possível aliança com o PSDB e lembrou de outras ocasiões que os partidos se uniram.

fonte:Conexão Política

TRF-4 nega pedido do PT e Lula não participará do debate na Band

A desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), negou, nesta tarde, um pedido do PT para que Lula participasse do primeiro debate entre candidatos à Presidência, que será realizado pela TV Bandeirantes na noite de hoje, às 22h.
O pedido foi realizado pelo PT nesta quarta-feira (8). O partido ingressou com um mandado de segurança, recurso que visa combater eventuais violações referentes a uma decisão já tomada, para questionar uma decisão da juíza Bianca Georgia Cruz Arenhart, que também negou, na segunda-feira (6), a participação do encarcerado no debate da Band.
Por decisão da juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução penal do petista, Lula está proibido de conceder entrevistas e não pode deixar o local para participar de debates ou atividades de campanha.

Venezuela manda prender oposicionistas por ‘ataque’ a Maduro

Como era de esperar, Nicolás Maduro usou o “ataque de drones” –não comprovado– do último sábado para mandar prender opositores de sua ditadura na Venezuela, registra O Antagonista.

Alinhada com o ditador, a Suprema Corte mandou prender Julio Borges, líder oposicionista e ex-presidente da Assembleia Nacional, acusado de “homicídio intencional qualificado em grau de frustração”.

Outro oposicionista acusado de envolvimento no “atentado”, Juan Requenses, foi capturado pela polícia política chavista, o Serviço Bolivariano de Inteligência, segundo seu partido, o Primeiro Justiça.

Nesta quarta ( 8), Maduro falou na TV por 40 minutos e não apresentou provas de que Requenses e Borges –que vive na Colômbia– estejam ligados ao alegado ataque.

PF vai limitar segurança de candidatos à Presidência nas eleições 2018

Responsável pelo esquema de proteção dos candidatos à Presidência da República ao longo da campanha nas eleições 2018, a Polícia Federal pretende limitar, neste ano, a segurança para representantes de partidos nanicos – com menos de cinco parlamentares na Câmara dos Deputados. Nem todos terão policiais à disposição 24 horas por dia.

Segundo o site Folha Política, a PF já entrou em contato com candidatos para informar sobre o funcionamento do esquema de segurança. Uma fonte da corporação informou que será usada a métrica da legislação eleitoral para convite de debates em emissoras de televisão – candidatos cujos partidos contam com cinco ou mais parlamentares no Congresso terão “segurança dedicada”, ou seja, 24 horas e durante toda a campanha.


Os presidenciáveis sem essa representação mínima também terão segurança, mas apenas em ocasiões específicas previamente informadas à PF. No caso de Marina Silva (Rede), no entanto, será levada em consideração sua posição nas pesquisas de intenção de votos, o que a coloca em situação diferente dos nanicos.

Para a PF, o número maior de candidatos ao Palácio do Planalto e a disseminação de “eventos espontâneos” – como a recepção a políticos em aeroportos – são os maiores desafios na garantia da segurança dos presidenciáveis nesta campanha. 

A atuação da PF na segurança dos candidatos é prevista em lei e tem como objetivo viabilizar o exercício democrático da escolha do novo chefe do executivo nacional. Todo o custeio e organização das viagens para os policiais envolvidos na segurança, inclusive os gastos com reservas de hotel, é bancado pela própria corporação. Ainda não há estimativa dos gastos. Inicialmente, cada candidato terá uma equipe com 20 policiais – o número pode ser maior dependendo do local ou risco do evento.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, já estava sendo acompanhado por agentes, nesta terça-feira, 7, ao chegar à Câmara. A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) disse à reportagem que ainda não decidiu se vai pedir a proteção pessoal da PF.

O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) disse ao Estado que ainda está pensando se utilizará os serviços da PF. O PDT avalia a situação do presidenciável Ciro Gomes. A assessoria de Marina afirmou que vai acertar com a PF como será o esquema. 

A assessoria de Alvaro Dias (Podemos) confirmou que o candidato terá proteção pessoal. Já a campanha do PT informou que não foi comunicada oficialmente pela PF e não tem posição definida. A reportagem não obteve resposta de Geraldo Alckmin (PSDB). 

Dilma defende CPMF e diz que Brasil não paga muito imposto

A ex-presidente e candidata ao Senado por Minas Gerais, Dilma Rousseff (PT), afirmou, na noite de terça-feira (7), que o Brasil não paga muito imposto e defendeu a volta da CPMF – imposto que taxava transações financeiras. 

“Temos que parar com essa história de que no Brasil se paga muito imposto. Quem paga muito imposto é assalariado e classe média. Por isso acho muito grave não ter CPMF. A CPMF é em cima da transação financeira. Uma pessoa que tem transação de R$ 100 milhões de reais, paga 0,38% disso. Uma outra que tem transação de R$ 6 mil, paga  0,38%”, explicou.

A fala foi feita durante a aula inaugural do curso “O impeachment de 2016 como golpe de Estado”, realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na maior parte de seu pronunciamento, ela voltou a atacar o processo de impeachment e defendeu a necessidade de se "discutir a questão".

No curso, não há docentes favoráveis ao impeachment. Segundo o professor Thomás Bustamante, que coordenou o curso, as aulas favoráveis ao processo não foram organizadas porque, segundo ele, não há argumentos “jurídicos ou Morais” que não indiquem que o impeachment não tenha sido um golpe.

“Desde 2016 eu não ouvi nenhum argumento jurídico ou moral que mostre, que prove, que aquilo não tenha sido um golpe. Só escuto ódio e preconceito”, disse Thomás Bustamante.

Supremo recua e não limita prazo para ações para ressarcimento em ato de improbidade

Após reviravolta no Supremo Tribunal Federal (STF), a Corte definiu que não existe prazo de prescrição para o ressarcimento de dinheiro público desviado por atos de improbidade administrativa, em situações dolosas (ato com intenção de causar dano, feito com má-fé). Por seis votos a cinco, os ministros derrubaram a tese de que uma ação para cobrar a devolução de valores desviados por improbidade (dolosa) só pode ser aberta em até cinco anos depois do descobrimento do fato.

O julgamento do caso começou na semana passada, quando uma maioria de votos tinha sido formada pela fixação do prazo de cinco anos, o que gerou grande repercussão no universo jurídico. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta quarta-feira (8) mostrou que, na visão de procuradores e juristas, a prescrição iria dificultar a reparação de dano ao erário e aumentar a impunidade no País, incluindo casos antigos da Lava Jato.

A decisão da Corte nesta quarta-feira tem repercussão geral, ou seja, servirá de base para todos os tribunais do País, onde 999 ações estão paradas aguardando essa definição. Os ministros ressaltaram que a imprescritibilidade é exclusiva à prática de ressarcimento, ou seja, se o ato de improbidade prescreveu, não há como aplicar outras sanções a quem cometeu o ato ilícito.

A sessão de hoje contou com uma reviravolta de placar. Na última quinta-feira (2), os ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso endossaram a corrente da maioria pela prescritibilidade dessas situações. No entanto, no julgamento de hoje, os dois pediram para ajustar seus votos, o que acabou virando o placar.

“Entendo que hoje em dia não é consoante com a postura judicial que danos decorrentes de crimes praticados contra a administração pública fiquem imunes da obrigação com o ressarcimento. Então, com toda humildade, eu peço vênia (licença) aos colegas e retifico meu voto”, disse Fux.

Além do relator, o ministro Alexandre de Moraes, votaram pela prescritibilidade os ministros e mantiveram os votos de semana passada os ministros Marco Aurélio Mello, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, que ficaram vencidos. Pela imprescritibilidade, Edson Fachin, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Celso de Mello.

DEBATE. O tema gerou uma discussão acalorada no plenário. Os ministros que votaram pela prescrição apontaram que não há coerência em haver prazo para condenar alguém como culpado por improbidade, mas não haver prazo para declarar o agente público culpado somente com o fim de cobrar o ressarcimento aos cofres públicos.

Moraes destacou que sua preocupação estava voltada ao ‘devido processo legal’, já que a ação pelo ressarcimento não teria os mesmos ritos de processo que investiga alguém por improbidade, e, mesmo assim, servir para declarar que a pessoa cometeu o ilícito.

“Se não se pode mais discutir o ato de improbidade (em função da prescrição), como se pode discutir o ressarcimento?”, indagou Marco Aurélio.

Moraes ainda criticou as afirmações de que o prazo prescricional “atrapalharia” o enfrentamento da corrupção. “É uma falácia, com o perdão da palavra, que a imprescritibilidade atrapalharia o enfrentamento da corrupção. O que atrapalha o enfrentamento é a incompetência”, disse Moraes, observando que o prazo de cinco anos seria para ingressar com ação após descobrimento do fato. “Chegou-se ao absurdo de falar que atrapalha a Lava Jato, já é uma vacina que previne eventual incompetência”, completou o ministro.

Por outro lado, ao alterar o voto, Barroso disse que a prescritibilidade, nesse caso, não produz o melhor resultado para a sociedade. Foi o ministro quem sugeriu que a imprescritibilidade seja exclusiva aos atos de improbidade dolosos (feitos de má-fé, como enriquecimento ilícito, enriquecimento ilícito de terceiros, dano intencional a administração pública), e não aos atos culposos (descaso, inépcia).

Para Barroso, ao decidir, o juiz deve considerar primeiro a norma jurídica. Num segundo passo, identificar se há valores ou direitos fundamentais envolvidos na situação. Depois disso, refletir como gerar o melhor resultado. “Não há popularidade ou impopularidade que possam afastar o juiz desse dever”, disse Barroso.

O CASO. A tese foi definida em um recurso do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra decisão do Tribunal de Justiça do estado (TJ-SP) que reconheceu a prescrição em um processo de improbidade de ex-servidores públicos municipais.

Medalha e faixa presidencial de Evo Morales são roubadas

A medalha e a faixa presidencial da Bolívia, símbolos históricos que o presidente do país costuma usar em atos relevantes, foram roubadas.

A polícia boliviana iniciou uma operação para recuperá-las, após a detenção de um militar encarregado da segurança dos dois símbolos, registra o site Folha Política.

A suspeita é que o roubo tenha ocorrido ontem (7) à noite, em Alto, cidade vizinha a La Paz, quando os objetos eram levados em um veículo oficial. As informações são da polícia boliviana.

Em comunicado, o Ministério de Defesa da Bolívia informou que foi detido um oficial do Exército boliviano encarregado da segurança desses objetos históricos e foi aberta investigação.

As circunstâncias do roubo "ainda são investigadas", acrescentou o ministério, que explicou que o Exército é "responsável exclusivo" pelo resguardo desse tipo de patrimônio "durante as festas da pátria", como o aniversário da independência da Bolívia, celebrado na segunda-feira (6).

"A polícia boliviana, seus serviços de inteligência e toda a institucionalidade do Estado foram postos à disposição da investigação para encontrar os culpados do roubo, o mais rápido possível ", diz o comunicado oficial.

O presidente Evo Morales chegou nesta manhã ao local das comemorações do Dia das Forças Armadas bolivianas na cidade de Cochabamba sem usar os símbolos.

A medalha e a faixa são símbolos presidenciais desde a época da República na Bolívia.