quarta-feira, 22 de novembro de 2017

OS RIO: UM EXPERIMENTO SOCIAL FRACASSADO QUE AJUDA A COMPREENDER O FENÔMENO BOLSONARO

“Os males desesperados são aliviados com remédios desesperados ou, então, não têm alívio.” (Shakespeare, em Hamlet)
Sou “carioca da gema”, então posso criticar o meu “querido” Rio de Janeiro à vontade. E como considero o provincianismo um dos males que assolam o estado, estou aqui para isso mesmo: não ataquem o mensageiro!
Vimos que a economia brasileira está em recuperação após as reformas de Temer. Foram criadas quase 80 mil vagas em outubro, a maior criação em quatro anos. Uma grande exceção: o Rio, onde foram perdidas quase quatro mil vagas. Sou implicante?
Se os escândalos de corrupção não param no país todo, especialmente em Brasília, no Rio a coisa consegue ser ainda pior: o câncer está em metástase, segundo o juiz Bretas. Os milhões são distribuídos em propinas como se fossem trocados, e quase todos parecem envolvidos. Nunca se roubou tanto desde Cabral!
Se o PMDB é ruim no país todo, no Rio é ainda pior. Se o PT é podre em todo lugar, o carioca é mais assustador ainda, à exceção do Rio Grande do Sul, nosso maior concorrente. Foi no Rio que Dilma ganhou com mais folga. Foi no Rio que Heloísa Helena teve mais voto. São do Rio os deputados Jean Wyllys, Chico Alencar e Glauber Braga, do PSOL defensor do regime venezuelano. É do Rio Marcelo Freixo, da mesma seita.
É no Rio que a esquerda caviar se cria, que os fãs de Chico e Caetano se espalham feito cupins. É no Rio que o Projaquistão prega o desarmamento da população, enquanto os bandidos possuem fuzis e os globais andam com seguranças em carros blindados. É no Rio que há uma guerra civil “velada” nas favelas, na Baixada.
Nada do que aponto é exclusividade carioca. São mazelas nacionais. Mas no Rio é tudo turbinado. Em linguagem de mercado: o Rio é “beta alavancado”. E que ainda por cima se acha o máximo!
O jeitinho é uma doença brasileira, mas o Rio é a capital nacional da malandragem. De onde é o Zé Carioca, afinal? É no Rio que temos mais “artistas” confundindo arte com pedofilia e mamando na Lei Rouanet. É no Rio que temos a maior Parada Gay, com muito atentado ao pudor, confundindo libertinagem com liberdade e baixaria com respeito ao próximo. Várias estatais estão no Rio, assim como máfias sindicais poderosas.
Ah, mas como é bela a natureza! De fato, só que o homem conseguiu destruí-la, e tem medo constante de explorar os visuais paradisíacos. A maior concentração de maconheiro por metro quadrado deve estar no Rio, posso apostar. Enquanto isso, as empresas vão para São Paulo, terra de “otários” que só querem trabalhar.
Diante disso tudo, vale notar que é do Rio também a reação chamada Bolsonaro. Conhecer melhor o Rio pode ajudar a compreender o fenômeno que assusta tanta gente na elite e na mídia. Sair da “bolha progressista” é necessário. Se o Rio é o Brasil mais “avançado”, ou amanhã, então é apenas natural esperar uma resposta similar em nível nacional. Bolsanaro foi o deputado mais votado no estado. O Rio é um experimento fracassado, e a população está cansada, desesperada.

texto: Rodrigo Constantino
(Gazeta do Povo conteúdo)

Uma tranca na porta da Lava Jato

A turma de Michel Temer está “exultante” com o novo diretor da PF, diz Andreza Matais do Estadão.
Leia aqui:

“O discurso de posse de Fernando Segovia surpreendeu até o Planalto.

O núcleo do governo avaliou que a performance do novo chefe da PF foi muito além do esperado e funcionou como uma tranca na porta da Lava Jato, o que deixou os articuladores do governo exultantes.”

MORO É VAIADO

A Folha de S. Paulo disse que Sergio Moro, ontem à noite, foi vaiado por meia dúzia de procuradores.

O organizador do protesto foi Guilherme Rodrigues, procurador de Fortaleza e presidente da ANPM entre 2012 e 2014.

Ele disse para a reportagem:

“Usar a toga para fazer política é algo inadmissível, e é isso que Moro faz”.

O procurador que não faz política é este aqui:




Moro: “Precisamos de um Plano Real contra a corrupção”

O juiz Sergio Moro disse ontem à noite:
“Precisamos de reformas mais gerais. De uma espécie de Plano Real contra a corrupção”.

Qual é o candidato que vai levantar essa bandeira em 2018?

O PISTOLEIRO DE GAROTINHO

Tem até pistola na propina para Garotinho.

Diz O Globo:
“A conexão com a JBS foi revelada por Ricardo Saud e por outro delator, o empresário André Luiz da Silva Rodrigues. Ele é sócio da Ocean Link, empresa que assinou um contrato de fechada com a JBS, mecanismo encontrado pelo grupo para que o dinheiro chegasse à campanha de Garotinho. Rodrigues, dono de outra empresa que mantinha contratos com a Prefeitura de Campos, então comandada por Rosinha, narrou que foi avisado do depósito pelo policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro da Silva, conhecido como Toninho – ele é apontado como um dos operadores financeiros de Garotinho.

Toninho teria ido à casa do empresário e, armado com duas pistolas, pedido a ele que sacasse os R$ 2,6 milhões em espécie no banco. Como o valor era alto, Rodrigues sacou os recursos em mais de um dia, cerca de R$ 500 mil por vez – em uma das idas ao banco, disse que foi seguido por Toninho.”

PRESIDENTE DO PR É PRESO

O presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues, também está sendo preso.
Ele é acusado de ter negociado com o PT a propina da campanha de 2014, roubada do BNDES para favorecer Dilma Rousseff.

Antonio Carlos Rodrigues foi ministro dos Transportes de Iolanda até o impeachment.

Escândalo envolvendo suplente faz Cristovam desistir de licença

Cristovam Buarque divulgou nota hoje dizendo que vai adiar o início de sua licença de 120 dias do Senado “até que sejam esclarecidas quaisquer denúncias envolvendo o nome de Wilmar”.

“Wilmar” é o petista Wilmar Lacerda, suplente do senador do PPS. Ele é acusado de comprar sexo de uma menor –uma adolescente de 17 anos da cidade-satélite de Planaltina– pagando lanches a ela.

O ataque à idade mínima

A reforma meia-boca piora de minuto em minuto.
O plano, segundo o Estadão, é reduzir a idade mínima para as aposentadorias.

Em vez de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, os deputados querem aprovar 60 anos para homens e 58 para mulheres.

“A proposta”, diz a reportagem, “será levada à discussão hoje no jantar com lideranças políticas e com o presidente Michel Temer”.

Henrique Meirelles não pode aceitar.

Um balanço da terra sem lei

O Rio de Janeiro tem hoje cassados ou presos todos os governadores eleitos desde 1998 –fora, claro, Luiz Fernando Pezão, que ainda está no cargo.

Também estão presos todos os presidentes da Alerj desde 1995 e cinco dos seis conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.

A segunda chance de Cármen Lúcia

A Associação de Magistrados Brasileiros, diz o G1, “apresentou nesta quarta-feira três ações no STF que visam proibir as assembleias legislativas do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Rio Grande do Norte de derrubar prisões de deputados estaduais decretadas pela Justiça”.

É melhor que Cármen Lúcia comece a preparar seu voto.

PSDB e o ‘efeito Bolsonaro’

Ainda não se falou de política na reunião da Executiva Nacional do PSDB em andamento.
Um deputado que já deixou a conversa afirmou a O Antagonista que o partido ainda não está levando a sério o que chamou de ‘efeito Bolsonaro’.

“O crescimento do Bolsonaro é algo impressionante e acho que muita gente aí dentro ainda não se deu conta disso.”

Temer 2018

Michel Temer é o candidato de Michel Temer.
“Com 3% nas pesquisas”, diz Raymundo Costa, “é difícil imaginar um governante com a veleidade de se reeleger.

Mas os aliados de Temer têm suas razões.

Em primeiro lugar, o presidente não teria como cair mais nas pesquisas. Chegou ao fundo do poço.

Para viabilizar uma candidatura, fala-se em algo em torno de 12%.

Temer tem também outra grande vantagem sobre os demais candidatos: o prazo para a decisão do presidente é o fim de junho”.

Os brasileiros dizem um rotundo “não” aos partidos e políticos no poder

Ainda segundo a pesquisa nacional online do Instituto Paraná, para 84,8% dos brasileiros, os partidos políticos não representam, de fato, a população brasileira.

E para 81,9% deles, os políticos que estão no poder não representam, de fato, os interesses da população brasileira.

De fato.

7 em cada 10 brasileiros não votariam no mesmo candidato ou partido

O Instituto Paraná fez uma pesquisa nacional online para medir o pulso dos eleitores brasileiros.

O pulso está acelerado pela vontade de mudanças.

A primeira pergunta feita pelo Instituto Paraná foi:

Em 2018, você votaria no mesmo candidato ou partido em que votou para Presidente em 2014?

71,5% responderam que não;

25% responderam que sim;

3,5% não se lembram em que votaram.

Os votos de Silas Malafaia

O pastor Silas Malafaia, informa a coluna Expresso, da Época, vai apoiar Flávio Bolsonaro, um dos filhos de Jair, que vai se candidatar ao Senado pelo Rio de Janeiro.

Para presidente, Malafaia afirmou que ainda está em dúvida entre Bolsonaro, o pai, e João Doria.

Como o site O Antagonista tem dito, faz parte da estratégia da família Bolsonaro contar com o apoio e os votos das principais lideranças evangélicas do país.

Cesar Benjamin contra Taís Araújo: ‘Qualquer idiotice racial prospera’

Cesar Benjamin, que aos 17 anos foi preso político no regime militar e depois se tornou um dos fundadores do PT, perdeu a paciência com o discurso da esquerda.

Hoje secretário de Educação de Marcelo Crivella no Rio, Benjamin escreveu um post no Facebook rebatendo Taís Araújo –em palestra recente, a atriz disse que a cor do filho dela “faz com que as pessoas mudem de calçada”.

“Nossa maior conquista –o conceito de povo brasileiro– desapareceu entre os bem-pensantes. Qualquer idiotice racial prospera. A última delas é uma linda e cheirosa atriz global dizer que as pessoas mudam de calçada quando enxergam o filho dela, que também deve ser lindo e cheiroso. Vocês replicam essa idiotice.”

Leia, abaixo, o post de Cesar Benjamin na íntegra.


Só falta um governo para as propostas do Banco Mundial

O relatório “Um ajuste justo – propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, do Banco Mundial, propõe basicamente o seguinte:

— Acabar com o ensino superior gratuito para quem tem condição de pagar pela faculdade;

— Unificar os programas sociais, que não raro se sobrepõem, aumentando o custo para o estado;

— Cortar despesas governamentais num ritmo de 0,6% do PIB a cada ano, o que equivaleria hoje a quase 10 bilhões de reais;

— Congelar os salários dos servidores públicos, que ganham 67% a mais do que trabalhadores do setor privado na mesma função;

— Acabar com a ajuda governamental a empresas, na forma de subsídios diretos e indiretos que atualmente consomem o equivalente a 4,5% do PIB.

As propostas são ótimas, agora só falta ter um governo de verdade para colocá-las em execução.