sábado, 19 de janeiro de 2019

Joice: “Confio na palavra do Flávio Bolsonaro”

A deputada federal eleita Joice Hasselmann afirmou neste sábado que acredita na versão apresentada por Flávio Bolsonaro em relação aos depósitos em sua conta, relata O Antagonista.

“Todos nós estamos interessados que as investigações sigam o mais rápido possível para que a verdade apareça e uma pedra seja colocada em cima disso. Até que se prove o contrário, eu confio na palavra do Flávio.”

Joice, no entanto, disse ser contra a prerrogativa de foro usada pelo filho do presidente para suspender as investigações do Ministério Público do Rio.

“Sou contra o foro privilegiado para qualquer pessoa pública. É uma estratégia de defesa, mas é algo que sempre lutamos contra.”

PRESIDENTE MOURÃO

Ao assumir o comando do governo durante a viagem de Jair Bolsonaro a Davos, Hamilton Mourão não ocupará o gabinete presidencial, relata O Globo.

Mourão, segundo o jornal, despachará de seu gabinete, no térreo de um prédio anexo, e não deverá assinar decretos, conforme previamente acordado com Bolsonaro.

A expectativa é que Mourão se atenha apenas a atos de nomeação e exoneração.

“Jair tem sorte de ter os filhos que tem”

Foi o que disse o deputado federal eleito Luciano Bivar, presidente do PSL, ao minimizar as denúncias envolvendo Flávio Bolsonaro.

“Eles têm capacidade, retidão, todos foram bem votados. O Flávio foi o senador mais votado do Rio, o Eduardo o deputado mais votado do Brasil”, disse Bivar ao Broadcast/Estadão.

Interlocutores de Bolsonaro cobram explicação de Flávio

Interlocutores de Jair Bolsonaro cobraram na noite de sexta-feira que Flávio Bolsonaro explique os depósitos em dinheiro feitos em sua conta entre junho e julho de 2017.

Para esses assessores, as denúncias são parte de uma campanha para atingir a família e o governo Bolsonaro, relata o Estadão.

“Na noite desta sexta, depois da divulgação do relatório do Coaf citando movimentações suspeitas na conta de Flávio, auxiliares do presidente avaliavam que o parlamentar deveria se explicar o mais rápido possível para evitar uma ‘sangria’ política do governo, principalmente às vésperas da viagem de Bolsonaro a Davos para participar do Fórum Econômico Mundial.”

Mourão critica ação do MP do Rio

Hamilton Mourão afirmou neste sábado que há ‘sensacionalismo’ por parte do Ministério Público do Rio na investigação que envolve Flávio Bolsonaro.

“São várias pessoas investigadas nessa operação, na Furna da Onça. As quantias que estavam ligadas ao Flávio eram as menores. As maiores, se não me engano, eram ligadas a um deputado do Partido dos Trabalhadores. E ninguém está falando nisso. Eu acho que está havendo algum sensacionalismo e direcionamento nesse troço. Por causa do sobrenome. Não pela imprensa, que revela o que chega às mãos dela. O Ministério Público tem de ter mais foco nessa investigação”, disse a O Globo.

SEM AVISO

Em caso de indício de forte irregularidade, o novo pente-fino no INSS autoriza o corte dos pagamentos antes mesmo de o beneficiário ter sido localizado, relata a Folha.

Um exemplo de indício de irregularidade seria o aparecimento de uma contribuição no Cnis de um aposentado por invalidez.

“Como o benefício é pago somente a incapacitados para o trabalho, o registro do recolhimento poderia ser considerado indício de prova de que o segurado tem condições de trabalhar.”

Demissão de servidores por mau desempenho está nos planos de Guedes

Integrantes da equipe comandada por Paulo Guedes dizem que está nos planos de reestruturação das carreiras públicas a regulamentação de duas situações: o direito de greve e a possibilidade de demitir servidores por mau desempenho.

“Simplesmente acabar com a estabilidade seria muito desgastante, uma vez que esse é um direito que foi assegurado ao funcionalismo federal e aos estados pela Constituição. Existe uma outra forma de dar maior eficiência ao funcionalismo” disse um integrante da equipe de Guedes a O Globo

“Hoje, por exemplo, é muito difícil demitir um servidor por incompetência. Falta uma regulamentação. Quem é demitido acaba conseguindo voltar, depois que entra na Justiça. Isso tem que ser aperfeiçoado e pode ser feito por lei complementar.”

Governo age para evitar crise

O Planalto começou a se movimentar para evitar que as suspeitas sobre os depósitos na conta de Flávio Bolsonaro contaminem o governo.

Segundo a Folha, a equipe ministerial recebeu a orientação de evitar comentar o assunto em público, “tratando-o como uma questão particular do filho do presidente Jair Bolsonaro.”

Outra frente defende que o senador eleito conceda novas entrevistas e dê explicações sobre o episódio para municiar “aliados com argumentos para que saiam em sua defesa.”

URGENTE! Flávio Bolsonaro fala sobre o caso Queiroz em entrevista ao Jornal da Record

Flávio Bolsonaro: “Não estou me escondendo atrás de foro”

Na entrevista à Record, na noite de hoje (18) Flávio Bolsonaro disse que não caberia ao Ministério Público investigá-lo sem submeter ao Supremo — em razão do foro privilegiado de senador diplomado — a definição sobre qual instância do Judiciário deveria cuidar do caso.

“Eu sou o maior interessado em esclarecer isso tudo. Quer dizer que só porque sou filho do presidente, a lei não vale para mim? Eu não quero privilégio nenhum, nunca usei das prerrogativas de deputado para nada. Agora eu quero ser tratado dentro da lei e da Constituição. Não estou me escondendo atrás de foro nenhum.”

Ele alegou que também estava sendo investigado ocultamente pelo Ministério Público, sem autorização do Judiciário, inclusive para quebra de seus sigilos bancário e fiscal:

“Não sabia que estava sendo investigado. O MP já estava me investigando ocultamente desde meados do ano passado. Além disso, utilizando vários atos ilegais também. Pior: descobri que meu sigilo havia sido quebrado sem autorização judicial.”

Disse que o órgão tem a relação de depósitos em sua conta, recebimento de salários e gastos com cartão de crédito.

ASSISTA:

“UM APARTAMENTO NA PRAIA NÃO CABE EM MINHA BIOGRAFIA”

Na delação premiada, Antonio Palocci disse que “o financiamento ilícito e contribuições empresariais não causavam o menor constrangimento” a Lula, cuja “única preocupação era preservar sua própria imagem, afastando-se deliberadamente dos momentos de ilicitudes e sistematicamente construindo versões que o isentavam de qualquer malfeito”, publica O Antagonista.

O ex-ministro narrou que, certa vez, perguntou a Lula por que ele não pegou o dinheiro que recebeu por uma de suas “palestras” para pagar o triplex que ganhou da OAS como propina.

“Respondeu ele: um apartamento na praia não cabe em minha biografia”

“Lula, inclusive, sabia que ao manter distância das operações financeiras ilícitas, teria que suportar eventuais desvios, aproveitamentos pessoais e até enriquecimento de colaboradores próximos e pessoas de sua confiança que atuavam na área de arrecadação ilegal; que Lula sabia que esse era o preço necessário e razoável a se pagar; que, para Lula, ao manter distância e fechar os olhos para ilicitudes, tapava também os olhos da Justiça para seus próprios bens.”

DINHEIRO DA ODEBRECHT BANCOU DOSSIÊS, DIZ PALOCCI

Antonio Palocci contou na delação premiada que, em 2009, obteve de Marcelo Odebrecht uma doação não declarada de R$ 10 milhões para o PT. O dinheiro seria destinado a “atividades preparatórias” para a campanha de 2010 que incluíam a elaboração de dossiês, diz O Antagonista.

Segundo o ex-ministro, parte do dinheiro foi usada para “pagamento de grupos de jornalistas que já atuavam, anteriormente recrutados por Fernando Pimentel [ex-prefeito de BH e que no ano seguinte seria nomeado ministro de Dilma Rousseff] na chamada ‘Casa 5’, resumidamente explicada como uma casa para preparação de dossiês”.

“É caso de criminalização”, diz Santos Cruz sobre verba pública para imprensa amiga

Claudio Dantas entrevistou com exclusividade o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo.

Dentre suas atribuições, estão a comunicação institucional, o programa de investimentos e o relacionamento com governadores e prefeitos.

Santos Cruz, para quem a “corrupção é crime organizado”, disse que a diretriz de Jair Bolsonaro é dar “transparência total” aos atos de governo.

Ele também defendeu a imprensa livre e condenou o uso de verba pública para comprar apoio de veículos de comunicação.

“Utilizar dinheiro público para defender projeto de poder, para corromper, pressionar (…) Isso é absurdo, é mau uso de dinheiro público, é caso de criminalização!”, afirmou.

O general, que determinou uma reestruturação da EBC, espera “fazer uma coisa bem simples, limpa, honesta, sem nenhum cheiro de desperdício.”

“O MP já estava me investigando ocultamente”, diz Flávio Bolsonaro

À TV Record, Flávio Bolsonaro justificou o pedido ao STF para suspender a investigação sobre o ex-assessor Fabrício Queiroz, alegando que ele também estava sendo investigado ocultamente pelo Ministério Público, sem autorização do Judiciário, inclusive para quebra de seus sigilos bancário e fiscal, relata O Antagonista.

“Não sabia que estava sendo investigado. O MP já estava me investigando ocultamente desde meados do ano passado. Além disso, utilizando vários atos ilegais também. Pior: descobri que meu sigilo havia sido quebrado sem autorização judicial.”

Disse que o órgão tem a relação de depósitos em sua conta, recebimento de salários e gastos com cartão de crédito.

A entrevista de Flávio à Record ocorreu na noite de hoje.

Quando o tema é Venezuela, Haddad muda de assunto correndo

O El País brasileiro entrevistou Fernando Haddad em sua edição de hoje –o jornal devia estar com saudades das conversas quase semanais com o então prefeito de São Paulo.

Em dado momento, os repórteres perguntaram sobre a ausência do PT na posse de Jair Bolsonaro, sob a alegação de que o processo democrático no Brasil foi “inadequado”: “Você acha que a Venezuela tem um processo democrático mais transparente que o Brasil?”.

“São situações diferentes”, tentou responder o petista. “A questão do Brasil é que o líder das pesquisas [Lula] foi impedido de participar da eleição.”

“Na Venezuela também. O opositor Leopoldo López está em prisão domiciliar”, lembraram os repórteres de El País.

“O que eu digo e repito: a obsessão do PT com a qual eu compartilho é evitar um conflito militar na região”, tergiversou Haddad.

Deve ter batido algum recorde de rapidez em mudança de assunto.