domingo, 30 de julho de 2017

"É verdade", diz Bolsonaro sobre acerto com PEN

Jair Bolsonaro confirmou que acertou sua filiação ao PEN.
"Houve (o acerto). É verdade."
Como nada foi assinado ainda, o deputado brincou:
"É igual a um noivado. Você marcou a data do casamento. Em 99% das vezes, você casa."
O Antagonista conteúdo.

"Quando o juiz decide, avalia as provas diretas e as indiretas", diz Moro

Diz o juiz Sérgio Moro, sobre a análise de provas para a condenação de Lula, em entrevista à Folha:
"Sobre a sentença do ex-presidente, tudo o que eu queria dizer já está na sentença, e não vou fazer comentários. Teoricamente, uma classificação do processo penal é a da prova direta e da prova indireta, que é a tal da prova indiciária. Para ficar num exemplo clássico: uma testemunha que viu um homicídio. É uma prova direta.
Uma prova indireta é alguém que não viu o homicídio, mas viu alguém deixando o local do crime com uma arma fumegando. Ele não presenciou o fato, mas viu algo do qual se infere que a pessoa é culpada. 
Quando o juiz decide, avalia as provas diretas e as indiretas. Não é nada extraordinário em relação ao que acontece no cotidiano das varas criminais.

"O importante é que a legenda é minha", diz Bolsonaro

Sobre seu acerto com o PEN para se candidatar à presidência da República em 2018, diz Jair Bolsonaro:
"O importante é que a legenda é minha. Não vai ter desconfiança em hipótese alguma de alguém trair ali – você sabe bem como funciona a política, não é? 
Nós temos certeza de que vai ter uma enxurrada de filiados ao partido e vai ser no mínimo um partido [de tamanho] médio no ano que vem, se a gente conseguir continuar nessa nossa caminhada. Tem tudo para ser um baita de um casamento.”
O Antagonista conteúdo

"No passado, como regra, o que havia era a impunidade", diz Moro


Sobre a soltura de delatores, disse o juiz Sérgio Moro, em entrevista à Folha:
"A colaboração de criminosos vem com um preço: ele não colabora senão pela obtenção de benefícios. Isso faz parte da natureza da colaboração. Muita gente não tem acordo nenhum, continua respondendo aos processos, alguns foram condenados, estão presos. Essas pessoas também vão sair da prisão um dia. Faz parte do sistema.
O que acho que tem que ser comparado é que, no passado, como regra, o que havia era a impunidade. As pessoas nem sequer sofriam as consequências de seus crimes. 
Em muitos casos, nem sequer eram descobertas. A sensação de impunidade era ainda maior.

Bolsonaro diz que PEN pode virar Prona

Jair Bolsonaro disse que há várias sugestões de novos nomes para o PEN, como, por exemplo:
– Partido da Defesa Nacional;
– Pátria Amada Brasil;
– Prona.
Sobre este último, o deputado ressaltou que o tema já foi conversado com uma das filhas de Enéas Carneiro, fundador do Prona original, e ainda o será com outros familiares do ex-candidato a presidente, "porque a gente não quer ser acusado de estar furtando o nome, então já tem o sinal verde de uma das partes", conforme o site O Antagonista.

"Tornar tudo público protege Lava Jato contra obstrução de Justiça", afirma Sérgio Moro

Sobre ter tornado pública a conversa entre Lula e Dilma Rousseff relativa ao envio do termo de posse do petista como ministro, afirma o juiz Sérgio Moro, em entrevista à Folha:
"A escolha adotada desde o início desse processo era tornar tudo público, desde que isso não fosse prejudicial às investigações. O que aconteceu nesse caso [dos grampos de Dilma e Lula] não foi nada diferente dos demais. As pessoas tinham direito de saber a respeito do conteúdo daqueles diálogos. E por isso que foi tomada a decisão do levantamento do sigilo.
Um efeito indireto ao dar publicidade para esses casos foi proteger as investigações contra interferências indevidas. Afinal de contas, são processos que envolvem pessoas poderosas, política e economicamente. Na prática, pode haver tentativas. Então, tornar tudo público também acaba funcionando como uma espécie de proteção contra qualquer obstrução à Justiça. E isso é muito importante.
Foi seguida a Constituição. Dentro de uma democracia liberal como a nossa, é obrigatório que essas coisas sejam trazidas à luz do dia."

Sergio Moro comenta sobre os políticos brasileiros

“Lamentavelmente, eu vejo uma ausência de um discurso mais vigoroso por parte das autoridades políticas brasileiras em relação ao problema da corrupção.


Fica a impressão de que essa é uma tarefa única e exclusivamente de policiais, procuradores e juízes.

No Brasil, estamos mais preocupados em não retroceder, em evitar medidas legislativas que obstruam as apurações das responsabilidades, do que propriamente em proposições legislativas que diminuam a oportunidade de corrupção”.

Bolsonaro já escolheu partido pelo qual vai se candidatar à Presidência em 2018

“Nós vamos casar logo após o caso Temer” – disse Bolsonaro a amigos, se referindo à votação da denúncia contra o presidente da República na Câmara, que ocorre nesta semana.
Acabou o mistério. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) irá se filiar ao Partido Ecológico Nacional, o PEN, que é registrado com o número 51. Entretanto, com sua filiação, o partido vai mudar de nome e deverá se chamar Prona (Partido da Reedificação da Ordem Nacional), cujo ex-líder Enéas é admirado pelo deputado, ou Patriotas. 
A mudança de nome é uma mera formalidade e basta uma convenção do partido para a troca se efetivar. 
Por essa nova legenda Bolsonaro irá disputar a presidência da república.

ENQUANTO PT “FLERTA” COM DITADURA, COLUNISTA DA FOLHA “FLERTA” COM INGENUIDADE

Há um tipo de formador de opinião que pulula pela imprensa brasileira: é o “isentão”. Ele até critica a esquerda, mas sempre dando um jeito de defendê-la no processo. É o caso de Helio Schwartsman, da Folha de SP. Sempre educado, e tentando focar em argumentos “científicos”, o fato inegável é que o jornalista carrega em si o ranço esquerdista. Já se encantou com o PT, como confessou outro dia, e pelo visto não foi capaz de fazer o luto completo.
Em sua coluna ele pretende mostrar espanto com a “ala” do PT que ainda defende o regime venezuelano, depois de tudo. A intenção é louvável, e alguns podem achar que eu deveria aplaudir ao menos o esforço. Mas o problema é que o tiro sempre dá um jeito de sair pela culatra. Duvidam? Então veja na largada o deslize:
Lá no comecinho ainda dava para defender o regime de Hugo Chávez. Ele, afinal, chegara ao poder através do voto, em 98, e logo tratou de colocar em prática uma agenda populista, mas que acertava em várias coisas, como a adoção de políticas de redução da pobreza.
Como é?! Acertava em várias coisas, como políticas de redução de pobreza?! Quais?! Onde?! Era pura demagogia, distribuição forçada de renda, populismo, socialismo. E assim eram atacadas essas medidas desde o começo pelos liberais. Desde que me entendo por gente já condeno o chavismo, e fiz inúmeros alertas de que o troço acabaria exatamente como acabou.
Se Helio Schwartsman estava iludido naquela época, ele que faça um mea culpa de que foi bobinho, em vez de tentar justificar o injustificável. Chávez jamais foi defensável, pois desde o começo se mostrou apenas mais um caudilho autoritário e populista, com um discurso igualitário hipócrita que alimentava somente a inveja. Mas piora: não satisfeito com essa concessão, eis o que diz o colunista acerca do PT:
Essa história, porém, só vai até certo ponto. Aos poucos, mudanças cada vez menos sutis foram transformando a paisagem que ainda podíamos identificar como democrática, mesmo que de maneira imperfeita, num regime escancaradamente autoritário. Hoje, nem o mais benevolente dos observadores conseguiria classificar a Venezuela, agora sob o comando de Nicolás Maduro, como algo diverso de uma ditadura. Não há respeito ao voto popular (a Assembleia Nacional eleita em 2015, de oposição, foi na prática destituída), não há liberdade de imprensa e se contam aos milhares os presos políticos. O governo reprime com violência manifestações contra Maduro.
Diante desse quadro, é assustador que algumas alas do PT ainda ensaiem apoio ao regime chavista. Se essa linha predominar, o partido precisará adicionar ao naufrágio ético e ao fracasso administrativo o descaso para com a democracia em sua lista de pecados. É triste para uma legenda que um dia pretendeu ser a vanguarda mundial dos movimentos de esquerda comprometidos com a democracia e bons de governo.
Que a Venezuela vive numa ditadura é outra coisa que liberais já avisam faz tempo, mas tudo bem: ao menos o “imparcial” colunista já reconhece isso. Daí a dizer que “algumas alas” do PT ensaiam apoio ao regime?! Não, meu caro Helio, são todas as alas, é o partido oficialmente, em nome de sua presidente e de seu líder máximo, o Lula, que defende hoje e sempre defendeu o “socialismo do século XXI” da Venezuela.
Não viu os vídeos de apoio do Lula e da Dilma a Maduro? Não sabe que o PT fundou o Foro de São Paulo? Aliás, por falar nisso, vem o ponto mais importante de todos: a última frase do artigo é de uma desfaçatez ímpar, uma mentira assustadora. Uma legenda que pretendeu ser a vanguarda dos movimentos de esquerda comprometidos com a democracia?! Onde, Helio?!
Se, como lembrei, o PT fundou o Foro de São Paulo ao lado de ditadores, se o PT sempre idolatrou Fidel Castro, se o PT aplaudia até as Farc, o MST, terroristas comunistas, como é que você pode afirmar, sem ruborizar (ou ruborizou um tantinho?), essa barbaridade? O PT jamais teve apreço pela democracia, e se você era ignorante ou iludido demais para não saber disso no passado, por favor, não venha desmerecer aqueles que sempre souberam da verdade, que você tenta ocultar até hoje.
Aceite que defendeu uma corja de bandidos socialistas que nunca fez muita questão de esconder que admirava o maior tirano do continente. Quem tem Fidel Castro como guru pode ser democrata?! Como fica claro, os “isentões” até que tentam criticar a esquerda, mas seu viés esquerdista sempre fala mais alto…
Aos que acham que fui duro demais com um sujeito bacana e simpático que estava criticando o PT, eu digo: são esses tipos que hoje vão aplaudir o PSOL, por ter “rompido” com o PT após seus escândalos de corrupção, apenas para dizer, depois, que os socialistas “democráticos” traíram suas bases e decepcionaram seus simpatizantes. Conta outra!
Rodrigo Constantino

Luciana Genro diz que 'Lula mergulhou na lama da corrupção'

A ex-deputada Luciana Genro, última candidata do PSOL ao Planalto, acusa Lula e o PT de fingirem interesse na queda de Michel Temer. Ela afirma que o ex-presidente e seu partido preferem prolongar o desgaste do presidente até as eleições de 2018.



"O PT não tem interesse em derrubar Temer agora. Eles querem deixar o governo sangrar e fazer os ajustes para quem assumir depois", diz.

Ela está cética quanto à chance de afastamento do presidente, denunciado sob acusação de corrupção. "Eu teria esperança se houvesse uma grande mobilização popular empurrando a Câmara a abrir o processo."

A ex-deputada sustenta que a cúpula petista não se mexeu para evitar o esvaziamento das ruas. Ela diz que PT e PMDB já haviam se unido para barrar a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral. "Ali o Temer poderia ter caído, havia clima político para isso."

Na semana passada, Lula criticou o PSOL e disse que o partido precisa vencer uma eleição para parar de "frescura". "Eles vão perceber que não dá para a gente nadar teoricamente. 

Entra na água e vai nadar, porra", afirmou o ex-presidente, em entrevista ao programa "Na Sala do Zé".

A provocação irritou a ex-deputada. "Lula entrou tanto no mar que se afundou, porque mergulhou na lama da corrupção", rebate.

"O problema do Lula é que ele não pode suportar a ideia de que a sua autoridade moral está sendo questionada. Ele se coloca num patamar superior ao dos mortais. Mas ficou evidente que ele estabeleceu relações promíscuas com as empreiteiras", ataca.

Apesar de defender que o ex-presidente tenha o direito de concorrer em 2018, Luciana diz que ele perdeu as condições de se apresentar como um candidato de esquerda.

"Quando empreiteiras pagam milhões a um metalúrgico, ele deixa de pertencer à sua classe de origem. Vira um agente dos interesses do andar de cima", afirma.

A ex-deputada contesta a tese de que o ex-presidente seria vítima de perseguição judicial. Suas declarações a favor da Lava Jato já irritaram colegas do PSOL. "Apoio a Lava Jato e defendo que ela vá até o fim, doa a quem doer."

"Setores do PT já disseram que a operação seria uma manobra do imperialismo americano para destruir a esquerda brasileira. Se esse discurso tivesse prevalecido, não teríamos Eduardo Cunha preso, Temer denunciado e políticos do PSDB sendo investigados", acrescenta.

POR QUE A MORTE DE POLICIAIS COMOVE TÃO POUCO OS GRUPOS DE DIREITOS HUMANOS E A GRANDE IMPRENSA?

Apenas nesse ano, no Rio de Janeiro, já foram 92 policiais militares ASSASSINADOS. Esse número impressiona a população, causa medo nas famílias de policiais, mas por incrível que pareça parece não despertar maiores simpatias nos grupos de direitos humanos e nem na grande imprensa. Por que isso ocorre?
POR QUE A MORTE DE POLICIAIS COMOVE TÃO POUCO OS GRUPOS DE DIREITOS HUMANOS E A GRANDE IMPRENSA, por Adolfo Sachsida
Existe uma verdadeira caça a policiais no Brasil. Quem conhece a realidade, sabe que a farda de um policial militar nunca é posta para secar num varal. Motivo: isso denunciaria a presença de um policial naquela residência, colocando sua vida e de sua família em risco. Também é de conhecimento geral que diversos policiais só vestem sua farda longe de suas casas pelo mesmo motivo. São vários os exemplos desse tipo de comportamento que denota o óbvio: o policial no Brasil está sendo caçado pelos bandidos.
Apenas nesse ano, no Rio de Janeiro, já foram 92 policiais militares ASSASSINADOS. Esse número impressiona a população, causa medo nas famílias de policiais, mas por incrível que pareça parece não despertar maiores simpatias nos grupos de direitos humanos e nem na grande imprensa. Por que isso ocorre?
A primeira explicação refere-se a política de segurança pública adotada pela esquerda. Para os esquerdistas, grande parte deles com postos altos na mídia e nas ONG's de direitos humanos, o crime dificilmente é culpa do bandido. Pelo contrário, o bandido seria ele mesmo vítima do sistema. E um dos principais sustentáculos do sistema é a polícia. Logo, numa brutal inversão de valores, a polícia é geralmente vista com viés negativo. Policiais são perseguidos por traficantes, por assassinos, por criminosos em geral, sob o silêncio covarde de vários "especialistas" em direitos humanos.
Outra explicação é que ao reconhecer que a polícia é perseguida por bandidos resta evidente também que parte da violência policial, que as ONG's adoram denunciar, é legítima forma de autodefesa da polícia contra bandidos desumanos.
O Brasil é um país violento. Em nenhum lugar do mundo se matam tantas pessoas quanto aqui. Apenas no ano passado foram mais de 60.000 pessoas assassinadas. Infelizmente, o establishment prefere criar espantalhos em vez de lidar com problemas reais. Nesse caso, adoram culpar a "cultura machista" do brasileiro para expressarem que isso mata muitas mulheres. Sim, sem dúvida isso é um problema. Contudo, num país onde a taxa de homicídios entre homens é 12 vezes superior a taxa de homicídios entre mulheres, essa dificilmente é a explicação correta. O mesmo vale para a homofobia, certamente alguns homossexuais são perseguidos e sofrem por causa da intolerância. Contudo, fingir que a violência no Brasil decorre da discriminação sofrida por homossexuais está longe de ser verdadeiro. O número de assassinatos decorrentes de homofobia no Brasil estão longe de mostrarem algum padrão distinto da violência enfrentada pelo resto da população.
Basta de criar espantalhos! A violência no Brasil se combate com policias nas ruas e bandidos na cadeia. Se puder liberar o porte de armas para a população melhor ainda. Mas é fundamental lembrar de uma lição básica: na hora do perigo é para a polícia que pedimos socorro. Desmerecer o policial, enfraquecer sua legitimidade, atacar a polícia como a culpada por ser a guardiã do "sistema", só fazem colocar a vida do policial em risco e, em última instância, colocar toda a sociedade sob riscos cada vez maiores associados ao crime e a violência.

por Adolfo Sachsida