domingo, 25 de março de 2018

STF, UMA VISÃO DO INFERNO

Não, três vezes não! Eles não farão um Brasil à sua hedionda imagem e semelhança.
Nesta noite de 22 de março, enquanto escrevo, sinto o coração apertado. Sei que, neste momento, os ratos se regozijam nos porões do submundo e os grandes abutres festejam nas iluminadas coberturas do poder. Aos olhos escandalizados da nação, o STF testemunhou contra si mesmo. Falou aos trancos com o “humanitário” Gilmar Mendes. Soprou vaidade e ironia matreira com Marco Aurélio Mello. Tartamudeou e olhou assustado com Rosa Weber. Perdeu resquícios de pudor militante e se fantasiou de amor ao próximo com Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Deu razão a Saulo Ramos com os floreios monocórdios de Celso de Mello.
Enquanto confessavam suas culpas e exaltavam a impunidade, viralizava o crime, a corrupção e o pandemônio moral. Suas palavras nos aprisionavam ainda mais, corroendo esperanças que juízes de verdade haviam plantado em nossas almas. Acabamos o dia numa cidadania vã, sugados feito bagaço, desprovidos de qualquer poder e capturados pelo mecanismo que nos tomou como servos submissos, pagadores das contas que não cessam de nos impor. Ironicamente, queriam convencer-nos de que era tudo para o nosso bem e que impunidade também pode ser chamada – vejam o sacrilégio! – de liberdade. Ora, isso é tão ridículo que não prosperará!
Reconheço. Assim como, em Cuba, tive medo do Estado, esta tarde tive medo aqui. Medo de também nos tomarem a esperança. Senti a dormência de sua perda e me lembrei das palavras lidas por Dante no sinistro portal do Inferno: “Por mim se vai a cidade dolente; por mim se vai a eterna dor; por mim se vai a perdida gente...”. E, ao fim do verso, a sentença terrível que, há sete séculos, ecoa com letras escuras nas horas sombrias: “Lasciate ogni speranza voi ch’entrate” (Deixai toda esperança, vós que entrais).
Não exagero, leitor amigo. Ali estava, mesmo, o portal do Averno, do Inframundo. Cinco dos sete pecados capitais eram encenados por uma tribo de togas. Os dardos da ira cruzavam o salão como tiroteio na favela. A soberba se refestelava na própria voz. Ah, o poder sem freios! A inveja se esbaforia entre duas malquerenças: a do brilho e a da altivez. A preguiça, sim ela, fez parar a sessão às 18 horas; ela mesma admitiu as férias pascais. A avareza fremia de cupidez, olhos postos nos bilhões em honorários que se derramarão para a imediata soltura de milhares de criminosos endinheirados, já cumprindo pena de prisão por condenação em segunda instância. São sentenciados cujas condenações extinguiram completamente a presunção de inocência, mas em relação às quais não se completou – e talvez não se complete jamais – o rito do trânsito em julgado. Ao menos enquanto houver talão de cheques com fundos suficientes para puxar os cordéis da impunidade.
Todavia, não! Este é o país de Bonifácio, de Pedro II, de Nabuco, de Caxias! Esse STF fala por si e haverá de passar! Os corruptos não nos convencem nem nos vencem. Trouxeram-nos aos umbrais do Inferno. Exibiram-nos o portal de Dante. 
Que entrem sozinhos. Perseveraremos.
texto de Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, arquiteto,empresário e escritor.

3 / 4 EU VOU

CAMPANHA "EXPULSE O LULA DE SUA CIDADE".

CAMPANHA "EXPULSE O LULA DE SUA CIDADE".

Geddel alega ‘princípio Lula’ e quer liberdade e devolução dos R$ 51 milhões

A gravidade da ação irresponsável do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a agigantar-se e dar lastro para simplesmente fulminar a luta contra a corrupção e a Operação Lava Jato.
A proteção oferecida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora é argumento para todos os corruptos envolvidos em casos escabrosos de corrupção.
Isso vai acabar resultando na real possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal em sua suprema incoerência, tenha um pouco de coerência e ponha na rua todos os bandidos em condições semelhantes às do meliante Lula, registra o Jornal da Cidade Online.
Geddel Vieira Lima, por sua vez, quer, além da liberdade, a devolução de todo o dinheiro encontrado em um apartamento em Salvador.
Para tanto a sua defesa, na sexta-feira (23), logo após a criação do fatídico ‘princípio Lula’, peticionou esclarecendo que a origem R$ 51 milhões era fruto da ‘simples guarda de valores em espécie’, feita a partir de 'investimentos no mercado de incorporação imobiliária, com dinheiro vivo’.
A sociedade precisa reagir.

General Heleno denuncia 'manobra tenebrosa' do STF e conclama brasileiros: 'Vamos assistir passivamente?'

O General Augusto Heleno, em texto divulgado pelo General Paulo Chagas, conclama os brasileiros a reagirem contra a manobra realizada pelo STF que "institucionalizará, para todos os indiciados em processos de corrupção (dispensável citar o nome dessa corja), a impunidade e a inevitável prescrição dos crimes". O General Heleno pergunta aos brasileiros: "Vamos assistir passivamente?"

Leia abaixo o texto do General Heleno: 
Brasileiros honestos, e com um mínimo de compromisso com o futuro do País, reflitam.
O STF concluirá,em breve, uma das manobras mais tenebrosas e bem urdidas da História do Brasil. Eliminando a prisão após a condenação em segunda instância e acabando com o foro privilegiado (o que poderia até parecer positivo), o STF institucionalizará, para todos os indiciados em processos de corrupção (dispensável citar o nome dessa corja), a impunidade e a inevitável prescrição dos crimes. Os recursos e embargos se encarregarão de cumprir essa tarefa. Não só a lava-jato, mas o próprio Brasil estará liquidado e será entregue definitivamente a essas quadrilhas. Vamos assistir passivamente?

Multidão se une contra Lula em Florianópolis: 'Fora Ladrão!'

Em Florianópolis, uma multidão se uniu para expulsar o ex-presidente condenado Lula, que percorre o Sul em campanha. 

Lula vem sofrendo protestos em todas as cidades por onde passa com sua "caravana". 

Depois de salvo-conduto do STF, Lula diz ter certeza de que não vai ser preso

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na sexta-feira (23) que tem certeza de que não vai ser preso, e que, se for candidato, vai vencer as eleições no primeiro turno. "Eu não vou ser preso porque não cometi nenhum crime e eu tenho certeza de que nesse país haverá justiça".

A declaração foi feita em São Leopoldo, última parada da tumultuada passagem de Lula pelo Rio Grande do Sul. No discurso realizado em um palanque próximo ao Ginásio Municipal, o ex-presidente também fez um aceno ao PC do B e ao PSOL, ao afirmar que estaria junto de Manuela d'Ávila e de Boulos em "algum momento".
Manuela, pré-candidatura do partido comunista, chegou a discursar ao lado dos políticos petistas.

O evento também foi marcado por um ato de desagravo ao ex-presidente, que vem enfrentando protestos ao longo de sua passagem pelo Rio Grande do Sul.

O senador Paulo Paim  (PT-RS) disse que aqueles que bloquearam rodovias para impedir a passagem da caravana são uma minoria que não representa os gaúchos. A caravana Lula pelo Brasil parte neste sábado para Florianópolis, em Santa Catarina.

Apoiadores do ex-presidente esperavam a chegada de Lula no centro de São Leopoldo, quando foram surpreendidos por um avião que levava uma faixa onde se lia: "Lula o Brasil te quer em cana". A reportagem não conseguiu confirmar quem está por trás da provocação.

A caravana do ex-presidente também teve problemas ao tentar entrar em Passo Fundo, antes de ir a São Leopoldo. Manifestantes bloquearam a via de entrada da cidade, levando o petista a cancelar sua agenda ali.

Enfrentando manifestações desde terça-feira (20), a caravana conta com uma escolta do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). 

A região Sul, escolhida para a quarta etapa da caravana, é onde o ex-presidente tem menos apoio.

Geddel pede para ser solto com base em decisão do STF sobre Lula

A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima pediu para o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogar a prisão do político, com base na decisão do próprio STF de conceder um salvo-conduto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até que o habeas corpus dele seja analisado, no início de abril.

Em petição enviada na sexta-feira, o advogado Gamil Föppel argumenta que protocolou, em outubro de 2017, um agravo regimental contra a prisão de Geddel, determinada em setembro, mas que o recurso ainda não foi sequer pautado para ser julgado.

Por isso, a defesa afirma que, assim como Lula, Geddel não pode ser prejudicado "pela demora da prestação jurisdicional ao processado", e pede para que ele seja libertado até que o agravo regimental seja julgado, "por coerência e simetria".

O salvo-contudo foi concedido ao ex-presidente porque os ministros consideraram que não iriam conseguir concluir o julgamento do habeas corpus na sessão de quinta-feira, e consideraram que havia a possibilidade de Lula ser preso após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) julgar, na próxima segunda-feira, o recurso contra a condenação dele.

Essa decisão foi considerada um "prudente posicionamento" pela defesa de Geddel, que acrescentou que o caso dele é mais grave porque trata-se de prisão preventiva, sem condenação.

Advogada pede extensão para todos

Além disso, uma advogada pediu para Fachin estender a decisão sobre Lula para todas as pessoas que estão na mesma condição do ex-presidente — ou seja, condenados em segunda instância

"O que se pretende com o presente pedido é a extensão do salvo-conduto concedido, por absoluta identidade de circunstâncias, a todos os cidadãos condenados em segundo grau que possam vir a ser presos até a sessão designada para o julgamento do mérito", argumenta Francielle Podanosche.

A advogada diz que, caso Lula seja o único beneficiado, haverá a impressão de que o STF "converteu-se em um teatro de casuísmos a serviço dos 'Donos do Poder'".

General Mourão ataca 'covardia moral' do STF e alerta: 'cuidado com a cólera das legiões!!!!'

O general da reserva Antonio Hamilton Martins Mourão criticou, nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir salvo-conduto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 4 de abril, quando a Corte vai analisar o mérito do habeas corpus pedido por seus defensores. Ao se aposentar no mês passado, o general afastou a ideia de ser candidato nas eleições deste ano – estava cotado para ser o vice do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) -, mas prometeu subir no palanque do parlamentar: “Se tiver que subir no palanque, eu subo”.


Mourão afirma que nos últimos quatro anos pertenceu ao Alto Comando do Exército – composto por generais de quatro estrelas -, onde debateu temas de interesse do País. 

“Apesar das diferenças de opinião, o ponto focal sempre foi o bem do País. Jamais vi personalismos, discussões deletérias ou ofensas pessoais, pois ali nosso farol era a tríade honra, dever e pátria”. 

O militar afirmou que ao ver a decisão do STF da última quinta-feira, em que a Corte suspendeu o julgamento do habeas corpus de Lula e concedeu liminarmente garantias para que ele não fosse preso, sentiu-se “envergonhado” pelo que chamou de “covardia moral” do ministros do Supremo. 

“Ao ver o STF, corte maior de nosso Brasil, sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada - destinada a enganar o homem comum -, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado. Fica claro que os que possuem ‘pertences’ jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público. 
Fica o alerta de Soldado, cuidado com a cólera das legiões!!!!”.

Com a decisão, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de segunda instância, que condenou Lula a 12 anos e 1 mês em regime fechado, poderá decretar a prisão do ex-presidente na próxima segunda-feira caso não aceite os embargos de declarações pedidos pelos defensores do petistas, mas mesmo assim Lula não poderá ser preso.

Nesta semana, o militar já havia publicado um vídeo em suas redes socais convocando apoiadores para um ato na Avenida Paulista no dia 31 de março. “Todos os brasileiros patriotas que desejam que o nosso País tenha um projeto, um rumo, um norte pra seguir, longe da corrupção, longe da incompetência, longe da má-gestão, eu convido para o dia 31 de março comemorarmos o 54º aniversário da contrarrevolução de 64 e também principalmente congregarmos e termos esse sentimento de brasilidade cada vez mais aflorado. Viva o Brasil”.

O general se aposentou do serviço militar no mês passado. Em cerimônia em Brasília onde oficializou a ida para a reserva após 49 anos de serviços, Mourão fez críticas à intervenção no Rio de Janeiro e à classe política. “O general Braga Netto não tem poder político, é um cachorro acuado e não vai conseguir resolver dessa forma. É uma intervenção meia-sola”, disse o militar. 

Para ele, todos, inclusive o governador do estado Luiz Fernando Pezão (PMDB), deveriam ser afastados. “Se é intervenção, é intervenção. Já que há o desgaste, vamos nos desgastar por inteiro.”