quarta-feira, 17 de maio de 2017

‘Mantega distribuía propinas a parlamentares petistas’, diz dono da Friboi



Nem Antonio Palocci, nem Lula. De acordo com o que Joesley Batista contou em sua delação, o ex-ministro Guido Mantega era o seu elo com o PT. Relatou que havia uma espécie de conta corrente para o PT na JBS. Por meio dela, e tendo sempre Mantega como intermediário, irrigava os bolsos de parlamentares petistas.

Ao falar de Mantega, os delatores afirmam que era ele quem operava para o grupo no BNDES. Portanto, eram através de tratativas diretamente com Mantega que se negociavam os aportes ao grupo J&F. Os delatores ressaltam, no entanto, que Mantega não pegava o dinheiro para si próprio, mas sim para o partido.

Joesley disse aos procuradores que Luciano Coutinho, o presidente do BNDES em quase toda a era petista, era duro nas negociações. Mas admite que às vezes se reunia com Coutinho e parecia que Mantega, com quem tratava de propinas para o PT, já antecipara os assuntos da JBS para ele.


Grampo revela que Aécio pediu R$ 2 milhões a dono da JBS-Friboi



Joesley Batista entregou à PGR uma gravação que piora de forma descomunal a tempestade que já cai sobre a cabeça de Aécio Neves. 

No áudio, o presidente do PSDB surge pedindo nada menos que R$ 2 milhões ao empresário, sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na Lava-Jato.

O diálogo gravado durou cerca de 30 minutos. Aécio e Joesley se encontraram no dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. Quando Aécio citou o nome de Alberto Toron, como o criminalista que o defenderia, não pegou o dono da JBS de surpresa. 

A menção ao advogado já havia sido feita pela irmã e braço-direito do senador, Andréa Neves. Foi ela a responsável pela primeira abordagem ao empresário, por telefone e via WhatsApp (as trocas de mensagens estão com os procuradores). As investigações, contudo, mostrariam para a PGR que esse não era o verdadeiro objetivo de Aécio.

Deputado apresenta pedido de impeachment de Temer

O deputado Alessandro Molon apresentou um pedido de impeachment do presidente Temer, após a veiculação de matéria que afirma que o presidente foi gravado negociando suborno ao ex-deputado Eduardo Cunha em troca de seu silêncio. 

As gravações foram entregues pelos irmãos Batistas, donos do frigorífico Friboi, que negociam um acordo de delação premiada. O pedido de impeachment deverá ser apreciado pelo presidente  da Câmara, Rodrigo Maia. 

Sessão da Câmara é suspensa após matéria com indícios de corrupção de Temer

A sessão da Câmara foi encerrada após a divulgação de uma matéria pelo jornal O Globo, que informa que o presidente Michel Temer foi gravado dando aval para compra de silêncio de Cunha.  

Alguns deputados pediram a instalação imediata de uma comissão de impeachment, outros gritaram "Fora, Temer". 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, decidiu encerrar os trabalhos. 


DONO DA JBS GRAVA TEMER DANDO AVAL PARA COMPRA DE SILÊNCIO DE CUNHA

Joesley Batista e o seu irmão Wesley confirmaram a Fachin o que falaram a PGR

Na tarde de quarta-feira passada, Joesley Batista e o seu irmão Wesley entraram apressados no Supremo Tribunal Federal (STF) e seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin. Os donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Foram lá para o ato final de uma bomba atômica que explodirá sobre o país — a delação premiada que fizeram, com poder de destruição igual ou maior que a da Odebrecht. Diante de Fachin, a quem cabe homologar a delação, os sete presentes ao encontro confirmaram: tudo o que contaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril foi por livre e espontânea vontade, sem coação.

É uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato: Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".
Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).
Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Joesley revelou também que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Pela primeira vez na Lava-Jato foram feitas "ações controladas", num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril.
Se a delação da Odebrecht foi negociada durante dez meses e a da OAS se arrasta por mais de um ano, a da JBS foi feita em tempo recorde. No final de março, se iniciaram as conversas. Os depoimentos começaram em abril e na primeira semana de maio já haviam terminado. As tratativas foram feitas pelo diretor jurídico da JBS, Francisco Assis e Silva. Num caso único, aliás, Assis e Silva acabou virando também delator. Nunca antes na história das colaborações um negociador virara delator.

A velocidade supersônica para que a PGR tenha topado a delação tem uma explicação cristalina. O que a turma da JBS (Joesley sobretudo) tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio — além de todo um histórico de propinas distribuídas a políticos nos últimos dez anos. Em duas oportunidades em março, o dono da JBS conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido — arma que já se revelara certeira sob o bolso do paletó de Sérgio Machado, delator que inaugurou a leva de áudios comprometedores. Ressalte-se que essas conversas, delicadas em qualquer época, ocorreram no período mais agudo da Lava-Jato. Nem que fosse por medo, é de se perguntar: como alguém ainda tinha coragem de tratar desses assuntos de forma tão descarada?

Para que as conversas não vazassem, a PGR adotou um procedimento incomum. Joesley, por exemplo, entrava na garagem da sede da procuradoria dirigindo o próprio carro e subia para a sala de depoimentos sem ser identificado. Assim como os outros delatores.
Ao mesmo tempo em que delatava no Brasil, a JBS contratou o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe para tentar um acordo de leniência com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ). Fechá-lo é fundamental para o futuro do grupo dos irmãos Batista. A JBS tem 56 fábricas nos EUA, onde lidera o mercado de suínos, frangos e o de bovinos. Precisa também fazer um IPO (abertura de capital) da JBS Foods na Bolsa de Nova York.
Pelo que foi homologado por Fachin, os sete delatores não serão presos e nem usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa de R$ 225 milhões para livrá-los das operações Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos. Essa conta pode aumentar quando (e se) a leniência com o DoJ for assinada. (Colaborou Guilherme Amado)


fonte: AQUI



INQUÉRITO SOBRE SÍTIO DE LULA ESTÁ PARADO

O delegado Márcio Anselmo, quando foi transferido da Lava Jato, investigava o sítio de Lula em Atibaia.
Seus relatórios revelaram a rede de laranjas usada para comprar e ocultar a propriedade.
Nos últimos dias, o Ministério Público Federal colheu depoimentos da Odebrecht e da OAS sobre a reforma do sítio de Lula, mas o inquérito da PF está parado desde que o delegado Márcio Anselmo saiu de Curitiba, sem ser substituído.

Iolanda, Iolanda, eternamente Iolanda...

Dilma Rousseff afirmou que João Santana e Mônica Moura construíram "versões falsas e fantasiosas" para conseguir liberdade e redução de pena.
O Antagonista sugere que João Santana divulgue nota rebatendo a ex-chefe.

Edinho, Edinho...

Edinho Silva, hoje prefeito de Araraquara, também já atacou o casal de marqueteiros com quem despachou durante anos. Ele disse, por exemplo, que "jamais" conversou com Mônica Moura sobre pagamentos para Dilma Bolada, como a delatora relatou ao Ministério Público.
"As pessoas, quando fazem delação, precisam provar o que dizem."
Edinho, Edinho...

Feira: "Só menti sobre Dilma - e isso já faz algum tempo - para defendê-la"

João Santana divulgou uma nota para rebater os comentários de José Eduardo Cardozo.
No trecho que mais interessa, Feira diz o seguinte:
"Só menti sobre a presidente Dilma - e isso já faz algum tempo - para defendê-la. Jamais para acusá-la."

PT chama Feira e Xepa para a briga

Wadih Damous disse que João Santana e Mônica Moura formam um "casal de canalhas" e "não merecem a menor credibilidade".
O PT tem certeza de que vai encarar essa briga?

MAIS UMA MENTIRA DE LULA NO DEPOIMENTO DO DIA 10 É DESVENDADA

Gradativamente a força tarefa da Operação Lava Jato vai juntando documentos e demonstrando que o depoimento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou ao juiz Sérgio Moro no último dia 10 de maio foi um arsenal de bravatas e mentiras.
No interrogatório Lula afirmou categoricamente que durante os seus dois mandatos só manteve duas reuniões com diretores da Petrobras, utilizando dessa retórica para afirmar que não sabia da prática de corrupção na estatal.
‘Nos oito anos que eu fiquei na Presidência da República, a gente não tem reunião com a diretoria da Petrobras. Eu em oito anos tive dois momentos: quando nós descobrimos o pré-sal para discutir o plano estratégico’, disse Lula.
Trata-se de mais uma mentira.
Documentos fornecidos pela própria Petrobras demonstram que Lula manteve pelo menos 23 reuniões com diretores da estatal. 
Isto sem contar encontros obscuros em hangares de aeroportos.
Definitivamente, Lula está completamente sem saída, sem chances, liquidado. A consequência é mera questão de tempo e cumprimento dos prazos que o trâmite processual exige.

conteúdo: jornaldacidadeonline