quinta-feira, 3 de agosto de 2017

PT, ODEBRECHT E FORO DE SÃO PAULO

Parece muito evidente, tanto nas delações da Odebrecht quanto nas da OAS, a convergência de interesses empresariais com interesses políticos. Estes últimos envolvem países sob governos do FSP ou campanhas eleitorais de interesse daquele coletivo partidário internacional.
PT, ODEBRECHT E FORO DE SÃO PAULO
por Percival Puggina*
Não se trata de especulação nem de "teoria da conspiração", como afirmavam alguns sempre que mencionada a perigosa importância política do Foro de São Paulo (FSP). É a Odebrecht, em acordos judiciais firmados com os governos do EUA, Brasil e Suíça que confessa haver pago propina para garantir mais de uma centena de contratos em 12 países. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o valor dos pagamentos admitidos pela empresa (US$ 788 milhões entre 2001 e 2016) configura "o maior caso de suborno internacional da história". Os pixulecos foram creditados a funcionários de governos, a representantes desses funcionários e a partidos políticos em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela.
Vejamos, agora, que países são esses porque a lista fala por si mesma. Há nela dois africanos, estranhos, portanto, ao FSP. Contudo, seus governantes sempre estiveram na lista preferencial da diplomacia petista. Não por acaso, Angola é presidida desde 1979 pelo ditador multibilionário José Eduardo Santos, amigo de Lula; as delações de Mônica Moura e João Santana incluem o PT, a Odebrecht e entregam o serviço sobre a origem de recursos para a eleição angolana de 2014. Moçambique, por seu turno, desde a independência em 1975, vive sob a ditadura partidária da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo). Lula também andou por lá com a Odebrecht, como se verá mais adiante.
Os demais países são iberoamericanos. Durante o período coberto pelas confissões de culpa da Odebrecht, estiveram sob governos de partidos integrantes do FSP o Brasil, Argentina, Equador, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. Aparentemente, os esquemas de corrupção envolvendo aquela empresa no México e na Guatemala foram meramente comerciais, sem relação com interesses políticos de partidos ligados ao FSP.
O site do Instituto Lula disponibiliza um relatório sobre as palestras realizadas pelo ex-presidente. Ali se vê que, em maio de 2011, ele falou para convidados na Cidade do Panamá, contratado pela Telos Empreendimentos Culturais que, por sua vez, segundo constatado pela Polícia Federal, era contratada pela Odebrecht. Em junho de 2011, falou em Caracas e em Angola, contratado pela Odebrecht. Em agosto de 2011, pago pela OAS, falou em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Em novembro de 2012 em Moçambique, levado pela Camargo Correa. Em novembro de 2013 foi à República Dominicana, pago pela Odebrecht. Em junho de 2013, foi ao Peru, contratado pela Odebrecht e, dois dias mais tarde, ao Equador, desta feita, patrocinado pela OAS. Em fevereiro de 2014 palestrou no Uruguai do companheiro Mujica, contratado pela OAS. Ainda em fevereiro de 2014 foi a Cuba, a serviço da Odebrecht. Em maio de 2014 voltou a Angola, para a Odebrecht.
Parece muito evidente, tanto nas delações da Odebrecht quanto nas da OAS, a convergência de interesses empresariais com interesses políticos. Estes últimos envolvem países sob governos do FSP ou campanhas eleitorais de interesse daquele coletivo partidário internacional.
Você lembra, leitor, da "Pátria Grande"? Pois é desse mega projeto político internacional que estamos falando. Abastecido com financiamentos brasileiros do BNDES, ele teve sua tesouraria esvaziada pelo impeachment e pelas investigações da Lava Jato. 
Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

O MELHOR POSSÍVEL

Pelo que revelam as pesquisas, a maioria do povo brasileiro desaprova o presidente Michel Temer e como tal quer vê-lo fora do cargo o quanto antes. Entretanto, uma minoria já se deu conta de que a situação do nosso sofrido Brasil pioraria ainda mais com o afastamento de Temer da presidência.  

Em suma: se já está difícil com Temer, mais difícil fica sem Temer. O melhor, portanto, neste grave momento, é que Temer fique no cargo até 01 de janeiro de 2019. 

É preciso sempre levar em conta que o nosso país foi vítima de enormes estragos gerados e nutridos com muito amor pelos governos Lula/Dilma. Pois, no exato momento (17 de maio) em que a nossa economia dava os primeiros sinais de vida, eis que a mídia brasileira, capitaneada pela Rede Globo e suas afiliadas Brasil afora, não só compraram os direitos de transmissão do FORA TEMER como resolveram patrocinar a atual crise política que agravou ainda mais o que já estava ruim.

Com os direitos de transmissão garantidos, a novela FORA TEMER se transformou no -blá, blá, blá- político mais cansativo de todos os tempos. A Rede Globo, com o propósito de influenciar os pobres brasileiros incautos, passou a mostrar, de forma repetitiva (mais de 40 vezes), em todos os telejornais, a mesma cena das gravações feitas por Joesley Batista no dia 17/05. Tal qual o -VALE A PENA VER DE NOVO-, que a emissora usa para exibir novelas antigas.

O mais nojento é que na falta de notícias novas e/ou interessantes, os repórteres que cobrem a política nacional passaram a se portar como se fossem obrigados a cumprir uma cota diária de informações. Ou seja, na falta de um fato novo, a ordem era inventar alguma coisa para ser publicada e mostrada no Jornal Nacional. Mais: os âncoras, antes e depois de cada notícia, nunca poderiam esquecer de usar as expressões faciais, tipo -caras, bocas e olhos- que definem o interesse da emissora.

Pois, com toda esta pantomima o resultado da votação, ontem, na Câmara dos Deputados, mostrou que ainda resta alguma dose de sensatez. Ainda assim é importante observar o quanto estamos rodeados de gente insensata. Vejam, por exemplo, o que a maioria dos deputados que votaram contra o relatório da CCJ (que manda arquivar as denúncias contra Michel Temer), disse ao se posicionar:  - CONTRA A REFORMA TRABALHISTA;  CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA; CONTRA A CORRUPÇÃO; DIRETAS JÁ! LULA 2018. O meu voto é NÃO.  Pode?

Não por acaso, este contingente de doentes mentais, cuja gravidade é imensa, é responsável direto pela situação terrível pela qual passa a nossa economia, com imensos respingos no social. Analisando friamente tudo que disseram antes de dar o voto, o que mais querem, como venho afirmando, é o FIM DAS REFORMAS e a VOLTA DO MAIOR CORRUPTO DO PLANETA. Só que desta vez, quem fez esta afirmação foram os próprios comunistas que, sem esconder, apoiam a DITATURA MADURO-VENEZUELANA.

O que mais espero daqui para frente, é que o Brasil deixe de patinar e que as reformas finalmente aconteçam. Ontem, o Brasil que produz se viu livre de algumas amarras. Tomara que nossa economia encontre o caminho do crescimento; e que a pauta política esteja voltada apenas para as eleições de 2018. 

por Gilberto Simões Pires

Polícia Federal pode restabelecer equipe exclusiva da Lava Jato em Curitiba

Igor Romário de Paula, o delegado da Polícia Federal que coordenou  a Operação Lava Jato em Curitiba – base da grande investigação sobre propinas e cartel na Petrobrás, está pensando em recompor a força-tarefa da Polícia Federal, informou o blog O Antagonista.
A Lava Jato, no auge da investigação, chegou a ter um elenco com mais de dez delegados em dedicação exclusiva, além de agentes, escrivães e peritos criminais federais. Foi uma época, sobretudo entre 2014 e 2016, em que multiplicavam-se os alvos ligados a partidos políticos e dirigentes da Petrobrás.
No dia 6 de julho deste ano, Igor anunciou a fusão da equipe especial da Lava Jato com a Delegacia de Combate à Corrupção e assegurou  que ‘não havia nenhum tipo de interferência” externa.
Na época, a direção-geral da PF informou que a medida que pôs fim à exclusividade da força-tarefa da Lava Jato visava ‘priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário’. 
Em nota oficial, a PF destacou que a incorporação da equipe especial pela Delegacia permitia o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilitaria o intercâmbio de informações.
via site República de Curitiba Online

BOLSONARO VOTA DE ACORDO COM CAMPANHA PETISTA E GLOBAL PELA SAÍDA DE TEMER, E É DETONADO POR EDITOR DE DIREITA

por Rodrigo Constantino*
Os Bolsonaros votaram em coro com o PT e o PSOL contra Michel Temer. Bolsonaro e Maria do Rosário tiveram o mesmo voto. Para sua bandeira jacobina contra o “sistema”, apesar de estar há sete mandatos no Congresso e ter três filhos na política, tal voto faz sentido. Ele precisa manter a imagem de que é contra tudo e todos que estão aí. 

Por isso vai para um partideco “ecológico”, que poderá controlar como coisa sua, talvez mudando o nome para Prona, em homenagem ao caricato Dr. Enéas, conhecido pelo nacionalismo fanático e pelo grito de campanha: “meu nome é Enéas!”. A versão nova pode ser “Pelo grafeno e nióbio, meu nome é Bolsonaro!”. 

Com esse voto, Bolsonaro acumula apenas mais um que fere de certa forma os interesses do povo brasileiro, como quando foi contra a reforma da previdência. O deputado é bom de discurso do contra, mas pelo visto ainda está muito longe de ações efetivas em prol de uma mudança sustentável de rumo no país. Ser contra a “corrupção” em abstrato é fácil; complicado é colaborar para o avanço do país. Não é questão de ter bandido preferido; mas não dá para querer ser a única virgem vestial do bordel. Luciano Ayan condenou a postura do deputado:

O que o Bolsonaro deveria fazer? Simples. Declarar: “O Temer fica até o fim, e depois do mandato vai ser investigado sim. Não vamos antecipar as coisas só porque Janot e a escória do PT estão exigindo. Chola mais!”. Isso é o que alguém de direita deveria fazer. Mas não… o sujeito vai lá e dá o voto EXIGIDO pela bancada do PT, do PCdoB, do PSOL e da Rede. Clap, clap, clap….

Em seguida, acrescentou:

Dois grupos são coerentes politicamente nessa votação: a tropa do PMDB, DEM e centrão que votam por Temer, e a extrema esquerda que vota contra. Aquela molecada do PSDB e aquela direita true tipo Franciscini, Bolsonaro e Major Olímpio não demonstram um traço de coerência. Alguns tem muito o que aprender. Outros são caso perdido.

Já o editor Carlos Andreazza, legítimo conservador, detonou o oportunismo e o militarismo do potencial candidato a presidente em seu programa na rádio Jovem Pan, de forma bastante dura. Andreazza, que disse ter lastro e cultura para se afirmar um conservador, questionou qual lei Bolsonaro apresentou para apontar o país à direita no Congresso. Bolsonaro faria proselitismo com a pauta de costumes, que é necessária mesmo, mas o editor não vê ação concreta em prol dela.

Sei que qualquer crítica ao “mito” é logo motivo de desespero, chilique, histeria e muitos, muitos ataques pessoais, xingamentos e lembranças de debate com Ciro Gomes (alguém que, no fundo, desperta alguma simpatia nessa gente, talvez por não ser tão diferente assim do “messias”, com seu estilo machão coronelista de “falo e acontece”). A Gazeta fez uma matéria sobre votos passados de Bolsonaro alinhados ao PT e até em Lula e logo entrou na lista negra dos inquisidores.



A tropa de choque conhecida como “bolsominions” nas redes sociais não perdoa. Mas o exemplo vem de cima: não há reação com argumentos, apenas com listas negras e “hall da canalhice”. Daqui a pouco não vai sobrar ninguém, só os mais fanáticos seguidores. É sempre “fora do contexto”, mas não parece incrível que Bolsonaro, de fato, tenha feito tão pouco nesse tempo todo dentro da política, e que tenha votado em várias ocasiões de forma no mínimo estranha para um verdadeiro conservador? Isso para não lembrar de quando ele considerava privatização um “crime de lesa-pátria”, que não faz tanto tempo assim…

Se é guerra, e se a guerra é basicamente contra o comunismo, o socialismo, o petismo, e mesmo o “fabianismo”, então a última coisa que um soldado deveria fazer nessa guerra é votar de acordo com o que deseja o PT e o PSOL, não é mesmo? Vai dar munição grátis assim para o inimigo? Ah, mas é preciso deixar claro que todos são iguais, ninguém presta, é tudo farinha do mesmo saco, pois só ele, o mito, o messias, será o salvador da Pátria, sozinho!

E sabe a quem essa narrativa mais interessa? Isso mesmo: aos piores, aos comunistas, aos petistas, aos bolivarianos, aos que defendem até hoje o modelo venezuelano e o cubano, aqueles que fizeram campanha pelo “Fora Temer” e que foram para casa do Caetano acompanhar o espetáculo, ou então que foram ao Congresso votar, o mesmo voto de Bolsonaro. Pensem, caros admiradores do Bolsonaro, que quando seu guru votou, Letícia Sabatella vibrou de felicidade, deve ter tido até orgasmos múltiplos. Assim não dá!

Um mínimo de pragmatismo deve ser exigido de quem pretende, efetivamente, ajudar o Brasil a sair da lama vermelha. Mas talvez o deputado não tenha isso como real objetivo, e sim sua própria carreira (ainda resta algum filho para entrar na política? A filha é muito novinha, parece…).

Chega de tanta ingenuidade, e chega de monopolizar as intenções, como fazem os petistas. Não é patriota apenas aquele que idolatra Bolsonaro. Talvez seja até o contrário: se é para votar com o PT, de que adianta tanto discurso oposicionista?

por Rodrigo Constantino*Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

via Gazeta do Povo

Moreira Franco é condenado a devolver R$ 2 milhões para o Rio

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, a devolver cerca de R$ 2 milhões ao Estado do Rio, em sentença emitida em 31 de julho.
Esse é o valor atualizado de dois cheques entregues por Moreira Franco em 1989, quando ele era governador do Estado do Rio, ao então prefeito do município fluminense de Miracema, Jairo Barroso Tostes, condenado solidariamente na sentença.
Na ação popular, que tramita desde 1996, o ministro é acusado de ferir a moralidade administrativa ao entregar dois cheques a Tostes, referentes a um convênio firmado entre o Estado do Rio e a Prefeitura de Miracema para a compra de merenda escolar.
Segundo o acordo, o dinheiro deveria ser transferido por meio de depósito em conta bancária mantida pela prefeitura no então Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).
Em depoimento à Justiça, Tostes afirmou que a entrega de cheques, em vez de depósito em conta do município, seria “praxe habitual” e “prática de político para político”.
Ele admitiu ainda que, “por equívoco”, usou o dinheiro para pagar professores, em vez de comprar a merenda.
A juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 9ª Vara da Fazenda Pública, considerou que a atitude de Moreira Franco e de Tostes “fere, às escâncaras, a moralidade pública, prejudicando sobremaneira o controle sobre os recursos assim recebidos e sua aplicação”.
“Embora as contas tenham sido aprovadas (pelo Tribunal de Contas do Estado), tal circunstância não invalida a plena ilicitude da conduta do então governador, que entregou cheques ao então prefeito, como se dele próprio fossem, como se tirasse do bolso um pagamento qualquer (e eram recursos públicos para a merenda escolar!), em desafio ao disposto no convênio firmado e, em última análise, à própria Constituição”, registrou a magistrada.
“Julga-se procedente o pedido em face dos réus Moreira Franco e Jairo Barroso Tostes, para declarar a invalidade dos atos praticados e condenar os réus solidariamente a devolver aos cofres públicos os valores relativos aos cheques entregues/recebidos e relativos à merenda escolar, no ano de 1989, no valor, à época, de Ncz$ 89.907,64 e Ncz$ 117.410,00, tudo devidamente atualizado, com juros legais de 1% ao mês desde a data do fato”, concluiu a sentença.
O atual ministro Moreira Franco afirmou que desconhece a condenação:
“Não fui comunicado e não sei nada a respeito do assunto. Nos últimos 20 anos não tenho lembrança desse processo. Acho estranho um julgamento que demorou 20 anos e não tem nenhum tipo de notificação. Vou procurar um advogado para me informar. De fato, vivemos tempos muito estranhos”, afirmou o ministro, por meio de sua assessoria, nesta quarta-feira, 2.
A reportagem procurou Jairo Tostes e seus advogados ao longo da tarde desta quarta-feira, sem sucesso.

PSOL diz que apoia Maduro e é contra a “direita golpista com sólidos laços com a Casa Branca”

A Secretaria de Relações Internacionais do PSOL mantém uma nota em seu site em que reforça o apoio do partido ao regime do ditador Nicolás Maduro.  No domingo (30), a Venezuela realizou eleições para eleger os membros de sua Assembleia Constituinte, que terá a missão de reformar o Estado e redigir uma nova Constituição. No mesmo dia, diversos países declararam que não reconheceriam os resultados e outros condenaram o processo. O Brasil pediu que a Constituinte fosse suspensa.
Na publicação do PSOL, o partido diz houve conquistas populares na Venezuela e que existe “uma oposição de direita ultraliberal, golpista e com sólidos laços com a Casa Branca e com o sistema financeiro internacional”, além de contar com o apoio de “golpistas brasileiros”.
“De um lado estão quase duas décadas de conquistas populares, de apropriação da riqueza petroleira por parte do Estado, de expansão dos direitos e garantias sociais e de uma rota da transformações profundas. De outro está uma oposição de direita ultraliberal, golpista e com sólidos laços com a Casa Branca e com o sistema financeiro internacional. Além disso, tais forças contam com o apoio dos governos conservadores da América Latina e da Europa e com o suporte dos golpistas brasileiros.”
A votação na Venezuela aconteceu sob violentos protestos. Pelo menos dez pessoas morreram, elevando para quase 120 o número de mortes nos últimos três meses no país, que vive uma grave crise política e econômica. Entre as vítimas da violência, está o candidato à Assembleia José Félix Pineda, de 39 anos, morto em casa um dia antes da votação.  O líder da oposição Henrique Capriles considerou os atos como um “massacre de ativistas”.

Tribunal aumenta a pena imposta por Moro a Jorge Zelada para 15 anos

Não gostou da pena aplicada por Sérgio Moro e entrou com apelação criminal, mas se deu mal.

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu nesta quarta-feira, 2, aumentar a pena do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Jorge Luiz Zelada de 12 anos e 2 meses para 15 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão. 

Os outros três réus da apelação criminal, o ex-gerente da estatal Eduardo Costa Vaz Musa e os operadores financeiros João Augusto Rezende Henriques e Hamylton Pinheiro Padilha Júnior tiveram as penas mantidas. Essa é a 14ª apelação analisada pelo tribunal.

As informações foram divulgadas pelo Tribunal.

A condenação de 12 anos e 2 meses havia sido imposta pelo juiz federal Sérgio Moro, em 1ª instância.

Os quatro foram condenados pela 13ª Vara Federal de Curitiba nos autos da Operação Lava Jato em fevereiro de 2016. Zelada, Musa e Padilha foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro. Rezende Henrique foi condenado por corrupção passiva.

Os réus foram denunciados por recebimento e pagamento de propina para garantir o contrato de afretamento do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras ao custo de U$ 1,816 bilhão.

O aumento da pena de Zelada foi deferido por maioria, tendo prevalecido o voto do revisor, desembargador federal Leandro Paulsen. O magistrado considerou que houve concurso formal entre os crimes de lavagem de dinheiro e manutenção de divisas não declaradas no exterior, e não consunção. 

Por esse entendimento, os crimes são considerados de forma autônoma, resultando numa pena maior. Na consunção, um crime é considerado decorrente do outro, resultando numa pena menor.

A 8ª Turma deu provimento ao recurso da Petrobras e fixou um valor mínimo para reparação dos danos causados à estatal, sobre os quais deverá incidir juros moratórios.

COMO FICARAM AS PENAS:

Jorge Luiz Zelada: teve a pena aumentada de 12 anos e 2 meses para 15 anos e 3 meses e 20 dias;

Eduardo Costa Vaz Musa: teve a pena mantida em 11 anos e 8 meses;

Jorge Augusto Rezende Henriques: teve a pena mantida em 6 anos e 8 meses. O réu deverá cumprir pena nos termos do acordo de colaboração premiada;

Hamylton Pinheiro Padilha Júnior: teve a pena mantida em 12 anos e 2 meses. O réu também fez acordo de colaboração e deverá cumprir pena nos termos deste.

Cobrada pelos gastos do mandato, vereadora do PSOL tripudia: “Dinheiro público tá ai pra ser gasto com o povo babaca”

Isa Penna, vereadora do PSOL, foi questionada por um internauta sobre o uso de dinheiro público por seu gabinete. 

Suplente do vereador Toninho Vespoli, Isa Penna assumiu o mandato durante 30 dias, em março. 

Uma reportagem do jornal Gazeta de São Paulo publicou um ranking de gastos, e a suplente teve gastos expressivos apesar do pouco tempo na função. 

Irritada com o questionamento, Penna respondeu ao cidadão de forma grosseira: 



PAPA PEDE AOS JOVENS BRASILEIROS PARA QUE 'NÃO TENHAM MEDO DE COMBATER A CORRUPÇÃO'

O papa Francisco pediu para os jovens brasileiros que combatam a corrupção e que não tenham "medo" de lutar. O líder da Igreja Católica fez o apelo em uma mensagem divulgada nesta segunda-feira, 31, e enviada aos participantes de um evento organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para celebrar os 300 anos da aparição da Virgem Maria no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. 

"Vocês são a esperança do Brasil e do mundo, não tenham medo de combater a corrupção", disse o pontífice.

O papa Francisco também agradeceu os jovens pelo seus testemunhos de fé e pelo zelo com que enfrentam as dificuldades diárias.

"Caros amigos, em meio às incertezas e inseguranças de cada dia, em meio à precariedade que as situações de injustiça criam ao redor de vocês, tenham uma certeza: Maria é um sinal de esperança que lhes animará com um grande impulso missionário", escreveu. 

"Ela conhece os desafios em que vocês vivem. Com sua atenção e acompanhamento maternos, lhes fará perceber que não estão sozinhos", disse ainda.

Na carta, o papa também citou o tema da 32ª Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá em janeiro de 2019, no Panamá, e recordou os apelos que fez na Assembleia do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) em 2017.

"Não tenham medo de se arriscar e de trabalhar para construir uma nova sociedade, permeando com a força do Evangelho os ambientes sociais, políticos, econômicos e universitários. Não tenham medo de combater a corrupção e não se deixem seduzir por ela", pediu Francisco. 

"Sob o manto de Maria, vocês poderão redescobrir a criatividade e a força para serem protagonistas de uma cultura de aliança e, consequentemente, criar novos paradigmas que guiarão a vida do Brasil", acrescentou.

A mensagem foi entregue aos jovens brasileiros que participam do programa "Rota 300", encerrado em 29 de julho com uma festa no Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo.

'Se morrer como mártir, eu serei um grande cabo eleitoral', diz Lula


O ex-presidente Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que pode ser um “grande cabo eleitoral” se for impedido de disputar a eleição presidencial do próximo ano. 
O ex-presidente petista novamente repetiu de que as investigações contra ele na Lava-Jato são um artifício para impedi-lo de concorrer.

- Deixa eu dizer uma coisa a quem me persegue: eu posso ser um bom candidato a presidente da República se for candidato; eu posso ser um grande cabo eleitoral se não me deixarem ser candidato; e se morrer como mártir, eu serei um grande cabo eleitoral - disse Lula, em conversa no Facebook com o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ).

O petista foi condenado, no mês passado, pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmar a sentença, o ex-presidente seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficaria impedido de disputar a eleição.

Segundo Lula, por causa das investigações o povo está sendo prejudicado com aumento do desemprego e queda da renda.

O ex-presidente Lula da Silva ainda falou sobre a votação de quarta-feira sobre a autorização para prosseguimento ou ou não da denúncia da Procuradoria- Geral da República contra o presidente Michel Temer. Após ouvir Damous dizer estar pronto para votar pelo “prosseguimento da denúncia”, Lula afirmou:

- Qualquer que for a decisão de vocês, é importante, nessa lenga-lenga sobre votar ou não no processo do Temer, ter em conta que o desemprego cresce e o salário cai.

A Smartmatic, empresa responsável pela votação, diz que pleito na Venezuela foi manipulado por Maduro

A Smartmatic, empresa responsável por sistema eleitoral na Venezuela, afirmou nesta quarta-feira (2) que o número de eleitores que participaram da votação que elegeu a Assembleia Constituinte foi manipulado. O governo anunciou a participação de pelo menos um milhão a mais de votantes no pleito de domingo (30), segundo a Reuters.

Em uma entrevista coletiva em Londres, o diretor-executivo da Smartmatic, Antonio Mugica, afirmou que “sem dúvida, a taxa de participação na recentes eleições para Assembleia Nacional Constituinte foi manipulada”.


"Uma auditoria permitia conhecer a taxa exata de participação. Estimamos que a diferença entre a participação real e a anunciada pelas autoridades é de pelo menos um milhão de votos", afirmou.

Julio Borges, presidente do Parlamento (que é de maioria opositora), anunciou que irá pedir à procuradoria uma investigação sobre a denúncia, de acordo com a agência Efe.
A oposição já questionava o número de eleitores apresentado pelo goveno. O Conselho Nacional Eleitoral afirmou que 8 milhões de venezuelanos foram às urnas (ou 41,53% dos eleitores venezuelanos), mas a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática dizia que o número não tinha passado de 2,5 milhões (12,4% dos eleitores).
Entre 2004 e 2015, a Smartmatic participou de 14 eleições, instalou mais de meio milhão de máquinas de votação e processou mais de 377 milhões de votos na Venezuela, de acordo com informações fornecidas pela empresa ao jornal “El Universal”.

A denúncia acontece no dia em que estava prevista, inicialmente, a posse dos 545 deputados que vão redigir a nova Carta Magna venezuelana e tem potencial para aumentar ainda mais o nível de tensão no país.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, propôs a Constituinte como solução para a grave crise política do país, mas a oposição, que exige eleições gerais, considera a iniciativa uma manobra para tentar prolongar o mandato do presidente. Os opositores têm maioria no Parlamento.
Data da posse
Embora estivesse prevista para acontecer nesta quarta, o governo não confirmou o dia e horário que a polêmica Assembleia Constituinte seria empossada, o que tem criado confusão entre seus adversários. 
(Ainda sem confirmação, estima-se que a posse deverá ocorrer na próxima sexta-feira)
Na terça-feira (1º), o vice-presidente venezuelano, Tareck El Aissami, disse apenas que Assembleia seria instalada em "em poucas horas". Face à indefinição, a oposição decidiu adiar para quinta-feira (3) a grande passeata de protesto que deve acontecer em Caracas.
O percurso da passeata de quinta-feira ainda não foi revelado, mas deve tentar chegar ao Palácio Legislativo, sede do Parlamento de maioria opositora e que em breve também será a sede da Assembleia Constituinte, segundo a France Press.
Mas em quatro meses de protestos da oposição, que deixaram mais de 120 mortos, as manifestações não conseguiram se aproximar em nenhum momento do centro de Caracas, onde se concentram os poderes públicos e área que é considerada um reduto chavista.
Prisão de oposicionistas
A mobilização pretende denunciar a "ilegitimidade" da Assembleia Constituinte, não reconhecida por vários países, incluindo os Estados Unidos, e condenar a detenção dos presos mais emblemáticos da oposição: Leopoldo López e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, acusados de planejar uma fuga e de convocar um boicote à votação estimulada pelo presidente Nicolás Maduro.
Na madrugada de terça-feira, os dois foram levados para a prisão militar de Ramo Verde, nas proximidades da capital Caracas.
Segundo o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), López e Ledezma foram presos por supostos planos de fuga e suas declarações políticas.
López não podia "fazer nenhum tipo de proselitismo político" e Ledezma, prefeito de Caracas, tinha "a obrigação de se abster de fazer declarações a qualquer meio", assinalou um comunicado do TSJ.
O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU declarou que está "profundamente preocupado" com as prisões e pediu a Caracas que liberte todos aqueles que exercem os seus direitos democráticos.
Eleitos
Nesta terça, a autoridade eleitoral da Venezuela anunciou que o filho e a esposa do presidente de Maduro foram eleitos como membros da polêmica Assembleia Nacional Constituinte que redigirá a nova Constituição do país.
Nicolás Ernesto Maduro Guerra, 27 anos, entrou na arena política com a sua candidatura à Constituinte. Nicolasito, como é conhecido, concorreu na eleição setorial como representante da administração pública, na qual trabalhou desde que o seu pai chegou ao poder, em 2013, ocupando altos cargos criados pelo presidente.
O agora membro da Assembleia Constituinte, Nicolasito era praticamente um desconhecido, embora há alguns anos tenha causado polêmica após a circulação de imagens suas recebendo uma "chuva de dólares" enquanto dançava em uma festa de casamento.
Em sua biografia no Twitter, afirma que é graduado em Economia, flautista do aclamado sistema de orquestras juvenis e "soldado de Chávez até além da vida".
Além da eleição por setor social, na qual 173 candidatos foram escolhidos, também houve uma eleição territorial, para definir outros 364 membros, sendo um representante por cada município e dois para cada capital, independentemente do número de habitantes.