domingo, 2 de julho de 2017

PF prende empresário Jacob Barata Filho, a pedido da força-tarefa da Lava Jato

Empresário do ramo de ônibus tentava embarcar para Portugal. Ele é suspeito de pagar milhões de reais em propina a políticos do Rio.

Um dos maiores empresários de ônibus do Rio, Jacob Barata Filho, foi preso na noite deste domingo pela Força tarefa da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, segundo informações da TV. De acordo com investigações, Barata, que é conhecido como "Rei do ônibus", teria pago milhões de reais em propina a políticos do Rio. A polícia estava monitorando o empresário, quando descobriu que ele estava prestar a embarcar para Portugal apenas com a passagem de ida.

O mandado foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas.

Conhecido como “Rei do Ônibus”, o empresário Jacob Barata teria US$ 95,2 milhões (R$ 270 milhões) numa conta secreta numa agência bancária do HSBC, na Suíça. A informação consta de uma reportagem do site “Maka Angola”, de Angola, como desdobramento do escândalo Swissleaks — revelado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que gerou reportagens em jornais de vários países este mês. Segundo o grupo, o HSBC estaria ajudando seus clientes a ocultar cerca de US$ 180 bilhões, desviados para paraísos fiscais entre 2006 e 2007. O dinheiro seria parte de esquemas de caixa dois e estaria até mesmo financiando o terrorismo em países africanos.

Em nota, Jacob Barata Filho negou que tanto ele quanto o pai tenham contas na Suíça. A reportagem sobre Jacob Barata no “Maka” foi amplamente reproduzida nesta quarta-feira nas edições eletrônicas de jornais portugueses. O site angolano, por sua vez, afirmou ter tido acesso a uma lista de nomes de empresas e pessoas físicas de nacionalidade portuguesa, além de brasileiros com negócios em Portugal, que mantinham as contas secretas.

Editor do site e autor da reportagem, o jornalista angolano Rafael Marques de Morais disse nesta quarta-feira ao GLOBO que ele mesmo localizou o nome de Jacob Barata na lista.

— Os documentos que tenho mostram inclusive o número da conta: 5090111490 — disse Rafael.

A família Barata é uma das maiores operadoras de ônibus no Brasil, com empresas que prestam serviços principalmente em estados do Sudeste e do Nordeste. O grupo também tem interesses em Portugal. Reportagem publicada pelo GLOBO, em agosto de 2013, mostrava que, na época, a família era uma das sócias da Vimeca, que transportava diariamente mais de 140 mil passageiros na Grande Lisboa, o equivalente a 25% da população da capital portuguesa. Os Barata também tinham participação em uma segunda empresa de ônibus, a Scotturb. Essas empresas de ônibus integram uma holding, a I Morey - Empreendimentos Imobiliários e Turísticos Ltda. Além das empresas de ônibus, I Morey controla sete hotéis da Rede Fênix, dos quais três ficam em Lisboa e quatro, no Porto.

DEPÓSITOS DE QUASE US$ 1 BILHÃO

Segundo o site angolano, foram identificados 611 clientes ligados a Portugal com depósitos na Suíça que chegam a US$ 969 milhões. A reportagem afirma que apenas o Grupo Espírito Santo — um dos maiores do país — teria depósitos de US$ 350 milhões. As denúncias do site já provocaram reações da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), equivalente à Receita Federal brasileira. Segundo a Agência de Notícias Lusa, a AT já pediu formalmente ao consórcio de jornalistas para que a lista dos contribuintes seja encaminhada ao órgão.

Procurador da Lava Jato anda falando demais?

Passei a escrever aqui porque precisava dizer que não podemos desanimar nem desistir, apesar das dificuldades. Era preciso falar isso nesse momento em que muitos pararam de apoiar a Lava Jato.
Desistiu de lutar porque o STF soltou Rocha Loures e deixou de prender Aécio? Confirmou suas suspeitas de que não há esperança para o Brasil porque o TSE se negou a cassar a chapa Dilma – Temer? Desacreditou da possibilidade de um país melhor depois de ver José Dirceu livre?

Sempre que conversam comigo nas ruas ouço pedidos para que não desistamos de lutar. Muitos me perguntam porque passei a escrever com tanta frequência aqui no meu Facebook. Alguns ainda me alertam que talvez eu fale demais, talvez seja muito incisivo ou inconveniente. Até colunistas de jornal me chamam de jacobino ou messiânico.

Passei a escrever aqui porque precisava dizer que não podemos desanimar nem desistir, apesar das dificuldades. Era preciso falar isso nesse momento em que muitos pararam de apoiar a Lava Jato. Muitos desses eram apenas falsos apoiadores, como políticos como Romero Jucá, que frequentaram as manifestações para tirar fotos de coraçãozinho para seus eleitores, ou movimentos de rua composto de jovens que já nasceram velhos. Esses acreditaram que nosso objetivo era apenas desarticular a corrupção do PT. Queriam apenas chegar ao poder rapidamente. Enganaram-se.

Outros ingenuamente acreditaram, e ainda acreditam, que toda a corrupção do Brasil aconteceu nos últimos 13 anos por conta do PT. Triste engano que não resiste a uma aula básica de história. As organizações criminosas que enfrentamos sempre estiveram no poder, seja o nome do partido que for. Essa sempre foi a maneira de fazer campanha política no Brasil. O PT só sistematizou isso e foi com muita sede ao pote.

Mas pior que todos aqueles abertamente contra as investigações, são aqueles que usam o nome de Sérgio Moro, ou da Força-tarefa Lava Jato para colocar mensagens de apoio a Temer. Eu assinei a denúncia de Lula e as alegações finais em que foi pedida a sua condenação, e assinaria a denúncia contra Temer e o pedido de prisão de Aécio. Não existem duas Lavas Jatos, assim como não existem dois Ministérios Públicos Federais. O PGR Rodrigo Janot tem nosso apoio.

Trabalhamos na Lava Jato em obediência à lei e à Constituição. Muitos podem dizer que deveríamos ter feito isso ou aquilo, outros nos criticam porque não fizemos aqueloutro. Pacientes ouvimos as críticas e temos as nossas razões para cada decisão tomada. E continuamos trabalhando. A história dirá o que foi certo ou não em nossa estratégia.

Não há vergonha de perder uma luta se houver sido feito o que era preciso dentro da lei. Mas ainda há muito pelo que lutar. O importante agora é que a Câmara dos Deputados autorize o julgamento de Temer. Cada um de nós pode fazer algo a respeito.

Carlos Fernando Dos Santos Lima 
Texto do Facebook pessoal do procurador.


'É hora de retornar às ruas para dizer não ao conchavo que quer impedir a Justiça', afirma jurista Miguel Reale Jr.

Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o autor do pedido de impeachment de Dilma, jurista Miguel Reale Jr., reforçou a necessidade do apoio e participação populares para a continuidade e efetividade da Lava Jato e do combate à corrupção.

Sobre a manifestação que pretende defender a Lava Jato em agosto, Janaína Pachoal alerta 'Talvez seja tarde demais!'

Janaína Paschoal, jurista e autora do pedido de impeachment de Dilma, lamentou que uma manifestação a favor da Lava Jato tenha sido marcada para o mês de agosto: 

"Li que haverá manifestações em apoio à Lava jato no final de agosto, talvez seja tarde demais!".

Por que a Globo quer derrubar Temer? Salvar a Friboi? Medo de Bolsonaro? A volta disfarçada do PT com Marina?

A tentativa de Golpe da Rede Globo vai ficar marcada como a mais agressiva e descarada campanha de um meio de comunicação do país para derrubar um governo em toda a história. A Globo apostou todas suas fichas na tramoia engendrada por Janot e Joesley Batista para derrubar Temer. A emissora colocou todos seus empregados e satélites para pedir a renúncia de Temer no susto, aproveitando-se de uma transcrição falsa da conversa gravada por Joesley com Temer.

Fiando-se da baixíssima popularidade do presidente, a Globo e os conspiradores do golpe imaginaram que a população seria engrupida com facilidade e que Temer cairia com qualquer soluço. Não foi o que aconteceu. Temer não renunciou.

Apesar do fracasso do Golpe, no lugar de recuar, a Globo e seus serviçais partiram para uma segunda onda de ataques, visando influenciar o julgamento do TSE, que na verdade deveria ter pesado contra Dilma lá atrás e ninguém fez nada. Todas as provas dos crimes cometidos na eleição de 2014 apontavam para Dilma e o PT. Foi mais uma investida frustrada. Temer não teve seu mandato cassado, apesar de todo teatro do ministro Herman Benjamin.

Mas a emissora carioca e seus satélites não desistiram e apostaram todas as fichas na denúncia fajuta do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que na ausência de provas contra Temer, apostou em uma malfadada tentativa de forjar provas com a ajuda do criminoso Joesley Batista. Ao que tudo indica, o plano brilhante dos gênios do golpe caminha para mais um fracasso no Congresso. 

Mas o que há por trás desta sanha da Globo, da esquerda e de setores do judiciário, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, em tentar derrubar Temer tão desesperadamente agora, a esta altura do campeonato? Com certeza, não foi apenas uma tentativa de salvar os criminosos da Friboi, patrocinador de toda esta gente.

A resposta é bem simples: o jogo de sucessão para 2018 está embaralhado demais e a Globo e setores do mercado perderam completamente o controle da situação. Alckmin, Aécio e Lula estão definitivamente queimados. O Risco de um outsider aparecer do nada e liquidar a fatura é bastante alto, assim como já ocorreu nos Estados Unidos e França. Há ainda o fator Bolsonaro, favorito em sondagens internas feitas pelo PSDB, PT e Globo. O desespero dessa gente é que o vencedor das eleições presidenciais de 2018 pode governar o país até janeiro de 2027, caso consiga se reeleger. Grupos poderosos não conseguem fazer planos no escuro durante tanto tempo. 

Caso o golpe fosse bem sucedido, a Globo, o PT e os demais conspiradores conseguiram emplacar seu candidato em uma eleição indireta no Congresso. Já haviam até escolhido o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ex-empregado de Joesley Batista. Uma vez no lugar de Temer, Meirelles ou qualquer outro, como o ex-ministro Nelson Jobim, o sócio de André Esteves, teria grandes chances de vencer as eleições em 2018. Os dois são tradicionais aliados de Lula e do PT.

Com a máquina na mão, o sucessor de Temer faria de tudo, com a ajuda da Globo, é claro, para se promover. Ampliaria programas sociais, faturaria em cima da geração de empregos que já começou com Temer, se gabaria de ter debelado a inflação, reduzido juros e herdaria todas as pequenas conquistas obtidas por Temer ate o momento. Desta forma, o candidato dos conspiradores se cacifaria para vencer não apenas as eleições de 2018, mas também as de 2022.


Como até o momento a tentativa dos conspiradores de dar uma rasteira na Democracia e no Povo não prosperou, é bem provável que comecem a se preparar para interferir de outras formas nas eleições de 2018, através de ataques contra candidatos não alinhados, como Bolsonaro, e promoção de favoritos, como Marina Silva, Ciro Gomes e João Doria.

fonte: Imprensa Viva


Trunfo de Temer para barrar denúncia na Câmara é a ala anti-Janot

O governo espera obter na Câmara para barrar a denúncia criminal contra Michel Temer um placar que inclua um grupo expressivo de deputados que pretende usar a votação para impor uma derrota ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Essa ala é formada, segundo a Folha, por alvos da Lava Jato e deputados críticos às investigações, além de parlamentares que dizem ver um alinhamento excessivo do chefe do Ministério Público com teses da esquerda.

Michel Temer precisa que pelo menos 172 dos 513 deputados votem contra a denúncia ou simplesmente não apareçam na sessão, já que é preciso haver um mínimo de 342 votos para que o STF seja autorizado a decidir se processa o Presidente por corrupção passiva.

“A tendência é votarem não pelo Temer, mas contra o Janot"

Paulinho da Força (SD-SP), alvo da Lava Jato, fala sobre a motivação dos colegas para votar a denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer:
"Há uma insatisfação muito grande entre os deputados com ele [Janot]. Enquanto corre no caso do Temer, nas investigações contra deputados ele abre [inquéritos] e deixa na geladeira. A tendência aqui é de os caras votarem não pelo Temer, mas contra o Janot".

Ministro Fachin nega recurso a mulher que furtou desodorante e chiclete

Fachin, que vai decidir sobre habeas corpus a acusados de desviar cifras milionárias na Lava Jato, alegou reincidência da ré; maioria votou pela concessão.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, negou nesta quinta-feira habeas corpus a uma mulher de 39 anos, presa em flagrante em 2011 por ter tentado furtar de um estabelecimento comercial de Varginha (MG) dois desodorantes e cinco frascos de chicletes, cujo valor atualizado soma R$ 42. 
O recurso da defesa tinha o objetivo de arquivar o processo criminal, que não informa se e quando ela foi solta.

A impunidade orquestrada pelo STF

Quando pensamos no Brasil e suas mazelas, a primeira (ou a segunda) matéria a aparecer em nossas mentes vem atrelada ao nosso sistema jurisdicional. Já sabemos dos carnavais de outrora que a nossa justiça não é flor que se cheire e que ela ajuda a perpetuar os vícios do sistema político-administrativo nacional.
Muito embora tenhamos juízes exemplares e heróicos espalhados por todo país, que desempenham seus ofícios com a maior lisura e seriedade – principalmente na primeira instância -, notamos que os aparelhados tribunais superiores do Brasil ganharam um protagonismo de vilão. Um vilão clássico que está contra o país, seu povo, a lei, o direito, e, mormente até mesmo contra a justiça.
O que dizer de juízes cínicos, arrogantes, vaidosos, despóticos, despreparados para exercer o nobre ofício, claramente desprovidos do notório saber jurídico, totalmente desvencilhados do compromisso da aplicação legal, mas atrelados aos interesses ideológicos que representam? O que dizer das esdrúxulas e repetidas decisões da mais Alta Corte de Justiça do Brasil, que hoje mais parece um tribunalzinho de Quarto Mundo comandado por um boliviariano atrasado? O que dizer sobre a impunidade orquestrada nas nossas Casas de Justiça?
As indagações são muitas e a resposta é única: o Poder Judiciário em sua alta cúpula não tem compromisso firmado com o país. São julgadores que aceitam e acobertam a imundície do jogo político, legislam ao bel-prazer e criam jurisprudência que apenas atendam a um plano nefasto de poder e dominação política.
Causa um assombro enorme, julgadores que sem qualquer resquício de constrangimento mostram proximidade e compadrio com réus de seus julgamentos. O que pensar de juízes que não escondem mais suas preferências para proteção dos verdadeiros bandidos nacionais; que não só arquitetaram um plano malévolo de poder como também saquearam o futuro do Brasil e os brasileiros, tudo em nome de um conhecido atraso ideológico.
Escutar rasgados elogios dedicados aos figurões da República que foram pegos com a boca na botija e promessas demagógicas de julgadores que evocam o nome e o espírito da justiça para lhes respaldarem suas porcas e inadmissíveis decisões, notoriamente contrárias ao que manda a lei e o direito, não só nos deixa perplexos, mas sobretudo descrentes nos sinuosos rumos do país.
A interpretação legal produzida nos principais tribunais superiores do Brasil se tornou uma experiência tóxica! O que deveria garantir a máxima aplicação da lei foi substituído pela casuística da conveniência política e dos favores entre Poderes da República. Vivemos tempos em que o escárnio é marca da justiça.
O que difere uma verdadeira nação de um povo cercado por terra é a elaboração, execução e o cumprimento da lei. É ela o marco civilizatório e o divisor de águas no desenvolvimento dos povos.
Assistirmos impotentes a todo este espetáculo deprimente acerca do subdesenvolvimento e tirania explícita causa verdadeira indignação. Se os anos lulopetistas destruíram o país, seus tribunais superiores ( sobretudo o STF) se encarregaram de enterrá-lo em cova rasa – sem pompa, respeito ou formalidade.
Portanto, por mais que o magnífico juiz Sérgio Moro faça seu excelente e irretocável trabalho, este será neutralizado e desfeito por senhores a serviço do crime e da bandidagem instalada no seio da República. Esperar o que de tribunais que inocentam crápulas perigosíssimos em nome da justiça e da lei. É desta justiça viciada que se aguarda uma condenação do senhor Luiz Inácio Lula da Silva? – Esqueçam! O ex-presidente, a viva alma mais honesta do país, o pai dos pobres, já está absolvido e permanecerá solto independentemente de uma futura e fundamentada condenação.
Se tivesse a oportunidade de olhar nos olhos de cada um dos julgadores da mais Alta Corte nacional, eu diria apenas; sinto vergonha de brasileiros como Vossas Excelências. Brasileiros que nos fazem desacreditar no nosso país e na genuína Justiça.
Desde a primeira composição do STF nunca tivemos julgadores tão medíocres, cínicos, prepotentes, despreparados e tão descaradamente comprometidos com a causa política. Uma coisa já sabemos: no tribunal em que a política entra, a justiça sai pela outra porta.
Parece que a nós brasileiros restará apenas a crença na Justiça Divina. Esta não há de falhar!

Por Claudia Wild

fonte:República De Curitiba Online