quarta-feira, 8 de março de 2017

'É genocídio puro e simples. O desarmamento condena à morte milhares de civis inocentes, sem possibilidade de apelação', afirma Olavo de Carvalho

O escritor Olavo de Carvalho defendeu o fim do Estatuto do Desarmamento, enfatizando seus efeitos deletérios: "Com plena consciência do que faz, o desarmamento civil condena à morte milhares de civis inocentes, sem possibilidade de apelação. É genocídio puro e simples".


conteúdo: Folha Política

'É fato: os brasileiros entregam 40% de tudo que ganham para o governo e não podem mais pagar por ineficiência e inchaço', afirma Lorenzoni



Em resposta às insinuações de que o governo pode aumentar impostos, o deputado Onyx Lorenzoni se exaltou: "o fato é que a sociedade brasileira, que entrega 40% de tudo o que ganha para o governo, não pode pagar mais essa conta do inchaço e ineficiência dos governos".


Conteúdo: Folha Política

Seis vezes em que Moro precisou “mostrar quem manda” nas audiências da Lava Jato

Tensão entre advogados de defesa e o magistrado são comuns. Nesta semana, Moro sugeriu que um defensor fizesse “concurso para juiz” para assumir a condução da audiência

À frente dos processos da Lava Jato desde 2014 na Justiça Federal do Paraná, o juiz Sergio Moro acumula confusões e desentendimentos com advogados de réus dos processos. As reclamações mais comuns dos defensores é de cerceamento do direito de defesa dos acusados, e as polêmicas chegam a ser comuns durante a oitiva de testemunhas ou réus dos processos.

Como juiz, Moro tem a atribuição de dar o ritmo ao processo e presidir a audiência, tentando “colocar ordem” no ambiente. Nesta semana, ele sugeriu que o advogado do ex-ministro Antonio Palocci fizesse concurso para juiz. Essa não foi a única resposta ríspida de Moro aos advogados dos réus. Veja outras polêmicas:

Advogado não é Rui Barbosa

Em março de 2015, Moro e o então advogado do lobista Fernando Soares, Nélio Machado, protagonizaram uma discussão sobre o tempo que a defesa teria para fazer considerações no processo. O magistrado deu cinco minutos para a defesa se manifestar e Machado reclamou. “Não há prazo para a defesa se manifestar. Vossa excelência criou uma legislação própria. Vossa excelência fixa aleatoriamente cinco minutos”, disse Machado. Impaciente, Moro respondeu: “Doutor, nem no Supremo Tribunal Federal existe tempo ilimitado. A única pessoa que tinha tempo ilimitado para falar seria o Rui Barbosa e não é o caso aqui. Então vamos seguir a audiência”.

Questão de ordem

Em outubro de 2015, Moro discutiu com a advogada de defesa de Rogério Santos de Araújo, diretor da Odebrecht. A defesa reclamou que o magistrado estava fazendo perguntas sobre contratos que não eram objetos do processo referente ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. O juiz, porém, negou a questão de ordem levantada pela defensora. Depois, outros advogados presentes na audiência também registraram a questão de ordem.

Moro Nazista

Em novembro do ano passado, Moro foi chamado de nazista por um dos advogados do ex-presidente Lula. O advogado José Roberto Batochio afirmou que aquilo que imaginava ter sido sepultado pelos aliados em 1945 “ressurge aqui, nesta região agrícola do nosso país”. As declarações foram dadas num momento tenso do depoimento do ex-senador Delcídio do Amaral, durante audiência do processo em que Lula é réu por corrupção. Moro se irritou com as constantes interrupções feitas pela defesa de Lula durante o depoimento. “A defesa pelo jeito vai ficar levantando questões de ordem a cada dois minutos nesta inquirição. É inapropriado, doutor. Estão tumultuando a audiência”, disse Moro. Batochio se exaltou e disse que “o juiz não é o dono do processo” e que a lei permite aos defensores fazer o uso da palavra. “Ou se vossa excelência quiser eliminar a defesa... E eu imaginei que isso já tivesse sido sepultado em 1945 pelos aliados e vejo que ressurge aqui, nesta região agrícola do nosso país. Se vossa excelência quiser suprimir a defesa, então eu acho que não há necessidade nenhuma de nós continuarmos essa audiência “.

“O senhor respeite o juízo”

Em dezembro do ano passado, pouco antes do recesso de final de ano do Judiciário, Moro discutiu com advogados do ex-presidente Lula durante depoimento de Mariuza Aparecida da Silva Marques, engenheira civil da OAS que trabalhou no tríplex do Guarujá, e chegou a gritar com os defensores. Segundo um dos advogados, o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Paulo Galvão estava pedindo a opinião da testemunha, não os fatos. Sergio Moro, então, levantou a voz. “Doutor, está sendo inconveniente. Já foi indeferida sua questão. Já está registrada e o senhor respeite o juízo!”, gritou.

Moro inquisidor

Em fevereiro deste ano, um dos advogados do ex-presidente Lula acusou o magistrado de fazer perguntas “de um inquisidor, e não perguntas de um juiz“. Moro questionava o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli se ele sabia os motivos que levaram à substituição de Nestor Cerveró na diretoria Internacional da Petrobras. Um dos advogados de Lula interveio. “São perguntas já respondidas”, disse. “Eu ouvi pacientemente as perguntas da defesa e do Ministério Público. Eu estou fazendo minhas perguntas. Certo?”, respondeu Moro. Um dos advogados deu prosseguimento ao bate-boca. “Mas suas perguntas são as perguntas de um inquisidor, e não as perguntas de um juiz”, rebateu o advogado. Moro respondeu. “Doutor, respeite o juízo”.

“Faça concurso para juiz”

Nesta semana, Moro e o advogado de Antonio Palocci, José Roberto Batochio, discutiram mais uma vez. O juiz queria saber de uma testemunha, o executivo Fernando Barbosa, da Odebrecht, o que ele havia entendido sobre o conteúdo de um e-mail que lhe fora endereçado. “Com devido respeito, testemunha não pode achar nada, não opina. Não vou aceitar essa violência”, protestou Batochio, que pretendia ver anulada a pergunta do juiz. Moro indeferiu a questão e, diante de novo protesto, encerrou o assunto: “Faça concurso para juiz e assuma então a condução da audiência, mas quem manda na audiência é o juiz”.




Conteúdo: Gazeta do Povo

Lula diz a Moro que Petrobras não é vítima do petrolão

Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras não pode ser considerada vítima do esquema de corrupção que atravessou seus dois mandatos no Palácio do Planalto e acabou descoberto no governo de sua pupila, Dilma Rousseff, pela Operação Lava Jato.

O inusitado ponto de vista foi defendido em uma manifestação contrária à habilitação da estatal como assistente de acusação em um dos processos em que é réu na Operação Lava Jato, encaminhada ao juiz federal Sergio Moro na segunda-feira.

Como se os presidentes da petrolífera durante o petrolão não tivessem sido escolhidos por Lula e Dilma, e seus diretores indicados por partidos da base aliada, incluindo o PT, a defesa do ex-presidente afirma que “a Petrobrás não pode ser considerada vítima, pois para ocorrência destes teriam concorrido diretores, gerentes e outros funcionários – isso sem falar que os próprios sistemas de controle de companhia não teriam funcionado na hipótese cogitada. Dessa forma, a empresa também possui responsabilidade no esquema criminoso”.


Conteúdo: Folha Política

Petistas temem prisão de Lula

Os petistas estão desconfiados de que, em 3 maio, quando prestar depoimento em Curitiba, Lula poderá ser preso por Sergio Moro.
Segundo O Globo, eles querem organizar uma caravana para cercar o prédio do tribunal.
Será dureza reunir muita gente.
Em 3 de maio, Lula já terá sido completamente desmoralizado pelos depoimentos de Emilio Odebrecht, Pedro Novis, Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro.


Conteúdo O Antagonista

26 DE MARÇO VEM PRA RUA


PELO FIM DO FORO PRIVILEGIADO

Apenas 5 senadores assinaram requerimento de urgência para votar o fim do foro privilegiado

Ontem, no Senado, os senadores Randolfe Rodrigues e Reguffe pediram apoio para votar a PEC de autoria do senador Álvaro Dias que acaba com o foro privilegiado. O senador Randolfe Rodrigues, relator da PEC, fez um requerimento de urgência para votar a proposta, e busca assinaturas. Por enquanto, só assinaram o requerimento: Randolfe Rodrigues, Álvaro Dias, Ronaldo Caiado e Reguffe. 



conteúdo Folha Política

Para Maia, reforma trabalhista é 'tímida' e Justiça do Trabalho não deveria existir

Presidente da Câmara afirmou que legislação atual gerou desemprego e insegurança aos empregadores; para ele, juízes trabalhistas vêm tomando decisões 'irresponsáveis'.

O Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (8) que a proposta de reforma trabalhista enviada pelo governo Michel Temer ao Congresso  é "tímida" e deve ser aprofundada pelos parlamentares.

Ao criticar a legislação trabalhista vigente que, segundo ele, gerou desemprego e insegurança para os empregadores, Maia também disse que os juízes do Trabalho vêm tomando  decisões "irresponsáveis".
Segundo o presidente da Câmara, tais decisões "quebraram", por exemplo, "o sistema de hotel, bar e restaurantes no Rio de Janeiro" e, em sua opinião, a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir".

"Vamos votar a modernização das leis trabalhistas propostas pelo governo e achamos que a proposta do governo é tímida, apesar de o governo tentar nos convencer a votar o texto que veio do governo, eu acho que não, acho que precisamos avançar. Acho que há um consenso da sociedade que esse processo de proteção [do trabalhador] gerou desemprego, gerou insegurança e dificuldades pros empregos brasileiros. Acho que precisamos ter a coragem de dizer isso", defendeu Maia.

"O excesso de regras no mercado de trabalho não gerou nada no Brasil e os juízes tomando decisões das mais irresponsáveis, quebraram o sistema de hotel, bar e restaurantes no Rio de Janeiro. O setor de serviço e de alimentação quebrou pela irresponsabilidade da Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro. [...] Foi quebrando todo mundo pela irresponsabilidade da Justiça brasileira, da Justiça do Trabalho, que não deveria nem existir", complementou.

Ao final da declaração, durante entrevista em Brasília, o presidente da Câmara disse ainda que Temer "não vai gostar" das eventuais alterações que os deputados fizerem no projeto original de reforma trabalhista.
"Mas a Câmara precisa dar um passo além naquilo que está colocado no texto do governo", concluiu.

conteúdo G1

Temer substituiu o ‘não sabia’ pelo ‘nada a ver’, afirma jornalista

O colunista Josias de Souza escancarou a fraqueza da estratégia usada pelo presidente Michel Temer para lidar com a corrupção em seu partido e à sua volta: Temer finge que "não tem nada a ver" com os problemas. Com ironia, Josias de Souza mostra que o "nada a ver" é exatamente equivalente ao "eu não sabia" dos governantes petistas. 

Leia abaixo o texto de Josias de Souza: 
Michel Temer não tem nada a ver com os R$ 10 milhões que a Odebrecht deu ao PMDB por baixo da mesa em 2014, como não teve nada a ver com o rateio do dinheiro. Marcelo Odebrecht, o provedor dos recursos, foi recebido em jantar no Jaburu. Seu funcionário Cláudio Melo Filho acertou a distribuição do dinheiro com o atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, amigo do presidente há três décadas. Mas Michel Temer não tem nada a ver com isso.
Diz-se que parte do dinheiro (R$ 6 milhões) foi para a campanha de Paulo Skaf, que era o candidato de Temer ao governo de São Paulo em 2014. Informa-se que coube a Padilha fazer a divisão do que sobrou (R$ 4 milhões). Mas Michel Temer não tem nada a ver com isso. 

O delator Cláudio Melo diz que um dos endereços onde mandou entregar dinheiro vivo foi o escritório paulistano do advogado José Yunes. Amigo de Temer há 50 anos, Yunes demitiu-se da assessoria especial do Planalto quando a revelação ganhou as manchetes. Mas isso não tem nada a ver com o presidente. 

Com um atraso de quase três meses, José Yunes levou os lábios ao trombone para admitir que, a pedido de Eliseu Padilha, recebera em seu escritório um ''pacote'' das mãos do notório doleiro Lúcio Funaro. Entregou a encomenda para alguém cujo nome não se lembra. O barulho de Yunes e o mutismo de Padilha se parecem muito com uma operação para blindar o amigo-presidente. Michel Temer, obviamente, não tem nada a ver com isso também. 

As contas da campanha presidencial de 2014 estão apodrecidas. O departamento de propinas da Odebrecht enfiou dinheiro roubado da Petrobras e adjacências dentro da caixa registradora do comitê eleitoral. Michel Temer não tem nada a ver com isso. Nada a ver também com os pagamentos ilegais que a Odebrecht fez ao marqueteiro João Santana no estrangeiro. O vice virou presidente graças aos mesmos 54 milhões de votos dados pelo eleitorado à antecessora deposta. Mas por que diabos Michel Temer teria alguma coisa a ver com isso? 

O ‘nada a ver’ é uma adaptação de Michel Temer ao ‘não sabia’ de Lula e Dilma. Permite que ele governe sem que nenhuma revelação abale o seu otimismo. Muita gente acredita em Temer porque sua desculpa tem lógica. O presidente deveria mandar tatuar na testa a frase: “Eu não tenho nada a ver com isso.” Pouparia o papel e a tinta das notas oficiais. 

Hoje, Michel Temer está licenciado da presidência do PMDB. Mas comandou a legenda por 15 anos. Se durante todo esse período não teve nada a ver com descalabros como a sociedade que seu partido firmou com o PT para assaltar a Petrobras e converter obras como Belo Monte em usinas de propinas, por que Michel Temer teria algo a ver com qualquer coisa agora? Melhor indultá-lo preventivamente com uma amnésia coletiva fingida. Do contrário, seria necessário concluir que o Brasil está sendo presidido por um tolo.

conteúdo: Folha Política

Com o caso Habib's esclarecido, Gleisi e os carniceiros da extrema-esquerda desapareceram, diz colunista

Após vários dias de brutais acusações contra seguranças da rede Habib's e protestos contra a própria rede, a autópsia do jovem que morreu em frente a uma lanchonete revelou que ele teve um enfarte decorrente do uso de lança-perfume e cocaína. O colunista Eric Balbinus, do site O Reacionário, notou que a virulência da extrema-esquerda diminuiu imediatamente. Segundo o colunista, a morte do rapaz, para a extrema esquerda, "era uma oportunidade de retaliar o Habib's por conta das ações publicitárias em que a rede demonstrou seu apoio ao impeachment de Dilma Rousseff". Em um texto pesado, Balbinus mostra algumas técnicas da esquerda para transformar cadáveres em bandeiras.

Leia abaixo o texto de Eric Balbinus: 
Na última semana, a extrema-esquerda viu cair em seu colo uma oportunidade de ouro para se vingar de um dos personagens coadjuvantes do processo do impeachment: a rede de fast-food Habib's. O que para muitos era um cadáver de um menino que se soma as várias vítimas das drogas, para a tropa asquerosa era uma oportunidade de retaliar o Habib's por conta das ações publicitárias em que a rede demonstrou seu apoio ao impeachment de Dilma Rousseff.
Muito, muito foi dito a respeito. Procurem em esgotos como Diário do Centro do Mundo, Catraca Livre, Pragmatismo Político, Folha/UOL e Rede Brasil Atual. Como abutres que são, os extremistas saíram da sarjeta para reclamar o espólio da morte do garoto. Entre eles, Gleisi Hoffmann. A senadora suína sempre nos surpreende ao provar que não tem limites qualquer para a baixaria. Gleisi mencionou a morte em sessão do Senado, afirmando que a casa deveria acompanhar o caso de perto. Como se São Paulo não possuísse uma Polícia Civil para conduzir as investigações, a senadora ré fez o possível para politizar o caso, mentindo sobre os relatos e culpando os responsáveis pelo restaurante antes do devido processo legal.

Reparem: o que os extremistas pediram (incluindo Gleisi) foi justamente a violação dos direitos humanos dos funcionários do Habib's por meio de uma condenação prévia. Detalhe: quando se trata de Lula, Dilma Rousseff, José Dirceu, Antonio Palocci e até Marcelo Odebrecht, o que se vê é uma seita clamando a inocência mesmo com as fartas provas. Com os trabalhadores pobres do Habib's é justamente o contrário: por vingança e ódio, querem estraçalhar os direitos humanos daqueles homens, desejando que sejam condenados antes do devido processo legal. No meio de tudo, a mãe surge reclamando reparação, enquanto se especula na imprensa sobre as responsabilidades do restaurante.


Para estas pessoas, deve ter sido uma lástima a constatação do Instituto Médico Legal de que o adolescente morreu por ter consumido lança-perfume e cocaína. Não vão conseguir fazer do cadáver um palanque ou bandeira política de vingança. O fato de ser um jovem morto em circunstâncias tão adversar não merece apreciação, segundo eles. Aquele jovem só serve na qualidade de cadáver. É que os abutres só se interessam por carniça. Na ausência da carniça, os radicais que tanto urraram ao longo da semana vão se recolher de volta à sarjeta onde habitam.




Conteúdo Folha Política

Relator da ação contra chapa Dilma-Temer pede ajuda a Moro

O ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, pediu nesta segunda-feira, 6, a colaboração do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba, para que compartilhe com a Corte Eleitoral provas e outros documentos da operação que tenham relação com “ocorrência de eventual abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral da chapa Dilma-Temer em 2014”.

“Expeça-se ofício à 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, na pessoa do Exmo. Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, solicitando sua colaboração no sentido de compartilhar com este Juízo provas documentais ou outras que, entre as ações criminais em curso perante aquela jurisdição, digam respeito ao objeto da presente Ação de Investigação Judicial Eleitoral, que é a ocorrência de eventual abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral da chapa Dilma-Temer em 2014”, assinalou Benjamin.

A decisão é de segunda e foi tornada pública nesta terça-feira, 7. A medida ocorre após serem ouvidos cinco delatores da Odebrecht, incluindo o ex-presidente Marcelo Odebrecht, que detalharam os pagamentos ilícitos da empreiteira por meio do “departamento de propinas” e que teria abastecido várias campanhas eleitorais em 2014.

Ao TSE, Marcelo Odebrecht disse que 4/5 dos recursos destinados pela empresa para a campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer em 2014 tiveram como origem o caixa 2. Segundo relatos, Marcelo afirmou que a petista tinha dimensão da contribuição e dos pagamentos, também feitos por meio de caixa 2, ao então marqueteiro do PT, João Santana. A maior parte dos recursos destinados ao marqueteiro era feita em espécie.

O valor acertado para a campanha presidencial da chapa reeleita foi de R$ 150 milhões, segundo o delator. Deste total, de acordo com o empresário, R$ 50 milhões eram uma contrapartida à votação da Medida Provisória do Refis, encaminhada ao Congresso em 2009, e que beneficiou a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht e que atua na área de química e petroquímica.

Cooperação. Não é a primeira vez que o ministro do TSE pede a colaboração de Moro, responsável pela operação que revelou o esquema de corrupção na Petrobrás e também em outras áreas do governo. Em fevereiro de 2016, atendendo a uma solicitação da Corte Eleitoral, o juiz da Lava Jato informou que, em uma das sentenças da operação, ficou “comprovado o direcionamento de propinas acertas no esquema criminoso da Petrobrás para doações eleitorais registradas”.

Na ocasião ele ainda encaminhou várias notas fiscais, registros de transferências bancárias e recibos eleitorais de doações feitas ao PT oficialmente, no total de R$ 4,3 milhões que, segundo a sentença da Lava Jato, serviram para ocultar “propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobrás”, sentenciou o magistrado – um total de 27 doações feitas entre outubro de 2008 e março de 2012.

Agora, a Corte Eleitoral quer saber se a investigação em primeira instância também identificou indícios de abuso de poder político.


Conteúdo Folha Política

Cabral tratou de propina no palácio, diz delator da Andrade Gutierrez


Ex-governador do RJ está preso por suspeita de receber valores ilegais.
Andrade Gutierrez pagou R$ 2,7 milhões ao político, segundo o MPF.

O executivo Clóvis Renato Primo, ligado à construtora Andrade Gutierrez, reafirmou nesta terça-feira (7), em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral pediu propina a outro ex-executivo da empresa, dentro do Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.
Primo prestou depoimento em um processo no qual Cabral e a mulher, Adriana Ancelmo, são réus na Justiça Federal, em Curitiba. O ex-governador é acusado de receber R$ 2,7 milhões em propina da Andrade Gutierrez, referentes às obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.

Segundo Primo, o ex-presidente da construtora, Rogério Nora, foi quem participou da reunião. "Começou a obra, e, no decorrer dela, houve uma reunião. O meu chefe, na época, era o Rogério, foi chamado pra ter uma contribuição", disse.
Questionado pelo Ministério Público Federal (MPF), Primo confirmou que o governador participou da reuinião.
MPF -: Reunião com quem?
Clóvis Primo - Com o governador do Rio.
MPF - Quem?
Clóvis Primo - Sérgio Cabral. E o Rogério foi nessa reunião e voltou dizendo que tinha que ter lá uma contribuição de 1% no valor de nosso contrato.
MPF - Essa contribuição significa...
Clóvis Primo - Uma propina de 1% no contrato.
MPF - E essa reunião foi onde? Você sabe dizer?
Clóvis Primo - Que eu me lembre, foi no governo mesmo, no Palácio lá.
Rogério Nora também é delator e prestou depoimento nesta terça-feira. Ele confirmou o pedido de propina dentro do Palácio Guanabara.
A defesa de Sérgio Cabral não foi encontrada para confirmar as declarações dos dois delatores.


conteúdo G1

MPF pede que Cunha seja condenado por corrupção, lavagem e evasão

Procuradoria apresentou alegações finais em processo contra ex-deputado.
Processo contra Cunha começou no STF, mas será julgado por Sérgio Moro.

O Ministério Público Federal (MPF) reiterou à Justiça o pedido para que o ex-deputado federal Eduardo Cunha seja condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A petição consta nas alegações finais apresentadas pelos procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato. No documento, o MPF pede ao juiz Sérgio Moro que sejam impostas as penas máximas para cada crime.

Os procuradores dizem que Cunha foi beneficiário de propina paga pelo empresário português Idalécio Oliveira, para que o então deputado facilitasse a compra de um campo de petróleo pela Petrobras, em Benin, na África. Segundo o MPF, o negócio rendeu cerca de US$ 10 milhões em propinas. Desse montante, Cunha teria recebido cerca de US$ 1,5 milhão, em contas bancárias na Suíça.
No documento das alegações finais, o MPF também pede que Cunha seja condenado a pagar US$ 77 milhões, referentes ao prejuízo que a Petrobras teve com o negócio no país africano.
Nas alegações finais, o MPF diz que a movimentação financeira foi operacionalizada pelo lobista João Augusto Rezende Henriques, que é réu em outras ações penais da Lava Jato.
Ao requisitar a pena máxima para os crimes, os procuradores lembraram a trajetória de Eduardo Cunha enquanto as investigações estavam em curso. "Tal conduta de Eduardo Cunha permaneceu, inclusive, no curso do presente processo, tendo em vista a posição intimidatória do acusado na formulação de quesitos às testemunhas ouvidas no presente processo, inclusive do
Exmo. Presidente da República Michel Temer, com perguntas potencialmente incriminatórias alheias ao objeto da ação penal e com o fim específico de causar constrangimento e servir como uma espécie de “ameaça” aos depoentes", dizem os procuradores.
Essa ação penal teve início ainda quando Cunha ocupava o cargo de presidente da Câmara dos Deputados. O processo foi autorizado pelo falecido ministro Teori Zavascki. Quando Cunha teve o mandato cassado, a ação foi encaminhada ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, em primeira instância.
Tão logo recebeu o processo, Moro determinou a prisão de Eduardo Cunha. Ele segue detido na carceragem do Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Procurada sobre o pedido do MPF, a defesa de Eduardo Cunha informou que vai apresentar as alegações finais do ex-deputado no prazo, que se encerra no dia 27 deste mês.

conteúdo: G1

Afastado da Casa Civil, Padilha despacha do hospital

O ministro Eliseu Padilha conduz a Casa Civil mesmo de longe, recuperando-se de uma cirurgia. Do hospital, em Porto Alegre, ele despacha por telefone com auxiliares, dá ordens ao secretário-executivo da pasta e também repassa orientações à equipe sobre o dia a dia no Planalto.  

Padilha também tem conversado diariamente com o presidente Temer. 

Nesta segunda, o ministro conversou com Patricia Audi, secretária-executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado "Conselhão", antes da reunião do grupo nesta terça-feira (7) no Palácio do Planalto.

No Planalto, auxiliares de Temer apostam na volta de Padilha na semana que vem. O afastamento dele termina na próxima segunda, dia 13.

Interlocutores do presidente afirmam que, quando voltar da licença, o ministro quer dar a sua versão sobre o episódio envolvendo o advogado José Yunes. 

Yunes disse ter servido como uma "mula involuntária" em 2014 de Padilha. 

Até agora, o ministro não quis se manifestar. Ele apenas reitera desconhecer Lucio Funaro, que, na versão de Yunes, teria entregue um envelope a pedido de Padilha no escritório de Yunes em 2014. 

Assessores de Temer só não apostam na volta de Padilha na semana que vem em um cenário: caso ele esteja entre os alvos de pedidos de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 

A expectativa é que os pedidos saiam nos próximos dias. 

PMDB
Nesta quarta-feira, a Executiva do PMDB se reúne em Brasília para apreciar a prestação de contas do Diretório Nacional do PMDB e da Fundação Ulysses Guimarães referente ao exercício de 2016. 

Também será discutido os parâmetros de despesas do fundo partidário de 2017.



conteúdo G1