quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Ofício do BC recomendou faxina na Caixa

O Banco Central enviou ofício à presidência do Conselho de Administração da Caixa com as “recomendações” de afastamento dos VPs investigados pelo MPF por corrupção e tráfico de influência.

No documento, o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Sérgio Neves de Souza, ressalta que a “reputação ilibada” dos dirigentes de uma instituição financeira é “exigência legal inescapável”.

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INVESTIGAÇÃO VÊ ENVOLVIMENTO DE MOREIRA FRANCO EM ESQUEMA DA CAIXA

O site O Antagonista teve acesso ao relatório de investigação do escritório Pinheiro Neto, em parceria com a Kroll, que integra o inquérito do MPF sobre o esquema do PMDB na Caixa.

O documento destaca a atuação do “cabeça branca”, identificado como Moreira Franco, ministro da Secretaria Geral da Presidência, que tinha contatos frequentes com Derziê de Sant’Anna, VP de Operações Corporativas.

No relatório, os investigadores registram que “Derziê por vezes recebeu pedidos de Moreira Franco, inclusive em relação ao fornecimento de informações sobre o status de operações em trâmite na CEF”.

Citam que, em 17 de julho de 2014, o VP recebeu mensagem do gerente Giovanni Alves perguntando sobre determinada operação. A mensagem dizia “Ligação Cabeça Branca dia jogo do Brasil”. Em email, enviado depois, Giovanni cobrava um feedback para o “CB”.

Em depoimento aos investigadores, o gerente admitiu que ‘CB’ e ‘Cabeça Branca’ eram apelidos de Moreira Franco, que, segundo outros documentos, mantinha uma relação de “proximidade” com Derziê.

Além de Moreira, o VP também recebia mensagens constantes de Geddel Vieira Lima, que chegou a lhe enviar dados de sua conta corrente. Derziê, segundo testemunhas, também tinha cafés/reuniões frequentes com Eduardo Cunha para tratar de operações da Caixa.

Ele teria intermediado, por exemplo, a liberação de empréstimos para empresas de Henrique Constantino e Joesley Batista. Derziê recebeu pleitos até mesmo do então vice-presidente Michel Temer, que tentava emplacar outro apadrinhado na Caixa.

Agora, dá para entender a resistência de Temer em afastar Derziê e outros VPs.




Gleisi deveria ser enquadrada na LSN

Gleisi Hoffmann disse que “para prender Lula, vai ter que matar muita gente”.

A grave ameaça da senadora se enquadra na velha, porém vigente, Lei de Segurança Nacional, que prevê pena de até 15 anos de prisão.

Os artigos 17 e 18 são claríssimos:

Tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito.

Tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados.

O parágrafo único da mesma LSN diz que, “se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até a metade; se resulta morte, aumenta-se até o dobro”.

Grupo protesta contra Lula no Leblon

Um grupo reuniu-se diante do teatro Oi Casa Grande, no Leblon, para protestar contra a presença de Lula no encontro com “artistas e intelectuais” (os suspeitos de sempre), informa o Estadão.

Desde as 18h, um pequeno grupo com bandeiras do Brasil e cartazes onde se lê “Lula na cadeia” e “intervenção militar já” estava na avenida Afrânio de Melo Franco, onde fica o teatro.