segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

“Especialistas” da Globo News encontram um culpado para a crise na Venezuela

Diante do desespero da população venezuelana na fronteira de seu país com a Colômbia, diante da fome, da ausência de produtos básicos, da economia dizimada, de um ditador, Maduro, que sucedeu a outro, Chávez, os especialistas da Globo News acharam um culpado na transmissão, e, adivinhem, não é o socialismo, são os Estados Unidos da América -- um país...livre, publica o Jornal da Cidade.
Segundo a publicação, há pouco, diante destas imagens, inclusive de 3 militares da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela desertando para a Colômbia, um professor da UERJ, "especialista", não se chocava com o socialismo assassinando, perseguindo, torturando e esfomeando a população -- só para variar.
Não. Seu foco era um senhor com a camisa da USAID, organização que "ajudou na década de 60 a implementar regimes ditatoriais na América Latina" e, "portanto, gera desconfiança". Gera desconfiança em quem, cara pálida? Em militante, apenas. Um ser humano normal, sem algema ideológica, quer apenas o melhor para a população venezuelana, não ligando para a narrativa.
E aí um jornalista, Marcelo Lins, me solta a pérola:
"É...prova de que o tempo passa e algumas coisas não mudam".
Tem gente morrendo de fome; presos políticos (de verdade, e não em AirBnb da PF, em Curitiba); não há liberdade para se viver, mas o que realmente toca mentes e corações destes militantes é a narrativa juvenil de culpar o "imperialismo americano" e, claro, Donald Trump, no poder há 2 anos, por "pressões econômicas"! A mesma justificativa para o fracasso de Cuba.
Seria risível, não fosse lamentável.
Veja o vídeo:

Blindados da Força Bolivariana avançam sobre o povo

O engodo de que os Estados Unidos querem levar vantagem por conta do petróleo venezuelano

Antes de acreditar que os Estados Unidos querem prejudicar ou levar vantagem sobre a Venezuela por conta de sua riqueza em petróleo, convém saber alguns detalhes:
1. A Venezuela responde por 6,64% do total de importação de óleo e derivados dos EUA e por 7,75% da importação de óleo cru.
É a quarta fornecedora de óleo aos norte-americanos, atrás do Canadá, do México e da própria produção interna dos EUA. O Canadá, aliás, é de longe o maior parceiro norte-americano, com 40% de participação.
2. A participação da Venezuela entre os principais fornecedores dos EUA vem caindo desde 1997, quando foi de 1,77 milhões de barris/dia, até 2017, quando chegou a 674 mil barris/dia.
3. A dependência externa de petróleo dos EUA caiu acentuadamente nessa última década em função de uma série de fatores: aumento da produção interna, adição de etanol à gasolina e aumento da adoção de carros elétricos e híbridos.
4. A produção na Venezuela despencou do patamar de 3,3 milhões de barris/dia em 1997 para 1,9 milhōes de barris em 2017 como resultado das políticas bolivarianas da dupla Hugo Chavez/Nicolás Maduro, que expulsaram empresas estrangeiras do país.
5. O total de exportações da Venezuela em 2017 foi US$ 27,8 bilhōes. Os EUA compraram 42% deste total, a China 23% e a India 13%. Ou seja, a Venezuela é amplamente dependente dos petrodólares norte-americanos.
Portanto, se alguém depende de alguém nessa equação, com certeza não são os EUA da Venezuela.
(Texto de Ivelise Maria)
Publicado no perfil da autora no Facebook

Apenas uma pergunta para a Esquerda brasileira sobre o tirano Maduro...

A PaTota da vanguarda do atraso certamente está vendo a situação que a Venezuela está.
O povo passa fome, morre de fome, dezenas de milhares de venezuelanos já ingressam no Brasil procurando asilo, trabalho e onde dormir, devido o estado de anomia (barbárie) que está a Venezuela.
Nicolás Maduro, como líder totalitário, literalmente, manda matar quem se opõe ao regime que ele mesmo criou, para seu próprio e exclusivo benefício.
Quero perguntar a ala de esquerda, que tanto defende o marxismo, o comunismo e o socialismo, leia-se, adePTos e simPaTizantes do PT, do PC do B, do PSB, do PSOL, do PDT, do MDB, etc:
- Vocês deixarão Nicolás Maduro "a ver navios" neste momento emblemático que "El Comandante" determinou o fechamento das fronteiras com o Brasil OU sairão, em comboio, para a Venezuela, a bem de lá residir definitivamente, para poder defender o citado pupilo-totalitário do professor totalitário Hugo Chávez, diga-se de passagem, que sempre foram (e o primeiro ainda é) grande admiradores do bandido-mor chamado Lula?
Aguardamos as resPosTas.
Vejam com seus próprios olhos... quem... esta cambada foi apoiar:
E também em:
É inacreditável, bizarro e digno do abjeto.
Em vez destes partidos fazerem o manifesto em APOIO AO POVO VENEZUELANO e IR APOIAR O POVO VENEZUELANO, pasmem, DECLARARAM EXPRESSAMENTE que APOIAM O GOVERNO VENEZUELANO deste líder totalitário chamado Nicolás Maduro.
Vocês ainda acham, em pleno ano de 2019 d.C., que a PaTota da vanguarda do atraso é a solução?
texto de Pedro Lagomarcino, advogado em Porto Alegre

A ESSÊNCIA DO CONSERVADORISMO (COMO O VEJO)

Tendo surgido na história do pensamento como uma reação de civilidade à Revolução Francesa, o conservadorismo preserva, até hoje, essa característica essencial. No livro “Crítica à Revolução Francesa” (1790), Edmund Burke assinala a diferença entre o caráter destrutivo desta e o desejo de criar uma ordem que havia caracterizado a guerra pela Independência dos EUA (1776). Esta marca de natureza fica muito clara no preâmbulo da Constituição que a seguir produziram. Nele, os constituintes da Filadélfia afirmaram o propósito de assegurar, além de outros, a perfeita união, a justiça, a tranquilidade doméstica e a defesa comum, ou seja, a criação de instituições para uma Ordem.
O grande adversário do conservadorismo é o voluntarismo político que inspira as ações revolucionárias destruidoras da ordem e conducentes ao caos. Se possível, assista o filme Trotsky; se não puder, pondere, ao menos, o quanto a mobilização da opinião pública que promoveu as recentes mudanças políticas no Brasil convergiu para o candidato mais visivelmente comprometido com o combate à criminalidade, à impunidade e à desordem geral instaurada no país. A sociedade percebeu que se extinguia a ordem, que se haviam formado estados paralelos e que uma revolução estava em curso. Era uma revolução feita com armas dos criminosos e com penadas da Justiça, com corrupção e mentiras, com mortandades e sentenças, impunidade e leniência, disputa de território e terrorismo. O conservador sabe que a vida em sociedade exige uma ordem que corresponda, tão amplamente quanto possível, ao bem de todos.
Quando os governos de esquerda começaram a fatiar a sociedade brasileira em um sem número de frações e a instigar rivalidades, estavam eles dedicados à tarefa inversa, à de construção do caos. 
Isso por um lado. Por outro, o Conservadorismo pressupõe uma relação muito íntima com algo que aparece na Declaração de Independência dos Estados Unidos. Refiro-me às verdades autoevidentes (self-evident) nela mencionadas, ou seja, que somos criados iguais e fomos dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
“We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.”
Não há muito mais a ser dito, exceto afastar a ideia errada que caracteriza o conservadorismo como apego à tradição, ao passado e rejeição à mudança. É frágil a amarra do conservadorismo com o que ficou para trás; o futuro é desejável, ora essa! Eu quero o meu! Já não é muito, mas é meu. O puro e cego apego à tradição é reacionarismo. É querer que nada mude. O conservador, ao contrário, pressente a mudança, mas não a acolhe como reitora definitiva da História. Na mudança, a grande maioria dos conservadores reconhece a importância das boas Instituições (as nossas são péssimas, como bem sabemos), da Família, da Educação e da Religião, e se empenhará em preservar aquelas verdades autoevidentes e aqueles direitos inalienáveis, importantes à desejada ordem, esta sim, marco firme de suas escolhas sociopolíticas. 
O conservadorismo é irmão gêmeo do liberalismo econômico, com o qual compartilha as ideias de não intervenção estatal na economia, liberdade de mercado e direito de propriedade.
_______________________________

* Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.