domingo, 18 de março de 2018

O PSOL é a xepa do PT (Veja o Vídeo)

Trata-se de uma legenda de 5ª categoria.

Adora dizer que ‘defende os pobres e os miseráveis’, bem como os ‘direitos humanos’.

Ledo engano.

O PSOL é um antro.

Esta é a verdade.

Vejam o ícone do PSOL no Rio de Janeiro: Marcelo Freixo.

Há alguma dúvida que esse discurso de "defender os pobres e os miseráveis", bem como os "direitos humanos", nas palavras do próprio Marcelo Freixo, não passa de algo bizarro e de uma tremenda mentira?

Verdade seja dita, a esquerda nunca defendeu os pobres e os miseráveis.

Mais, ela nunca os defenderá.

Ela os utilizará e os manipulará, isso sim, como massa de manobra barata.

O que a esquerda defende e ela precisa, sob pena de não existir, é a pobreza e a miséria, porque quanto mais pobres e miseráveis houver, mais votos ela obtém, fazendo ProseliTismo PolíTico nos currais eleitorais, através das ‘bolsas letargia’ (bolsa família, vale gás, etc).

É através da manutenção destas medidas populistas que se mantém, e também se aumenta as camadas de pobres e miseráveis.

Aliás, é uma constatação que em 12 anos de governo, ouvir que 5 milhões de cidadãos foram tirados da pobreza e da miséria, não passa de uma gaiatice. Se isso houvesse ocorrido, não teríamos atingido os maiores níveis de criminalidade como ‘nunca antes se viu na história desse país’.

texto por Pedro Lagomarcino, advogado

ASSISTA AO VÍDEO:

Aguinaldo Timóteo sai em defesa de Lula e ofende o povo da região Sul (Veja o Vídeo)

Alguém se lembra do cantor Aguinaldo Timóteo?

Pois é, meio sumido, esquecido, ele tenta de tudo para ser lembrado.

Sua nova investida é atacando às pessoas da região Sul do Brasil, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Em vídeo publicado nas redes sociais, onde parece estar meio alterado, o ‘cantor aposentado’, dublê de político fracassado e admirador do criminoso Luiz Inácio Lula da Silva ataca os sulistas, qualificando-os de ‘miseráveis’, ‘preconceituosos’, ‘elitistas’ e ‘babacas’.

É lamentável.

Veja o vídeo:

Eleitor indignado revela por que tem raiva de Lula e os motivos repercutem na internet

Ninguém tem raiva do Lula porque ele ofereceu Fies e deu 60 reais por mês pra algumas famílias.

A gente tem raiva do Lula porque ele depenou as estatais.

A gente tem raiva do Lula e do PT porque eles roubaram o dinheiro da Petrobras, dos Correios, do BNDES, da Caixa Econômica, do FGTS.

A gente tem raiva do Lula porque ele tira dinheiro do povo brasileiro e dá pra DITADURAS da América Latina.

A gente tem raiva do Lula porque ele trata o povo brasileiro (principalmente o pobre) como retardado, com escárnio, dizendo coisas como "o SUS é tão bom que dá vontade de ficar doente", tirando barato da saúde de quem não pode se tratar no Albert Einstein e no Sírio Libanês em todos os PS e prontos socorros do país. 

A gente tem raiva do Lula porque ele é bilionário e diz que é operário, chama classe média de rico, e promove o ódio de classes como estratégia de dividir o país para conquistá-lo.

E finalmente: a gente tem raiva do Lula porque, apesar do que diz, ele NÃO resolveu a situação do pobre. Ele apenas deu uma esmola temporária. O pobre continua sem emprego, sem ter como se sustentar, sem saúde e sem educação minimamente dignas.

Lula é um coronel populista, que usa os menos favorecidos como massa de manobra através de medidas eleitoreiras pagas com dinheiro público. E é um LADRÃO."

Autor Desconhecido

*imagem ilustrativa

(publicado originalmente no Jornal da Cidade Online)

Não foi crime político...

A solução está próxima, mas não irá agradar o PSOL e nenhum outro partido daqueles que se dizem de esquerda, notadamente o PT, afoito para tirar vantagem de mais um cadáver.

Infelizmente, no momento o que interessa não é desvendar o crime, é tirar proveito político. 

Mais do que isso, PSOL, PT e afins vão continuar sustentando que foi ‘crime político’, não importa que solução seja apresentada. 

Na realidade, isto já havia sido definido antes de Marielle morrer.

A esquerda estava ansiosa e aguardava há muito por um cadáver que pudesse representar uma nova bandeira.

Esse cadáver foi Marielle, mero acaso. 

O PSOL sabe no entanto, que não obstante ser dona de uma história de vida admirável - mulher, negra e favelada, que estudou, conquistou posições e um mandato eletivo com a 5ª maior votação do Rio de Janeiro - a vereadora não tinha nenhuma frente de briga política que pudesse resultar no crime. 

Marielle nunca recebeu qualquer tipo de ameaça e nunca teve qualquer desafeto no meio político.

Era tão somente uma parlamentar combativa, que defendia suas convicções, que realizava um trabalho social, mas que não incomodava ninguém.

O fato de Marielle ocupar a relatoria da comissão criada na Câmara do Rio para acompanhar a intervenção federal não significa absolutamente nada. Ela estava há apenas duas semanas na função, não havia produzido absolutamente nada que pudesse incomodar quem quer que seja.

O acerto foi outro, registra o Jornal da Cidade Online.

Ministros armam "arapuca" para Cármen Lúcia

O golpe é atrevido, inusitado e absurdo, mas está em andamento.


O ex-ministro Sepúlveda Pertence está articulando com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aqueles simpáticos à ideia de livrar o meliante Luiz Inácio Lula da Silva da cadeia, uma estratégica maligna.

O dia ‘D’ é esta terça-feira (20).

O golpe é atrevido, inusitado e absurdo, mas está em andamento. Sua execução teve início na última quarta-feira (14).

Atenta, a colunista Eliane Cantanhêde, do Estadão, descobriu que, silenciosamente, o Instituto Ibero Americano de Direito Público entrou no último dia 14, com Embargos Declaratórios naquele processo que em outubro de 2016 permitiu a prisão de condenados em 2ª instância.

Ora, como a presidente mantém a resistência de não colocar o assunto em pauta, inventaram esses tais embargos.

Na terça-feira, o dia ‘D’, a situação será exposta pelos ministros ‘lulistas’ à presidente Cármen Lúcia.

O embargo de declaração da liminar que foi concedida a um ano e meio atrás deve ser apreciado, será o argumento.

A solução que será apresentada é no sentido de que o cumprimento da pena seja admitido após condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao invés da 2ª instância. 

É o meio termo, nem 2ª instância, nem STF.

Assim, conclui Cantanhêde, 'A prisão de Lula seria adiada por muitos meses, caso mantida; os presos após a segunda instância entrariam com HC; os futuros condenados respirariam aliviados. E a Lava Jato? O que fez, fez; o que não fez, só fará em parte'.

Vamos aguardar a reação de Cármen Lúcia diante da patifaria.

Ou ela se rende ou a crise está estabelecida.

Se resistir, Cármen Lúcia certamente terá o apoio da sociedade.

'Qualquer decisão do STF de postergar a prisão de condenados desmoraliza a Lava Jato', diz ministro

O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, manifestou-se sobre a possibilidade de o STF voltar atrás e modificar a própria decisão para impedir a prisão de condenados em segunda instância para salvar Lula: 

"Na política e na vida, símbolos são muito importantes. Se um réu condenado em segunda instância não for preso no prazo da lei, qual a justificativa para manter presos outros nem condenados ainda? Qualquer decisão do STF de postergar a prisão de condenados desmoraliza a Lava Jato!".


BALANÇO GERAL: Em 4 anos, Lava Jato condenou 160 criminosos; STF não condenou ninguém

Em 4 anos, Lava Jato condenou 160 criminosos; STF não condenou ninguém
Se a Operação Lava Jato fosse um político eleito pelo povo completaria neste ano de 2018 seu primeiro mandato. Neste sábado, 17 de março, fez quatro anos que 400 policiais federais saíram às ruas de seis estados e no Distrito Federal para cumprir as primeiras ordens de prisões e buscas assinadas pelo juiz federal Sérgio Moro, para apurar um esquema de lavagem de dinheiro e desvios, que envolvia nomes do mensalão e do caso Banestado. Desde então, 160 pessoas foram condenadas – em Curitiba e Rio de Janeiro -, R$ 12 bilhões foram recuperados aos cofres públicos, em acordos com os acusados, e 263 inquéritos policiais seguem abertos, só na capital paranaense, origem do escândalo, levando o terror a políticos, empresários e operadores financeiros ainda envolvidos em crimes do colarinho branco.

A Lava Jato não começa nem termina na Petrobrás. Em meados de 2013, quando o delegado Márcio Adriano Anselmo, especialista em crimes financeiros, retomou em Curitiba o inquérito que apurava lavagem de dinheiro de familiares e assessores do ex-líder do PP na Câmara José Janene, morto em 2010, o bilionário esquema de cartel e corrupção na estatal não existia para a Polícia Federal.

Em 17 de março de 2014, quando foram tornadas públicas as investigações, com a deflagração da primeira fase de buscas e prisões decretadas por Moro, ainda era incerta a dimensão dos crimes que seriam desvendados à partir dali, com a derrubada dos doleiros Alberto Youssef, Carlos Habib Chater – dono do Posto da Torre, em Brasília -, Nelma Kodama e Raul Srour – velhos conhecidos da Justiça, e origem do escândalo.

Só com a descoberta dos elos de Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e a descoberta das empresas de fachada do doleiro, como a MO Consultoria e a Rigidez Construções – usadas para lavagem de dinheiro das obra de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco (Rnest) – primeiro grande projeto do setor de óleo e gás do governo Luiz Inácio Lula da Silva -, foi que as investigações transformaram-se em um mega escândalo de cartel e corrupção.

Em quatro anos, foram 72 processos penais abertos na 13.ª Vara Federal de Curitiba, com 123 condenados, entre eles Lula, no caso do triplex do Guarujá – primeira ação contra ele concluída, há outras duas abertas e inquéritos a serem encerrados. Considerado pelo Ministério Público Federal o “general” do esquema de corrupção, dentro do núcleo político – as denúncias apontam ainda os núcleos de agentes públicos, empresários e operadores financeiros – , o petista está condenado a 12 anos e 1 mês de prisão. Se somadas as penas de todos os réus dadas por Moro elas chegam a 1.861 anos e 20 dias de prisão.

“O andamento da Lava Jato revelou que os desvios de recursos públicos ocorreram em diversos órgãos e empresas públicas, como Eletronuclear, Ministério do Planejamento e Caixa Econômica Federal, e em obras como a Ferrovia Norte-Sul, em Goiás, e a construção da Usina de Belo Monte, no Pará”, informa a força-tarefa da Lava Jato, que nesta sexta-feira, 16, reuniu as equipes que atuam nas três instâncias da Justiça para fazer um balanço do trabalho..

“Há muito a fazer e estamos redobrando o esforço. Queremos resolutividade e continuidade. A reunião em Porto Alegre visa estreitar estratégias e avaliar o muito que temos a avançar, dimensionar a força de trabalho e os recursos que disponibilizaremos para esta atuação institucional prioritária”, afirmou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que participou do encontro.

Balanço. Em quatro anos, a força-tarefa originária da Lava Jato já apresentou 72 denúncias no esquema de corrupção. Dessas, 40 já tiveram sentença de Moro e 32 ainda aguardam sentença.

Foi  a partir do modelo de investigação adotado em Curitiba que surgiram novas forças-tarefa no Rio, em São Paulo, para atuar em processos da primeira instância, e posteriormente na Procuradoria Regional da República da 4.ª Região (PRR-4), em Porto Alegre, para atuar nos processos de segunda instância e também na PGR para atuar nos processos no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesses quatro anos, 77 pessoas foram condenadas em segunda instância, isso é, tiveram suas sentenças decretadas por Moro confirmadas no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).

Nesta semana, nos dias 15 e 16, procuradores das forças-tarefa de Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), que atuam nas três instâncias da Lava Jato, reuniram-se em Porto Alegre pela primeira vez para troca de informações e discussão dos trabalhos.

Ao fazerem um balanço dos quatro anos de investigação, os procuradores afirmaram que ainda há muito a ser feito. Todos defenderam a ampliação das frentes de investigação e denúncias. O procurador Eduardo El-Hage, coordenador da força tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, afirma que o Estado está em uma fase “acelerada de novas operações”. “Teremos, até o final do ano, grandes operações a serem deflagradas.”

Ao avaliar a corrupção, tema central da operação, que completa neste sábado quatro anos, Dallagnol afirma que ela é sistêmica e precisa de resposta sistêmica, o que ainda não aconteceu. “A punição não pode acontecer de modo episódico num caso específico, mas de modo geral. Quanto mais crimes forem punidos, menos as pessoas foram querer praticar crimes.”

O procurador acredita que a Lava Jato “tira água de pedra”. Em sua avaliação, a operação é um caso excepcional que tem oferecido resposta à sociedade. No entanto, diz que “a regra no Brasil é a impunidade para crimes de colarinho branco”.

“Se queremos mudar, precisamos atacar a corrupção, mudando sistema de justiça que privilegia a impunidade. Para isso, precisamos atacar em várias frentes. Reforma no sistema político, melhora no sistema de licitações, transparência e participação da sociedade no controle das contas públicas.”(negritado pelo editor da BECC)

Pavor. 
Não mais uma investigação de Petrobrás, nem mais uma investigação de Curitiba, a Lava Jato apavora políticos e criminosos dos colarinho branco. Muitos dos que iniciaram as apurações, já não estão mais diretamente ligados a ela, como o delegado Márcio Anselmo, que em 2016 pediu para sair da equipe, esgotado pelo excesso de trabalho, por crises internas que começaram a surgir na equipe e por motivos pessoais.

Já naquele ano, em entrevista concedida em sua antiga sala na sede da PF de Curitiba, Anselmo afirmava que “depois da Lava Jato os criminosos do colarinho branco iriam repensar a velha máxima de que o crime compensa no Brasil”. Hoje chefe do setor de crimes financeiros da polícia no País, ele acompanha à distância diariamente a evolução do caso.

Com novas forças-tarefa da Lava Jato, no Rio, em São Paulo, e nas instâncias superiores, a equipe originária perdeu um pouco o seu protagonismo no combate à corrupção nos últimos anos, um pouco também fruto da redução do ritmo de trabalho das investigações ostensivas – quando há cumprimento de buscas e prisões -, mas o trabalho em Curitiba está longe de seu fim.

Só em procedimentos de investigação criminal e inquéritos civis e notícias de fato, são 469 abertos no MPF, que demandam apuração dos procuradores e equipes de técnicos, analistas e assistentes. Na PF, há outros 263 inquéritos abertos pendentes de conclusão tocados em conjuntos com os procuradores.

NÚMEROS DA LAVA JATO

GERAL

187 Acordos de colaboração (JF/Paraná, JF/Rio, TRF-4 e STF)

160 Réus condenados em 1.ª instância (13.ª Vara Federal de Curitiba e 7.ª Vara Federal do Rio)

77 Réus condenados em 2.ª instância (TRF-4)

R$ 12 BILHÕES  - Valor que colaboradores e empresas se comprometeram a devolver em delação e leniência

395 Pedidos de cooperação internacional envolvendo 50 países

FORÇA-TAREFA PARANÁ
72 Denúncias
289 Pessoas denunciadas
123 Réus condenados 13.ª Vara Federal Curitiba
1861 anos e 20 dias de pena (penas somadas)

FORÇA-TAREFA RIO
33 Denúncias
153 Pessoas denunciadas
37 Réus condenados na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio
523 anos e 8 meses de reclusão (penas somadas)

PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
36 Denúncias
101 pessoas denunciadas
193 Inquéritos instaurados (124 continuam ativos)

FORÇA-TAREFA PGR (ATUAÇÃO NO STJ)
12 governadores investigados, sendo que três já foram denunciados

FORÇA-TAREFA DA PRR-4 (ATUAÇÃO TRF-4)
0 Denúncias
77 réus condenados em 2.ª instância
33 Penas aumentadas
22 Penas mantidas
18 Penas diminuídas
939 anos e cinco meses de reclusão (penas somadas)

FORÇA-TAREFA PRR-2 (ATUAÇÃO NO TRF-2)
1 Denúncia
19 Pessoas denunciadas
0 Julgamentos de 2.ª instância dos casos da 7.ª Vara do Rio

Fonte: Ministério Público Federal

Ministros do STF tentam impor 'nova solução' para reverter prisões e salvar Lula, explica colunista

A colunista Eliane Cantanhêde, do jornal O Estado de S. Paulo, explica a nova ofensiva de alguns ministros para reverter as prisões após condenação em segunda instância e salvar Lula e, junto com ele, os outros corruptos. Segundo Cantanhêde, a publicação do acórdão de uma decisão de 2016 abriu a oportunidade de levar o caso ao plenário, contornando a negativa da presidente Cármen Lúcia, que não pautou nenhum processo que pudesse levar à revisão da decisão do Supremo. 

Leia abaixo o texto de Eliane Cantanhêde: 

Avançam as articulações de ministros do Supremo para, em tratativas com a defesa do ex-presidente Lula, acabar com a prisão após condenação em segunda instância e mudar os rumos da Lava Jato. Como a presidente Cármen Lúcia mantém firmemente sua palavra de não colocar a questão em pauta, a solução que emerge é criativa e sofisticada.
Habeas corpus (HC) só pode ser posto “em pauta” pela presidência ou “em mesa” por um deles, o que já não é usual, mas embargos de declaração em liminares podem ir ao plenário e os ministros foram buscar uma liminar de outubro de 2016 para ancorar toda a estratégia: justamente a liminar que permitiu a prisão após a segunda instância, confirmada pelo plenário em dezembro daquele ano por 6 a 5. 
A defesa de Lula descobriu, e soprou aos ouvidos de ministros, que o acórdão da liminar nunca tinha sido publicado e isso abria uma brecha para a revisão. Ora, ora, o acórdão acaba de ser publicado agora, em 7 de março, abrindo prazo de cinco dias úteis para a apresentação de recursos. E, ora, ora, o Instituto Ibero Americano de Direito Público entrou com embargo de declaração no último dia do prazo, 14 de março, quarta-feira passada.
Um embargo de declaração numa liminar de um ano e meio atrás, que gerou dois meses depois uma decisão em plenário? Tudo soa muito estranho, muito nebuloso, mas faz um sentido enorme para aqueles que articulam o fim da prisão em segunda instância não apenas para Lula, mas para todos os poderosos que estão ou estarão no mesmo caso.
Lembram que escrevi, neste espaço, que havia um acordão dentro do Supremo para combinar o fim da prisão em segunda instância e do foro privilegiado? A base é uma equação: quem é contra Lula salva a pele dele para salvar a de todos os demais; quem é a favor de Lula salva a pele de todos os demais para salvar a de Lula.
Houve uma sequência de tentativas que acabaram batendo num muro intransponível: a opinião pública, que não consegue digerir a mudança de uma decisão – que já passou por três julgamentos no STF – com o objetivo óbvio, gritante, de evitar que Lula vá para a cadeia.
A primeira tentativa foi convencer Cármen Lúcia de por o habeas corpus preventivo de Lula em pauta, mas ela declarou que mudar uma jurisprudência para beneficiar um réu seria “apequenar” o Supremo. Depois, veio a sugestão de levar ao plenário os HCs de outros condenados, não especificamente Lula, mas ela divulgou a pauta de abril sem incluir a questão.
A terceira tentativa foi escalar um dos outros dez ministros para, driblando a decisão da presidente, colocar a questão em mesa e forçar a revisão. Mas quem? Gilmar Mendes já tinha o seu papel definido no script: inverter o voto e o resultado. O relator da Lava Jato, Edson Fachin, foi categórico ao dizer que não aprovava mais um julgamento sobre o mesmo assunto. Lewandowski, Marco Aurélio e Toffoli avisaram que não entrariam nessa bola dividida.
Criou-se até uma torcida para o decano Celso de Melo assumir o papel e foi aí que surgiu a solução – atribuída a Sepúlveda Pertence, ex-STF e atual advogado de Lula – de publicar a liminar de 2016, gerar um embargo de declaração e levá-lo ao plenário, criando a oportunidade para Gilmar Mendes mudar o seu voto e acabar com a prisão após a segunda instância.
Cármen Lúcia foi chamada para uma reunião na próxima terça-feira, provavelmente para discutir a ideia de, em vez da segunda instância, o plenário autorizar o cumprimento da pena após condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A prisão de Lula seria adiada por muitos meses, caso mantida; os presos após a segunda instância entrariam com HC; os futuros condenados respirariam aliviados. E a Lava Jato? O que fez, fez; o que não fez, só fará em parte.

Esquema com dono da Itaipava repassou R$ 110 milhões a políticos como 'caixa 3' da Odebrecht

Documentos entregues à Polícia Federal pelos empresários Roberto Lopes e Walter Faria indicam o repasse de cerca de R$ 110 milhões a políticos via "caixa 3" da construtora Odebrecht.

Roberto Lopes é dono das empresas Praiamar e da Leyroz de Caixas, e Walter Faria, da Cervejaria Petrópolis. As planilhas com os dados foram entregues em setembro.

Enquanto o "caixa 2" consiste em o candidato receber uma doação e não declará-la à Justiça Eleitoral, o "caixa 3", pelo entendimento da PF, consistiu em candidatos pedirem doações de campanha à Odebrecht, e executivos da empresa procurarem outro grupo empresarial para fazer a doação.

À Polícia Federal, Roberto Lopes (da Praiamar e da Leyroz) afirmou que as companhias dele doaram para políticos nas eleições de 2010 e de 2012 a pedido de Walter Faria (Cervejaria Petrópolis), que, por sua vez, declarou à PF que as doações haviam sido pedidas pela Odebrecht.

De acordo com os documentos entregues pelos empresários, 255 doações foram realizadas somente nas campanhas de 2010 e de 2012, somando mais de R$ 68 milhões. A maioria das contribuições foi destinada a diretórios de partidos e a comitês de campanha e algumas foram encaminhadas diretamente aos candidatos.


Em depoimento, Faria afirmou que o esquema de repasse das doações da Cervejaria Petrópolis era combinado com a Odebrecht. Ele também disse, por exemplo, que cerca de R$ 40 milhões doados pela empresa dele em 2014 foram a pedido de Benedicto Junior, executivo da construtora.

De acordo com os advogados do empresário, "foi mantido pelo peticionante [Faria] controle dos valores indicados pelo Sr. Benedicto Junior, que totalizaram, nos anos de 2010 e 2012, aproximadamente R$ 60 milhões (R$ 30 milhões em 2010 e R$ 30 milhões em 2012), razão pela qual apenas o Sr. Roberto Lopes pode declarar e especificar quais foram as doações sugeridas pelo peticionante."

As primeiras referências à triangulação de doações eleitorais surgiram em 2016, quando uma planilha com nomes de políticos e a referência à Itaipava, pertencente ao grupo Petrópolis, foi encontrada na casa de Benedicto Junior.

No ano passado, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, Benedicto Júnior afirmou: "Pegava-se a pessoa que recebeu o pedido e pedia-se a ela que procurasse o pedinte, o suplicante e informasse a ele: 'Olha, parte de sua doação vai vir oficialmente da construtora e a outra parte virá oficialmente de um terceiro que nós vamos nominar, vamos dar o CNPJ, até porque nós vamos precisar do seu recibo para entregar para quem doou em nosso nome.'"

Falsidade ideológica eleitoral

Recentemente, a Polícia Federal entendeu que o deputado Vander Loubet (PT-MT), Roberto Lopes, Walter Faria e delatores da Odebrecht cometeram crime de falsidade ideológica eleitoral em uma situação semelhante à que as planilhas apresentam.

Para o delegado Heliel Jefferson Martins da Costa, responsável pelo caso, a Praiamar e a Leyroz e"fetivavam a doação eleitoral formalmente regular, porém, os ônus financeiros suportados por estas empresas eram compensados pelo Grupo Petrópolis através de diversos expedientes e, ato contínuo, o Grupo Petrópolis abatia os valores compensados em favor da Praiamar e Leyroz de dívidas pré-existentes junto à Odebrecht."

O delegado entendeu ainda estar "suficientemente esclarecida" a prática de "dissimulação da origem de recursos destinados ao pagamento clandestino de vantagens para fins eleitorais".

Sobre este assunto, Vander Loubet já afirmou que as acusações contra ele não procedem e são "inverídicas". "Os recursos recebidos pela minha campanha foram contabilizados como consta na prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral. Repito: todas as doações foram oficializadas, de maneira que não recebi recursos não contabilizados", afirmou.

O advogado de Roberto Lopes, Ricardo Pieri, declarou: "Nenhuma prova foi produzida para demonstrar que o Sr. Roberto Luis Ramos Fontes Lopes tinha conhecimento da alegada influência da Odebrecht sobre as doações oficiais que realizou, nem para indicar que tenha obtido qualquer tipo de vantagem, razão pela qual esperamos que a conclusão da Polícia Federal não seja acolhida pela Procuradoria-Geral da República".

Procurada, a assessoria da Cervejaria Petrópolis disse que a empresa não comenta processos judiciais em andamento.

Desde que executivos da empresa fecharam acordos de delação, a Odebrecht reitera que colabora com as investigações.

Inquérito
As planilhas foram entregues pelos empresários em um inquérito relacionado à senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

O nome da parlamentar apareceu em documentos apreendidos na casa de Bendicto Junior. À época, a senadora afirmou que "todos os recursos" recebidos pelas campanhas dela foram legais e registrados, acrescentando que todas as prestações de contas foram analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Sobre as doações da Praiamar, a assessoria de imprensa de Vanessa Grazziotin afirmou que "as investigações já comprovaram que não houve qualquer irregularidade no relacionamento com os doadores de sua campanha, como afirmaram os próprios réus colaboradores. As doações da Praiamar e de todas as demais empresas foram efetivadas de acordo com a lei e aprovadas pela Justiça Eleitoral."

'Subsidiária'

Em 2016, o nome do prefeito de Manaus (AM), Arthur Virgílio Neto (PSDB), também apareceu nos documentos apreendidos na casa de Benedicto Junior. Na ocasião, o prefeito afirmou em nota que as doações foram feitas pela "subsidiária" da Odebrecht.

"Recebi, de modo legal e com o devido registro na Justiça Eleitoral, R$ 80 mil, a título de colaboração da empresa Odebrecht, através de sua subsidiária Leyroz de Caixias Indústria, Comércio e Logística, para a minha campanha de 2010 para o Senado. Essa é a verdade única", dizia a nota.

Novamente questionado, o prefeito de Manaus afirmou que as as contas de campanha foram averiguadas e aprovadas pelos órgãos fiscalizadores. "Todas as doações constam nas devidas prestações de contas e foram efetuadas conforme o que a legislação eleitoral determina. Reiteramos que os 'delatores' apresentam informações nunca acompanhadas de comprovações ou elementos que possam ser considerados pela Justiça brasileira", acrescentou.

Doria vence prévias do PSDB e será o candidato ao governo de São Paulo

O prefeito de São Paulo, João Doria, 60, venceu neste domingo (18), em primeiro turno, as prévias do PSDB que valiam uma indicação à disputa do governo do Estado. A candidatura ainda precisa ser oficializada pelos tucanos na convenção do partido, que deve acontecer em julho, conforme determina a Justiça Eleitoral.

Doria recebeu 80% (11.993) dos votos válidos (15.062 filiados aos PSDB participaram das prévias), segundo a direção do partido.

O prefeito bateu outros três adversários e, em uma votação interna inédita nos 30 anos do partido à sucessão estadual, será o nome da legenda para manter o domínio sobre o Palácio dos Bandeirantes — para o qual têm sido eleitos políticos do PSDB desde 1994, então com vitória de Mário Covas (1930-2001).

O prefeito, que deve deixar o cargo até 7 de abril, após 15 meses de mandato, venceu a votação contra o suplente de senador José Aníbal (6% dos votos), o cientista político Luís Felipe d'Ávila (6% dos votos) e o secretário Estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro (7% dos votos).

Outro tucano, Bruno Covas, 37, ex-deputado e e ex-secretário de Meio Ambiente de Alckmin, assumirá a prefeitura paulistana.

"Temos o melhor candidato a governador e o melhor candidato a presidente da República. Agora estamos juntos, unidos pela vitória de João Doria e Geraldo Alckmin", disse Pedro Tobias, presidente do PSDB-SP. Alckmin também deve deixar o governo do Estado para concorrer ao Planalto.

No discurso da vitória, Doria agradeceu "a grandeza e a dignidade" de Pesaro e d'Ávila em reconhecerem a derrota e criticou Aníbal, a quem sugeriu a saída da legenda.

"Um recado a José Aníbal: foram 15 mil filiados do PSDB que foram às urnas hoje [de 308 mil filiados em todo o Estado]. Não é a sua palavra desacreditando os militantes. A fraude está no seu coração. Tenha grandeza e aprenda com a estatura da sua idade", afirmou. "É para aprender a lição", completou. 

Entre os quatro candidatos, o único a não participar do anúncio oficial nem da apuração foi José Aníbal. Procurado, ele informou, por meio de sua assessoria, que se pronunciará sobre as prévias nesta segunda (18). 

Discurso pós-derrota 

Após o anúncio da vitória, Pesaro e d'Ávila falaram em união do partido. Essa é uma vitória inconteste de Doria. As pessoas devem saber ganhar e saber perder", afirmou Pesaro, que vai buscar, agora, a reeleição como deputado federal. 

De acordo com o secretário, "com certeza o paulistano vai entender" a renúncia de Doria à Prefeitura. "Serra [em 2006] já fez isso e se elegeu governador. Estou no partido há 28 anos; ajudei a fundá-lo e estou ajudando a construí-lo", disse. Indagado se atuaria em um eventual governo Doria, entretanto, refutou a hipótese: "Não, cumprirei meu mandato de deputado federal." 

Já d'Ávila, que também reconheceu a vitória do prefeito, afirmou que vai trabalhar, agora, "para eleger Alckmin presidente". 

"O processo das prévias foi açodado pela questão dos debates, mas precisamos fazer um balanço com o aprendizado desse processo e a definição de regras permanentes daqui em diante", disse. E completou: "Doria tem que explicar por que deixa a Prefeitura, mas Covas está apto a governar e certamente dará continuidade ao programa. O processo vai sempre favorecer quem o disputa no cargo, mas agora é trabalhar a unidade no partido", concluiu. 

Disputa polêmica 

A votação aconteceu em 72 cidades — capital, Grande São Paulo e interior — e 122 zonas do partido, sendo 55 delas na cidade de São Paulo. 

As prévias tiveram clima conturbado desde a definição delas, em reunião do diretório estadual realizada no último dia 5. Na ocasião, uma militância pró-Doria, ainda que majoritariamente não filiada, hostilizou adversários do prefeito — especialmente Aníbal. 

No dia seguinte, o suplente de senador acusou o diretório de armar uma "arapuca pró-Doria" e classificou o prefeito como "carreirista". Doria devolveu a crítica chamando Aníbal de "derrotado sistemático dentro do PSDB". 

Outro ponto de tensão nos dias que antecederam as prévias foi a definição de uma taxa de R$ 45 mil a cada um dos candidatos — e efetivamente paga apenas por Doria e d'Ávila. 

O diretório chegou a comunicar na quinta (15) os não-pagantes sobre o indeferimento da candidatura. Pesaro e Aníbal acionaram o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo pedindo a anulação das prévias caso seus nomes fossem excluídos da cédula, mas o partido recuou e, na noite de sexta (16), antevéspera da votação, decidiu mantê-los.

APRENDE AQUI, LULA

Percival Puggina
Lula poderia aprender com um ex-governador do RS, caso tivesse princípios e valores. Percival Puggina lembra o exemplo de Peracchi Barcelos, político num tempo em que probidade não era exceção, mas regra.
Setores carentes da sociedade talvez se sintam mais seguros com alguém que posa de provedor de condições mínimas para sua subsistência, ainda que, em tudo mais, represente permanência na miséria. Setores privilegiados da elite funcional e empresarial brasileira devem a Lula muito dinheiro fácil, ainda que isso represente o caos e prisão ali adiante. Não se confunda, então, o povo brasileiro com Lula e vice-versa. Lula não representa o povo e não representa a elite porque a fruta estragada não significa o cesto e, menos ainda, a feira.
O povo brasileiro, contudo, não é como Lula. Lula não sabe o quanto ganha, nem quem lhe paga as contas. Não sabe o que tem e fornece essas respostas aos magistrados que o interrogam. Seus filhos beneficiaram-se do sobrenome e enriqueceram em negócios que tangenciavam o governo por vários lados. O povo brasileiro, enfim, não é como esses corruptos e corruptores do PT. Nem como os do PSDB, do PMDB, do PP e outros que reinaram nos governos petistas e buscaram proteção no governo Temer. Que a porta de entrada da cadeia lhes seja de serventia.
Como isso foi acontecer? De onde saiu a ideia de que um país pobre possa providenciar fortuna para quem se dedica às tarefas de Estado? Por que a corte republicana se julga titular de direitos, privilégios e padrões de consumo que não estavam sequer em cogitação no período monárquico? Quem enfrentar a difícil, mas fascinante, tarefa de perscrutar o perfil desses criminosos de colarinho branco, certamente vai encontrar indivíduos convencidos de que a unção popular é um “Abre-te Sésamo!” que franqueia acesso à gruta de Ali Babá. Uma espécie de direito de conquista que acompanharia o ato de posse. A pessoa não se considera extrapolando os limites da decência quando achaca um empreiteiro, recebe comissão num financiamento em banco oficial, ou é gratificado por emendar medida provisória para benefício de alguém em detrimento do interesse nacional.
Foi o mal de Lula e de muitos outros. O ex-presidente não se constrange com tantos benefícios concedidos por pessoas que, de algum modo, colheram antes ou colheriam depois os correspondentes favores. Recebia, na boa, o terreno, o sítio e suas obras, o tríplex, os jatinhos e helicópteros à disposição, a conta corrente aberta em seu nome, um estádio para o Corinthians, as milionárias palestras pagas por empreiteiras que se beneficiavam de seu poder. A ele, a tantos como ele e aos muitos que julgam normais tais padrões de conduta, convém lembrar o exemplo do ex-governador gaúcho Valter Peracchi Barcellos num tempo em que probidade não era exceção, mas regra. O ex-governador, homem de poucas posses, ao término do mandato, retornou para seu pequeno apartamento de dois dormitórios num bairro de classe média de Porto Alegre. Amigos – amigos mesmo – cotizaram-se em segredo e lhe compraram um bom apartamento num bairro melhor. O coronel, imediatamente, enfrentando a mágoa e as reclamações dos que o haviam presenteado, doou o imóvel à Santa Casa de Misericórdia.
Por quê? Pelo seguinte, Lula: para que ninguém ousasse ver, naquela manifestação de estima, reconhecimento por algum benefício indevido que o governador houvesse prestado aos doadores.
Saibam os mais jovens: o Brasil não era um país como este em que vivemos hoje.

por Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, arquiteto, empresário e escritor 

DESESPERO E FALTA DE VERGONHA

Jamais aconteceu uma tentativa de manipulação do Poder Judiciário do porte da que estamos assistindo, mesmo com a sucessão de derrotas acachapantes, perfeitamente demonstradas pelos escores que, nos Tribunais, vem recebendo o apenado Lula.

As manobras para evitar que o meliante-mor deste país seja enviado ao cárcere, estão ultrapassando os níveis minimamente toleráveis. Agora compreende-se perfeitamente porque Cármen Lúcia fez questão de anunciar sua determinação em não “apequenar” o STF, com a revisão imediata da regra que permitiu a prisão de condenados na segunda instância. Se mesmo com o aviso da presidente do Supremo, estão acontecendo tais tentativas acintosas de meter goela abaixo da população tal medida casuística, imagine-se se ela não tivesse emitido o claro sinal de “não se atrevam”. Mas “eles” são muito mais do que atrevidos.

A última novidade em termos de manobra da ala lulista no STF, é aventar a hipótese de levar a plenário um habeas corpus qualquer, que beneficie algum preso condenado em segunda instância. Liberando um simples mortal sortudo, criariam “jurisprudência” sobre a execução antecipada antes da pena, colocando o tema em pauta e assim beneficiando o réu Lula por tabela. Fiquemos atentos para ver quem será o cúmplice que deflagrará a manobra de uma nova “lei teresoca”.

Assusta a impressão de insegurança jurídica. Com os fatos em andamento, o que podem esperar os mortais comuns, sejam assalariados, profissionais liberais ou empresários? Assiste-se diariamente serem cogitadas jurisprudências de encomenda na cara de todos. E nas diversas situações da vida, que acabam por serem decididas nos tribunais? É assim também, senhores(as) de toga?

Está em jogo a confiabilidade da Justiça. Será que os togados(as) não conseguem enxergar o que passa na cabeça das pessoas comuns?

Julgam-se seres superiores e inatingíveis? Se for assim, está na hora de um bom um banho de mundo real.

A atitude de alguns ministros do STF ao pretenderem mudar sua jurisprudência apenas um ano depois de tê-lo feito em sentido inverso, é inadmissível por si só. Ainda mais para defender um criminoso cuja inocência só é afirmada por seus advogados – por dever de ofício – e por seus cúmplices.

Também por dever de ofício?

Enfim, a luta agora é contra o relógio. Espera-se que o TRF4 aprecie logo os embargos declaratórios de Lula antes que as cabeças coroadas tenham tempo de tirar um coelho de suas cartolas, livrando o réu Lula da prisão iminente.

Não podemos deixar o tema sair de pauta até a efetiva prisão do criminoso. Cármen Lúcia continuará sendo muito pressionada para pautar a rediscussão da execução provisória da pena após condenação em segundo grau.

Por fim, notícia do Painel da Folha informa movimentação no TRF-4. O Presidente da turma que julgará o recurso de Lula, Leandro Paulsen, remarcou para 26 de março a sessão que estava prevista para o dia 28, antevéspera da Páscoa. O desembargador Victor Laus, atualmente em férias, deverá reassumir no tribunal no dia 26. Será que …?

Coelhinho da Páscoa, o que trazes prá nós?

por Ênio Meneghetti.