sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Dodge denuncia deputado acusado de pagar empregada com dinheiro da Câmara

Raquel Dodge denunciou João Carlos Bacelar pelo crime de peculato. O deputado do PR da Bahia é acusado de ter pago a empregada com dinheiro público, nomeando-a secretária parlamentar, relata O Globo.

A procuradora-geral da República pede que Bacelar seja condenado à perda do mandato e a devolver os valores pagos pela Câmara. Caberá à Primeira Turma do STF decidir se aceita ou não a denúncia.

Pô, Tiririca, conta as sujeiras que você viu no Congresso, vai…

Carta aberta ao palhaço mais votado do Brasil:

Prezado Tiririca:
Sou um fã sincero desde os bons e velhos tempos da Florentina de Jesus. Você me lembra um palhaço que conheci na infância, o Biriba, e é por isso, acho, que tenho simpatia pelo seu trabalho — no picadeiro e na televisão, que fique claro, pois sou um dos muitos milhões de brasileiros que se surpreenderam com os recordes de votação que você teve para a câmara federal.
Não que eu esperasse alguma seriedade dos eleitores ou daquele circo de cavalinhos que é o Congresso, mas ninguém imaginava que dariam assento a um palhaço profissional — tornando a piada realidade! —, prova definitiva de que os verdadeiros palhaços somos nós, patrocinadores de uma farra sem-vergonha que, com ou sem crise, não tem dia e muito menos hora para acabar.
É por isso que agradeço a sua decisão de não tentar se reeleger. Como muitos conterrâneos em busca de consolo, acostumei-me a dizer que o Tiririca era o que tínhamos de melhor em Brasília, não porque fizesse algo em termos legislativos, mas simplesmente porque não faltava às sessões e não estava metido com a lavagem de automóveis.
Claro, não vamos esquecer aquela passagem Ipatinga-Brasília que você comprou com verba de gabinete. É mixaria, convenhamos, mas é aí que mora o perigo: quem rouba uma galinha pode facilmente se apossar do galinheiro.
Então, cara, de boa, devolva esses trocados — se é que já não devolveu — e saia da vida pública como um raríssimo caso de deputado que, se não fez nada útil, também não deixou rabo para ninguém puxar.
Já pensou se imitam os seus exemplos? Quantos bilhões voltariam aos cofres da nação? Melhor: quantos palhaços, mulheres barbadas e artistas das mil fugas desapareceriam do Congresso Nacional?
Ah, sim: você disse em seu discurso de ontem que não contaria por aí as barbaridades vistas e ouvidas dos seus colegas.
Pô, Tiririca, qual é?
Não sei se você tem algo que já não saibamos, mas, se tiver, é seu dever pôr a boca no trombone. Talvez essa seja a sua grande contribuição política, já pensou?
De qualquer forma, meu caro, sobre deixar a vida pública, não mude de ideia, pelo amor de Deus, é o pedido de um fã que acaba de declarar sinceridade. Quero muito te ver na televisão, mas não a partir de Brasília, para o seu próprio bem. Dizem — e não duvido — que tem alguma coisa errada com o ar daquela cidade.
Feliz Natal para você e toda a sua família.

fonte: Veja

Supremo Tribunal do Bairrismo

No julgamento desta tarde no STF, Gilmar Mendes e Luiz Fux se envolveram numa, digamos assim, polêmica em torno dos méritos retrospectivos de Mato Grosso e do Rio de Janeiro.

“Fico muito admirado quando se fala, por exemplo, na corrupção das Assembleias Legislativas. Se olharmos o caso do Rio de Janeiro, como isso se formou? Se formou dentro de um tipo de pacto entre juízes, presidentes de tribunais, a Assembleia Legislativa e o governador”, disse Gilmar, em um aparte ao voto de Alexandre de Moraes.


“Eu não generalizaria isso em relação à classe política (…). Vou falar de Mato Grosso [porque] Vossa Excelência falou do Rio, absolutamente, mas tenho que citar esse exemplo. É um exemplo expressivo que eu senti na minha própria pele”, rebateu Fux, referindo-se à delação de Silval Barbosa, que ele homologou.

“O que falei para o Rio pode valer para Mato Grosso. Não quero esse tipo de patriotada. A única coisa que disse é que Mato Grosso é progressista e o Rio está em falência”, retrucou Gilmar.

“Um Estado progressista, sinceramente, desde que eu li a delação daquele governador…”, respondeu Fux.

Quando retomou a palavra, Moraes disse que não ficaria “magoado” se falassem de São Paulo.

Com Temer e com ambulâncias

Começaram a ser distribuídas aos deputados que votaram para arquivar as denúncias contra Michel Temer as ambulâncias do Samu.

Os presentinhos de Temer serão repassados a prefeitos aliados.

“Eu não tenho ambulância, não tenho jatinho, não tenho helicóptero…”, contou a O Antagonista Joaquim Passarinho, do PSD do Pará. “Mas onde chego no estado, a conversa termina com as pessoas perguntando como eu votei nas denúncias contra o Temer.”

Passarinho votou pelo prosseguimento das duas denúncias apresentadas por Rodrigo Janot, na contramão da maioria de seus pares de bancada e de Parlamento.

“Não me arrependo.”

O recado do general ao STF (mas não só)

Recentemente o site O Antagonista publicou que os militares voltariam a rugir contra a esculhambação que tomou conta de Brasília — e que pode resultar na candidatura à Presidência do condenado Lula.

Ontem, em artigo no Estadão, o general Rômulo Bini Pereira, que foi chefe do Estado-Maior da Defesa, mandou um recado ao STF (mas não só): “Condutas irresponsáveis e antipatrióticas não se podem tornar costumeiras em nossa vida pública”.

Leia um trecho:

“Infelizmente, para grande parte da sociedade brasileira, não chegamos a um nível democrático que nos dê esse equilíbrio. Para muitos, incluídos os intervencionistas, o sistema inexiste e o processo político está voltado, exclusivamente, para interesses individuais ou de grupos partidários. Questionamentos são sempre feitos nas possíveis soluções das crises que surgem. Para quê? Para quem? Para onde? O interesse do País raramente está presente nas respostas, ficando quase sempre em segundo plano.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) optando pela prévia aprovação das Casas legislativas para a adoção de medidas cautelares impostas a parlamentares é um exemplo. O corporativismo prevalecerá e políticos acusados de crimes estarão imunes e receberão a chancela de inocentes. Outro exemplo foi o incompreensível pedido de vista de um ministro do STF após sete votos favoráveis a pôr fim à imunidade parlamentar, um enorme anseio da sociedade. O pedido não visa um conhecimento maior da causa, mas sim um prazo ampliado que possibilite o Congresso concluir a votação de emenda constitucional do mesmo tema. Se considerarmos que duas centenas de congressistas são processados no STF, a queda da imunidade provavelmente não passará – e nem todos os brasileiros serão iguais perante a lei. Será uma contraposição entre o Judiciário e o Legislativo, advindo certamente outra crise entre eles.

E como se não bastasse, há outro exemplo lamentável. Em sua posse, na presença do presidente da República, o novo diretor da Polícia Federal declarou que uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa. Referia-se a uma das componentes da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente, justamente quando assumia o cargo que lhe foi dado pelo denunciado. Com certeza uma declaração adrede preparada e comprometida.

Tais exemplos demonstram que no mais alto nível da República o sistema de pesos e contrapesos não funciona como deveria e prima pelo desequilíbrio, sendo, por isso mesmo, comprometido e não confiável, justamente por predominarem os conchavos, os interesses individuais e de grupos, a troca de vantagens e de benesses à sombra de um Congresso subornável e de uma Justiça ‘partidária’. As medidas cautelares, o pedido de vista do ministro e a atitude comprometida, tríade degradante para muitos brasileiros, reforçam o descrédito dos nossos três Poderes perante a sociedade.

Segundo publicações veiculadas pelas redes sociais, um trecho de declaração atribuída ao general Figueiredo, último presidente militar, dirigida ao mundo político, chocou a sociedade: ‘… jogarão a Nação num lamaçal de dimensões continentais, onde o povo afundará na corrupção, na roubalheira, na matança até que se instaure o caos social, seguido de uma guerra civil’. Mesmo que não seja verídica, muitos adeptos da intervenção militar já consideram profética tal declaração.

O Brasil precisa encontrar soluções para os enormes impasses que vivemos, para que nenhuma ilegalidade esteja acima do interesse do povo brasileiro. As forças vivas da Nação, movidas pelos homens de bem, incluindo as Forças Armadas, não podem permitir que condutas irresponsáveis e antipatrióticas se tornem costumeiras em nossa vida pública, por atingirem frontalmente os princípios éticos e morais que conduzem um regime democrático e que resultarão num arremedo de democracia.”

É o PT

Na cerimônia de devolução de 653 milhões de reais à Petrobras, Pedro Parente, o presidente da estatal, disse:

“Apoiar a Lava Jato é fundamental, ainda mais em um momento em que certos atores começam a propor medidas para constranger os responsáveis pela operação.”

Jornalistas perguntaram quem seriam esses “certos atores”. Ele respondeu que se tratava de “certo partido” e que a referência estava nos jornais.

LAVA JATO JÁ RECUPEROU 1,5 BI PARA PETROBRAS COM DELAÇÕES

O MPF formalizou hoje a entrega do valor recorde de R$ 654 milhões para a Petrobras.
Ao todo, a Lava Jato já conseguiu recuperar R$ 1,47 bilhão desviados da estatal. Dinheiro obtido por meio de acordos de colaboração e leniência firmados com pessoas física e jurídicas.
“As colaborações premiadas resgataram o dinheiro da sociedade que estava no bolso dos corruptos. Esses R$ 650 milhões são a maior restituição da história da justiça criminal brasileira. Atualmente, as colaborações são, de longe, o melhor instrumento para investigar a corrupção e ressarcir os cofres públicos. É preciso que o Judiciário preserve as colaborações premiadas para que a sociedade não fique a ver navios como no passado. Cada decisão sobre esse assunto é muito importante”, disse Deltan Dallagnol.
O MPF informou que o R$ 1,47 bilhão já devolvido à Petrobras representa 13% do valor de R$ 10,8 bilhões previstos nos 163 acordos de colaboração e 10 de leniência celebrados perante a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Confira abaixo quem devolveu quanto:
Colaborações com pessoas físicas (R$ 143.479.698,16)
Agosthilde Mônaco de Carvalho – R$ 9.398.250,52
Antônio Pedro Campello de Souza Dias – R$ 1.439.642,48
Augusto Ribeiro de Mendonça – R$ 464.620,41
Cid José Campos Barbosa da Silva – R$ 13.584.858,50
Dalton dos Santos Avancini – R$ 283.128,83
Edison Freire Coutinho – R$ 401.281,90
Edison Krummenauer – R$ 3.608.332,54
Eduardo Costa Vaz Musa – R$ 19.900.683,37
Eduardo Hermelino Leite – R$ 692.857,16
Elton Negrão de Azevedo Junior – R$ 1.439.642,48
Fernando Antônio Falcão Soares – R$ 7.175.247,07
Hamylton Pinheiro Padilha Junior – R$ 753.301,39
João Carlos de Medeiros Ferraz – R$ 1.485.115,08
João Procópio Pacheco de Almeida Prado – R$ 4.225.603,89
João Ricardo Auler – R$ 1.452.434,60
José Adolfo Pascowitch – R$ 132.313,70
José Antônio Marsílio Schwarz – R$ 401.281,90
Julio Gerin de Almeida Camargo – R$ 7.469.693,57
Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva – R$ 11.007.550,50
Luis Mario da Costa Mattoni – R$ 719.821,25
Luiz Augusto França – R$ 403.706,62
Marco Pereira de Souza Bilinski – R$ 403.706,62
Mário Frederico Góes – R$ 25.339.026,07
Milton Pascowitch – R$ 268.362,72
Milton Taufic Schahin – R$ 116.720,22
Otávio Marques de Azevedo – R$ 1.079.731,86
Paulo Roberto Dalmazzo – R$ 719.821,24
Pedro José Barusco Filho – R$ 534.309,31
Ricardo Ribeiro Pessoa – R$ 26.958.877,42
Roberto Trombeta – R$ 152.537,47
Rodrigo Morales – R$ 110.078,50
Salim Taufic Schahin – R$ 584.491,10
Shinko Nakandakari – R$ 12.991,05
Vinícius Veiga Borin – R$ 403.706,62
Walmir Pinheiro Santana – R$ 315.970,22
Acordo sob sigilo – R$ 40.000,00
Acordos de leniência (R$ 510.479.256,76)
Andrade Gutierrez – R$ 118.650.604,46
Braskem – R$ 362.949.960,81
Camargo Corrêa – R$ 28.767.413,55
Carioca Engenharia – R$ 71.589,29
SOG Óleo e Gás – R$ 39.688,65
Devoluções já realizadas para a Petrobras no âmbito da operação Lava Jato:
11/05/15 – R$ 157.000.000,00 (valor referente ao acordo de Pedro Barusco)
31/07/15 – R$ 152.220.335,21 (valores referentes aos acordos de Pedro Barusco e
 Paulo Roberto Costa)
30/09/16 – R$ 145.585.131,34 (valor referente ao acordo de Julio Faerman)
14/09/16 – R$ 2.000.000,00 (valor referente ao acordo de Expedito Machado Filho)
23/10/16 – R$ 754.329,39 (valor referente a leniência da SBM)
18/11/16 – R$ 204.281.741,92 (valores referentes a 18 acordos de colaboração e 3 leniências)
02/05/17 – R$ 8.000.000,00 (valor referente ao acordo de Sérgio Machado)
19/07/17 – R$ 45.887.732,55 (valor referente ao acordo de Sérgio Machado)
04/09/17 – R$ 18.854.501,59 (valor referente ao acordo de Sérgio Machado)
30/10/17 – R$ 87.044.010,81 (valores referentes aos acordos de leniência da Rolls-Royce e acordos de colaboração de Nestor Cerveró e Sérgio Machado)
07/12/17 – R$ 653.958.954,96 (valores referentes a 36 acordos de colaboração e 5 leniências)
Total: R$ 1.475.586.737,77

O golpe de Michel Temer e Gilmar Mendes

Michel Temer e Gilmar Mendes continuam a tramar o golpe do semi-presidencialismo.

Segundo O Globo, “o presidente e o ministro do STF se encontraram na quarta-feira no Palácio do Jaburu para conversar sobre o assunto”.

A reportagem diz também que “será um sistema híbrido — nos moldes dos sistemas francês e português — que dá mais poder ao Congresso e cria a figura do primeiro-ministro, nomeado e exonerado pelo presidente”.

Reforma só em 2018

A reforma previdenciária não será votada em 2017.

Foi o que disseram Ciro Nogueira e Agripino Maia, reunidos ontem à noite com Michel Temer.

Segundo o Valor, os presidentes do PP e do DEM “levantaram a alternativa de se deixar a análise do texto para 2018”.


Em carta a tucanos, Aécio promete provar inocência

A três dias da convenção tucana, Aécio Neves, presidente licenciado da sigla, enviou uma “carta de despedida” em que promete provar a “absoluta correção” de seus atos, informa a repórter Maria Lima, de O Globo.

Aécio se afastou da presidência do PSDB em maio, quando veio a público a conversa em que ele pede R$ 2 milhões a Joesley Batista.

“[Desde maio], venho me dedicando de maneira integral à minha defesa diante das falsas e criminosas acusações de que sou vítima. Estejam certos de que, ao fim, restará provada a absoluta correção de todos os meus atos”, escreveu o senador mineiro.