segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

POR QUE MARCO AURÉLIO MELLO FEZ O QUE FEZ?

Sei que essa é a resposta premiada do fim de ano e não tenho a pretensão de arrematar o troféu. Tratarei apenas de demonstrar que as razões enunciadas pelo ministro em suas alegações para decidir fazem parte do conjunto das respostas erradas.
No texto da espantosa decisão ele afirma:
“Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República! Que cada qual faça a sua parte, com desassombro, com pureza d’alma, segundo ciência e consciência possuídas, presente a busca da segurança jurídica. Esta pressupõe a supremacia não de maioria eventual – conforme a composição do tribunal –, mas da Constituição Federal, que a todos, indistintamente, submete, inclusive o Supremo, seu guarda maior”.
E, mais adiante:
“Em época de crise, impõe-se observar princípios, impõe-se a resistência democrática, a resistência republicana. Fixadas tais balizas, tem-se a necessidade de nova análise do tema em processo objetivo, com efeitos vinculantes e eficácia geral, preenchendo o vazio jurisdicional produzido pela demora em levar-se a julgamento definitivo as ações declaratórias de constitucionalidade, há muito devidamente aparelhadas e liberadas para inclusão na pauta dirigida do Pleno”.
Os tempos estranhos a que se refere Marco Aurélio Mello são produto da impunidade, do compadrio, da corrupção, da bandidolatria e do democídio, do soberano e lucrativo crime organizado, do livre agir de bandidos cujos processos habilitam-se ao Alzheimer dos idosos, ou seja, à anistia da prescrição. O ministro fala que “cada qual faça a sua parte”, como se não integrasse um colegiado. Exige segurança jurídica para, num suposto ato de vontade pessoal, contanto que ausentes algumas características em cada condenado, soltar até 166 mil bandidos cumprindo pena nos presídios brasileiros e na carceragem da Polícia Federal de Curitiba. Desqualifica, por ser eventual (como se, nas sociedades livres, houvesse maioria permanente), a decisão colegiada que manteve a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Assume-se, contra toda divergência, como leitor intérprete e aplicador perfeito da Constituição. Afirma que em épocas de crise impõe-se a resistência democrática, a resistência republicana, aparentemente esquecido de que em qualquer colegiado, 6 x 5 define resultado democrático e republicano, e que, se ouvidos, se consultados, se cheirados, 99 em cada 100 democratas desta república anseiam pela manutenção do entendimento definido pelo STF. Com sua calamitosa decisão, viveram, todos, momentos de pavor que os manterão alertas até o dia 10 de abril, quando na agenda de Toffoli, o tema retornará ao plenário da Corte. Não é apenas ao ministro e sua toga que alcança o direito de resistência republicana, mormente quando a realidade é expulsa do recinto e a sensibilidade não encontra lugar nos poderes de Estado.
Aliás. suponhamos que na “assentada” do dia 10 de abril, o colegiado delibere, por maioria de 6x5, pelo fim da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. No dia seguinte, já em 11 de abril, se tivessem serventia os tais princípios e critérios de Marco Aurélio Mello, qualquer dos cinco colegas vencidos na votação, poderia repetir seu ato tresloucado e manter presos todos os criminosos, para serviço do tão desconsiderado bem comum.
O ministro Marco Aurélio Mello é uma pessoa inteligente. Não foi pelos motivos dados que ele fez o que fez, como fez, em hora canônica, à véspera do recesso. Seu discurso não fica em pé. As frases que redigiu falam contra seu próprio ato. Então, certamente, suas razões foram outras. A patrociná-las, fossem quais tenham sido, a conhecida vaidade do ministro, uma espécie de mãe coruja de si mesmo.

artigo de Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, arquiteto, empresário e escritor.

Bolsonaro e a roupa suja

Ontem, a assessoria de Jair Bolsonaro divulgou fotos do presidente eleito lavando e estendendo roupas, em Marambaia.

Até blogs do PT divulgaram a foto.

Há muita roupa suja a ser lavada, Bolsonaro.

Reportagem sem-vergonha de ex-executiva da Abril culpa Veja que enfrentou a Orcrim pela decadência da editora

Uma das centenas de ex-executivos da Abril que passaram anos ganhando gordos salários sem fazer nada de relevante publicou uma reportagem sobre a decadência da editora para a revista Piauí, cujo dono é herdeiro de um dos bancos credores da Abril, publica O Antagonista.

Segundo a publicação, a ex-executiva ouviu o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, notório antro petista-cutista.

Eles disseram que “parte da crise é global e impactou a imprensa do mundo inteiro. Outra parte deve-se ao fato de a Abril ter perdido o contato com a pluralidade de opiniões e se afastado da diversidade que caracteriza população brasileira”.

A ex-executiva da Abril também ouviu de um ex-diretor da “Superinteressante” o seguinte: “A editora esqueceu de que precisava falar com todo mundo. Embarcou na canoa furada de ter um projeto político e usar suas capas para fazer campanha de ataque a reputações. A ironia é que, quando percebeu e tentou mudar de rumo, foi vítima de suas próprias  criações (…) A direita irracional, cultivada pela Veja, passou a acusá-la de petismo, e abandonou-o também”.

A Veja nunca teve tantos leitores como no anos em que enfrentou praticamente sozinha a organização criminosa comandada por Lula. A Veja nunca faturou tanto como nos anos em que enfrentou praticamente sozinha a organização criminosa comandada por Lula. A Abril, igualmente, nunca faturou tanto, embalada pela credibilidade da Veja.  Ao final, o julgamento do mensalão e a Lava Jato provaram que a revista acertou.

Culpar a Veja dessa época pela decadência da Abril é uma mentira descarada de petistas. É como se a revista estivesse errada quando vendia um milhão e duzentos mil exemplares e ganhava dinheiro — e certa quanto perdeu leitores e receita. A Veja da primeira década dos anos 2000 apenas não se rendeu à chantagem dos governos do PT, que em retaliação à independência da revista retiraram a propaganda governamental de todas as publicações da editora, o que chateou vários dos então executivos da Abril que viviam às custas da Veja — mas que perderam a boquinha estatal suplementar que lhes ajudava a mascarar a própria incompetência editorial.

A ex-executiva da Abril que viveu às custas da Veja e o ex-diretor da Superinteressante que viveu às custas da Veja deveriam ter vergonha da sua desonestidade. Mas essa gente não sabe o que é ter vergonha.

Nem vale citar o nome deles. O que importa é mostrar a falsidade da narrativa, diz ainda O Antagonista.

Regulamentações sem retorno ao cidadão serão revogadas rapidamente, diz Jair Bolsonaro

Nesta segunda-feira (24), o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que regulamentações “que só servem para arrecadação e entraves de desenvolvimento, sem nenhum retorno prático ao cidadão” serão revogadas rapidamente em seu governo, publica o Conexão Política.
Uma das principais promessas de sua campanha foi de “desregulamentar e desburocratizar” a economia.
Pelo Twitter, Bolsonaro publicou:
“Inúmeras regulamentações em todos os setores que só servem para arrecadação e entraves de desenvolvimento, sem nenhum retorno prático ao cidadão, irão ser revogadas rapidamente em meu governo. Menos interferência do estado significa melhores condições de vida ao brasileiro.”

Eduardo Bolsonaro diz que a avaliação de risco da posse de Bolsonaro é a maior da história

O filho do presidente eleito e deputado federal mais votado por São Paulo, Eduardo Bolsonaro, comentou nesta segunda-feira (24) sobre o esquema de segurança para a cerimônia de posse de Jair Bolsonaro, registra o site Conexão Política. 
No Twitter, Eduardo publicou que “a segurança para a posse de Jair Bolsonaro é inédita pois certamente a sua avaliação de risco é a maior da história”.
O deputado também atribuiu tal risco “ao fato de um psolista ter esfaqueado” Jair Bolsonaro ainda na campanha eleitoral.
“A segurança para a posse de Jair Bolsonaro é inédita pois certamente a sua avaliação de risco é a maior da história. Isso se deve ao fato de um psolista ter esfaqueado o presidente durante a campanha eleitoral.”
 Na tarde deste domingo (23) foi realizado o primeiro ensaio para a posse, utilizando o veículo tradicionalmente utilizado no percurso pela Esplanada dos Ministérios, o Rolls Royce. 

Ainda não há decisão sobre se Bolsonaro desfilará no carro aberto, por questões de segurança.


Por que o Natal de Lula seria diferente?

Lula passará o Natal sozinho, em sua cela, sem direito a ceia especial, noticiam os jornais.

Em seu primeiro Natal preso, o presidiário não terá nenhum privilégio na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Não são permitidas visitas nem de familiares em feriados na PF.

O ex-presidente condenado não terá uma ceia e o cardápio será o padrão, com arroz, feijão, salada e um tipo de carne.
É um preso que cumpre sentença, assim como outros milhares de cidadãos brasileiros. Por que seria diferente?

Não se trata de perversidade, ao contrário do que fazem crer, mas de uma circunstância criada por ele próprio.

A debandada dos advogados de Cabral

Sérgio Cabral quer fazer delação premiada, para entregar juízes de tribunais superiores.

O advogado João Bernardo Kappen conduziria a negociação em nome do ladrão, mas desistiu de fazê-lo, segundo O Globo.

Rodrigo Roca, outro dos advogados de Sérgio Cabral, também desistiu de representar Cabral, que já acumula 197 anos de condenação à prisão.