terça-feira, 11 de julho de 2017

O açougueiro Joesley limpou as contas

Pela grandeza de seus negócios e de suas movimentações financeiras, parece óbvio que o empresário Joesley Batista planejou milimetricamente todos os seus passos.

Fez um ‘limpa’ em todas as suas contas e, certamente, mandou todo o dinheiro para o exterior, ou quase todo.

Numa ação popular, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 800 milhões das contas pessoais do empresário. Só logrou encontrar R$ 300 mil.

Joesley é sem limites, absolutamente sem escrúpulos e beneficiário de um mal fadado esquema que lhe concedeu a impunidade.

A sociedade não digeriu e não aceita.

E se fosse Lula e não Temer?


Devido ao elevado quórum de 2/3 (dois terços)  exigido para aprovação do pedido de Janot para processar Temer no Supremo Tribunal Federal, com cassação do seu mandato, é praticamente certo que essa autorização será negada pela Câmara Federal, apesar do parecer favorável à admissibilidade dado nesta segunda-feira (10) pelo Deputado Relator Sérgio Zveiter. Com certeza Temer e a sua ‘quadrilha’ política têm  munição suficiente para obter ou comprar os votos de que precisa para permanecer ocupando o Palácio do Planalto.

E a chance do atual Presidente de permanecer até expirar o seu mandato (31.12.2018) reside exclusivamente no Parlamento, já que se esse autorizar, o Supremo acabará ‘terminando o serviço’ ou seja, cassando o seu mandato, nos termos da denúncia do Procurador Geral da República, por ‘crime comum’, no exercício da Presidência.

Mas, por simples hipótese, se fosse Lula que estivesse agora no lugar de Temer, como correriam as ‘coisas’?

Certamente a situação do ex-Presidente Lula da Silva seria bem mais confortável e menos ‘perigosa’. Na Câmara dos Deputados as suas chances de ‘sobreviver’ talvez fossem as mesmas que hoje tem Michel Temer, ou seja, ele provavelmente seria ‘salvo’, pelos mesmos motivos e forças aqui atribuídas a Temer. É claro que os respectivos eleitorados teriam alguma variação nas suas composições. Mas nessas situações o que vale são ‘números’, não a individualidade de cada Deputado. 

Mas a vantagem que teria Lula comparado a Temer é que se porventura o pedido de licença para processá-lo fosse aceito pela Câmara, lá no STF a denúncia da PGR seria rejeitada. 
Para que se chegue a essa conclusão basta examinar os perfis de Suas Excelências os Senhores Ministros do STF. Ver-se-á nessa análise que a corrente ‘lulista’ tem mais peso numérico e político que a  “temer-ista” . Enquanto o PT colocou lá no Supremo 7 (sete) dos atuais 11 (onze) Ministros, Temer só teve oportunidade de nomear 1 (um) deles, após a morte ‘acidental’ do Ministro Teori.  Oportuno é lembrar que lá no Tribunal Superior Eleitoral-TSE, Temer escapou da perda do seu mandato graças aos  2 (dois) Ministros que conseguiu colocar lá ‘minutos’ antes do seu julgamento, numa  manobra beirando a  fraude eleitoral, patrocinada justamente pelo Tribunal que deveria servir de exemplo de moralidade e legalidade eleitoral.

Não estaríamos sendo justos se negássemos que o Governo Temer continuou o desastre dos governos do PT, iniciados em 2003, com Lula e Dilma.  Não foi melhor nem pior que os anteriores. Mas como os espertalhões do PT sempre souberam que a maioria dos ‘seus’ eleitores que é decisiva nas eleições tem memória curta, agora estão tendo a ‘cara-de-pau’ de acusar o Governo Temer de ser o culpado por todos os males do Brasil, mas QUE ELES MESMOS OCASIONARAM. Temer tem culpa por 1 (um) ano de mau governo; ‘eles’ pelos restantes 13 (treze) anos . Portanto o PT se apresenta ridiculamente como de ‘oposição’. Mas como supor ‘oposição’ a si mesmo?

Por toda essa situação fica evidenciado que o Brasil não pode mais ficar refém dessa cafajestada de quem se adonou do poder político. Alguma coisa deve ser feita para ‘intervir’ nos Três Poderes, que agem em criminoso conluio, bem como extinguir toda a organização político-partidária vigente, todas contaminadas de um mal incurável.  Mas isso jamais será conseguido por intermédio daquela ‘coisa’ que eles ainda ousam chamar de democracia, mas que é OCLOCRACIA, ou seja, uma democracia corrompida, deturpada, degenerada, às avessas, praticada pela massa ignara em proveito da patifaria política. Mas isso infelizmente não será conseguido nunca  sem que a sociedade recorra direta ou indiretamente às armas, que seria a única forma de afastar definitivamente  essa canalhada do poder.  Esse direito da sociedade tem suporte no poder instituinte e soberano do povo previsto no parágrafo 1º do art. 1º da Constituição (‘Todo o poder emana do povo’), combinado com o seu artigo 142 (Intervenção do Poder Instituinte  Cívico Militar).

Nenhum dos Três Poderes pode ser poupado dessa possível intervenção.

Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo


A fraude lulista

Lula deverá ser sentenciado por Sergio Moro nos próximos dias.
Gleisi Hoffmann repetiu ao Valor a ladainha da ORCRIM:
"Não há provas, é tudo baseado em delações. E isso está ficando claro a cada dia. A condenação do presidente Lula seria uma condenação para fraudar eleições".

Janot errou sim

O erro que Rodrigo Janot cometeu foi ter concedido imunidade a Joesley Batista.
Leia um trecho da excelente coluna de Miriam Leitão, em O Globo:
Quanto mais o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tenta explicar os termos do acordo da delação de Joesley e Wesley, mais fica inexplicável. A frase de Janot “eles aceitavam negociar tudo menos a imunidade” mostra uma rendição. Ele poderia ter endurecido na mesa de negociação. O céu para um criminoso é a imunidade penal. Os Batista pediram o céu e lhes foi dado.
Joesley e Wesley são bons negociadores e chegaram na PGR dispostos a vencer. Venceram.
“Se eu não aceitasse, os empresários continuariam na mesma atividade ilícita que sempre tiveram”, disse o procurador na entrevista a Roberto D’Ávila.
Ora, cabia ao procurador-geral lembrar-lhes que se não colaborassem eles teriam um destino bem mais duro, mais dia, menos dia. Estavam em curso quatro investigações contra a JBS. Joesley tinha medo delas. Seu pavor era acordar numa manhã com a polícia em sua casa. Por isso preparou sua isca, a gravação do presidente da República. Com ela foi, junto com o irmão, ao procurador-geral. Os dois pediram o máximo, exatamente porque é assim que se faz numa negociação. Janot ficou tão atraído pelo que eles tinham a entregar que se rendeu. Se tivesse endurecido, eles recuariam. Acabariam colaborando em termos mais aceitáveis para o país. “Eles aceitavam negociar tudo, menos a imunidade.” Tudo o quê? Depois da imunidade, nada recairá sobre eles. A ideia de que “eles continuariam na atividade ilícita que sempre tiveram” demonstra falta de confiança no próprio Ministério Público, como se a única prova possível fosse aquela oferecida na delação.


O BRASIL SÓ SAI DO BURACO SE LULA FOR CONDENADO

A imprensa está concentrada em Michel Temer e Rodrigo Maia.
Mas nosso destino na realidade depende do julgamento de Lula.
Assim que o comandante máximo da ORCRIM for condenado, o Brasil poderá enterrar o passado e projetar uma saída para o futuro.
Lula congela o país, impedindo que ele se renove.
Só Sergio Moro pode tirar esse entulho do caminho.

Erros de Janot podem macular Lava Jato

O site Antagonista sempre alertou que o uso político das delações premiadas por parte de Rodrigo Janot poderia minar a Lava Jato. Esse risco está cada vez mais evidente, após as falhas nas delações da Odebrecht e da JBS.
Se em Curitiba o MPF e a PF trabalharam juntos nos últimos três anos, garantindo eficiência e velocidade na assinatura de acordos e apresentação de denúncias, o PGR fez o caminho inverso ao impedir a participação de policiais nas negociações de acordos.
Janot nunca prestou contas à sociedade sobre o cancelamento da delação de Léo Pinheiro contra Lula e atropelou a razão ao firmar com Sérgio Machado um acordo de delação que blindou seus operadores: os filhos.
Os erros de Janot podem macular a Lava Jato.