quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Os filhos dos generais e os filhos dos presidentes civis

O último general-presidente, João Batista Figueiredo, intensificou a abertura política pressionado por uma enorme crise econômica e pelas manifestações populares em prol da democracia.
Logo que assumiu o poder, aboliu o sistema bipartidário e promoveu uma ampla, geral e irrestrita anistia, além de devolver aos cassados os seus direitos políticos.
O MDB, que fazia uma tênue oposição ao regime, virou PMDB, enquanto a ARENA se transformou no Partido Democrático Social (PDS), abrigando os civis e militares defensores do regime.
Findo o mandato, Figueiredo deixou o poder completamente pobre.
Não tinha, sequer, dinheiro para manter o sítio do Dragão, em Petrópolis, para onde se retirou após deixar o poder. Teve de vender alguns bens para manter a propriedade. Primeiramente vendeu os cavalos; depois, o próprio sítio.
Morreu em 1999 em seu apartamento no bairro de São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. Sua viúva, que faleceu anos depois, foi obrigada a organizar um leilão dos objetos pessoais do marido para pagar as despesas da casa. Essa atitude foi bastante criticada pela imprensa, que pouco se incomodava com as agruras financeiras da ex-primeira dama, que vivia da pensão militar deixada pelo general, equivalente a R$ 8.865,00.
Outro militar, o coronel do exército Mário Andreazza, foi Ministro dos Transportes nos governos Costa e Silva e Médici. Responsável pela construção da ponte Rio-Niterói - obra que teve empréstimo de dois bilhões de dólares -, também morreu pobre. Seus 37 colegas de turma fizeram uma vaquinha para que o seu corpo fosse trasladado do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul, sua terra natal.
Não se conhece, em matéria de dinheiro público, qualquer ato desabonador dos filhos dos ex-presidentes militares.
A filha de Geisel, Amália Lucy, professora do Colégio Pedro II, ia de ônibus para o trabalho. Paulo Roberto e João Batista, filhos de Figueiredo, jamais foram objetos de investigação. O primeiro, publicou um artigo na internet explicando as razões pelas quais seu pai se recusou a patrocinar a Copa do Mundo no Brasil na década de 80.
Segundo ele, Figueiredo não aceitava tirar bilhões de dólares da saúde e da educação para gastá-los com futebol e propina. Hoje está demonstrado que a vida dos generais-presidentes e a de seus filhos era simples e modesta. Pelo menos até o momento, não se conhece nada que desabone a conduta de qualquer deles.
Já os ex-presidentes civis e seus herdeiros, praticamente nenhum deles se salva.
Muitos respondem a processos por corrupção. Sarney saiu desmoralizado. Collor foi obrigado a renunciar sob acusação de corrupção. Seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso e o seu primeiro filho, Paulo Henrique, podem ser chamados a qualquer tempo para dar explicações sobre certos negócios cobrados pela imprensa, a exemplo das contas e propriedades no exterior do patriarca investigadas pela Polícia Federal, negócios com a Odebrecht, com a Petrobrás e algumas offshores no Panamá e no Reino Unido, além de uma sociedade com o ex-braço direito do presidente argentino Maurício Macri, que se suicidou em meio a um escândalo de corrupção. Lula está preso, Dilma impichada e Temer sai do governo acusado de corrupção no porto de Santos.
Considerando, como dizia Cícero, que a história é a testemunha dos tempos e a luz da verdade, a ela caberá julgar os generais-presidentes pelos crimes de que são acusados contra os direitos humanos – por ação ou por omissão. Seja qual for o veredito, ela registrará que, do ponto de vista exclusivamente pessoal, todos eles, sem exceção, eram honestos. E os seus filhos também.
texto por Luiz Holanda, advogado e professor universitário.
(publicado originalmente no site Jornal Da Cidade)

Conheça Ricardo Vélez Rodríguez — o ministro da Educação do governo Bolsonaro

Como noticiamos há pouco, o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou na noite desta quinta-feira (22) o nome do filósofo Ricardo Velez Rodriguez para comandar o Ministério da Educação (MEC) em seu futuro governo.
O anúncio foi feito pelo perfil oficial de Bolsonaro no Twitter.
Gostaria de comunicar a todos a indicação de Ricardo Velez Rodriguez, Filósofo autor de mais de 30 obras, atualmente Professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, para o cargo de Ministro da Educação”, publicou.
A nomeação de Ricardo Vélez Rodríguez ao Ministério da Educação, além de atestar o compromisso de compor Ministérios com nomes estritamente técnicos, também representa a total mudança de rota do sistema educacional brasileiro. Vélez foi indicação do prof. Olavo de Carvalho.
Quem é Ricardo Vélez Rodríguez?
Ricardo Vélez Rodríguez nasceu em Bogotá (Colômbia) em 1943. Realizou os seus estudos básicos no Liceu de La Salle (Bogotá) e cursou na mesma cidade o Bacharelado em Humanidades, no Instituto Tihamer Toth.
Possui graduação em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana (1964), graduação em Teologia – Seminário Conciliar de Bogotá (1967); mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974); doutorado em Filosofia pela Universidade Gama Filho (1982).
Realizou pesquisa de pós-doutorado no Centre de Recherches Politiques Raymond Aron Paris (1994-1996), sob a orientação de Françoise Mélonio. Atualmente é conferencista e membro do conselho consultivo da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa).
Vélez é professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora e professor emérito da ECEME.
Atualmente é professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFJF. Possui experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia.
Pertence à Academia Brasileira de Filosofia; ao Instituto Brasileiro de Filosofia; ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; ao PEN Clube, ao Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio e ao Instituto de Filosofia Luso-Brasileira (Lisboa).
Na mesma Universidade é também coordenador do Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos; do Núcleo Tocqueville-Aron de Estudos sobre as Democracias Contemporâneas; do Núcleo de Estudos sobre Madame de Staël e o Romantismo e do Núcleo de Cosmologia e Filosofia da Ciência.

Com informações do site Conexão Política.

Rubem Novaes no Banco do Brasil

Paulo Guedes escolheu o economista Rubem Novaes para presidir o Banco do Brasil.

Novaes é amigo de Guedes desde a época em que estudaram na Universidade de Chicago. Ele é professor da FGV, registra O Antagonista.

Evo pela metade

Evo Morales, o comparsa de Lula e Nicolás Maduro, vai ter de se virar para financiar o regime cocalero.

Diz O Globo:

“A Petrobras vai rever o contrato de fornecimento de gás com a Bolívia, que vence no fim do próximo ano. O acordo firmado com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos prevê que a estatal brasileira pode importar até 30 milhões de metros cúbicos por dia. De acordo com a proposta já discutida pelas áreas técnicas da Petrobras, o volume deve ser reduzido para metade deste volume: 15 milhões de metros cúbicos por dia.”

BOLSONARO ANUNCIA MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Jair Bolsonaro acaba de anunciar no Twitter que o professor de filosofia Ricardo Velez Rodriguez será o seu ministro da Educação. Ele é ligado à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, da qual é professor emérito.

Velez conta com a simpatia de Olavo de Carvalho – assim como o chanceler Ernesto Araújo – e sempre foi o favorito do presidente eleito.


Ivan Monteiro é carta fora do baralho

Atual presidente da Petrobras e cotado dias atrás para assumir o comando do Banco do Brasil, Ivan Monteiro foi cortado do futuro governo pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, registra O Antagonista.

Ivan é do entorno de Aldemir Bendine (Dida), preso pela Lava Jato.

Bolsonaro também estuda varrer todos os vice-presidentes do BB ligados à gestão petista.

Futuro ministro da Defesa anuncia novos comandantes das Forças Armadas

O futuro ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, anunciou nesta quarta (21)  os novos comandantes das Forças Armadas.

Na Marinha, o almirante Ilques Barbosa Júnior; no Exército, o general Edson Leal Pujol; na Aeronáutica, o brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez.