terça-feira, 4 de julho de 2017

Embora tenha participado do lançamento das obras, Lula diz à Justiça que só soube do Porto Maravilha pela imprensa

O ex-presidente Lula depôs nesta terça (4) como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em processo no qual o peemedebista é acusado de cobrar e receber R$ 52 milhões do consórcio formado por OAS, Odebrecht e Carioca para viabilizar, junto à Caixa, o financiamento para a revitalização do porto do Rio de Janeiro, projeto conhecido como Porto Maravilha.

No depoimento, Lula negou ter conhecimento de irregularidades nas obras do Porto Maravilha ou da suposta interferência de Cunha para dar andamento ao projeto. Ele afirmou que só conheceu o projeto pela imprensa. Na resposta, ele fez referência ao fato de as obras terem ligação com as Olimpíadas realizadas no Rio.

“Eu infelizmente não fui nem convidado para ir às Olimpíadas”, disse Lula.
Veja o que dizia reportagem do jornal Nexo à época do lançamento das obras: 

O Porto Maravilha tornou-se um dos principais projetos político de Eduardo Paes. Pouco tempo após assumir a prefeitura pela primeira vez, em 2009, ele procurou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao lado do então governador do Rio Sérgio Cabral, também do PMDB, Paes consolidou o projeto de reurbanização e, ao mesmo tempo, reforçou também a aliança entre PT e PMDB no Rio. 
Na cerimônia de lançamento da primeira fase do Porto Maravilha, Lula estava presente (foto acima) e garantiu recursos para as obras, conforme informou o site Publica: 

No dia 23 de julho de 2009, a primeira fase do Porto Maravilha foi lançada. Houve cerimônia pública e presença de autoridades. O então presidente Lula garantiu: “Não faltarão recursos para concluirmos essas obras”.
Em 2010, Lula também marcou presença, ao lado de Eduardo Paes, na cerimônia de inauguração da primeira fase do Porto Maravilha:



Janaína Paschoal faz pronunciamento sobre intervenção militar após questionamentos

Após uma falsa entrevista com Janaína Paschoal publicada por um site afirmando que ela teria "protocolado um pedido de intervenção militar", a jurista esclareceu que nunca pediu intervenção e nem pediria, pois o pleito sequer tem previsão legal. 

Como a repercussão da falsa entrevista foi alta e os internautas a questionavam, ela reafirmou: "Como muitas pessoas escreveram perguntando, esclareço, novamente, que NÃO peticionei requerendo intervenção militar. Seria inconstitucional!".

General pediu explicações de Dilma sobre atentado a bomba que matou soldado do Exército em 68

Em razão da homenagem realizada pelo Exército ao soldado Mario Kozel Filho, morto em um atentado terrorista realizado pela organização terrorista à qual Dilma pertencia, voltou a circular na internet o pedido feito pelo General Luiz Eduardo Rocha Paiva, que exigia que Dilma prestasse contas por seus atos. 

Relembre em artigo publicado pela revista Exame, em 17 de julho de 2012: 

O General de Divisão na Reserva do Exército Luiz Eduardo Rocha Paiva assegura que a comissão que averiguará as violações dos direitos humanos durante a ditadura (1964-1985) também deve investigar os atentados terroristas e, inclusive, convocar a presidente Dilma Rousseff.

‘Dilma integrava o VAR-Palmares, que lançou o carro bomba que matou o soldado Mario Kozel Filho. A comissão não vai convocá-la. Por quê?’, perguntou o general em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal ‘O Globo’.
O atentado em questão foi registrado no dia 26 de junho de 1968 contra um quartel do Exército em São Paulo.
Na mesma entrevista, Rocha Paiva também duvida que a atual presidente brasileira tenha sido torturada enquanto esteve presa por sua militância política.
Segundo o general, para não ser ‘parcial e maniqueísta’, a comissão deveria investigar também as pessoas que participaram direta ou indiretamente de ações armadas contra o regime militar.

A Comissão da Verdade, cuja criação foi sancionada em novembro pela própria presidente Dilma, será instalada em abril para investigar as violações dos direitos humanos que foram registrados durante a ditadura, principalmente as desaparições e as torturas.

Apesar de traçar novas investigações, a comissão não poderá determinar responsabilidades penais, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou em 2010 a anistia que em 1979 amparou os torturadores e aqueles que pegaram em armas contra o regime militar.

‘Não vejo porque eles (os torturadores) têm que aparecer agora se estão anistiados. E por que não convocarão quem sequestrou e quem planejou (atentados terroristas)?’, indaga o general.
Diante do argumento que Dilma foi detida e torturada por sua militância, o general reformado questionou a veracidade dessas torturas.

‘Ela diz que foi submetida a torturas. O Senhor tem certeza disso? Eu não sei’, afirmou o general.

Dilma, que passou mais de dois anos presa durante sua juventude, já confimou ter sido torturada na época de sua militância contra a ditadura.

Rocha Paiva concedeu essa entrevista após toda a polêmica gerada na última semana, quando um grupo de militares aposentados do Exército, da Marinha e da Força Aérea questionaram a criação da Comissão da Verdade e também criticaram as posições de alguns membros do gabinete de Dilma, como o Ministro de Defesa, Celso Amorim.

A reação do Governo às críticas apresentada pelos militares foi respondida de maneira rígida. Segundo versões da imprensa, o Governo pediu aos comandantes das Forças Armadas que enviem advertências aos militares envolvidos com os comunicados, já que ainda possuem relações hierárquicas. 

Pôster da campanha de 2010 de Geddel Vieira Lima 'derruba' discurso de Lula e Dilma

Circula nas redes sociais um antigo pôster da campanha de Geddel Vieira Lima ao governo da Bahia, em 2010, que mostra quem são os seus aliados. 

Enquanto os petistas tentam reforçar os laços de Geddel Vieira Lima, preso ontem por obstrução à Justiça, com o presidente Temer, os internautas lembram que Geddel esteve envolvido com o poder desde bem antes de Temer. 

Após se pronunciar contra corruptos petistas, Alexandre Frota recebe grave ameaça de morte contra sua família

Alexandre Frota, ator e ativista, divulgou uma ameaça de morte e violência contra ele e sua família, devida ao seu ativismo contra a corrupção no País: "Olhem essa ameaça do Militante do PT para mim"

Um perfil do Twitter, com o nome de Jefferson Carvalhaes, mandou a mensagem: "Vou invadir a p***** da tua casa, m**** na tua mulher; depois eu vou matar aquela v********, em seguida eu vou te matar e queimar a tua casa". O perfil se identifica como "Plastic Artist and writer brazilian" (sic), e continua mandando ameaças ao ator e aos seguidores que comentam. 


Lula voltou a depor à Justiça Federal, agora como defesa de Cunha

Enquanto aguarda a sentença do juiz Sergio Moro sobre o processo no qual é acusado de ter recebido um tríplex no Guarujá decorrente de propinas em contratos da OAS com a Petrobras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à Justiça Federal nesta terça-feira, mas para depor como testemunha de defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O depoimento ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, será por videoconferência. Cunha está preso em Curitiba desde outubro de 2016 pela Operação Lava Jato, mas o processo no qual Lula irá depor  é relativo à Operação Sépsis, que investiga esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do FI-FGTS, da Caixa Federal.

Outro preso pela Lava Jato, o empresário Marcelo Odebrecht também foi ouvido hoje por videoconferência ao mesmo juiz e no mesmo processo, mas como testemunha de Lúcio Funaro, doleiro que é conhecido como operador de Cunha.

Funaro está preso em Brasília, desde 1º de julho de 2016, pela Operação Sépsis, com base na delação de Fabio Cleto, ex-vice presidente de Fundos e Loteria da Caixa.


Mário Kozel Filho, morto há 49 anos por grupo terrorista do qual Dilma fazia parte, é homenageado pelo Exército

No dia 26 de junho, foi realizada, pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE), a solenidade em homenagem ao Terceiro-Sargento Mário Kozel Filho, morto em um atentado no Quartel-General do Ibirapuera, há 49 anos. A cerimônia ocorreu no pátio de formaturas que leva o nome do próprio homenageado.

Durante o momento solene, foi depositada uma corbelha de flores no busto do Sargento Kozel, ao som do clarim executando o toque de "Silêncio".

Estiveram presentes o Comandante Militar do Sudeste, General de Exército João Camilo Pires de Campos; o Comandante da 2ª Região Militar, General de Divisão Adalmir Manoel Domingos; o Chefe do Estado-Maior do CMSE, General de Brigada Ricardo Miranda Aversa; e a Sra. Suzana Kozel Varela, irmã de Mário Kozel Filho.

O Atentado

Em 26 de junho de 1968, às 4 horas e 45 minutos da manhã, um veículo aproximou-se da entrada do aquartelamento e foi lançado em direção ao Quartel-General. Mesmo com o motorista o tendo abandonado, o veículo avançou, desgovernado, ultrapassando os limites do portão da guarda do quartel, capotou e bateu contra a parede do edifício.

Os sentinelas deram o alarme, buscando reagir à ameaça. Um dos soldados, acreditando que havia alguém ferido dentro do veículo, aproximou-se, momento em que foi atingido por uma forte explosão, que destruiu parte do prédio, atingindo, também, aqueles que se encontravam nas imediações.

Tratava-se de um atentado. O veículo estava carregado de explosivos. Cinco soldados da guarda foram atingidos, dos quais um foi ferido mortalmente: o Soldado nº 1803, Mário Kozel Filho, do então 4° Regimento de Infantaria, hoje 4° Batalhão de Infantaria Leve.

Pouco mais de seis meses antes, o Soldado Kozel fora incorporado às fileiras do Exército Brasileiro. Após seu falecimento e, devido às circunstâncias de seu assassinato, foi promovido à graduação de Terceiro-Sargento.

O atentado foi realizado pelo VAR-Palmares, organização terrorista da qual a ex-presidente Dilma fazia parte. A Comissão da Verdade não quis investigar os atentados realizados pelas organizações terroristas. 





PT disposto a convocar protesto caso Lula seja condenado por Moro


O PT deverá convocar militantes do partido a irem às ruas caso o juiz Sergio Moro condene o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação que envolve o tríplex do Guarujá. Foi isso o que afirmou nesta segunda-feira o presidente do diretório paulista do partido, Luiz Marinho, em reunião de Lula com parlamentares e lideranças da legenda, em São Paulo.

— Se ele (Moro) for juiz, vai absolver o presidente Lula. Se vier a condená-lo, vamos fazer todo o debate com protestos e repúdio — disse Marinho.

Em caso de condenação, o PT deve exaltar as decisões da semana passada, que beneficiaram o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-RJ) e o senador Aécio Neves (PT-MG). O objetivo é propagar que há tratamento diferente por parte da Justiça quando os réus e investigados são petistas.

— Está claro que há dois pesos e duas medidas — afirmou o presidente do diretório paulista.

Em seu discurso aos petistas nesta segunda-feira na reunião, que foi fechada, Lula celebrou a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que inocentou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto numa das ações em que ele foi condenado por Moro.



Advogados de defesa de Temer, Lula, Dilma e Aécio se unem e articulam manifesto para questionar Judiciário e MP

Unidos, os advogados de Michel Temer (PMDB), Dilma Rousseff (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Aécio Neves (PSDB) articulam lançar um manifesto para questionar a atuação da Justiça e do Ministério Público, informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. 

Os debates ocorrem em um grupo de WhatsApp chamado “Prerrogativas”. Neste grupo, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) é alvo frequente de críticas. Eles tratam como será o texto que prega o fim do que chamam de “Estado de exceção” e a “retomada do protagonismo da advocacia”.


De acordo com a coluna Painel, Alberto Toron, advogado de Aécio Neves e Dilma Rousseff, Cristiano Zanin, defensor de Lula, e Antonio Mariz de Oliveira, de Temer, estão na linha de frente da formulação do manifesto. Esses políticos estão na Lava Jato e foram fortemente implicados na delação de Joesley e Wesley Batista.

Outros criminalistas também fazem parte do grupo que prepara o texto e discutem criar um curso para debater o que seria “Estado de exceção”. O grupo de advogados disse à coluna da Folha que o movimento não tem qualquer vínculo partidário e não prega o “confronto direto” com as instituições Ministério Público e Judiciário, “mas apenas, e tão somente, com seus desvios e desmandos”.