domingo, 28 de janeiro de 2018

Lindbergh deveria ter sido preso Só há um caminho, a desobediência civil. (veja o vídeo)


Nem se pode dizer que a frase dita no discurso em São Paulo pelo senador Lindbergh Farias, logo após a decisão do TRF-4 que confirmou a sentença condenatória prolatada pelo juiz Sérgio Moro em desfavor do ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva, foi ‘força de expressão’.

O petista tem reiterado essa prática criminosa.

Portanto, a dedução lógica é que é de caso pensado, incitação ao crime, pura bandidagem.

Lindbergh deveria ter sido preso em flagrante. 

"Não nos peçam passividade nesse momento. Há uma ditadura de toga nesse País. Não podemos mais dizer que vivemos numa democracia e agora só temos um caminho: a rebelião cidadã e a desobediência civil", afirmou Lindbergh. "Vão fazer o quê? Prender o Lula? Vão ter de prender milhões de brasileiros antes."

O discurso é um ato de insanidade e profundo desrespeito, incompatível com quem exerce um mandato de senador da República.

Um grupo de senadores estuda representar Lindbergh junto ao conselho de Ética no Senado por apologia ao crime, informa o Jornal da Cidade On Line.


Veja o vídeo:



Gleisi, a rainha do “Fake News”, irresponsabilidade e mentiras


A senadora Gleisi Hoffmann propaga postagens na internet da mesma maneira que desempenha o seu medíocre mandato parlamentar, com absoluta irresponsabilidade, sem qualquer compromisso com a verdade, objetivando tão somente os seus interesses pessoais.

Somente neste mês de janeiro, pelo menos duas ‘fake news’ foram largamente repercutidas pela petista.

A primeira foi hilariante. Uma faixa num estádio da Alemanha com os dizeres ‘Forza Luca’, homenageava um torcedor italiano, em estado de coma, vítima de violenta agressão numa partida de futebol. A foto da tal faixa foi sabotada, ‘Forza Luca’ virou ‘Forza Lula’ e Gleisi divulgou como se fosse um apoio internacional ao meliante petista, na véspera de seu julgamento. 

Veja abaixo:



Desta feita, a trêfega senadora divulgou em seu Twitter que o ‘presidente’ da ONU, Antonio Guterrez, classificou como atitude ditatorial a apreensão do passaporte de Lula, relatou o Jornal da Cidade On Line.

Veja a postagem:



O “domínio político” de Paulo Melo sobre o Detran-RJ

Acusado de ter recebido R$ 54 milhões do esquema da Fetranspor, entidade que reúne as empresas de ônibus do Rio, o deputado estadual Paulo Melo (PMDB), preso há dois meses com Jorge Picciani e Edson Albertassi, mantém influência em cargos da área de transportes, informa O Globo.

Carla Adriana Pereira, uma ex-funcionária da Alerj que trabalhou com Melo, ocupa hoje uma das diretorias do Detran e recebe um salário líquido de R$ 10,7 mil.

Ela é casada com Magno Cezar Motta, que é lotado no gabinete de Melo na Alerj com um salário de R$ 8,3 mil líquidos.


Magno é tio de Franciane Motta, mulher de Melo e ex-prefeita de Saquarema.

Carla e Magno doaram R$ 15 mil cada um à campanha de Melo em 2014.

É a caixinha da gratidão.

Diz o MPF na denúncia:

“Paulo Melo possuí domínio político sobre o referido órgão [Detran], por isso se beneficiou com os contratos para o fornecimento de mão de obra, razão pela qual, inclusive, monitorava os pagamentos das faturas oriundas desses contratos. Além disso, atuava diretamente na seleção do pessoal necessário para ocupar as diversas vagas demandadas nos postos de atendimento do departamento de trânsito do estado, participando da execução do contrato sem ter nenhuma atribuição para tanto.”

Cardozo só refunda o vitimismo do PT

José Eduardo Cardozo também disse que defende uma refundação do PT.

“Eu tenho a visão de que o PT precisa ser reformulado. Mas isso não aconteceu por força da conjuntura. Quando se é atacado, não se encontra tranquilidade para se discutir isso. O PT é carimbado por certos setores desde 2005. O Lula e a Dilma tiveram que responder a essa demonização desde 2005.”

A “demonização” a que Cardozo se refere é o escândalo do mensalão, estourado em 2005, que levou parte da cúpula do PT à prisão. Lula e Dilma se safaram da primeira “demonização”.

“Desastroso para o país” é a impunidade, Cardozo

José Eduardo Cardozo  disse ao Globo que a decisão do TRF-4 de aumentar a pena de Lula “já era esperada no mundo jurídico”.

“Agora, isso não retira dessa decisão um caráter politicamente desastroso. Está valendo tudo. No fundo, é como se fosse um julgamento político, permeado por circunstâncias jurídicas. Esse processo eleitoral sem o Lula, a partir de uma situação bastante discutível, terá sua legitimidade questionada antes de começar. O resultado disso para o país será desastroso se o Lula for impedido de participar dessa forma. Seus adversários deveriam querer derrotá-lo nas urnas. E não com uma decisão judicial que não convence.”

Os adversários até querem derrotar Lula nas urnas. Mas Justiça se faz nos tribunais, advogado.

Voto não é salvo-conduto de ladrão; e condenação de petista nunca “convence” petista algum.

Desastroso para o país é a impunidade.


Em degradante depoimento, filósofa petista diz que é a favor do assalto ( veja o vídeo)


A condenação de Lula fez com que aqueles ditos ‘pensadores’ petistas perdessem totalmente a lógica, a sanidade e o bom senso.

Marcia Tiburi, uma revelação da esquerda, outrora tida recentemente como uma mulher inteligente, enlouqueceu completamente.

‘Dentro de uma lógica tão injusta’, como ela diz, a filósofa defende o assalto.

Inadmissível!

Onde vamos parar?

Só vendo o vídeo.

É realmente inacreditável.

Veja o vídeo:

A ingrata surpresa preparada para Lindbergh (Veja o Vídeo)


A vida não anda nada fácil para o senador Lindbergh Farias.

O mandato senatorial se encerra este ano e a sua situação na corrida eleitoral está péssima. 

Nas pesquisas até agora realizadas, o petista não passa da 7ª colocação. Tudo indica que não tem a mínima chance de reeleição.

Há quem dia que pelo ‘foro privilegiado’ ele deve disputar outro cargo, deputado federal ou estadual.

Sem o foro, terá que responder na Justiça comum a acusações de crimes de responsabilidade contra o sistema financeiro, quadrilha e corrupção. 

Veja abaixo a extensa lista de Lindbergh: 

Ação penal 679 – Recusa, retardamento ou omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura de Ação Civil Pública (Data de autuação: 12/04/2012)
Inquérito 3079 – Crimes da Lei de Licitações (Data de autuação: 08/02/2011)
Inquérito 3121 – Crimes contra a ordem tributária (Data de autuação: 17/03/2011)
Inquérito 3124 – Crimes da Lei de Licitações (Data de autuação: 18/03/2011)
Inquérito 3135 – Crimes de responsabilidade/crimes da Lei de Licitações/emprego irregular de verbas ou rendas públicas (Data de autuação: 24/03/2011)
Inquérito 3163 – Improbidade administrativa (Data de autuação: 18/04/2011)
Inquérito 3223 – Crimes da Lei de licitações (Data de autuação: 08/06/2011)
Inquérito 3334 – Crimes de responsabilidade/crimes da Lei de Licitações (Data de autuação: 21/10/2011)
Inquérito 3371 – Crimes da Lei de Licitações (Data de autuação: 22/11/2011)
Inquérito 3375 – Crimes da Lei de licitações (Data de autuação: 01/12/2011)
Inquérito 3497 – Crimes da Lei de licitações (Data de autuação: 04/06/2012)
Inquérito 3511 – Peculato/Crimes da Lei de Licitações (Data de autuação: 04/07/2012)
Inquérito 3595 – Crimes contra o sistema financeiro nacional/emprego irregular de verbas ou rendas públicas/quadrilha ou bando (Data de autuação: 25/01/2013)
Inquérito 3607 – Crimes contra as finanças públicas crimes da Lei de Licitações (Data de autuação: 13/02/2013)
Inquérito 3616 – Crimes da Lei de Licitações/corrupção passiva (Data de autuação: 13/02/2013)
Inquérito 3618 – Corrupção passiva /competência (Data de autuação: 15/02/2013)

Assim, não foi sem motivo que este final de semana o tal ‘Lindinho’ amargou uma desconfortável surpresa a bordo do avião.

Veja o vídeo:


No retorno das férias, indo para sua terra natal, Gilmar é escrachado (Veja o Vídeo)


Mais conhecido como "Ministro Lactopurga", Gilmar Mendes finalmente deixou de lado os jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) e embarcou no voo 3810 da LATAM Airlines, com destino a Cuiabá, no último sábado, 27 de Janeiro de 2018.

Achou que viajaria tranquilo entre seus conterrâneos mato-grossenses. No entanto, foi necessário chamar a Polícia Federal - PF para garantir seu desembarque no Aeroporto Internacional de Cuiabá.

Vejam só como ele foi tratado por Sua Excelência, o Povo Brasileiro.




(Jornal da Cidade On Line conteúdo)

Maria do Rosário, insana, compara condenação de Lula com extermínio de jovens (Veja o Vídeo)

A falta de responsabilidade e de compromisso com a verdade por parte de parlamentares petistas é temerária e assombrosa, beirando a insanidade.

A condenação de Lula pode até ser criticada, pautando aspectos técnicos e jurídicos, jamais através de ofensas gratuitas a autoridades constituídas.

Da mesma forma, a condenação de Lula pode até ser alvo de lamentações. Os petistas tem esse direito, mas jamais ser comparada ao ‘extermínio’ de jovens inocentes. 

Abaixo, veja o discurso da deputada Maria do Rosário. Como pode ofender e profanar absurdos tão desmedidos e infames?

Passou da hora de internar, não?

Veja o vídeo:



Jornal da Cidade On Line conteúdo

Ciro Gomes, pré candidato à Presidência da República em 2018, "gentilmente" solicita que manifestantes saiam da frente de sua casa.



fonte: Revista Época


Filho de deputado tatuado, sem curso superior, é nomeado delegado federal


O deputado Wladmir Costa, que ficou conhecido ao ‘tatuar’ o nome do presidente Michel Temer, acaba de ser devidamente recompensado por sua notável fidelidade.

O filho de Wlad, um garoto de apenas 22 anos, que nunca trabalhou, não tem curso superior e tampouco qualquer experiência, vai ocupar no estado do Pará a função de Delegado Federal da Secretaria Nacional do Desenvolvimento Agrário.

No cargo, Yoraan Costa terá a incumbência de titularizar as terras fundiárias, fomentar e incentivar a produção rural em todos os 144 municípios paraenses e gerenciar recursos na ordem de R$ 100 milhões.

Em seu perfil nas redes sociais, Wlad comemorou. Veja abaixo:




A nomeação do garotão já foi devidamente publicada no Diário Oficial da União. Eis o ato:




Esse governo virou mesmo uma verdadeira ‘esculhambação’, protetor de apaniguados e sem qualquer senso de responsabilidade.

É lamentável e extremamente preocupante.

(com Jornal da Cidade On Line conteúdo)




A falcatrua do STF para livrar Lula da prisão


Eu fico só imaginado o que aconteceria se qualquer pessoa, natural ou jurídica, da sociedade civil, sentasse no banco dos réus do STF por ter praticado uma ilegalidade e uma  imoralidade do tamanho dessa que o STF estaria arquitetando para salvar Lula da prisão, apesar da sua condenação em 1ª Instância, e  confirmação  no TRF-4, possivelmente abrindo-lhe  caminho para concorrer à Presidência da República, mesmo que passando por cima da lei da “ficha limpa”.

Como “ditadores” da lei e da “moral”, certamente algum hipotético infrator qualquer  a ser  julgado pelo Supremo pegaria uma condenação com a pena máxima pelo seu crime, se fizesse o mesmo que esse tribunal  está fazendo, escapando da pena de morte ou da prisão perpétua somente por estarem essas penas  banidas pela Constituição.

O pior de tudo é que “eles” estão de certo modo admitindo, e nem mesmo desmentem a montagem dessa arquitetura diabólica que lhes é atribuída. Ai vale lembrar como Rui Barbosa tinha razão, ao afirmar que “a pior ditadura é a do Poder Judiciário. Contra as suas decisões não há a quem recorrer”.                                           
É por essa razão que as Forças Armadas devem ficar em permanente vigília, e mesmo “prontidão”, para acionamento da excepcionalidade prevista no artigo 142 da Constituição, quando e se isso ocorrer. Por isso a chamada intervenção militar, ou constitucional, não possui qualquer ilegalidade. Ao contrário, ela está claramente autorizada pela Constituição. 

Portanto ela é “constitucional”. E ela só depende da vontade e iniciativa do próprio Poder Militar, quando se tratar de proteção aos Poderes Constitucionais e defesa da pátria, independentemente de requisição dos Poderes Constitucionais, que seria necessário tão somente quando se tratasse de necessidade de manutenção da lei e da ordem, distinção essa que muitos ainda não conseguem fazer.                  
E no caso o papel “intervencionista” das Forças Armadas equivaleria a um mero “instrumento” do povo brasileiro para fazer valer o seu direito de exercer o poder instituinte e soberano, como claramente lhe é atribuído na Constituição (“todo o poder emana do povo...”).

Aplicar-se-ia, então, ao Supremo Tribunal Federal, com todas as letras, o sábio brocardo popular: “Faças o que eu digo, mas não o que eu faço”. Daria no mesmo que o Supremo subir num palanque em praça pública, totalmente “nu”, e ali discursar para o povo pregando “moral”.

Essa verdadeira “armação” que preparam para salvar Lula, o maior corrupto que o Brasil já conheceu, é cercada por toda espécie de NULIDADES, não podendo ser recepcionada como válida no mundo jurídico.                             
Os VÍCIOS DE CONSENTIMENTO presentes nessa “armação” se enquadrariam perfeitamente no Capítulo V do Código Civil Brasileiro, que trata da “invalidade do negócio jurídico”.  

Ora, o STF, apesar de “supremo”, também pratica negócios jurídicos, como qualquer outra pessoa. Por conseguinte igualmente estará sujeito à invalidade dos seus próprios negócios jurídicos. 

O inciso III do art.168 do Código Civil Brasileiro, preceitua que é nulo o ato jurídico quando “o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito”. Prossegue dispondo no inciso VI do mesmo artigo que o mesmo acontece quando “tiver por objetivo fraudar lei imperativa”. Não bastassem tais disposições, o art.167 do CC “mata” a questão: “É nulo o ato jurídico simulado”.

Só mesmo uma “anta” poderia cogitar que toda essa armação feita para salvar Lula não configuraria um legítimo “ato jurídico simulado”. 

Portanto, se isso vier a acontecer, e tudo caminha nessa direção, essa decisão de salvar Lula seria NULA DE PLENO DIREITO, não podendo ter eficácia válida no mundo jurídico, “apesar” de partir do Supremo.

Mas para que se escapasse da cruel fatalidade antevista por Rui Barbosa, somente o Poder Militar teria a força necessária para declarar nula essa arbitrariedade criminosa do Supremo Tribunal Federal, “intervindo” para dar um basta em todas essas ilicitudes. Jamais se poderia conceber que esse reconhecimento partisse do próprio “criminoso”.

por Sérgio Alves de Oliveira, advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS

Jornal da Cidade On Line conteúdo

Incitação à desobediência é crime e não está coberto pela imunidade parlamentar, dizem especialistas

O lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Lula à Presidência, nesta quinta-feira, 25, em São Paulo, foi marcado por discursos que pregam desobediência a decisões judiciais, segundo avaliação de advogados, constitucionalistas e juristas. Na quarta, 24, o petista foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo Tribunal da Lava Jato, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) – os desembargadores da 8.ª Turma da Corte aplicaram pena de 12 anos e um mês de prisão em regime fechado a Lula.

O ex-presidente reagiu e disse não ter ‘nenhuma razão’ para respeitar a decisão.

Fernanda de Almeida Carneiro, criminalista e professora do curso de Direito Penal Econômico, do IDP-São Paulo, o Código Penal tipifica, em seu artigo 330, a conduta de desobedecer à ordem legal de funcionário público, cominando pena de detenção de 15 dias a 6 meses e multa.

“Em tese, portanto, conclamar que alguém desobedeça a uma decisão judicial configuraria incitação pública à prática de um crime, prevista no artigo 286 do mesmo diploma legal”, considera Fernanda.

Lindbergh Farias (RJ), líder do PT no Senado, foi enfático, após a condenação de Lula. “Não tenho ilusão de que vamos achar saídas por dentro das instituições. Vamos derrotar esse golpe com uma liminar judicial? Não. Só temos um caminho, que são as ruas, as mobilizações, rebelião cidadã, desobediência civil.”

Fernanda Carneiro observa que ‘parlamentares gozam de imunidade, conferida por nossa Constituição Federal em seu artigo 53, que estabelece que deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por seus votos, palavras ou opiniões’.

Ela ressalta, porém, que a imunidade parlamentar não é absoluta.

Para o advogado constitucionalista Adib Abdouni, a manifestação pública de Lindbergh ao ‘pregar a desobediência, configura crime contra a paz pública e uma intervenção ilegal de um membro do Legislativo com o intuito de intimidar o Poder Judiciário’.

Oito dias antes do julgamento do ex-presidente no TRF-4 a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse que para Lula ser preso ‘vai ter que prender muita gente, mais do que isso, vai ter que matar gente’.

Sobre o que disse Gleisi – ‘vai ter que matar gente’ -, Adib entende que é uma incitação aos militantes do PT. “Nos dois casos, a imunidade parlamentar não cobre as incitações reveladas pelos parlamentares. Estes, como detentores de mandato, são obrigados a respeitar as leis que eles mesmos produzem para a sociedade, não podendo gerar a quebra da harmonia entre os poderes da República.”

O criminalista Daniel Bialski, sócio do Bialski Advogados, entende que a atitude de alguns líderes e membros do PT ultrapassou o limite da crítica aceitável e poderia ser classificada em verdadeira coação no curso do processo.

“O que se viu depois do veredicto do TRF-4, infelizmente, foi pior. Comparações indevidas, inadequadas e esdrúxulas, querendo passar para a população a ideia de que vivemos numa anarquia. É triste. As pessoas leigas, alguns mais politizados e letrados podem até não concordar com as decisões jurídicas proferidas, mas todos nós devemos respeitá-las”, diz Bialski.

“O processo obedeceu aos princípios constitucionais, a defesa não foi cerceada e se o mérito da decisão foi contrário aos anseios deste grupo, é na própria Justiça que se deve buscar a reparação”, segue o advogado.

Para Bialski, ‘inaceitável é ver parlamentares, sob o manto de uma aparente imunidade, incitar a população, propalar a desobediência, causar baderna e até desrespeito’.

“Tais discursos não são e nem poderiam ser acobertados pela posição política ocupada e devem ser investigados no foro próprio, privilegiado, entretanto competente para apurar atos cometidos por estas pessoas. Acreditar e respeitar a Justiça, independente e apolítica, é um dos preços que se paga por viver aqui.”

Vera Chemim, advogada constitucionalista, afirma que a imunidade de um parlamentar se restringe às suas palavras, opiniões e voto no âmbito das duas Casas do Congresso Nacional. “Isso equivale a afirmar que ele só tem imunidade enquanto interagir nas sessões. Portanto, a imunidade civil e penal não alcança os atos ou palavras fora do Congresso.”

O advogado e cientista político Marcus Vinicius Pessanha, do Nelson Wilians e Advogados Associados, considera que a atitude dos seguidores do ex-presidente Lula ‘intensifica a politização de um julgamento técnico-jurídico, cujas provas foram examinadas à exaustão em duas instâncias judiciais’.

“Incitações à violência, à rebelião, à desobediência dentre outros gritos de ‘ordem’ vistos nos últimos dias podem levar à radicalização de ânimos já exaltados, o que contraria frontalmente o princípio do Estado de Direito e os valores da República insculpidos na Constituição Federal”, argumenta Pessanha.

“Não se pode ignorar que em razão da crise econômica, do desemprego e dos índices de violência, só para citar algumas mazelas enfrentadas todos os dias pela população, o tecido social apresenta uma tendência para o esgarçamento, o que deve ser evitado a todo custo.”

Para o cientista político, ‘é preciso, agora, ter comprometimento com o país e com as instituições democráticas, colocando o bem-estar da população acima dos projetos pessoais ou das legendas e ideologias’.

“Todos falam em pacificar o país, mas chegou o momento de sair das palavras para as atitudes, cabendo às lideranças políticas mostrar sua grandeza neste sentido, sob o risco de serem apequenadas pela história”, recomenda Marcus Vinícius Pessanha.

O advogado Rodrigo Meyer Bornholdt, sócio constitucionalista da Bornholdt Advogados e autor do livro ‘Liberdade de expressão e direito à honra: uma nova abordagem no direito brasileiro’, avalia que ‘se trata de discurso ainda vago, com forte carga emocional e uma democracia exige ampla possibilidade de manifestações políticas, especialmente por parte de figuras públicas’.

“A própria noção de desobediência civil é vaga. Qual ato concreto de desobediência o senador Lindbergh Farias defende? Se, em determinado momento, ele concretamente tentar evitar o cumprimento de uma decisão judicial, aí sim ele eventualmente estaria extrapolando da imunidade que possui”, argumenta Bornholdt.

“Se as coisas fossem tomadas de modo tão rígido, nenhum senador poderia, por exemplo, defender uma nova Constituinte, pois isso também significa uma ruptura com a ordem constitucional estabelecida. E o livre debate é da essência da democracia, é constitutiva desta!”

Para Rodrigo Meyer Bornholdt, a crítica do senador, da qual ele discorda, embora também entenda que a decisão contra Lula foi equivocada, ‘é uma manifestação que ainda está na ordem dos debates, do livre jogo de opiniões próprio a um Estado Democrático de Direito’.

“É importante ter em mente que a livre comunicação é parte integrante do princípio democrático, devendo-se sempre levar em conta o ‘efeito intimidatório’ (chilling effect) que o cerceamento da liberdade de expressão pode acarretar, como bem ensina a Suprema Corte americana”, afirma.

Bornholdt diz que ‘a liberdade de expressão apenas poderia ser suplantada por outro interesse público relevante, como, no caso, a exigência de cumprimento da decisão judicial, se concretamente estivesse impedindo sua efetivação’.

“Assim, a liberdade de expressão deve ser assegurada especialmente ao senador, mas não só a ele, também a qualquer brasileiro que não goze de imunidade parlamentar e que esteja a manifestar seu descontentamento com a decisão”, sugere o constitucionalista.

Fim de espetáculo para Cris: Lula deve trocar de advogado


Lula gosta muito de Cristiano Zanin, se afeiçoou ao genro de seu velho compadre Roberto Teixeira.

Quando ambos estão em São Paulo, normalmente almoçam juntos, ficaram muito próximos, em meio a esses embates jurídicos envolvendo o ex-presidente.

O advogado tecnicamente é fraco, despreparado, de parcos conhecimentos e extremamente imaturo, um verdadeiro bobalhão, anestesiado pela repentina fama.

Nos meios jurídicos, Cris virou motivo de chacota.


De qualquer forma, ele faz o que Lula gosta. Vai para o embate, afronta, ofende, desrespeita, sem ética e decência. Joga para a platéia, sem grande eficácia para o sucesso da causa


Porém, suas constantes derrotas, principalmente para o juiz Sérgio Moro, e a condenação por unanimidade no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) fizeram aumentar a pressão de aliados e advogados próximos do petista por ao menos um reforço na equipe de defesa.

Cris pode até continuar integrando a defesa, mas certamente vai perder a liderança.

Tudo indica que o lugar será ocupado por Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pertence é próximo da atual presidente do STF. Ele teria sido a primeira pessoa a sugerir o nome de Cármen Lúcia para Lula, em 2006.

Neste momento, com Lula na iminência de ser preso, será mais uma desesperada cartada.


Jornal da Cidade On Line conteúdo

Margaret Thatcher: Não existe essa coisa de dinheiro público

Margaret Thatcher: Não existe essa coisa de dinheiro público, todo o dinheiro arrecadado pertence aos pagadores de impostos

COM A ESTRELA NA LAPELA – E CONDENADO A DOZE ANOS

Não posso deixar de dividir com os leitores do IL minha satisfação com o julgamento do recurso do ex-presidente, mandatário, monarca extra-oficial do Brasil e baluarte da baixeza atrevida Luiz Inácio Lula da Silva, no TRF-4 que, pelo placar unânime de 3 x 0, confirmou a sentença contra ele em segunda instância e aumentou sua pena para doze anos.
Cresci assistindo a esse senhor transitar da quase unanimidade nacional à execração, depois do processo de devastação do país que comandou. Desde que me entendo por cidadão minimamente consciente, não me recordo de um Brasil em que sua figura não tenha sido protagonista. Desde o começo, porém, um protagonista infame, imoral e inescrupuloso, cuja única proposta é estabelecer um império criminoso do bolivarianismo na América Latina sob patrocínio da cleptocracia lulopetista brasileira.
Tivemos um lamentável histórico de larápios e populistas que conseguiram escapar das teias da justiça humana – um deles, inclusive, um ditador que não sofreu qualquer castigo pela sua tirania e, pela via do suicídio, imortalizou-se como falso herói, deixando seus apaniguados e herdeiros em posição privilegiada para se manterem no poder. Desta vez, a história há de ser diferente e o Brasil decente há de triunfar.
Neste capítulo de decadência de sua aventura maligna – e glorioso para a sociedade brasileira em seu esforço por fazer com que a lei, nada mais do que a lei, seja para todos -, Lula teve seu estilo político perfeitamente diagnosticado pelos desembargadores, ainda que seu mérito fosse a questão específica do tríplex e não toda a abrangência do assalto lulopetista à pátria.
Leandro Paulsen, por exemplo, asseverou que “a eleição e assunção ao cargo não põem o eleito acima do bem e do mal, não lhe permitem buscar fins nem agir por meios que não sejam os legais”. Justíssimo. Porém, o que mais nos chamou a atenção foi a declaração do desembargador Victor Luiz dos Santos Laus:
“Sua Excelência (Lula), em algum momento, perdeu o rumo, passou a confundir suas atribuições de primeiro mandatário talvez com aquelas que no passado lhe conferiam as de presidente partidário”.
Em primeiro lugar, importa deixar claro que, em verdade, Lula não “perdeu rumo” nenhum. Esta é a sua natureza e a de seus próceres, sem que tenha havido qualquer desvio. Sua substância corrupta e totalitária é-lhes inerente ao projeto que desenvolveram e implantaram. Contudo, Laus tem toda razão ao frisar que Lula e sua gente nunca pretenderam representar a nacionalidade. O partido, os “movimentos sociais”, o “exército da estrela vermelha”, são o único “povo” que verdadeiramente importa, não o brasileiro. Essa separação nunca entrou na cabeça do ex-presidente.
Felicitei-me em recordar um dos primeiríssimos artigos que publiquei neste Instituto Liberal, na tentativa de participar, de alguma forma, ainda que modesta, desses esforços por construir um Brasil melhor e arejar as ideias circulantes. O título era justamente “A estrela na lapela”, no não tão distante 2014. De lá para cá, nada mudou nesse aspecto, a ponto de o mesmo conceito aparecer hoje no julgamento.
Contei naquele texto algo que li no livro 18 dias, de autoria de Matias Spektor. Relembro: “O que nos interessa é um fato curioso que Spektor afirma ter acontecido na reunião da equipe diplomática da presidência dos EUA. Bush teria se virado para o assessor de assuntos latino-americanos, John Maisto, e indagado: ‘E aquela estrela vermelha? Você viu aquilo na lapela dele (de Lula)?’, perguntou o presidente a Maisto. ‘É o emblema do partido’, respondeu o assessor. ‘Eu sei que é o emblema do partido!’, exclamou Bush. ‘Mas agora ele é o presidente do Brasil, não do partido’.”
A percepção algo óbvia de Bush, para Lula e os petistas, longe está da obviedade – e nisso reside a nossa tragédia. Disse à época, e tomo a liberdade de repetir: “A estrela vermelha na lapela é um detalhe muito pequeno? Podemos concordar em responder afirmativamente. Mas insignificante? Jamais. Pouco importa o que achemos de Bush, o questionamento que ele fez é provavelmente a mais perfeita síntese da confusão original de nossa esquerda mais canhota (…).
Eles não são capazes de distinguir seu partido, seu grupo, seu ‘coletivo’, da nação – ou melhor, da sociedade. Não compreendem a diversidade do povo, não a toleram, não concebem a discussão e a divergência de opiniões. A sociedade é o partido, a sociedade é a ideologia – e por esse símbolo de um sonho irrealizável, instrumentalizado pela corrupção e pelos interesses pessoais das lideranças, mas nutrido sinceramente pelos ‘idiotas úteis’, tudo vale. Mais por ele que pela bandeira nacional.”
Continua valendo tudo. Agora, Guilherme Boulos grasna ao microfone que seu pessoal vai “incendiar” e “ir para cima” se “pensarem em colocar um dedo” no condenado pela justiça. Gleisi Hoffman fala em ser necessário “matar gente” para prendê-lo. José Dirceu, em substituir palavra por revolta nas ruas. Emídio de Souza, tesoureiro do PT, em pressionar a justiça para que ela, por medo, seja “comedida”. As coisas só pioraram na retórica agora que, desprovidos do controle direto do Executivo e prestes a ver seu último grande símbolo retirado de cena, eles estão ganindo de desespero e querem fazer o cidadão de bem de refém.
Como eles dizem, não passarão. A justiça não foi “comedida”. A lei se impõe. A estrela na lapela está agora condenada – condenada pela lei, condenada pela História. Porém, quanto a esta última condenação, ainda cabe recurso relevante. Quem controlar a narrativa terá a vitória. Por isso, enquanto celebramos o grande triunfo deste 24 de janeiro, precisamos lembrar que ainda temos muito trabalho pela frente. Primeiro, para desfraldar a bandeira dos fatos e não cessar de dizer quem realmente é Luiz Inácio Lula da Silva. Enfatizo: o vilão não pode ser lembrado como herói, como outros o foram. Para cada livro que escreverem difundindo a mentira, precisamos escrever muitos mais documentando a verdade.
Segundo, para demonstrar, pela renovação de mentalidade e de práticas, as qualidades da alternativa que oferecemos para o Brasil. Como concluí naquele artigo, “Bush poderia ter visto apenas uma estrela na lapela. Viu mais, decerto sem saber; viu um símbolo profético de um futuro cujo peso sentimos agora. Mais do que tirar a estrela da lapela, hoje é preciso cortar o elo que a mescla criminosamente com o Estado e, principalmente, com o monopólio de toda a virtude”.
Lula, se não acrescentar novo capítulo à sua vergonha fugindo para algum país chefiado por alguma ditadura camarada, irá para a cadeia. A batalha política e simbólica não há de cessar. Porém, agora estamos aqui. Impedimos, com o impeachment de Dilma, que o Brasil se transformasse em uma ditadura como a Venezuela. Não nos esqueçamos do poder que nós temos – essa é a lição mais importante que tiramos no dia de hoje e devemos, cada um de nós, levar para o resto da vida.

por Lucas Berlanza, publicado originalmente pelo Instituto Liberal

O CULTO À PERSONALIDADE DO MORTO

Há quase 30 anos, um filme passou meio despercebido pelos cinemas brasileiros, e é injustamente desprezado até por cinéfilos. Trata-se de uma comédia muito inteligente e, quem conseguir assisti-lo atualmente pelo streaming, com certeza vai se divertir muito. Trata-se de Um Morto Muito Louco (Weekend at Bernie´s, 1989), dirigido por Ted Kotcheff, cujo roteiro nos permite acompanhar a aventura insólita de dois jovens. Interpretados com brilhantismo por Andrew McCarthy e Jonathan Silverman, eles são convidados para passar um fim de semana na suntuosa mansão de Bernie Lomax, seu chefe, na pele do ator Terry Kiser.
Bem, em resumo, Bernie é morto pela máfia quando eles estavam na casa e, ingênuos e assustados, com medo de levar a culpa, decidem simplesmente que seu anfitrião não morreu. Durante toda a história, eles mantêm o cadáver sob seu controle, como se o corpo ainda tivesse vida. Manipulam-no como uma marionete. É surreal e hilariante, pois ninguém percebe a construção burlesca e até cumprimentam Bernie que, sob a ação das hábeis mãos dos adolescentes, até responde com acenos da cabeça e das mãos.
Essa divertida comédia me veio à cabeça ontem, logo após a confirmação da condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, em tribunal de segunda instância, por unanimidade dos votos dos magistrados. Isso torna sua prisão inevitável e garante sua iminente inelegibilidade. Sendo essa apenas a primeira das demais condenações que, indubitavelmente, surgirão na esteira das quase uma dezena de ações acusatórias que pesam sobre seus septuagenários ombros.

Ou seja, temos aí um morto, politicamente falando. Só que seu capital eleitoral – conquistado parte acidentalmente e parte por estratégia populista bem implementada -, que teimosamente fica ali na casa dos 30 por cento, faz dele um títere nos discursos dos petistas que insistem: o morto ainda está vivo. Fosse eu um chargista, desenharia Gleisi Hoffmann de um lado e Guilherme Boulos de outro tentando carregar o corpo e manter a farsa de um cadáver que anda, senta e ainda cumprimenta as pessoas.
Por falta de ideias que efetivamente se sustentem na prática, a esquerda brasileira transformou seus 13 anos de poder num atestado de fracasso. O conjunto de evidências probatórias não deixa a qualquer julgador outra escolha senão, por convicção indestrutível, condenar Lula. Só não vê isso quem se envenena gravemente com a seiva da ideologia, como o caso do ex liberal Reinaldo Azevedo, gritante fantoche do juiz Gilmar Mendes. Quando aos militantes esquerdistas, só lhes resta o culto à personalidade. Eles só têm Lula. E Lula está morto. O fascismo, em qualquer que seja sua tonalidade ideológica, só sobrevive por algum tempo. E à base de dar ao seu líder o caráter messiânico e divinatório. A América Latina foi ensinada a esperar esse salvador. O eterno sebastianismo da cultura política patrimonialista de nosso continente.
Desde que Nikita Khrushchov, em 1956, denunciou os crimes de Stalin em seu chamado Discurso Secreto – mas cujo título oficial era Sobre o Culto à Personalidade – percebemos com mais clareza como esse vício totalitário vem se repetindo ao longo da história. Adolf Hitler, Benito Mussolini, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro, Nicolae  Ceauşescu, Rafael Trujillo, Kim Il-sung e Kim Jong-il são apenas alguns exemplos, resvalando no “pai dos pobres” e amante do fascismo Getúlio Vargas.
Ainda hoje temos guardadas na retina as imagens do povo arrancando os quadros e estátuas de culto a Saddan Hussein. Numa outra obra cinematográfica que me vem à mente, Adeus, Lenin! (Good bye, Lenin!) um filme alemão de 2003 dirigido por Wolfgang Becker, um filho tem que esconder da mãe, na banda oriental do país, que o muro caiu, o socialismo acabou, e tenta distrai-la quando se vislumbra pela janela uma estátua de Lenin sendo carregada para se juntar aos entulhos do muro derrubado.
Por isso, nós liberais devemos estar atentos para relativizar a disputa pela presidência da República. Muito mais importantes serão as bancadas verdadeiramente liberais que conseguirmos alçar aos parlamentos em todos os níveis. A repetição dos discursos, a aprovação de matérias de interesse de uma sociedade mais livre, os debates entre liberais e conservadores mantendo a esquerda e suas ideias mesopotâmicas relegadas à inexpressividade que merecem.
O fato de ainda não termos um candidato à presidência é um ótimo sinal. Jamais cairemos na esparrela na qual estão metidos os fãs do concurso bolsonarista. Estão a um passo do culto à personalidade e, se a candidatura fracassar, só lhes restará copiar do PT com a farsa do “morto muito louco”.

por Claudir Franciatto, jornalista e escritor.

publicado originalmente pelo Instituto Liberal

DE PRESIDENTE A PRESIDIÁRIO

A persistência de alguns seguidores mostra que, apesar do prazo de validade vencido, o petismo persiste como um potente alucinógeno.
Enquanto apreciava os minuciosos e precisos votos dos desembargadores federais que aumentaram as penas de Lula, eu me lembrava do powerpoint. É, esse mesmo em que você está pensando e que foi empregado pelo MPF, em 2016, para mostrar a rede da organização criminosa já identificada pela Lava Jato, tendo Lula no centro das atividades. Em relação às investigações da força-tarefa, aquele powerpoint representava o conhecido bordão - “Não entendeu? Quer que eu desenhe?”. Pois foi exatamente a posição proeminente de Lula que, neste processo, em grau de recurso, levou os desembargadores federais a lhe agravar a pena. Uma pessoa em tão alta função não poderia fazer tais usos de seu poder.

 Na maioria dos processos contra o ex-presidente, salta aos olhos o fato de tantos empreiteiros e empresários se sentirem devedores a ele dos favores que lhes eram sugeridos ou solicitados: o aluguel do apartamento vizinho ao seu em São Bernardo do Campo, o tríplex de Guarujá e seus equipamentos, o depósito da “tralha” da Presidência, o terreno para o Instituto Lula, os convites para as palestras de alto cachê, a conta corrente no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht e o sítio de Atibaia formam a parte já visível desse iceberg de relações espúrias.

 Lula e o lulismo, o PT e o petismo se consideram protagonistas de um projeto socialista, opção presente em praticamente todos os documentos do partido. O resultado, desde a fundação em 1980, é uma insubmissão à ordem vigente, que acusam de ser burguesa, elitista e desatenta ao bem dos pobres. Lula e o PT estão, assim, do outro lado do muro ideológico que constroem, assumindo-se como protagonistas da justiça social, insubmissos às exigências da moral burguesa, fazendo de seus bandidos “guerreiros” e “heróis”. Eis aí o selfie do lulismo e do petismo, a imagem que reproduzem sem cessar e na qual se veem essencialmente virtuosos. Ela, a autoimagem, “santifica” todas as ações praticadas à margem da lei! Por isso, age o PT dentro e fora das instituições, conforme lhe convenha a cada momento ou circunstância. A regra de ouro é a própria conveniência, sempre vista, mesmo quando puramente pessoal, como subsídio ao projeto revolucionário. E tudo se justifica pela suposta supremacia moral que seria inerente ao projeto político. Se o leitor não percebeu, acabei de traçar um denominador comum a todos os totalitarismos e a seus abusos.

Pois bem, o alto comando e a plebe petista estiveram em Porto Alegre. Enquanto a elite socialista se hospedou no Sheraton, a patuleia acampou num parque, à beira do Guaíba, sob chuva e vento. Enquanto a turma do andar de cima se regalou nas mais sofisticadas churrascarias da cidade, a turma sob a lona, a turma da pobreza que não existe mais, a turma que, segundo Lula, agora “viaja de avião”, foi no cardápio tradicional: sanduíche de mortadela.

Após 14 anos no governo, o legado desse suposto zelo pelos pobres inclui, também, o estrago causado pela propaganda do socialismo, que, mentalmente, arrasta parcela da nação para o atraso. E vai além, exibindo a pobreza que vemos, os 13 milhões de desempregados, a economia em frangalhos, a desastrosa educação pública, os precários serviços de saúde e a criminalidade multiplicando seus indicadores em proporções aterrorizantes. Um dano que talvez não se repare em uma década.

por Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, arquiteto, empresário, escritor e  colunista de dezenas de jornais e sites no país.