sábado, 30 de junho de 2018

Gilmar Mendes sepulta pretensão do PT e arquiva ação no STF que pedia suspensão de prisão em 2ª instância


O ex-presidente Lula, o PT e seus subordinados tiveram uma sexta-feira negra neste 29 de junho. Num único dia, uma série de decisões desfavoráveis aos representantes da esquerda foram tomadas no Supremo Tribunal Federal. 

Entre elas, a confirmação do fim do imposto sindical obrigatório e a derrota do ex-presidente Lula, que teve um pedido de liberdade negado pelo ministro Alexandre de Moraes. 

Para fechar a sexta-feira com chave de ouro, o ministro Gilmar Mendes determinou o arquivamento da ação do PT e PCdoB  que pediam liminar para que os tribunais de todo o país suspendessem as decisões que decretaram a execução provisória da pena após condenação em segunda instância. 

Se aceita, a medida poderia beneficiar, por exemplo, o próprio Lula imediatamente.

Segundo o site Jota, "Os partidos ajuizaram no Supremo uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF 531) em face de “ato omissivo” da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que “obsta o exame do pleito de concessão de Medida Cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 54”.

Em abril último, naquela ADC, os dois partidos tinham requerido medida liminar para impedir a execução provisória da pena privativa de liberdade sem que haja decisão condenatória transitada em julgado. E pediam ainda fossem anuladas as decisões judiciais que tivessem determinado prisões a partir de condenações em segunda instância, assim como a súmula nesse sentido do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Para o ministro Gilmar Mendes, não se pode falar em omissão do Poder Público porque a questão já foi enfrentada pelo STF. “A questão da possibilidade de cumprir as penas após a condenação em Tribunal de segunda instância já ocupou o Pleno do STF em diversas oportunidades nos últimos anos. Até o momento, a orientação do Tribunal é no sentido de que não há violação à presunção de inocência”, destacou o ministro, sepultando em caráter definitivo a ação do PT e PCdoB.

Lula continuará preso. O ministro do STF Alexandre de Moraes negou recurso do petista


O ex-presidente Lula teve mais um recurso negado no Supremo Tribunal Federal. Por decisão monocrática, o ministro Alexandre de Moraes negou, nesta sexta-feira (29) o recurso no qual o petista pleiteava a suspensão de sua condenação com vistas à obter a liberdade.  
Com a decisão, Lula continuará preso, registra o site Imprensa Viva.

A defesa de Lula havia entrado com uma reclamação, no caso, um pedido de uma liminar (decisão provisória) para que Lula fosse solto ao menos até que o mérito do pedido de liberdade seja julgado na 2ª Turma, o que só poderá ocorrer no segundo semestre, pois os ministros do STF entram nesta sexta-feira em férias coletivas até agosto. A Segunda Turma só irá se reunir em sessão no dia 7 de agosto, e a do plenário, para 8 de agosto, poucos dias antes do prazo final para o registro de candidaturas às eleições deste ano, 15 de agosto.

Além de negar o pedido de liberdade provisória de Lula, Alexandre de Moraes também rejeitou outro pedido da defesa do petista, para que o recurso fosse julgado pela Segunda Turma da Corte, e não pelo plenário.

Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP), e está preso em Curitiba desde o dia 07 de abril. 

"Governar com esse Supremo que está aí, está complicado”, diz Bolsonaro


O pré-candidato Jair Bolsonaro defendeu, durante sua passagem por Fortaleza, ampliar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal de 11 para 21. Esta seria, segundo o presidenciável, uma forma de assegurar maioria na Corte favorável ao seu eventual governo.


“Temos até pensado: vamos passar pra 21 ministros, se tiver um acordo, para gente colocar lá dez do nível do Sérgio Moro, para termos a maioria lá dentro. Pensamos até nisso porque para você, como presidente, governar com esse Supremo que está aí, está complicado”, declarou Bolsonaro, informa O Globo.

Chora, pelegada. STF mantém o fim do imposto sindical obrigatório

Acabou. Agora é definitivo. O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sepultou nesta sexta (29), a esperança dos sindicalistas e manteve, por 6 votos a 3, a extinção do imposto sindical obrigatório, aprovado pelo Congresso no ano passado como parte da reforma trabalhista.

A partir desta decisão, cessam as ações na Justiça visando assegurar a manutenção da obrigatoriedade da contribuição para algumas categorias, como vinha ocorrendo desde a aprovação da extinção do imposto no ano passado. A partir de agora, o desconto de um dia de trabalho por ano em favor do sindicato da categoria passou a ser opcional, mediante autorização prévia do trabalhador. A maioria dos ministros do STF concluiu que a mudança feita pelo Legislativo é constitucional.

Votaram a favor da manutenção do fim do imposto sindical obrigatório os ministros Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello.

Apenas os ministros Edson Fachin (relator), Rosa Weber e Dias Toffoli votaram contra o fim da oneração obrigatória do trabalhador. Os cerca de 16 mil sindicatos do Brasil e os seus cerca de 400 mil sindicalistas terão que encontrar uma nova fonte de receitas.

Lula não quer Alexandre de Moraes como relator

A defesa de Lula afirmou nesta sexta-feira (29) que sua reclamação deve ser julgada pela Segunda Turma do STF e pediu a Alexandre de Moraes que faça a “correção”.

Moraes, que é da Primeira Turma, foi definido como relator da reclamação dos advogados do petista contra a decisão de Edson Fachin, que enviou para o plenário o pedido de liberdade do hóspede da carceragem da PF em Curitiba.

“A reclamação deve ser julgada dentro do órgão que teve a sua competência usurpada, que no caso é a Segunda Turma. Já pedimos a correção ao ministro Alexandre de Moraes para que novo relator seja sorteado dentro da Segunda Turma e possa apreciar o pedido de liminar com a brevidade que o caso requer”, declarou Cristiano Zanin, segundo o Estadão.

Lula continua querendo mandar no Supremo. Às vezes o Trio Parada Dura da Segunda Turma não é mesmo suficiente.

Boulos chama juiz de ‘vagabundo’ e Bolsonaro de ‘cagão’

O presidenciável Guilherme Boulos disse que defende o corte de privilégios, em entrevista ao site Metrópoles.

“Nós vamos cortar os privilégios, cortar auxílio-moradia, salário acima do teto. Vagabundo pra mim é juiz que recebe auxílio-moradia tendo casa própria.”

Sobre Jair Bolsonaro, o pré-candidato do PSOL disse que ele é “cagão” e não é “valentão coisa nenhuma”.

“Eu tenho segurança [de] que ele não será eleito, mas ele se aproveita que o povo está inseguro, com medo.”

Lula não aceita tornozeleira

Lula prefere ficar preso a ter de usar tornozeleira eletrônica. 

O ex-presidente disse aos advogados que essa questão é inegociável, publica O Antagonista.

Bolsonaro cogita general Heleno para vice

A Coluna do Estadão informa que, caso o PR não libere o senador Magno Malta para compor a chapa como vice de Jair Bolsonaro, o nome mais forte no páreo é o do general Augusto Heleno (PRP).

Em entrevista exclusiva a Claudio Dantas em fevereiro, Heleno declarou voto em Bolsonaro, que foi seu cadete. O martelo sobre o vice será batido até 15 de julho.