quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PARA CADA US$ 1 MILHÃO EM PROPINA, ODEBRECHT LUCRAVA US$ 4 MILHÕES EM CONTRATOS, DIZ SUÍÇA

O Ministério Público da Suíça aponta que o envolvimento da Odebrecht em esquemas de corrupção era altamente lucrativo para a empresa. Segundo as investigações do país europeu, para cada US$ 1 milhão pago em propinas a políticos, funcionários públicos brasileiros e de estatais, a empresa lucrava US$ 4 milhões com contratos que lhe eram dados por aqueles que recebiam os pagamentos.

A mesma investigação aponta que as contas secretas mantidas pela Odebrecht na Suíça financiaram de forma “regular” campanhas políticas, partidos ou políticos no Brasil, inclusive ministros. As revelações fazem parte dos documentos do Ministério Público suíço que foram usados como base para multar a empresa brasileira. De acordo com as investigações, pelo menos 66,5 milhões de francos suíços (cerca de R$ 210 milhões) foram pagos em propinas a ex-diretores de estatais e outros funcionários públicos no Brasil em propinas a partir das contas no país alpino.
Na semana passada, a Suíça anunciou uma multa de US$ 200 milhões contra a Odebrecht, como parte do amplo esquema de acordos de leniência fechados pela construtora no Brasil e ainda nos EUA.

Nesta terça-feira, 27, o Ministério Público publicou os documentos datados do dia 21 de dezembro e que foram usados para justificar a multa e o confisco de recursos, explicando em detalhes como a Odebrecht fazia para pagar propinas.

Lucros. Segundo o MP suíço, as investigações mostram que pagar propinas garantia lucros para a empresa. Como resultado do sistema criado, os investigadores suíços estimam que a Odebrecht “lucrou pelo menos 4 milhões de euros com uma taxa de propina de 1 milhão de euros”.

Por esse cálculo, os suíços estimam que aproximadamente US$ 100 milhões seriam alvos de uma compensação que a empresa teria de pagar. Mas ressalvam que, como o processo continua, crimes de lavagem de dinheiro podem elevar ainda mais os valores confiscados pelo Ministério Público. O que determinará esse eventual novo confisco estaria ligado à proporção estabelecida de 4 x 1 entre os lucros obtidos pela empresa e o pagamento de propinas.

Se a Odebrecht ficou com os lucros, quem perdeu foi o Estado brasileiro e a população. “Os interesses fiscais públicos do Estado brasileiro foram afetados: a comunidade pagou um preço inflacionado pela realização dos projetos dados para a Odebrecht e também financiou a propina”, afirmou o MP suíço.

Pagamentos. Os nomes dos beneficiários, porém, foram mantidos em sigilo, já que as investigações continuam. Mas o Ministério Público confirma que foram feitos ‘pagamentos em contas suíças para o financiamento de campanhas políticas no Brasil e em outros lugares’.

Por meio de um departamento da empreiteira dedicado ao pagamento de propinas, as transferências para “funcionários públicos e políticos foram de centenas de milhões”.

Sem citar nomes, os documentos suíços também revelam como os investigadores chegaram à constatação de que os pagamentos estavam relacionados com marqueteiros de partidos. Transferências, segundo eles, foram feitas para pessoas que “fizeram seus nomes com a organização de campanhas políticas”. Na Suíça, contas de João Santana – marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014) – estão bloqueadas.

Para os suíços, a direção da Odebrecht tinha “conhecimento do estabelecimento e alocação de fundos de caixa 2, a camuflagem dos fluxos de dinheiro por meio de transações transnacionais desses recursos dentro desse caixa 2, assim como seu objetivo”.

Para o procurador-geral suíço, “isso consiste em direcionar propinas e outros pagamentos ilegais para funcionários públicos no Brasil, Panamá e provavelmente em outros países”.

Com os bancos suíços, a Odebrecht criou um sistema de caixa 2 para obter contratos. No total, a Suíça investigou mais de 300 transações bancárias, com o envolvimento de intermediários, funcionários públicos e outros suspeitos. A constatação foi de que um total de aproximadamente 440 milhões de francos suíços (cerca de R$ 1,4 bilhão) das subsidiárias da Odebrecht passaram pelos bancos suíços entre 21 de dezembro de 2005 e junho de 2014. No total, o sistema criado pela Odebrecht em todo o mundo movimento de forma ilegal US$ 635 milhões.

Beneficiários. “Pagamentos de propinas eram direcionados em grande parte para tomadores de decisões nos governos, envolvendo contratos de licitação e contribuições para partidos políticos e políticos”, explicou o MP. Com base nessas informações, o MP concluiu que os pagamentos envolveram envio de recursos a funcionários públicos estrangeiros usando contas na Suíça, além de políticos, doleiros e campanhas políticas no Brasil e em outros países.
Ao Brasil, tabelas confiscadas pelos procuradores apontam que um total de pelo menos 66,5 milhões de francos suíços (US$ 210 milhões) foram pagos. Entre os beneficiários de recursos da Odebrecht estão ex-diretores da Petrobrás que, entre março de 2008 e abril de 2014, obtiveram 43,7 milhões de francos suíços (R$ 138 milhões) em contas secretas. Um outro pagamento de 8,7 milhões de francos suíços (R$ 27,5 milhões) foi registrado em nome de outra pessoa não identificada, além de 14,2 milhões de francos suíços (R$ 44,8 milhões)  entre 2009 e 2012 a funcionários públicos que teriam um papel na aprovação de projetos.

Os suíços também revelam que fica “claro a partir das planilhas confiscadas” e pelas delações que existiam acordos com políticos e tomadores de decisões dentro de instituições do governo” para o pagamento de propinas. Além disso, houve um “acordo regular para alocar certa parte desses recursos para certos políticos ou partidos políticos”. “Esses pagamentos eram feitos a partir do Caixa 2”.

Prisão. Um dos pontos centrais na investigação no país europeu foi a prisão de Fernando Miggliaccio, em 17 de fevereiro de 2016, em Genebra. Ele é descrito pelos documentos suíços como um “responsável pelo departamento de “Operações Estruturadas”, o setor na empresa responsável pelo pagamento de propinas. “Muitos celulares, computadores e dados que estavam com esse funcionário” foram confiscados.

De acordo com os suíços, a empresa “sistematicamente impunha propinas em um sistema de caixa 2 para influenciar na obtenção de contratos de infraestrutura”. Em agosto, ele decidiu cooperar.

Segundo o MP, o sistema usado para retirar das contas oficiais o dinheiro usado para o pagamento de propinas era altamente estruturado. Os recursos precisavam ser “aprovados” pelos principais responsáveis da empresa.

Na programação ainda estavam os detalhes das obras, o superintendente responsável, o valor do contrato e a propina paga. “Muitos dos planos e/ou instruções (‘programações’) eram feitas por semana (PROGRAMAÇÃO SEMANAL) ou por trimestre (PROGRAMAÇÃO TRIMESTRAL)”, indicaram os documentos confiscados. “Eles provam que esses fundos do caixa 2 eram em grande parte intencionados a obter contratos”, apontou.

Servidor. Central também na investigação suíça foi a descoberta de servidores mantidos pela Odebrecht na Suíça, com “uma enorme quantidade de dados” dos pagamentos de propinas. Em novembro, o Estado revelou que o país europeu havia confiscado o servidor. Agora, o processo revela que, nele, dados equivalentes a 2 milhões de páginas de documentos puderam ser retirados, “incluindo emails, ordens de pagamentos, conferências e contratos que serviriam para justificar pagamentos”.

“Além disso, milhares de listas foram confiscadas e a partir dos pagamentos relatados por meio do sistema ilegal foram listados, com datas de pagamento, o valor e o nome dos recipientes”, indicou o MP suíço.

Miggliaccio teria tentado apagar os dados do servidor em fevereiro e, de fato, sua operação teria ocorrido com sucesso. Mas acabou sendo preso.

Em um comunicado de imprensa emitido na semana passada, a Justiça suíça indica que, apesar da multa aplicada, vai continuar a investigar o caso da Odebrecht. O Estado apurou que o centro do inquérito, agora, é o destino dos recursos.

COM A PALAVRA, A ODEBRECHT

“A Odebrecht não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça. A empresa está implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade.”


fonte: Folha Política

SUÍÇOS REVELAM MEGA OPERAÇÃO 'ALTAMENTE PROFISSIONAL' DA ODEBRECHT PARA CAMUFLAR PROPINAS

O Ministério Público da Suíça afirma que o sistema criado pela Odebrecht para pagar propinas em contratos envolvia uma ampla rede de contas e recibos falsos, espalhados por mais de dez países, entre eles EUA, Portugal, Holanda, Antigua, Belize, Ilhas Virgens Britânicas, Panamá, Chipre, Austria e Irlanda. No total, quatro etapas de pagamentos foram criadas para camuflar a origem dos recursos e quem os receberia. Na avaliação dos investigadores suíços, a construtora criou uma estrutura “altamente profissional” para cometer crimes.
Segundo a investigação, num primeiro momento, o dinheiro que seria usado para a propina era retirado das contas oficiais da empresa. Para isso, contratos fictícios de serviços eram feitos. Os contratos falsos eram inclusive apresentados aos bancos para permitir que as transações fossem consideradas como legítimas.

Num segundo momento, esse dinheiro desviado das contas oficiais era depositado em contas na Suíça. Empresas offshore foram criadas em diversos países e controladas pela Odebrecht para movimentar essas contas e para “concluir contratos falsos de serviços”. “As contas dessas empresas foram abertas com o objetivo ilegal de manter recursos fora da contabilidade ordinária e obscurecer fluxos de pagamentos”, indicou o MP suíço, apontando como o Departamento de “Operações Estruturadas” mantinha um controle sobre essas movimentações de Caixa 2.

Do nível 2 para o nível 3 da estrutura montada para o pagamento de propinas, o dinheiro era liberado somente com o pedido de um membro do conselho de administração da Odebrecht. Pagamentos poderiam ainda ser feitos diretamente para beneficiários de propinas que tivessem contas na Suíça. Segundo os dados obtidos dos servidores da empresa na Suíça, notas frias eram emitidas para justificar os pagamentos.

Nesse 3º nível do esquema, contas e empresas de fachada eram operadas a partir de Antigua, Andorra e Panamá. Fernando Miggliaccio, funcionário da Odebrecht preso na Suíça, confirmou tal esquema em suas delações.

Para operar nesse nível, codinomes foram criados para aqueles com acesso aos dados. Funcionários recebiam nomes como “Gigo” e “Giginho”. “Por esse método, não era mais possível para alguém de fora estabelecer uma conexão entre os recursos e a Odebrecht”, apontaram os suíços.

Numa etapa final, os beneficiários da propina recebiam os recursos diretamente em contas no exterior ou por meio de doleiros. O sistema ainda permitiu que houvesse uma importante redução na capacidade de traçar o fluxo do dinheiro e para identificar seus beneficiários. “O uso de amplo número de empresas controladas pela Odebrecht, assim como a administração de relações bancárias com intermediários, aponta para um sistema que foi desenhado para camuflar os pagamentos em questão”, disse.

Responsabilidade. Na avaliação do MP suíço, o departamento criado para organizar o pagamento de propinas da Odebrecht orientou pagamentos e administrava a operação. “Eram eles também quem definiam os codinomes aos políticos e funcionários públicos”, afirmam os investigadores. Mas apenas a direção sabia quem recebia a propina.

O departamento começou a funcionar em 2008 e foi oficialmente citado num informe anual da empresa em 2010. Sete pessoas trabalhavam no esquema, de forma permanente. Suas funções envolviam criar os contratos fictícios necessários para justificar um pagamento, fazer notas fiscais, controlar transações e monitorar as contas no exterior. No caso dos doleiros, as senhas para os pagamentos eram mudadas semanalmente.

“As empresas acusadas montaram um sistema sofisticado e com um sistema de comunicação isolado para esconder fundos ilegais, o que aponta para um alto grau de profissionalismo”, escreveu o MP suíço.

Segundo os procuradores, não apenas a empresa brasileira não evitou os crimes, mas “sistematicamente operou” o esquema. “Propina e lavagem de dinheiro necessário para escondê-lo eram parte evidente da estratégia da empresa para as atividades empresariais”.

Na avaliação do MP suíço, a empresa “não cooperou de nenhuma forma por meses depois da abertura e anúncio de investigações criminais”. Para Berna, apenas o confisco dos servidores e dados na Suíça, com “evidências decisivas” contra a Odebrecht é que levaram os funcionários a falar.

Além do Brasil, os suíços citam que, no Panamá, ex-membros do alto escalão do governo receberam 32,8 milhões de francos suíços entre dezembro de 2009 e 27 de agosto de 2012 da construtora e que existiriam indícios de crimes em outros locais. “Essas descobertas indicam que os pagamentos foram influenciados por processos de licitação de obras”, apontou o MP.

COM A PALAVRA, A ODEBRECHT

“A Odebrecht não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça. A empresa está implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade.”


PLANALTO CANCELA LICITAÇÃO DE R$ 1,75 MILHÃO EM ALIMENTOS PARA AVIÃO PRESIDENCIAL

Diante da repercussão negativa, o Palácio do Planalto decidiu na tarde desta terça-feira (27) cancelar a licitação, orçada em R$ 1,75 milhão, para comprar alimentos para os aviões que atendem a Presidência da República.

O aviso da licitação foi publicado no Diário Oficial no último dia 19. Entre os produtos solicitados estavam 500 potes de 100 gramas do sorvete tipo premium da marca Häagen-Dazs, pelo preço de R$ 15,09 cada um.

Ao Blog, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou a decisão de cancelar essa licitação. Ele disse ainda que, desde 2009, não se fazia licitação para esse tipo de gasto e que os produtos indicados no edital eram apenas de referência. "Mesmo assim, decidimos cancelar a licitação", afirmou Padilha.

A lista de itens solicitados pelo Planalto no edital apresentava os preços unitários estimados. Entre eles estavam 120 potes do creme de avelã da marca Nutella, pelo preço de R$ 39 da embalagem de 350 gramas. O valor é maior que o praticado por lojas de varejo.

O G1 encontrou o mesmo produto no site das Lojas Americanas e do hipermercado Extra por R$ 20,87. O preço do sorvete Häagen-Dazs apontado pelo governo também é mais alto do que é possível encontrar no varejo. No Pão de Açúcar, o mesmo produto custa R$ 11,25.

Na lista, havia ainda a solicitação de amêndoas in natura, pelo preço de R$ 29 por um pacote de 100 gramas, e farinha de linhaça dourada da marca Jasmine, por R$ 44 em um pacote de 200 gramas. A licitação foi noticiada pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim.

A lista incluía também chocolates, refrigerantes, biscoitos, frutas e barras de cereais. Entre os pedidos havia marcas e sabores específicos de sorvetes, como o picolé de flocos com cobertura de chocolate branco, com referência à marca Tablito, por R$ 10,50 a unidade.

GASTOS ABSURDOS DE TEMER COM COMIDA SÃO MUITO INFERIORES AOS DE LULA, APONTAM BLOGS


Após a divulgação da licitação que pretende gastar R$ 1,75 milhão com comida a bordo do avião presidencial, alguns blogs lembraram que os valores gastos pelo ex-presidente Lula eram significativamente maiores. O blog Implicante lembra ainda que, além de gastos altíssimos, as compras no governo Lula eram feitas sem licitação, e que Dilma também gastou furiosamente.

Leia abaixo o texto do Implicante:

Em primeiro lugar, o Implicante deixa claro que considera um absurdo a mera existência de um “avião presidencial”. É algo que vai além do despautério, para dizer o mínimo. Nesse sentido, e por lógica, também somos contra tudo que decorra disso: gastos em geral, comida de bordo etc.
Hoje, muitos petistas resolveram mostrar indignação com Michel Temer, pois foi divulgada uma licitação no total de R$ 1,7 milhão para a compra de comida de bordo; e, como ocorre em procedimentos desse tipo, havia a discriminação dos itens.
Pois bem: em 2010, Lula fez a mesma coisa. Ou melhor: QUASE a mesma coisa. A compra foi de R$ 1,8 milhões, um valor maior MESMO SEIS ANOS ATRÁS (ponham aí inflação e afins, para ter ideia do que se trata). E sem licitação. Isso mesmo: SEM LICITAÇÃO. Há inúmeras outras compras do tipo, realizadas pelo Governo Federal, mas essa serve de exemplo.
Hoje, propõe-se um Pregão para que forneça quem oferecer o menor preço; em 2010, não. Notório saber? Especialização extrema? Que alguém explique, pois é algo um tanto controverso. E, se alguém duvida, aí vai cópia do Diário Oficial da União do dia 21/01/2010 (sim, quase SETE anos atrás): 
Já tratamos aqui dos luxos extremos do governo de Dilma Rousseff, mas é bom trazer ainda mais elementos. Desse modo, segue trecho de uma interessante reportagem do jornal O Globo, de outubro do ano passado (o que torna o exemplo de 2010 até meio bobo):

“Como nem os donos de segredos de Estado conseguem guardá-los, sabe-se que um dos mais caros cardápios é mantido à margem da contabilidade rotineira de copa e cozinha palaciana: custa R$ 2 milhões anuais o serviço de comida a bordo do avião presidencial. Já foi mais. Em 2006, Lula chegou a gastar R$ 3,7 milhões — mais que a conta dos cinco mil telefones da presidência naquele ano. Ele instituiu um padrão em voos, preservado por Dilma, com variedade de carnes (coelho assado, costeleta de cordeiro, rã, pato, picanha e peixe). O café da manhã a bordo custa R$ 58,60; a bandeja de frutas, R$ 102; cada canapé de caviar sai a R$ 7; camarão ou salmão defumado, a R$ 4,60. Em viagens ao exterior, Dilma prefere hotéis às residências oficiais nas embaixadas brasileiras. Em junho, passou três dias numa suíte do St. Regis, em Nova York, decorada por joalheiros da Tiffany. Depois, passou um dia em São Francisco, Califórnia, no hotel Fairmont, cuja suíte principal tem um mapa estelar em folhas de ouro contra um céu de safira. O custo médio das diárias nos EUA foi de R$ 36 mil. Para servi-la e à comitiva foram contratados 19 limusines, 15 motoristas, dois ônibus e um caminhão para transportar bagagens. Custou R$ 360 mil (o pagamento atrasou dois meses). Em Atenas, na Grécia, em 2011, a presidente gastou R$ 244 mil numa “escala técnica” de 24 horas — mais de R$ 10 mil por hora.” (grifamos)
Então, é aquilo de sempre: esse pessoal NÃO ESTÁ preocupado com comidinha de avião ou gastos exagerados. Para eles, o ato em si pouco importa; o que vale é quem o pratica. Se é um político amado, tudo bem; se é o adversário, aí ficam furiosos. E, convenhamos, os últimos que podem reclamar de “luxos” presidenciais são justamente aqueles que apoiavam – e ainda apoiam! – os ex-presidentes.
Isso ajuda a entender a tal da “bolha” em que vivem há anos, e da qual simplesmente não conseguem sair. E também faz com que todos nós tenhamos ainda mais certeza de estar do lado certo, que é o lado de NENHUM político. 

fonte: Folha Política

DEPUTADOS QUEREM REVER ISENÇÃO FISCAL PARA IGREJAS E TIMES DE FUTEBOL

Deputados federais querem aproveitar a discussão da reforma da Previdência no próximo ano para reavaliar isenções tributárias que esvaziaram os cofres do governo e representam um terço do rombo previsto para as contas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em 2017.

Isenções garantidas por lei a pequenos empresários, indústrias, entidades filantrópicas e produtores rurais devem representar uma renúncia de R$ 62,5 bilhões em contribuições que poderiam ajudar a financiar a Previdência.
O deficit do INSS, ou seja, a diferença entre as suas despesas e as contribuições que ele recebe, deverá atingir no próximo ano R$ 181 bilhões.

Com a política de desoneração da folha de pagamento, cujo objetivo é preservar empregos nas indústrias beneficiadas, o governo abre mão de receitas, mas tem que repassar a diferença para os cofres da Previdência.

As isenções concedidas a igrejas e instituições de ensino religiosas estão entre os principais alvos dos deputados. Os parlamentares falam também em mudar a cobrança de clubes de futebol, que antes recolhiam um percentual da folha de salários e agora pagam 5% sobre o total do faturamento.

A revisão das isenções também é uma bandeira das centrais sindicais, que veem nela uma forma de aliviar mudanças que atingirão os trabalhadores se a proposta de reforma do governo passar.

Embora não se posicione oficialmente sobre o tema, nos bastidores o governo tem estimulado parlamentares a levar a discussão adiante. Um deles é o nome escolhido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para relatar a proposta de reforma do governo, o deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

Apesar de ainda não ter sido indicado oficialmente, ele tem se reunido com o governo para discutir o assunto. Na votação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça, passo inicial da tramitação, ele fez uma defesa enfática da revisão das isenções.

Em seu discurso, Maia disse que a Previdência "quebrará" em 2024 se nada for feito e defendeu a discussão sobre as isenções. "Recebi a incrível informação de que todos os clubes de futebol do Brasil, todos, Flamengo, Corinthians, Internacional, nenhum paga a Previdência Social", disse.
Como a Folha informou em julho, o governo cogitou rever os benefícios das entidades filantrópicas, que seriam mantidos apenas para as que comprovassem a relevância dos serviços prestados. Mas o presidente Michel Temer abandonou a ideia ao enviar seu projeto ao Congresso.

A proposta acaba apenas com uma isenção que beneficia o agronegócio, que não precisa recolher à Previdência contribuições sobre receitas decorrentes de exportações das suas mercadorias.

O objetivo do governo com a reforma da Previdência é dificultar o acesso à aposentadoria, com adoção de idade mínima de 65 anos e aumento do tempo mínimo de contribuição, de 15 para 25 anos.

REAÇÃO

A resistência contra mudanças nas isenções deverá ser grande, porém. Coordenador da bancada evangélica da Câmara, o deputado João Campos (PRB-GO) acha que a medida representaria um retrocesso para a sociedade.

"A isenção não é um benefício, mas uma contrapartida por aquilo que as entidades filantrópicas realizam no lugar do Estado", disse Campos.

Para especialistas como Leonardo Rolim, consultor de Orçamento da Câmara, o governo tem que rever as isenções na área de educação. "Tem muita instituição que cobra mensalidades caras e poderia se virar sem isso", disse, em referência a escolas e universidades religiosas.

fonte: Folha Política

LAVA JATO TEM SURPRESAS PARA LULA E DILMA EM 2017
VEM AÍ NOVIDADES SOBRE OS R$ 45 BILHÕES DO BNDES LIBERADOS PARA A ODEBRECHT E OAS

Muitos petistas se queixavam do fato da Lava Jato ter condicionado o avanço na delação dos presos Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro ao esclarecimento de esquemas de corrupção em acordos bilionários em concessões de aeroportos durante governo Dilma.
Como se viu no acordo celebrado entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal, MPF, a Lava Jato estava certa. Falta ainda a delação de Léo Pinheiro. Esta pode ser mais uma guilhotina que vai decepar toda a empáfia da ex­presidente Dilma Rousseff e do ex­presidente Lula. Os membros do Ministério Público Federal trabalham há quase um ano em duas delações que prometem ser devastadoras para o PT: O acordo de delação premiada do empreiteiro Marcelo Odebrecht é um dos mais extensos e complexos de toda a Operação Lava Jato. Apesar de concluído, a Forçatarefa de Curitiba tem algumas surpresas para os petistas no que diz respeito a liberação de recursos do BNDES. Uma outra delação de alguém que tem muitos segredos a revelar aos procuradores do Ministério Público Federal está prestes a ser anunciada: José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS e amigo de Lula. Tanto Marcelo Odebrecht quanto Léo Pinheiro foram bem "estimulados" a falar um pouco do que sabem sobre os idos dos governos de Lula e Dilma, como condição para que conseguissem validar um acordo de delação. A equipe da Lava Jato elegeu os contratos de obras de infraestrutura que foram aceleradas por conta da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio como temas de interesse para negociação nas delações já iniciadas pelos empreiteiros. 
Os contratos são referentes à concessões de aeroportos e obras de infraestrutura nos terminais que contaram com aportes financeiros dos fundos de pensão e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Lava Jato já conta com detalhes fornecidos por Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro sobre os negócios que somaram cerca R$ 45 bilhões. É muito dinheiro. A Odebrecht e a OAS foram as vencedoras de contratos de concessões nos dois principais pacotes de leilões do governo Dilma, em 2012 e 2013. As duas empreiteiras passaram a administrar os aeroportos de maior valor. A OAS passou a integrar a concessionária que administra Cumbica, em Guarulhos (SP) ­ a GRU Airport, por meio da Invepar, em um negócio de R$ 16 bilhões. A Odebrecht, associada a parceiros internacionais, venceu a concessão do Galeão, no Rio, no valor de R$ 19 bilhões. 
A maior parte dos contratos apontam irregularidades. Até agora, os investigadores já encontraram indícios de que houve corrupção no processo de concessão de aeroportos realizadas em 2011, 2012 e 2013, no governo Dilma Rousseff. Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro já foram condenados na primeira instância em processos relativos ao esquema de corrupção na Petrobrás. O esclarecimento sobre a participação de agentes públicos e desvios para partidos políticos pode trazer novos nomes para o rol dos investigados pela Força­tarefa de Curitiba. As tratativas formais entre defesas de Léo Pinheiro e a Lava Jato foram assinadas nos últimos meses com a Procuradoria­Geral da República. Após a homologação da delação de Marcelo Odebrecht, a delação de Léo Pinheiro representará um divisor de águas para a Lava Jato, para Lula e Dilma e para o Brasil. 28/12/2016 Lava Jato tem surpresas para Lula e Dilma em 2017. Vem ai novidades sobre os R$ 45 bilhões do BNDES

O PT PROMOVEU UM ARRASTÃO QUE DUROU 13 ANOS. BRASIL VAI PRECISAR DE 5 ANOS PARA SE RECUPERAR



Estudos das principais referências do mercado, como o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), apontam que o Brasil precisará de alguns anos para se recuperar dos danos causados pela crise econômica deixada pelo governo Dilma. Esta avaliação é assinalada por 10 em cada dez economistas do mercado. Milhares de empresas fecharam suas portas e, após algum tempo, seus equipamentos e instalações se tornaram sucatas. O fechamento de centenas de milhares de lojas foi ainda mais instantâneo. O desastre significou simplesmente a extinção de milhões de empregos que jamais serão gerados com a mesma velocidade com que deixaram de existir. Pelas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia brasileira não conseguirá crescer acima de 2% até 2021. É uma situação alarmante quando se leva em conta que são necessários ao menos 3,5% de alta da produção no país para que se comece a promover distribuição de renda, uma das maiores necessidades do Brasil. 

Por algum tempo, ainda continuaremos ladeira abaixo: o desemprego seguirá crescendo ao longo da maior parte de 2017 — o mercado de trabalho demora a reagir, já que os empresários precisam ter certeza quanto ao processo de recuperação para começar a contratar. Além dos milhões de empregos perdidos, o Brasil dificilmente irá recuperar os bilhões desviados durante os governos do PT. Isto por que para obter alguns milhões para financiar suas campanhas, Lula e Dilma concederam trilhões em benefícios que jamais irão retornar aos cofres públicos. As expectativas de recuperação da economia brasileira não são nada favoráveis. Por mais que o atual governo adote medidas positivas neste sentido, o mercado dificilmente conseguirá apresentar resultados satisfatórios em 2017. A crise vai persistir até pelo menos meados de 2018, a depender ainda do desempenho da economia mundial. Só em 2022 o Produto Interno Bruto (PIB) por pessoa atingirá os US$ 6.070 de 2014, quando se iniciou nosso ciclo de decadência provocado pela maquiagem nas contas públicas do governo Dilma. Desde então, o país sofreu uma série de consequências negativas, como o rebaixamento pelas agências de classificação de risco internacionais, algo que afugentou ainda mais os investimentos internos e externos. Especialistas advertem que, no ano que vem, o PIB tende a crescer 0,5%, no máximo, ou mesmo encolher mais um pouco, depois do tombo de 3,8% registrado em 2015 e da queda de 3,5% estimada para 2016. Com isso, a taxa de desocupação pode encostar ou ultrapassar os 13%. 

De modo geral, o arrastão promovido pelos governos do PT nos cofres públicos e o show de incompetência e desonestidade de Dilma e Lula arrastaram milhões de brasileiros para uma situação bastante delicada. A crise econômica, moral e política não afetou apenas uma parcela da população, mas a sociedade como um todo. Milhares de projetos na área de geração de emprego foram simplesmente adiados e correm agora o risco de nunca serem concretizados. 28/12/2016 O PT promoveu um arrastão que durou 13 anos. Brasil vai precisar de cinco anos para se recuperar 

fonte Imprensa Viva