domingo, 17 de setembro de 2017

ATÉ QUE GEDDEL OS SEPARE

Moreira Franco declarou à Folha, sobre a denúncia de Rodrigo Janot contra o PMDB da Câmara:

“O PMDB tem como característica uma divisão interna muito grande. Eu tenho uma relação com o presidente Michel Temer. É uma pessoa com quem eu tenho identidade acadêmica e intelectual. Agora, a partir daí querer montar um conjunto, uma teia de compadrio para a prática do ilícito, é uma afronta.

Esse gráfico consegue uma coisa fantástica: ele une o PMDB. Doutor Ulysses [Guimarães] não conseguiu, Michel Temer não conseguiu, mas esse infográfico consegue.”

Questionado, no entanto, se há explicação para a foto dos R$ 51 milhões do ex-ministro peemedebista Geddel Vieira Lima, preso no dia 8, Moreira apenas respondeu:

“Ele deverá ter. Eu espero que tenha…”

A esperança de manter Geddel unido ao PMDB é a última que morre.

"VAMOS INVESTIGAR QUEM SEMPRE NOS INVESTIGOU"

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse ao Globo que os parlamentares de oposição que estão saindo da CPMI da JBS porque ele foi escolhido relator o fazem “por medo”.
“Nós vamos investigar quem sempre nos investigou. Vamos interrogar quem sempre nos interrogou. Esse é um paradigma que será quebrado. Medo desse embate que nós vamos ter. De dali a pouco ter que se posicionar em relação a um procurador. E também, em alguns, pode acontecer a vontade de que a JBS não seja investigada. São duas questões. E não há motivo para isso, porque quem vai prevalecer é a maioria.

Quer dizer, essa saída é pirotécnica e, para mim, fruto do medo. Não renuncio de jeito nenhum. Esta CPI é uma CPI para corajosos. Eu tenho meus defeitos, mas não sou uma pessoa desleal. Vamos ter que fazer porque vamos ter que encontrar um jeito de enfrentar uma situação dessa. Vejo, sinceramente, nesses que saem, falta de coragem para enfrentar uma situação, de romper o paradigma, de investigar quem sempre nos investigou. Eu vejo aí temor. Eu vejo medo nessas saídas.”

SILÊNCIO DA FAMÍLIA DE GEDDEL INCOMODA GOVERNO

Sob a ótica dos amigos também denunciados de Michel Temer, Geddel Vieira Lima vai delatar, confirma Andréia Sadi.

“E agora o principal temor do Planalto é que Geddel explique que aquele valor (os R$ 51 milhões encontrados no bunker do ex-ministro em Salvador) tinha mais donos. De olho nisso, palacianos já adotaram um discurso-vacina para afastar qualquer ligação com peemedebistas na ativa. Afirmam que, se Geddel for explicar o dinheiro, pode ser que o ligue a (Eduardo) Cunha, de quem tinha se aproximado nos últimos tempos.”

Mais:

“Lembram aliados do presidente que, no dia seguinte da primeira prisão, em julho, apareceu no Palácio do Planalto o irmão do ex-ministro, o deputado Lúcio Vieira Lima, diferentemente do que ocorreu” desta vez.

“Para palacianos, o silêncio da família Vieira Lima é ensurdecedor: Geddel não é Joesley Batista, e, se falar, tem potencial para se transformar no verdadeiro homem-bomba do Planalto de Temer.”

LULA, TAL QUAL AS AVES DO CÉU

Agora só falta o Sérgio Moro e o TRF-4 acreditarem.

LULA, TAL QUAL AS AVES DO CÉU
por Percival Puggina. 
Não tive a pachorra de ouvir todo o interrogatório de Lula ante o juiz Sérgio Moro. O pouco que vi, convenceu-me que de três uma: ou o ex-presidente é absolutamente responsável por tudo de que é acusado e deve ser mantido longe do convívio social, ou é absolutamente irresponsável e deve ser mantido longe do convívio social, ou é como as aves do céu.

Nunca em meus 72 anos vi um indivíduo adulto, cercado de advogados, ser e se dizer tão alheio a tudo que pessoal e financeiramente lhe diga respeito. À sua volta se acumulam mecenas, vida afora, desdobrando-se em prodigalidades. Todos se preocupam com sua sobrevivência material, seu conforto, sua adega, proporcionando-lhe sítio, apartamentos, torre de telefonia celular, viagens em jatinhos luxuosos e custoso armazenamento para bens que não passavam de "tralhas, doutor". E ele, materialmente desapegado, que há décadas não gera um real de valor, incapaz de responder quanto ganha por mês, a nada renuncia, de tudo aproveita, e de benefício algum conhece preço ou fonte de pagamento.

Na terceira possibilidade, Lula é uma ave do céu, como aquelas mencionadas por Jesus: "Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?".

Agora só falta o Sérgio Moro e o TRF-4 acreditarem.

GENERAL FALA EM POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO MILITAR E É CRITICADO POR COMANDO DAS FORÇAS

Antonio Hamilton Martins Mourão defendeu intervenção caso crise enfrentada pelo Brasil não seja resolvida pelas próprias instituições.

O general do Exército da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão falou por três vezes na possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo País, caso a situação não seja resolvida pelas próprias instituições. A afirmação foi feita em palestra realizada na noite de sexta-feira (16), na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília, após o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar pela segunda vez o presidente Michel Temer por participação em organização criminosa e obstrução de justiça. Janot deixou o cargo nesta segunda-feira.

A atitude do general causou desconforto em Brasília. Oficiais-generais ouvidos pelo Estado criticaram a afirmação de Mourão, considerada desnecessária neste momento de crise.

“Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, disse Mourão em palestra gravada, justificando que “desde o começo da crise o nosso comandante definiu um tripé para a atuação do Exército: legalidade, legitimidade e que o Exército não seja um fator de instabilidade”.

O general Mourão seguiu afirmando que “os Poderes terão que buscar uma solução, se não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução… e essa imposição não será fácil, ela trará problemas”. Por fim, acrescentou lembrando o juramento que os militares fizeram de “compromisso com a Pátria, independente de sermos aplaudidos ou não”. E encerrou: “O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de qualquer maneira, atingir esse objetivo. Então, se tiver que haver haverá”.

Procurado neste domingo, Mourão explicou, no entanto, que não estava “insuflando nada” ou “pregando intervenção militar” e que a interpretação das suas palavras “é livre”. Ele afirmou que falava em seu nome, não no do Exército.

Ao Estado, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi enfático e disse que “não há qualquer possibilidade” de intervenção militar. “Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir. Além disso, o emprego nosso será sempre por iniciativa de um dos Poderes”, afirmou Villas Bôas, acrescentando que a Força defende “a manutenção da democracia, a preservação da Constituição, além da proteção das instituições”.

Depois de salientar que “internamente já foi conversado e o problema está superado”, o comandante do Exército insistiu que, qualquer emprego de Forças Armadas, será por iniciativa de um dos Poderes. No sábado, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, conversou com o comandante do Exército, que telefonou para o general Mourão para saber o que havia ocorrido. O general, então, explicou o contexto das declarações.

Polêmicas anteriores

Esta não é a primeira polêmica protagonizada pelo general Mourão, atual secretário de economia e finanças do Exército, cargo para o qual foi transferido, em outubro de 2015, quando perdeu o Comando Militar do Sul, por ter feito duras críticas à classe política e ao governo.

Antes, ele já havia desagradado ao Palácio do Planalto, ao ter atacado indiretamente a então presidente Dilma Rousseff ao ser questionado sobre o impeachment dela e responder que "a mera substituição da PR( presidente da República) não trará mudança significativa no 'status quo'" e que "a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção".

Neste domingo, ao ser procurado pelo Estado, o general Mourão disse que “não está insuflando nada” e que “não defendeu (a tomada de poder pelos militares), apenas respondeu a uma pergunta”. Para o general, “se ninguém se acertar, terá de haver algum tipo de intervenção, para colocar ordem na casa”. Sobre quem faria a intervenção, se ela seria militar, ele responde que “não existe fórmula de bolo” para isso. E emendou: “Não (não é intervenção militar). Isso não é uma revolução. Não é uma tomada de poder. Não existe nada disso. É simplesmente alguém que coloque as coisas em ordem, e diga: atenção, minha gente vamos nos acertar aqui e deixar as coisas de forma que o País consiga andar e não como estamos. Foi isso que disse, mas as pessoas interpretam as coisas cada uma de sua forma. Os grupos que pedem intervenção é que estão fazendo essa onda em torno desse assunto”.

Mourão estava fardado ao fazer a palestra. Ele permanece no serviço ativo no Exército até março do ano que vem, quando passará para a reserva. O general Mourão disse ao Estado que não vai se candidatar, apesar de existir página nas redes sociais sugerindo seu nome para presidente da República. “Não. Não sou político. Sou soldado”. 

JANOT ALIVIOU FILHO DE DIRCEU

Rodrigo Janot pediu o arquivamento de inquérito da Lava Jato aberto para investigar o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do mensaleiro José Dirceu, informa O Globo.

Cabe a Edson Fachin referendar o pedido do PGR, como é a praxe.

“Em 2015, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, declarou em delação premiada que fez doação de R$ 100 mil ao deputado nas eleições de 2010, a pedido de José Dirceu.

Outros delatores da Lava-Jato também afirmaram que fizeram doações veladas à campanha de Zeca Dirceu.”

GENERAL HAMILTON MOURÃO EM UMA REUNIÃO FALA EM INTERVENÇÃO MILITAR



Em evento ocorrido nesta sexta-feira (16) na Loja Maçonica Grande Oriente, Brasília, o General Antonio Hamilton Martins Mourão voltou a cena e sua fala ecoou imediatamente nas redes sociais. Questionado sobre uma possível intervenção militar, o general foi claro e objetivo: “Se tiver que haver, haverá”.Segundo o general, o momento é de aproximação. As instituições estão sendo forçadas a cumprirem o seu papel, ou seja, a justiça está sendo forçada a ser cumprida, doa a quem doer. Caso a justiça passe a não funcionar mais e a não punir os corruptos culpados pela atual situação no país, aí sim, seria a hora das Forças Armadas agirem.

“Ou as instituições cumprem o seu papel, ou teremos que impor”, disse o eminente general.

MERCADO APOSTA NA DERROTA DA ESQUERDA

O mercado está convencido de que o risco de a esquerda vencer a eleição presidencial de 2018 está reduzido a zero, segundo Lauro Jardim.

Daí “os seguidos recordes nominais batidos pela Bolsa e a excitação dos executivos financeiros pintando um cenário cor-de-rosa para a economia”.

LULA FINGINDO SER LULA

O desditoso petista se tornou o pior imitador de si mesmo. Os demais que o arremedam têm o humor a seu favor. A gente os ouve e ri. Lula nem isso. O que dele se escuta é pura falsificação, hipocrisia, bazófia, num script composto para colher aplausos de um público descrente mas aprisionado na rede dos favores.
LULA FINGINDO SER LULA
por Percival Puggina
 Se dependesse da arte de representar eu estaria sujeito à morte por inanição. Não consigo imitar sequer a mim mesmo. Por isso, aprecio o dom e o talento dos bons imitadores, especialmente se associam essa capacidade com a produção de textos de humor para, com sua dicção, desempenharem tais habilidades.
 O ex-presidente Lula tem sido um prato cheio para imitadores. Recentemente, circulou nas redes sociais um áudio em que ele estaria falando com Rui Falcão sobre o desastre que representava o depoimento de Palocci. Numa torrente de palavrões, tendo ao fundo sons do Jornal Nacional para dar foros de veracidade à gravação, o ex-presidente esbravejava contra o delator por estar "entregando tudo".
 Semana passada, a coluna Painel, da Folha, contou que o deputado Fábio Faria (PSD-RN) ligou para seu colega Dudu da Fonte (PP-PE) fingindo ser Lula e gravou a conversa. O pernambucano, ao ouvir a voz do outro lado da linha perguntando-lhe se estava em Brasília e se poderia conversar, exclamou exultante: "Presidente, que saudade!".
 Ainda que Lula suscite afeto políticos, parece mais provável que tais efusões estejam referenciadas aos tempos de bonança que a conjuntura internacional proporcionou aos países em desenvolvimento nos primeiros anos deste século. Eram tempos em que se consolidou na América Ibérica o prestígio de alguns governantes com estratégias populistas semelhantes às de Lula: os Kirchner, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Daniel Ortega. De todos, tirante o destino incerto do "bolivariano" refundador da Venezuela, o brasileiro é o mais encrencado, tal a teia de corrupção em que se envolveu.
 O desditoso petista se tornou o pior imitador de si mesmo. Os demais que o arremedam têm o humor a seu favor. A gente os ouve e ri. Lula nem isso. O que dele se escuta é pura falsificação, hipocrisia, bazófia, num script composto para colher aplausos de um público descrente mas aprisionado na rede dos favores. Os pequenos favores ao rés do chão; os grandes favores no alto do palanque.

LAVA JATO É UM EXEMPLO PARA O MUNDO

O procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, publicou em sua página no Facebook um trecho traduzido do artigo “A luta do Brasil contra a corrupção representa um bom exemplo para o mundo”, escrito pelo diretor do BRICLab na Universidade de Columbia, Marcos Troyjo, e publicado no Financial Times:

“Os debates realizados em universidades em todo o mundo deixam claro que a maioria dos acadêmicos, líderes de opinião e responsáveis pela economia entende que a investigação da Lava Jato é mais do que simplesmente uma fonte de orgulho para os brasileiros. É uma ferramenta importante para o país alavancar sua capacidade de competir no cenário mundial.

Dani Rodrik, um economista de Harvard, afirmou que os agentes econômicos e a opinião pública internacional estavam subestimando o Brasil. Ele elogia a forma como os promotores e juízes estão combatendo a corrupção dentro dos parâmetros legais e agindo acima das influências partidárias. Isso aumentará compliance e outras práticas institucionais que renderão bônus para aqueles que fazem suas apostas no Brasil.”

"QUEREM ACABAR COM A LAVA JATO E DEIXAR TODOS LIVRES"

O procurador da república Carlos Fernando Lima, da Lava Jato, comentou no Facebook a nota “Governo quer usar CPI da JBS para mudar regra de delação“, publicada em O Antagonista no sábado:

“Querem acabar com a Lava Jato e deixar todos livres. É preciso impedir este Congresso de dificultar o combate à corrupção. Não se pode esperar nada de bom da atual legislatura, mas que pelo menos não mudem o que está funcionando.”

E O SANTANDER ENCERROU O QUEERMUSEU

Foi cancelada a desrespeitosa mostra de quem exige respeito. Fechou a sectária exibição de quem se diz pela diversidade. Cancelaram a pornográfica exposição que degradava a homossexualidade. No domingo (10/09), o Santander Cultural suspendeu o Queermuseu. 
Antes tarde do que nunca.
E O SANTANDER ENCERROU O QUEERMUSEU 
por Percival Puggina
Nas 48 horas anteriores à decisão, a mobilização popular avolumou-se nas redes sociais e constrangeu o Santander a encerrá-la com um explícito pedido de desculpas aos que se declararam ofendidos. Não vou divagar sobre arte porque é um debate fora desta pauta e porque, sobre tais temas, nunca se entenderão artistas, críticos de arte e acadêmicos, seja entre si, seja uns com os outros. Meu interesse tampouco vai para o Queermuseu. O mundo da cultura deve estar aberto às possibilidades da criação humana. Pessoalmente, como não vou a exposições para sofrer, compareço apenas às que me concedem prazer estético. E não seria este o caso.
O que me traz ao tema são as imagens que vi e que clamavam por protesto da sociedade e providência dos responsáveis. Convenhamos, uma exposição aberta ao público infantil exibindo atos de zoofilia, figuras de crianças em sugestões de pedofilia, e desrespeitosas à fé religiosa da maioria da população? A quem se sente discriminado e se declara objeto de preconceito, o tal museu não faz muito para ajudar. Bem ao contrário, num centro cultural importante da cidade, com direito a curadoria, coquetel de abertura e cobertura de imprensa, exibia um mosaico de aberrações.
Como pode exigir respeito quem não respeita os demais? Como pode pretender o devido reconhecimento social quem tolera ter sua diversidade representada por aquelas imagens? Numa inépcia monumental, a exposição favoreceu a atitude oposta. A ação teve o intuito de agredir emocional e espiritualmente, e alcançou o que pretendia - rejeição emocional e espiritual. O presidente do Santander Cultural, hospedeiro do evento, às vésperas da decisão pelo fechamento, ainda insistia em que o Queermuseu "está ancorado em um conceito no qual realmente acreditamos: a diversidade observada sob aspectos da variedade, da pluralidade e da diferença". Só faltou combinar com o conteúdo.
Tem tudo a ver com este caso a persistência e a intolerância ululantes nas galerias dos parlamentos, em meio a coloridos arcos-íris, sempre que a abordagem de questões de gênero em ambiente escolar infantil e juvenil recebe veto legislativo. Chega a ser molestador, doentio, esse desejo de influenciar a sexualidade infantil dentro de sala de aula com a ideologia de gênero! Pois a mesma suspeitíssima fixação com a sexualidade das crianças compareceu ao evento proporcionado pelo Santander Cultural. Crianças merecem amor, respeito e zelo.
Esclarecimento ao leitor destas linhas: quem pagou a conta desse despautério? Você, claro. Quem mais haveria de ser? O projeto foi desenvolvido pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei Houanet), com apoio do Ministério da Cultura e Governo Federal.

LULA SE SOLIDARIZA COM GAROTINHO: 'SILENCIARAM UMA LIDERANÇA'

Ex-presidente Lula da Silva enviou mensagem de solidariedade para a filha de ex-governador, a quem considerou vítima de 'atos arbitrários'

Na última quarta-feira (13), o juiz eleitoral Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral, em Campos dos Goytacazes (RJ), determinou a prisão domiciliar de Garotinho, acusado de compra de votos nas eleições da cidade em 2016. Preso ao vivo enquanto apresentava um programa de rádio, o ex-governador foi proibido, pela decisão, de dar entrevistas e utilizar meios de comunicação.

Na mensagem que enviou a Clarissa, Lula classificou a postura do juiz como “objetivo de silenciar uma liderança política de expressão”. A mensagem do ex-presidente Lula foi divulgada no Blog do Garotinho, página mantida pelo político fluminense na internet, acompanhada de um texto assinado pela deputada. A VEJA, o Instituto Lula confirmou que o texto partiu, de fato, do ex-presidente.

Clarissa Garotinho ressalta suas diferenças com Lula, tendo “passado boa parte da minha juventude em manifestações contra atos do governo dele”, mas diz que “a luta pelas garantias do Estado Democrático de Direito ultrapassa as divergências políticas”. O ex-presidente encerrou a mensagem de solidariedade a Garotinho no mesmo tom: “Os democratas de todos os partidos, mesmo os adversários, repudiam a banalização desse tipo de abuso, que fragiliza a democracia e ofende o estado de direito”.

Veja abaixo a íntegra da mensagem do ex-presidente Lula sobre Garotinho:


(Veja conteúdo)

'PAI,QUANDO O SENHOR VEM PRA CASA?'

Deputados mais próximos a Geddel Vieira Lima acreditam que ele vá mesmo abrir a boca logo.

“Ele não vai aguentar um mês. Se um dos filhos (são três) ligar e perguntar ‘pai, quando o senhor vem para casa?’, ele fala na hora”, ouviu o Antagonista de um desses parlamentares.

A ÚNICA CHANCE DE LULA NÃO SER PRESO

A esta altura, a única chance de Lula não ser preso é se o STF revogar a prisão para condenados em segunda instância.

Isso já está sendo providenciado em Brasília, informa o site O Antagonista.

LIBERDADE E LUTA


Lula tinha perguntado a Antonio Palocci o que ele achava de sua escolha de escapar da Lava Jato refugiando-se na Casa Civil de Dilma Rousseff.

Antonio Palocci respondeu, de acordo com o anexo obtido pela Veja:

“Acho muito ruim. Acho que o melhor é ser preso e lutar”.

Lula acabou fugindo da cadeia. E Antonio Palocci foi preso e delatou.

PEGO NA LAVA JATO, DEPUTADO GAÚCHO ESPALHA CALÚNIAS CONTRA FAMÍLIA DO JUIZ SÉRGIO MORO

O deputado federal gaúcho Marco Maia tornou-se, em maio de 2016, o primeiro nome do PT gaúcho investigado no âmbito da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. 
Hoje, ele se dedica a espalhar calúnias contra o juiz Sérgio Moro. Em um vídeo chamado “A casa caiu para família Moro”, divulgado em sua página no Facebook na última sexta-feira, há acusações caluniosas de um suposto dinheiro ilícito depositado para toda família do juiz. 

Agora, relembre a “bela” história deste deputado na operação Lava Jato. 

Maia surgiu no cenário nacional, em 2016, após ser alvo da operação da Polícia Federal que suspeita de cobrança de “pedágio” das empreiteiras para protegê-las na CPI Mista da Petrobras, conduzida em 2014. Na comissão, Maia era relator e Vital Rêgo, do TCU, o presidente. 

Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal, e o ex-senador petista Delcídio Amaral contaram que executivos de empreiteiras investigadas na Lava Jato teriam de repassar recursos para parlamentares para barrarem suas convocações para depoimentos. 

Camargo informou que Maia, que foi presidente da Câmara entre 2011 e 2012, solicitou R$ 500 mil a fim de livrar o consultor da convocação para depor na comissão. 

Na versão de Delcídio, os empreiteiros fizeram uma “força-tarefa” para impedir seus depoimentos. O senador informou o núcleo responsável pelo “pedágio”, que incluía Maia, Vital do Rêgo, ministro do TCU, além do ex-senador Gim Argello (PTB-DF). 

Em um depoimento ao juiz da Sergio Moro em setembro de 2016, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro corroborou as suspeitas da polícia. Segundo o empresário,Maia o procurou em 2014 para cobrar propina de R$ 1 milhão em troca de proteção a sua empresa na CPI que deveria investigar as irregularidades na estatal petrolífera. Léo Pinheiro disse que a OAS fez o pagamento para um empresário indicado pelo parlamentar, que atuaria em campanhas políticas. 

Em 2014, foram instaladas uma CPI Mista e uma CPI no Senado. Nenhuma delas convocou empreiteiros das grandes construtoras para depor. No caso da CPI Mista, o texto final do relator Marco Maia foi aprovado em 18 de dezembro daquele ano e pedia o indiciamento de 52 pessoas. O parecer de Maia foi modificado na última hora e aprovado por 19 parlamentares e com a objeção de oito membros da oposição. 

Maia, por ser deputado, tem foro privilegiado. 

Apartamento em Miami 

Em novembro de 2015, o nome de Maia esteve envolvido em outra polêmica. Segundo a revista Veja, o deputado é dono de um apartamento em Miami avaliado em US$ 671 mil (R$ 2,5 milhões). O imóvel estaria em nome de uma empresa aberta por Alexandre Romano, ex-vereador petista de Americana (SP), o Chambinho. 

Em agosto de 2015, o ex-vereador foi preso pela Lava-Jato por suspeitas de cuidar da distribuição de propina dentro do Ministério do Planejamento, onde a empresa de informática Consist estaria envolvida. Em troca da assinatura de um contrato milionário, a empresa repassava, segundo a acusação, parte do valor recebido para o PT. A escritura do apartamento estava entre o material reunido pelos policiais e que Marco Maia passou férias no imóvel. O petista afirmou à Veja que, a convite de Chambinho, se hospedou no apartamento por 10 dias, mas “uma única vez”. 

Entretanto, em delação premiada, o ex-vereador disse que o verdadeiro dono do imóvel é Maia. O apartamento tem 164 metros quadrados, fica na South Tower at The Point e conta com três quartos e dois banheiros. O prédio faz parte de um condomínio de cinco edifícios situado a poucos metros da praia e proporciona o uso de uma marina e de um spa.

fonte: república de curitiba online
 

DAIELLO PERMANECE NO COMANDO DA PF, APESAR DA PRESSÃO POR SUA SAÍDA TER AUMENTADO APÓS DESCOBERTA DO BUNKER DE GEDDEL

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, informou que manterá no cargo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. A PF é vinculada ao ministério. 

Grupos políticos faziam pressão para que houvesse a troca na direção da PF. 

Questionado sobre o prazo de sobrevida de Daiello, o ministro Torquato Jardim afirmou que o delegado ficará “o tempo que for necessário” para consolidar o trabalho realizado. 

A manutenção de Leandro Daiello no cargo ocorre no momento em que o presidente Michel Temer e outros políticos de peso do PMDB — incluindo ministros, senadores e ex-deputados — são alvos da Lava Jato e de ações da Polícia Federal. 

Leandro Daiello está no cargo desde 2011. 

Na gestão de Daiello, a Polícia Federal investigou políticos diversos, inclusive do PT, no governo Dilma Rousseff, e do PMDB, no governo Michel Temer. 

A pressão do PMDB para o ministro substituir o comando da PF aumentou nas últimas semanas, após a ação que resultou na descoberta do “bunker” do ex-ministro Geddel Vieira Lima, com R$ 51 milhões. Além disso, o Palácio do Planalto também não escondeu a irritação com o “vazamento” de um relatório da Polícia Federal sobre o chamado “quadrilhão do PMDB”. 

As conclusões do inquérito serviram de base para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar nova denúncia contra Temer, desta vez por organização criminosa e obstrução da Justiça. 

Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), afirmou que, nesse momento, o correto é mesmo a permanência de Daiello. 

“Há muita especulação sobre a troca, mas, nesse ambiente de grande instabilidade política, é razoável que o atual diretor permaneça para a continuidade das investigações que estão em andamento”, argumentou Sobral.