sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O caminho da propina para Gleisi, segundo a PF

A PF gravou um vídeo para reconstruir o caminho da propina de Gleisi Hoffmann.
O protagonista do vídeo, diz a Veja, é Antonio Carlos Pieruccini, portador do doleiro Alberto Yousseff.

Ele percorreu as ruas de Curitiba mostrando para a PF como entregou a propina para a presidente do PT.

Covarde, Lula volta a culpar a Lava Jato pela morte de Marisa, que tinha mais de R$ 10 milhões nas contas

A ex-primeira dama Marisa Letícia foi diagnosticada no ano de 2007 sobre a existência do aneurisma dilatação anormal de uma artéria), num quadro evoluiu fatalmente para o acidente vascular cerebral (AVC) que causou sua morte, dez anos mais tarde. 

Marisa bebia, fumava, era sedentária e enfrentava outros fatores de risco. Segundo mateira publicada em O Globo na época da morte da ex-primeira dama, " uma dilatação anormal de qualquer artéria do corpo, quando rompida, leva ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), como o ocorrido com a ex-primeira-dama Marisa Letícia. De acordo com especialistas, quem já sabe que tem o problema deve seguir à risca recomendações médicas para diminuir o risco de a artéria estourar: manter a pressão arterial controlada, não fumar, ter índices de glicose dentro do normal — para evitar a evolução para o diabetes — e fazer exercícios físicos de leves a moderados. Participar de uma maratona, por exemplo, nem pensar, mas correr é, em geral, permitido.

- O que faz existir uma espécie de bomba-relógio é a pessoa já estar diagnosticada com aneurisma e viver situações de pressão arterial descontrolada ou fumar, por exemplo — destaca o neurologista do Hospital Quinta D’Or Pedro Varanda. 

- No caso de dona Marisa, pode ter ocorrido um pico de pressão e isso ter levado ao rompimento do aneurisma. Mas o mais comum é que seja um resultado de uma pressão elevada durante um longo prazo — analisa Varanda. — O que mais acontece é a pessoa passar anos tendo sua artéria desgastada por conta da hipertensão e, em determinado momento, ela romper. Não necessariamente por conta de um pico" observou o especialista. 

Apesar de todos estes fatos, o ex-presidente Lula voltou a responsabilizar os agentes da Operação Lava Jato pela morte de Marisa, ocorrida em fevereiro. 

O petista, que tem sido duramente hostilizado durante sua caravana pelo interior de Minas Gerais, afirmou na cidade de Padre Paraíso que a "razão de apressar a morte dela foi esse sofrimento" causado pela operação Lava Jato" disse o petista nesta quarta-feira, 25. 

Lula está com orelha inchada de tanto ouvir gritos de ladrão em caravana por Minas. Onde o petista chega é xingado

O ex-presidente Lula tem se queixado com seus companheiros sobre o desânimo de ser chamado de ladrão em praticamente todas as cidades por onde tem passado com sua caravana em Minas Gerais. Segundo interlocutores, Lula afirmou que não está mais suportando os gritos histéricos "dos 'mineirinhos' que só sabem gritar 'ladrão, seu lugar é na prisão' e 'Bolsonaro' daqui e dali". Lula fez a queixa inclusive fazendo uma vozinha jocosa.

Ainda segundo este interlocutor, próximo a um dos membros do diretório do PT em Ipatinga que vai acompanhar a comitiva até Montes Claros, todos na caravana estão cansados da tensão que prece a chegada a cada cidade, mas estão todos conscientes, inclusive o Lula, de que este esforço faz parte da estratégia do petista em arrastar sua defesa para o campo político.

"Ninguém está se importando com os gritos de ladrão ou se aparecem poucas pessoas nos comícios. A gente já faz isso há mais de vinte anos. Todos na equipe tem experiência em capturar as melhores imagens, enquanto o pessoal da segurança sabe muito bem como isolar os coxinhas", confidenciou um dos membros da Caravana durante a passagem pela cidade de Itaobim. Mas e o Lula? Como ele reage a tantos xingamentos? "Ele fica puto. Não é nem bom encarar ele nos olhos nestas horas. Pode sobrar para um inocente", dizem os operários da caravana.


Ministros solidários com Barroso

De acordo com o site JOTA, Luís Roberto Barroso recebeu a solidariedade de pelo menos quatro ministros depois do bate-boca com Gilmar Mendes.


Todos se dizendo cansados das provocações de Gilmar.





Cunha e Funaro ficam frente a frente em audiência na Polícia Federal

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o corretor de valores Lúcio Funaro, apontado como operador do PMDB, estão frente a frente em audiência realizada na tarde desta quinta-feira (26) na Justiça Federal de Brasília.

Cunha e Funaro são réus no processo em que o ex-deputado e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) são acusados de participar de um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal para liberação de recursos do FI-FGTS, fundo de investimento estatal.

Ao depor na audiência de hoje, o ex-vice presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Cleto afirmou que a aprovação de projetos de empresas pela Caixa sofria influência de Cunha e de Funaro. "Desde o início comecei sob orientação de Lúcio Funaro ou de Eduardo Cunha", disse.

Segundo Cleto, ele informava a Cunha e Funaro quais empresas tinham pedidos de financiamento e aguardava a resposta de Cunha ou Funaro sobre se deveria reter ou dar seguimento à aprovação do pedido. Segundo o delator, posteriormente ele era informado do valor de propina cobrado das empresas.

Apesar de os financiamentos serem decididos por 12 votos do conselho que deliberava sobre os investimentos, Cleto afirmou considerar que seu voto exercia influência sobre os demais, pelos argumentos técnicos que trazia.

"Não acredito que meu voto era o decisivo, mas acredito sim que tive influência dentro desse comitê", afirmou Cleto.

O delator disse desconhecer qualquer influência de Cunha e Funaro sobre os demais conselheiros. Ele também disse que o contato que mantinha com os empresários era "técnico" e não tratava do esquema de propina. "Sentava com eles para decidir detalhes técnicos da operação", disse.

Apontado como antigo operador do parlamentar, Funaro passou a acusador de Cunha, quando fechou acordo de colaboração premiada e relatou supostos fatos ilícitos praticados pelo peemedebista.
O ex-deputado passou então a atacar a veracidade da delação de Funaro, afirmando que ele relata fatos dos quais não participou.

Cunha também teria tentado negociar um acordo de delação, mas o processo não foi adiante.

Na audiência nesta quinta-feira, na 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, Cunha e Funaro estão sentados um de cada lado de uma mesa postada à frente do juiz Vallisney Oliveira, responsável pelo processo. Eles estão acompanhados por seus advogados.

A denúncia contra Cunha e Alves teve como base as investigações da Operação Sepsis. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), entre os anos de 2011 e 2015, o então deputado Eduardo Cunha atuou em um esquema de cobrança de propina a empresas beneficiadas pela Caixa Econômica Federal e ao FI-FGTS.

O esquema teria contado com a participação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Loterias da Caixa Econômica Federal que posteriormente assinou um acordo de delação premiada.

Além de Cleto, Cunha e Alves, também foram denunciados no processo o corretor Lúcio Funaro, apontado como operador do PMDB, e o empresário Alexandre Margotto.

Nesta quinta-feira deverão ser tomados os depoimentos de Cleto e Margotto. Na sexta-feira (26), serão ouvidos Funaro, Cunha e Henrique Alves.

Cleto, Funaro e Margotto, réus nesse processo, firmaram acordos de colaboração premiada com a Justiça.

Eduardo Cunha tem negado o envolvimento em qualquer prática ilegal. A defesa de Henrique Alves afirma que não há provas contra ele.

A defesa de Henrique Alves tem afirmado que não há provas contra ele.


Burocracia atrapalha desenvolvimento e estimula corrupção, diz pesquisa


A burocracia atrapalha tanto a rotina das empresas quanto a do cidadão comum. É o que constatam duas pesquisas divulgadas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo a pesquisa, a maioria da população (84%) considera o país burocrático. E para 75%, o excesso de burocracia é um estímulo à corrupção. Quase 80% (77%) disseram também que a burocracia dificulta a compra de bens como veículos e imóveis. Apenas 36% dos entrevistados avaliam que o governo tem sido capaz de implementar políticas de desburocratização.

Já entre as empresas, 90,2% disseram que o excesso de burocracia abre espaço para a corrupção. Para 94,7%, a burocracia dificulta o desenvolvimento econômico, e para 91,4% ela também afeta a competitividade das empresas.

A primeira pesquisa, feita em parceria com a IPSOS Public Affairs ouviu 1.200 pessoas em todo o país, entre os dias 1º e 11 de fevereiro de 2017. A segunda, feita pela própria Fiesp, entrevistou 452 indústrias do estado de São Paulo, entre 6 de fevereiro e 1º de março.

Principais reclamações

Os procedimentos mais burocráticos citados pelas companhias foram os relacionados a fechamento de empresas, obtenção de financiamento público, emissão de certificados/licenças ambientais e procedimentos de informações de obrigações ambientais.

Já entre a população, as maiores dificuldades causadas pelo excesso de burocracia foram sentidas com relação ao acesso à justiça (61%), à realização de reclamação em órgãos de defesa do consumidor (56%) e a solicitação ou cancelamento de serviços de água, luz, telefonia, internet etc.

Para os entrevistados, o combate à burocracia deveria ser priorizado com a redução da quantidade de leis e normas, simplificação da linguagem das obrigações e o estabelecimento de prazos máximos para que um requerimento seja concedido/aprovado.

"A burocracia engessa a economia e rouba tempo de quem quer empreender. É muita exigência, muita complicação. O Governo não pode pesar nas costas de quem produz. É preciso simplificar para que o país retome seu desenvolvimento, fique mais competitivo e gere empregos", afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Segundo as empresas, os principais impactos da burocracia no dia a dia dos negócios são o aumento do custo de gestão (84,3%), o aumento excessivo das estruturas não ligadas diretamente à produção (69,5%) e o aumento de ações judiciais/administrativas por erros no cumprimento das obrigações (48,2%).


Feriadão faz secretária-geral de Raquel Dodge pedir demissão

Mais um integrante da equipe montada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiu deixar o cargo. A procuradora Zani Cajueiro pediu demissão do posto de secretária-geral. Apesar do afastamento ainda não estar oficializado, Zani já confirmou a Dodge seu desejo de sair da equipe por conta de "divergências".


Essa é a segunda baixa na equipe de Dodge em pouco mais de um mês. Em setembro, o procurador Sidney Madruga deixou o Grupo Executivo Nacional de Função Eleitoral (Genafe) após ser flagrado em uma conversa com a advogada da JBS. No caso de Zani, o afastamento ocorreu por conta da discordância de uma decisão da Justiça que atrasou o feriado do Dia do Servidor Público. 


A data é comemorada no próximo sábado (28/10). No entanto, a Diretoria-Geral do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou, excepcionalmente, 3 de novembro como ponto facultativo. Com isso, os servidores do Judiciário e outros órgãos públicos vão emendar a folga com o Dia de Finados, que ocorre um dia antes. Zani enviou para Dodge uma manifestação contrária deste medida. 



A procuradora-geral emitiu parecer concordando com a colega. Mas Raquel Dodge se sentiu pressionada por Zani e não poderia ir contra o pensamento da procuradora, para não externar o conflito interno. Mas diante da confusão, a secretária-geral decidiu deixar o cargo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que só vai se manifestar após a decisão ser oficializada. O afastamento ainda não foi publicado no Diário Oficial da União.