domingo, 1 de janeiro de 2017

CONTRA FATOS, NÃO HÁ ARGUMENTOS!!!!
Então candidato à presidência do PT, Dirceu chora
 após críticas de militantes contrários ao recebimento
 de dinheiro da Odebrecht para financiar campanha

NOS ANOS 1990, LULA E DIRCEU CHORARAM AO SEREM CRITICADOS POR DOAÇÕES DA ODEBRECHT

Há mais de 20 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-deputado José Dirceu choraram em um encontro nacional do PT quando um militante foi à tribuna para criticar os rumos que a corrente majoritária do partido vinha tomando. No centro da polêmica estavam pagamentos feitos pela Odebrecht ao partido.

A história começou na campanha eleitoral de 1994, quando José Dirceu se lançou ao governo de São Paulo, mas foi derrotado. Após a disputa, a imprensa revelou a lista dos doadores. Naquela época, os financiadores só eram divulgados pela Justiça Eleitoral após o fim da campanha.
Dirceu declarou ter arrecadado R$ 1,1 milhão. Desse total, 42% vieram da Odebrecht e de uma empresa sob seu controle, a CBPO. A empreiteira também doou para as campanhas do PT no Distrito Federal e no Espírito Santo.

A notícia chocou a militância mais à esquerda no partido porque a Odebrecht havia passado por dois escândalos duramente atacados pelo PT– em especial por José Dirceu, na época deputado federal– nas CPIs que investigaram o esquema PC Farias, durante o governo de Fernando Collor, em 1992; e dos Anões do Orçamento, em 1993.

Uma corrente do PT em Brasília tentou até mesmo devolver à empreiteira os R$ 200 mil que a sigla havia recebido. Um dos fundadores do partido, o economista e ex-guerrilheiro Paulo de Tarso Venceslau disse à Folha que soube do próprio Dirceu o quanto o caso Odebrecht o incomodou na época.

"Eu tive reuniões com ele e estava frustradíssimo. Ele dizia que esses recursos da Odebrecht estavam aparecendo na prestação de contas dele, mas que o dinheiro era para a campanha do Lula. A campanha do Dirceu foi usada para fazer a triangulação", disse Venceslau, que contou a mesma história à CPI dos Bingos, em 2006.

Venceslau disse que, no começo de 1995, Dirceu se mostrava disposto a deixar a organização do partido e chegou a procurar um imóvel para montar um escritório de advocacia na companhia de outras duas militantes petistas. Mas ele se acertou com Lula e passou a ser apoiado para a presidência nacional do PT, segundo Venceslau.

"Esse é o maior mistério: como foi esse acordo. É uma coisa que ninguém sabe direito", afirmou o ex-guerrilheiro que, nos anos 1990, denunciou o que ficou conhecido como Caso CPEM.

Considerado o primeiro escândalo do PT, o caso gerou uma investigação conduzida pelo partido sobre Lula e seu compadre, o advogado Roberto Teixeira –hoje, o ex-presidente e Teixeira são réus na Operação Lava Jato.

Meses depois de ficarem conhecidas as doações da Odebrecht para Dirceu, o PT realizou em Guarapari (ES) seu 10º encontro nacional para escolher o novo presidente da sigla. Contra o candidato de Lula –José Dirceu–, estava Hamilton Pereira, apoiado pelo editor e ex-guerrilheiro César Benjamin na corrente "A hora da verdade".

Benjamin foi ao microfone para uma plateia estimada em 500 delegados da sigla de todo o país. Ele denunciou que "parte da campanha" de Dirceu havia sido bancada pela Odebrecht e fez duras críticas à cúpula da legenda por receber de empreiteiras.

A Folha, que acompanhou o encontro, narrou na época que petistas do grupo de Lula e Dirceu "avançaram em direção a Benjamin", enquanto Dirceu chorava, sentado. "Lula também chorou, assim como outros dirigentes." Uma fotografia mostra Dirceu passando o dedo no olho direito enquanto é consolado pelo hoje deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Três dias depois, Benjamin anunciou em artigo publicado pela Folha, que deixaria o PT. "Minha frase sobre a Odebrecht não foi dúbia nem irônica", escreveu.

"Não houve desvio individual de conduta. Tudo decorreu de uma lógica, a das máquinas eleitorais (que, aliás, só no PT, entre os grandes partidos, ainda pode ao menos ser questionada). Dirceu é inocente, mas não o sistema de poder que governa o PT, aliás, com apoio das bases", concluiu Benjamin.



QUEBRA DE SIGILO DA 'AGÊNCIA DIGITAL DO PT' MOSTRA PAGAMENTOS DA CNI E DO SISTEMA S

Epicentro da Operação Acrônimo e suspeita de obter dinheiro de caixa dois em eleições, a agência de comunicação Pepper Interativa recebeu uma série de pagamentos de entidades do Sistema S, como Sesi e Senai, e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que supervisiona essas instituições.

A agência de comunicação foi financiada ainda por empresas de publicidade contratadas pelo governo federal, na época dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Os dados estão em uma quebra de sigilo fiscal da agência, que traz informações até o fim de 2013. Nesses documentos, o PT e suas campanhas eleitorais aparecem como a maior fonte de pagamentos da empresa, com um total de R$ 15 milhões.

A Confederação Nacional da Indústria pagou à agência R$ 326 mil entre os anos de 2008 e 2010.

Delator da Acrônimo, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, acusou o atual presidente da confederação, Robson Andrade, de pagar R$ 1 milhão em caixa 2 para a campanha do petista Fernando Pimentel, hoje governador de Minas, em 2014. O dinheiro iria para empresas credoras da campanha.

Robson Andrade assumiu a confederação em 2010. Em 2009, quando presidia a Federação das Indústrias do Estado de Minas, ele contratou por R$ 1 milhão a P21, empresa de Pimentel, para uma consultoria econômica.

A dona da Pepper, Danielle Fonteles, também relatou em depoimento recebimentos via caixa dois de variadas fontes, mas em 2010, quando Pimentel concorreu ao Senado.

Naquela época, o Sesi e o Sebrae já despontavam como importantes fontes da agência. Somando aos pagamentos do Senai e Instituto Euvaldo Lodi (que atua estimulando inovação de empresas), o total pago de 2008 a 2013 chega a R$ 1,9 milhão, em valores não corrigidos.

Quando Pimentel virou ministro do Desenvolvimento, em 2011, indicou Heloisa Meneses, ex-presidente do Instituto Euvaldo Lodi, a uma secretaria vinculada à pasta.

As entidades do Sistema S são de direito privado, mas bancadas na maior parte com contribuições compulsórias recolhidas pelas empresas. O objetivo dessas instituições é estimular treinamento, assistência e consultoria.
Os órgãos costumam ter indicações políticas –o presidente do conselho do Sesi naquela época era Jair Meneguelli, ex-presidente da CUT, que foi substituído em 2015 por Gilberto Carvalho, ex-ministro de Dilma e ex-chefe de gabinete de Lula.

Neste ano, ao assumir, Temer nomeou para o cargo João Henrique de Almeida Sousa, ex-deputado federal filiado ao PMDB do Piauí.

O Tribunal de Contas da União criticou em auditoria, em 2016, a falta de transparência nessas entidades. Questionou, por exemplo, a não divulgação na internet de detalhamento de despesas, demonstrações contábeis e de plano de cargos e salários.

Em 2015, o volume de recursos públicos nesses serviços foi de R$ 17,2 bilhões.

OUTROS CONTRATOS

Além da Acrônimo, deflagrada em 2015, a Pepper ganhou notoriedade nas investigações sobre as campanhas de Dilma. Em 2010, a empreiteira Andrade Gutierrez pagou R$ 6,6 milhões à agência. Delatores da empresa afirmam que os repasses se tratavam de caixa dois para a campanha de Dilma.

A quebra de sigilo mostra uma ascensão veloz da Pepper na década passada. De pequena agência até 2007, passou, em 2008, a amealhar contratos públicos, como da Caixa. Chegou a receber pagamentos de cinco ministérios, além de órgãos como o BNDES e a Apex (Agência de Promoção da Exportação).

Entre os financiadores da Pepper, estão outras agências de publicidade, que tinham contratos com o governo federal –as principais são a Nova S/B, com R$ 786 mil pagos, e a Lew Lara, com R$ 1,1 milhão.

Em outubro, a Acrônimo fez buscas em três construtoras que pagaram, juntas, R$ 840 mil, à Pepper em 2010. Outro alvo foi o sindicato das empresas de transporte de Belo Horizonte, que pagou R$ 600 mil.
OUTRO LADO

A Confederação Nacional da Indústria disse que, nos últimos cinco anos, outras duas agências de publicidade venceram as licitações para prestar serviço à entidade e ao Sesi, Senai e Instituto Euvaldo Lodi. Sustenta que os pagamentos citados pela reportagem "fogem ao ciclo de responsabilidade da atual administração".

Diz ainda que o conselho nacional do Sesi, que pagou R$ 479 mil à Pepper em 2013, funciona de modo autônomo em relação às outras instituições e que não poderia se manifestar em nome dele. A Folha não conseguiu localizar Jair Meneguelli, que presidiu o conselho até 2015, para comentar o assunto.
O Sebrae diz que trabalha apenas com empresas licitadas e que a Pepper prestou serviços por meio de outras agências de publicidade, que tinham sido contratadas pelo menor preço.

Ainda no governo Dilma, os ministérios e a Apex disseram que não celebraram contratos diretos com a Pepper e que os repasses foram feitos devido a terceirizações realizadas por agências de publicidade prestadoras de serviço, que haviam sido contratadas por licitação.

Cleber Lopes, advogado de Danielle Fonteles, dona da Pepper, diz que a agência prestou serviços para várias entidades e que os contratos com a CNI e o Sistema S não são alvo da investigação da Operação Acrônimo.

A Lew Lara diz que pagou à Pepper por serviços prestados para clientes privados da agência, na área de monitoramento digital de redes sociais, em trabalhos sem relação com a gestão pública.

A Nova S/B diz que a Pepper é uma das 63 empresas que já prestaram serviços digitais para seus clientes e que os trabalhos incluem desenvolvimento de sites, hotsites, blogs e banners de mídia digital. O sindicato do transporte não respondeu.




ADVOGADOS RECLAMAM QUE ODEBRECHT ATRASA AS DELAÇÕES DAS OUTRAS EMPREITEIRAS

Advogados de empreiteiras na fila para delação premiada anseiam para que a Procuradoria Geral da República volte a dar sequência às negociações. Estão à espera OAS, Mendes Júnior, Delta, Galvão Engenharia e EIT.  Alguns defensores das empreiteiras reclamam que as delações da Odebrecht travaram o andamento dos trabalhos na Procuradoria. Há negociações de outras construtoras aguardando há mais de três meses.


HERANÇA MALDITA DO PT PARA OS BRASILEIROS!!!

O FIM DA URSS


FIM DA URSS
A União Soviética deixou de existir oficialmente em dezembro de 1991. Mas seu esfacelamento teve início meses antes com o golpe que tentou tirar Gorbachev do poder.
A Rússia, a Ucrânia e a Bielo‐Rússia – que respondiam por 70% da população da URSS e pela maior parte das riquezas do país – criaram a Comunidade de Estados Independentes ﴾CEI﴿ no dia 8 de dezembro de 1991. A decisão se chocava com os planos de Gorbachev de criar uma União de Estados Soberanos para substituir a URSS. Nos dias que se seguiram, as demais repúblicas soviéticas foram aderindo à CEI, com exceção da Geórgia e do Azerbaijão ﴾que só ingressaram na Comunidade em 1993﴿ e das repúblicas bálticas.
Com a aprovação pelo parlamento, em 12 de dezembro, da nova comunidade independente de Boris Yeltsin, a renúncia de Gorbachev era uma questão de dias. De volta a Moscou, Pedro Bial e Sergio Gilz acompanharam o desmoronamento da URSS. A reportagem da dupla, exibida pelo Jornal Nacional no dia 16 daquele mês, mostrava que o líder soviético, cada vez mais, perdia a força.
No Natal de 1991, Mikhail Gorbachev, no poder havia mais de seis anos, renunciou. Logo depois de seu discurso, a bandeira vermelha com a foice e o martelo foi retirada do Kremlin e, em seu lugar,
subiu a bandeira russa. Naquele dia, Pedro Bial entrou ao vivo interrompendo por alguns minutos o programa Roberto Carlos Especial.
A União Soviética deixou de existir oficialmente no dia 31 de dezembro de 1991. A Federação Russa foi reconhecida pela comunidade internacional como sua legítima sucessora.

fonte: REDE GLOBO