terça-feira, 11 de setembro de 2018

Entrevista de Mourão para a Globo News revela um brasileiro indignado e intelectualmente preparado para a vice-presidência



    A entrevista do General Antônio Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice presidente da república na chapa de Jair Messias Bolsonaro (PSL), na última sexta-feira, emblemático 7 de setembro, para o programa Central das Eleições, da Globo News, surpreendeu eleitores até mesmo de outros candidatos. Oportunidade importante que o general teve para revelar sua serenidade (e seriedade), seu respeito e amor ao país e por sua ordem democrática, além de profundo conhecimento da situação atual do país. Chama atenção ainda a clareza do general da reserva em suas convicções sobre qual rumo devemos tomar para enfrentar este estado de coisas que assola o país e que impede seu desenvolvimento.
    Neste texto exploro aqueles que considero os principais pontos da entrevista, mas antes, preciso confessar que — ainda que sem um motivo claro para isso — nunca nutri grande admiração pela pessoa de Mourão, o que começou a mudar a partir do momento em que foi oficializado como vice de Jair Bolsonaro, quando também comecei a pesquisar mais sobre o novo integrante da chapa. Hoje, sobretudo após esta entrevista, ficou muito claro para mim e para tantos outros brasileiros que Mourão, além de uma figura extremamente bem preparada para o posto de vice, também supera — e muito — a capacidade intelectual de todos os outros candidatos a vice e a cabeça de chapa das outras coligações.
    Outra coisa que ficou muito clara para todos — para nossa tristeza, não para nossa surpresa — é o estado irrecuperável de alienação da nossa classe jornalística, a bolha em que esses profissionais vivem gera uma dissonância cognitiva com a realidade e com os anseios da população brasileira que nos obriga a perguntar à que se presta tão arrogantes, corporativistas e despreparados ‘pejotas’ que nada mais fazem além de militar por causas tão espúrias e rasas?
    À entrevista. Como não poderia ser diferente, o início da entrevista foi marcada pela lembrança do atentado contra a vida de Jair Bolsonaro, e ao que tudo indica, ação orquestrada por alguma rede político-partidária, dados os detalhes timing, de planejamento e contradições insanáveis quanto a capacidade financeira do criminoso e pela existência de uma força tarefa de defesa acionada a um custo altíssimo, envolvendo até mesmo jatinho particular, pouquíssimas horas após a conflagração do crime, dentre outras questões.
    O atentado
    Sobre o atentado, Mourão reforçou que o atentado não foi dirigido somente contra o candidato mas também contra nossa democracia. E, apesar do que esperavam os famintos e entorpecidos jornalistas, o general candidato a vice pregou união ao mesmo tempo que exaltava o sete de setembro, dia de nossa independência. Ao longo da entrevista, o vice de Bolsonaro, também deixou claro que é momento de reduzir tensões e voltou a criticar apoiadores da chapa mais exaltados, diferenciando-os, porém, de qualquer militância radical de esquerda. 
    Quanto a retomada das atividades de campanha o general afirmou que estão preparados para voltar às ruas em no máximo dois ou três dias, o que deve ocorrer já nesta segunda-feira, 10, e provavelmente antes mesmo do leitor chegar ao fim desta longa análise.
    Nesta nova fase da campanha, Mourão garantiu que será fiel às propostas de seu cabeça de chapa na defesa das mesmas ideias e propostas bem como no tom sugerido por Jair Bolsonaro de moderação e sem acirramento dos ânimos. Salientou que o objetivo da chapa é governar para todos, insinuando que um acirramento neste momento poderia quebrar o espírito de união desejado pela campanha. Disse também já ter produzido alguns pequenos vídeos para as redes sociais.
    Vice
    Sobre sua escolha como vice, a tentativa dos jornalistas em aguçar algum  ressentimento no general por supostamente ter sido a última opção do titular, Mourão conseguiu com eficiência quebrar a narrativa dizendo que na verdade foi o primeiro a ser procurado, mas que entendeu perfeitamente o fato de Jair Bolsonaro ter tentado antes algumas composições diferentes que pudessem agregar de outras maneiras à sua campanha.
    O general afirmou também ser defensor de quase todas as propostas de Bolsonaro, “90%” delas, disse. Perguntado por Gerson Camarote, atribuiu os 10% de discordância com a ideia de um ensino militar generalizado por todo o país, reconhece o candidato, porém, que isso pode ser somente um erro de comunicação de Bolsonaro sobre o assunto. Ainda assim, defende o sistema militar como modelo.
    Armas de fogo
    Induzindo o telespectador a acreditar que Jair Boslonaro vem defendendo uma espécie de distribuição indiscriminada de armas de fogo nas mão dos brasileiros, como se fossem distribuídas em postos de saúde e em pontos de ônibus, Mourão foi claro e reforçou exatamente o que Bolsonaro vem defendendo desde o início, a liberdade de escolha e o equilíbrio de forças, questões inegociáveis em democracias super desenvolvidas como os Estados Unidos, país que apesar de mais populoso que o Brasil, registra cerca de 8 mil homicídios por ano, uma realidade incomparável com a nossa, onde registram-se cerca de 63 mil assassinatos ao ano, e onde nenhum cidadão de bem pode possuir armas, somente as forças públicas de segurança e os criminosos que, aliás, detêm arsenal superior ao das polícias, podem tê-las.
    Além disso, completou o general que o direito de posse e porte de arma devem estar vinculados ao treinamento adequado e ao preparo psicológico do cidadão que desejar exercer tal direito. Pessoas incapazes não podem ter aceso às armas.
    Na minha visão, pelo que ouço de Bolsonaro quando questionado sobre o tema, acredito que somente a posse seria liberada de modo mais abrangente entre a população, limitando o porte aos produtores rurais e para aqueles que moram em regiões isoladas e que não contam com rápida resposta policial. Para quem não souber a diferença entre posse e porte, aconselho o uso do Google — pelo bem do tamanho do texto ;). Essa é uma impressão minha sobre o que acredito estar sendo defendido pelo candidato e nem mesmo é minha opinião, que é a de liberação de posse e porte para todos cidadãos maiores de idade, sem antecedentes criminais, aptos em termos de treinamento técnico e condições psicológicas.
    Segurança Pública
    No mais, preciso salientar a insistência paranóica de toda a imprensa nacional, nesta entrevista protagonizada por Miriam Leitão, em tentar fixar junto ao eleitorado a ideia de que Bolsonaro vê a posse e porte de armas como única saída para a questão da segurança pública no país. Óbvio, sabemos que Bolsonaro defende com muita ênfase esta questão, mas jamais, repito, jamais, ouvi o candidato defender tal medida como única solução. Jamais, repito pela terceira vez.
    Tanto é verdade, que ainda sobre segurança pública, o general Antônio Hamilton Mourão defendeu durante o programa uma política de segurança moderna, com planejamento e que leve em consideração aquilo dá certo em cada parte do país — e provavelmente, pelo que já ouvi de Bolsonaro, o que também funciona bem em outros países. Mourão se mostrou também preocupado em mostrar resultados nesta área com certa velocidade para não decepcionar a expectativa do brasileiro com esta questão. Sim, temos de concordar, o Brasil tem pressa.
    Quanto a intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, foi enfático dizendo que as Forças Armadas estão agindo no estrito cumprimento de ordem presidencial, e que ele pessoalmente não concorda com a maneira com que o exército foi empregado em seu próprio território e acusou o presidente Michel Temer de uso político do dispositivo de intervenção federal. Defendeu ainda que somente repressão não pode resolver o problema do estado e que áreas como a de saúde, educação e social devem se fazer presentes numa ação como essa, assim como a iniciativa privada.
    “Polêmicas de Mourão”
    Quanto às declarações passadas e consideradas polêmicas pelos jornalistas sobre uma possível “intervenção militar no país”, Hamilton Mourão foi claro e repetitivo ao dizer que as Forças Armadas “interfeririam” somente num cenário de total ausência dos agentes políticos, num quadro claro de anarquia generalizada, ao que fez questão de deixar claro não ser o caso do país hoje. Em suma, disse o óbvio, que numa total omissão entre todos os poderes da República e de total descontrole da ordem social e democrática, as forças, como não haveria de ser diferente, cumpririam sua função constitucional de preservar a lei e a ordem.
    Sobre outra declaração “polêmica” do general, disse que a indolência dos índios e a malemolência dos africanos, são marcas que o brasileiro carrega em seu DNA. Citou o “jeitinho brasileiro” tão famoso e celebrado por tantos como qualidade e não como defeito para a solução de problemas por vias outras que não as “ortodoxas” ou “quadradas”, concluiu.
    Economia
    Na área econômica, defendeu a privatização de áreas da Petrobras como a distribuição e refino, mas não se mostrou favorável a total privatização da empresa, preservando a área da exploração. Sobre os bancos públicos insistiu que tais empresas não podem servir para uso político. Defendeu também que o Estado não deve desempenhar o papel da iniciativa privada e defendeu um estado mais regulador e menos gestor de empresas.
    Sobre a reforma da Previdência, não só se mostrou favorável como disse ter sido autor de uma “mini reforma” no Exército Brasileiro, o que segundo o general, que foi secretário de economia e finanças da instituição, trará alívio para os cofres da corporação já nos próximos anos.
    Nomeações
    Quanto as nomeações para ministérios num eventual governo Bolsonaro-Mourão, defendeu que somente a capacidade técnica e gerencial será utilizada como meio de avaliação nas indicações. Segundo ele, não importa se for homem, mulher, civil ou militar. Repetiu por algumas vezes que somente competência e eficiência gerencial podem ser consideradas. Negou a possibilidade de qualquer tipo de loteamento político. 
    Para o ministério da Defesa, inclusive, disse aceitar que um civil ocupe o posto, desde que tenha competência para tal função.
    Governabilidade
    Quanto a governabilidade, defendeu, ainda que o acusem de ingenuidade, o convencimento de parlamentares por meio de diálogo e pela apresentação de um diagnóstico claro da situação brasileiro, das soluções propostas pela equipe de governo e através da pressão popular, promovendo publicidade de atos e propostas para a sociedade, sobretudo por meio das redes sociais.  Assumiu que é algo difícil, mas negou ceder ao “mais do mesmo” assim como descartou o uso das Forças Armadas como meio de pressão às instituições. Este modelo de negociação defendido por Mourão é, diga-se, idêntico ao defendido pelo candidato João Amoêdo, do NOVO, e seus eleitores.
    Social
    Na área social disse defender a administração do programa Bolsa Família como essencial para um momento como esse que o país passa. Enfatizou, porém, que a única solução sustentável é que o brasileiro possa viver por meio do próprio esforço e dos próprios recursos sem a dependência do Estado.
    Quanto ao emprego de cotas em universidades, Mourão disse não ser possível mexer nisso agora, mas defendeu enfaticamente uma “linha de partida” com melhores condições para todos, permitindo que as cotas sejam sim descontinuadas com o tempo, o que ratifica a posição de Boslonaro de que o esforço do governo deve ser concentrado no ensino básico.
    Política Externa, EUA, Venezuela
    Na política internacional, salientou a importância do Brasil se aproximar de países como Estados Unidos, um tradicional aliado, não comprou a ideia de comparar Jair Bolsonaro ao presidente norte-americano Donald Trump, apesar de ambos terem qualidades em comum. Preferiu destacar as diferentes origens de cada um, o primeiro como um político e o segundo como um empresário bilionário.
    Sobre a Venezuela, e aqui provavelmente o ponto alto da entrevista, deu uma verdadeira aula sobre Venezuela explicando as origens do ditador já falecido Hugo Chavez e seu histórico golpista e afastou por completo a tentativa da jornalista Miriam Leitão em tentar associar a ditadura socialista de Chavez e Maduro aos militares como um todo, alertando que no caso venezuelano, militares foram coptados pelo regime, “comprados com dinheiro”, e reforçou que o que há naquele país é sim o emprego do socialismo do século 21.
    O general revelou também — eu particularmente não sabia — já ter morado na Venezuela como adido militar, além de ter lembrado que já morou também nos Estados Unidos e na África, neste último liderando uma força de paz. Sobre isso revelou que num eventual governo deles a primeira missão de paz do Brasil será na Venezuela, indicando claramente que um governo Bolsonaro-Mourão estará dedicado à verdadeira solução do drama venezuelano, aquela que sabemos bem, só é possível de ser feita em território venezuelano e não administrando indefinidamente o fluxo crescente de migrantes no país.
    Conclusões
    Além de ter revelado profundo conhecimento da situação nacional, de nossa história, de ter experiência fora do Brasil em questões dramáticas e caras para a América Latina neste exato momento, o general candidato a vice de Jair Bolsonaro mostrou ser um homem sereno, disciplinado (o que se espera de um general quatro estrelas), agregador e pacificador, e com um raciocínio muito claro e transparente. Frustrou totalmente a expectativa dos jornalistas do programa mas, ainda assim, considerou o programa “maravilhoso” e não poupou elogios (ainda que não merecidos) aos entrevistadores. 
    Mourão parece ser um homem sério, indignado como está Bolsonaro, e como todos nós brasileiros estamos há algum tempo. Indignação, aliás, me parece pré requisito para nossas escolhas no próximo dia 7 de outubro. Sem políticos verdadeiramente indignados com o tudo o que está aí, a mudança não passará de um discurso e de uma promessa politicamente correta e bonitinha empregada em todas eleições e, claro, mais uma vez fadada a não ser cumprida. 

    Definitivamente, precisamos de políticos indignados e muito bem acompanhados.

    texto por Guilherme L. Campos, Jornalista, conservador, analista político e editor-chefe do 'Portal São Paulo 011'.

    Bolsonaro será submetido a nova cirurgia de grande porte

    O golpe contra Jair Bolsonaro foi extremamente violento.

    Caso o agressor não tivesse sido obstruído pela mão salvadora do policial militar Erlon Rossignoli Júnior, que conseguiu segurar o braço de Adelio, diminuindo a intensidade do golpe, o candidato não teria tido a mínima chance de sobreviver.

    Erlon, de 25 anos de idade, é lutador de artes marciais e soldado da PM mineira. Ele literalmente salvou a vida de Bolsonaro. Isto é ponto pacífico.

    Mesmo assim, o estado de saúde de Jair Bolsonaro ainda é considerado grave. Ele permanece em terapia intensiva e terá que ser submetido a uma nova cirurgia de grande porte.

    O objetivo do novo procedimento é retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal. Uma cirurgia programada, com riscos infinitamente menores.

    A previsão é de que Bolsonaro esteja pronto para retomar o embate eleitoral no dia 04 de outubro, quando deverá participar do debate da Rede Globo.

    As informações são do site Jornal da Cidade

    Vice de Alvaro Dias vê Bolsonaro mais perto do 2º turno

    Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES e vice na chapa encabeçada por Alvaro Dias, disse ao Estadão que o atentado contra Jair Bolsonaro deixou o candidato do PSL mais perto do segundo turno.

    “A tendência é a direita estar qualificada na presença dele no segundo turno. Para isso, o atentado o qualificou um pouco mais”, afirmou Rabello.

    Aparentemente, nem o vice de Alvaro Dias acredita que ele fique ao menos em segundo lugar na eleição.

    Por que a trégua em relação a Bolsonaro terminou

    A trégua em relação a Jair Bolsonaro já terminou porque os oponentes já sabem que ele pode ter crescido mais do que as pesquisas indicam.

    FORTE GUINADA PARA A DIREITA

    GUINADA ELEITORAL
    No dia 6 de setembro, a partir do momento em que o candidato Jair Bolsonaro foi brutalmente esfaqueado por um militante político criminoso, do tipo que não admite a possível quebra da hegemonia comunista instalada no nosso país desde a eleição de Lula-Petista, em 2002, a atual corrida presidencial deu uma forte guinada para a direita.

    PULO PARA 30%
    Vejam que a candidatura de Jair Bolsonaro, que vinha patinando dentro de um percentual de 22% nas pesquisas de intenção de voto, nesta manhã, depois de passados quatro dias do atentado, em levantamento realizado pelo Banco BTG, o que se vê é um salto para 30% das intenções de voto. 

    PESO DO ATENTADO
    Fica evidente, neste momento, que a COMOÇÃO tem um papel muito importante no comportamento dos eleitores. Vejam que boa parte dos eleitores que mostravam grande rejeição à candidatura de Bolsonaro, na medida em que colocaram o peso do BRUTAL ATENTADO no prato da BALANÇA ELEITORAL, acharam por bem mudar de ideia.

    PROBABILIDADE DE SE ELEGER NO PRIMEIRO TURNO
    Em última análise, depois de tudo que li e assisti até agora, se a campanha for bem conduzida ao longo destes próximos 27 dias, a probabilidade de Jair Bolsonaro vir a ser eleito no PRIMEIRO TURNO é grande e, portanto, deve ser levada à sério.

    GENERAL MOURÃO - UM VICE MUITO EQUILIBRADO
    Aliás, no meu entender quem tem tudo para levar esta probabilidade a se confirmar é, indiscutivelmente, a presença e/ou atuação do general Hamilton Mourão, candidato a vice de Bolsonaro. Mourão vem ganhando destaque e admiração pelo preparo, inteligência e um excepcional equilíbrio. 


    Texto Gilberto Simões Pires

    Governo de Trump contatou família de Bolsonaro, diz porta-voz da Casa Branca

    A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse hoje (10) que um membro do governo do presidente Donald Trump teria entrado em contato com a família do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, após ele ter sofrido atentado na quinta-feira (6) da semana passada em Juiz de Fora, Minas Gerais. 

    Durante a coletiva de imprensa da Casa Branca, um jornalista afirmou que o mundo todo acompanhou as notícias sobre a agressão a faca e perguntou se o presidente ou algum funcionário do governo teria se comunicado com Bolsonaro ou sua família.

    “Eu não tenho informações de que o presidente tenha [entrado em contato], mas eu acredito sim que membros do governo entraram em contato. E eu trabalharei para conseguir os detalhes sobre quem foi”, afirmou a porta-voz.