domingo, 13 de agosto de 2017

As eternas linhas auxiliares do PT

O PT precisa dos socialistas do PSOL e dos comunistas do PCdoB.
Por isso, apoiou o afrouxamento da limitação de recursos e tempo de TV aos partidos nanicos.
"É bom que partidos como PSOL e PCdoB passem da barreira, porque são partidos efetivos, organizados, que tem representatividade. Não sou tão simpatizante da cláusula, mas votarei a favor", disse Henrique Fontana (PT-RS) ao Globo.

Os ex-colegas Gilmar Mendes e Rodrigo Janot

Janot (de camisa rosa) e Gilmar (à direita, com copo na mão)
foto: Agência Globo
Gilmar Mendes e Rodrigo Janot passaram no concurso do Ministério Público em 1984.

O Globo publica neste domingo uma foto de 20 de agosto de 1988, na qual os então colegas de MP confraternizam com mais dois jovens procuradores à mesa de um barco de passeio pelo Reno, em Colônia, na Alemanha, entre um gole e outro de um barato vinho Riesling alemão.
Quase três décadas depois, com o avanço da Lava Jato sobre o PSDB e o PMDB, o clima amistoso foi para o espaço.
"Nunca fomos amigos. Tínhamos uma relação cordial. Ado, ado, ado, cada qual no seu quadrado", diz Mendes, ministro do STF.
"Nas poucas vezes em que fiz algum comentário, foi como resposta a uma crítica", alega Janot, procurador-geral da República.

conteúdo O Globo

A INTERNAUTA MILITANTE

Na opinião dela, o Temer tem que sair. É um imperativo moral. Tão imperativo moral quanto a prisão de Sérgio Moro, a absolvição imediata de Lula em todos os processos, a execução de Eduardo Cunha, a volta de Dilma, a proscrição da Rede Globo e a capitalização da Carta Capital em joint venture com o BNDES. Posta diante da questão - "Tirar o Temer para pôr quem?" - ela estufa o democrático busto e pede eleições gerais.

A INTERNAUTA MILITANTE
por Percival Puggina
A moça tem um cortejo de seguidores e funciona, naquele grupo, como uma professora de História do Brasil que preferisse o Paleolítico. Ataca as Grandes Navegações, as usinas hidrelétricas, o capitalismo e o "brutal bloqueio" norte-americano a Cuba. Ela descobriu que os coxinhas tiraram a Dilma para "botar o Temer lá" porque ele é o chefe da quadrilha e a Dilma ia estourar o ponto. A cada frase dessas, a galera esgota o estoque daquelas figurinhas "emojis" com palmas, socos, braços musculosos, polegares erguidos, sorrisos e corações. Juro que vi até um burrinho, mas foi coisa de alguém que clicou errado.
Na opinião dela, o Temer tem que sair. É um imperativo moral. Tão imperativo moral quanto a prisão de Sérgio Moro, a absolvição imediata de Lula em todos os processos, a execução de Eduardo Cunha, a volta de Dilma, a proscrição da Rede Globo e a capitalização da Carta Capital em joint venture com o BNDES. Posta diante da questão - "Tirar o Temer para pôr quem?" - ela estufa o democrático busto e pede eleições gerais.
Grande ideia! Para funcionar, há que: 1º) mudar a Constituição; 2º) alterar todos os prazos já definidos; 3º) redigir e aprovar as leis complementares necessárias para regrar o pleito; 4º) feito isso, esperar que o TSE redefina as muitas questões que lhe cabe normatizar a cada eleição; 5º) obter do governo a liberação dos tais R$ 3,6 bi ditos imprescindíveis ao financiamento público da campanha. Sobre o fulano que vai presidir a República durante esse tempo eu só sei que se não for "companheiro" a tal internauta estará na rua com um cartaz "Fora fulano".
Se o Congresso Nacional abraçar a solução proposta pelo elevado discernimento político da moça, é certo que a eleição fora de prazo vai acontecer realmente fora de prazo, lá por 2020. Fica a dica para Maduro, que está muito a fim de evitar uma eleição direta censitária.
Por falar nisso, ela é fã do Maduro. Encanta-se com aquele jeito de Mussolini de opereta e com o vocabulário "bolivariano" de 500 palavras. E está indignada (deve ter ouvido orientações de Gleisi Hoffmann) com as críticas que os coxinhas fazem ao camarada ditador da Venezuela sem terem ido lá para ver o que "realmente está acontecendo". No post seguinte, de modo coerente, recomendou ler o que se escreve lá fora sobre o Brasil.
Tentei explicar que a Câmara dos Deputados não julgou e menos ainda absolveu Michel Temer; esclareci que cabia àquela Casa apenas definir se convinha ou não ao país que o presidente viesse a ser julgado pelo STF naquele momento. E afirmei que novos fatos ou diferentes circunstâncias poderão, no futuro, recomendar decisão diferente. Foi a conta! Recebi um página inteira de emojis malcheirosos e fui bloqueado. Não consegui dizer que em 2005 e 2006, quando estourou o mensalão e a Orcrim se tornou conhecida, 33 pedidos de impeachment de Lula foram protocolados e arquivados na Câmara dos Deputados. Nenhum de parlamentar. Por quê? Os políticos sabiam que havendo eleição logo adiante, um processo de impeachment complicaria a cena eleitoral, administrativa e econômica. As responsabilidades criminais seriam tratadas na Ação Penal 470, no devido tempo e no foro adequado. O que de fato aconteceu. Quem quer o circo pegando fogo está noutro lugar e com a vida ganha.

Temer na rua

Michel Temer, desde que foram publicados os grampos de Joesley Batista, divide os movimentos de rua.
Rogerio Chequer, do Vem Pra Rua, disse à Folha de S. Paulo que ele tem de ser investigado:
"A única posição possível de um movimento que defendeu a queda da Dilma é defender, no mínimo, a investigação do Temer".
Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, argumenta que o afastamento de Michel Temer não mudaria nada:
"O herdeiro político natural seria o Rodrigo Maia. Tirar o Temer não seria combater a corrupção porque você iria manter outro cara investigado e os mesmos ministérios".
Rodrigo Maia, assim como Michel Temer durante o impeachment, não é a escolha de ninguém – exceto da Carta Constitucional.

Ticiana, bela, rica, frustrada e arrasada

Amigos de Ticiana Villas Boas dizem que ela não está nada bem.

Repentinamente sua vida sofreu uma mudança radical. A esposa do empresário Joesley Batista está arrasada.

Para acompanhar o marido no sentido de que ele se livrasse da cadeia, teve que largar mão de todas as suas conquistas.

Ticiana era tida e havida como excelente profissional e estava em ascensão, com o programa que apresentava no SBT – Bake Off Brasil - aumentando os seus pontos ante a concorrência e transformando-se em sucesso de audiência.

A indignação de Ticiana ficou latente ao optar pela defesa de Patrícia Abravanel em detrimento do próprio marido, colocando em risco a própria delação premiada do grupo JBS.

Hoje, sente-se prisioneira, enclausurada nos Estados Unidos, permanentemente sem a companhia do marido e vítima de comentários de toda ordem, a grande maioria denegrindo a sua imagem.

Ela está quase convencida de que o casamento dos sonhos com Joesley Batista foi um péssimo negócio.

Perdeu a profissão e está com sua honra e dignidade seriamente ameaçadas.

E, pior, percebeu que o grande empresário com quem casou é também um grande bandido.

Vanessa Mallmann

fonte: jornal da cidade online

DOCENTES DA UERJ DESABAFAM DIANTE DA CRISE, MAS COLHERAM O QUE PLANTARAM

Passaram a vida toda pedindo Estado grande, intervencionismo, gastos exagerados em todos os setores do governo, militaram contra políticas de austeridade e responsabilidade financeira. Acharam lindo ver governos durante anos usando a máquina pública como bem queriam, sem limites, e ainda atacavam o capitalismo que é o grande meio de produção de riqueza, único meio que sustenta um Estado.
DOCENTES DA UERJ DESABAFAM DIANTE DA CRISE, MAS COLHERAM O QUE PLANTARAM  
por Rodrigo Constantino
Desde o início de 2016, a Universidade do Estado do Rio (Uerj) se tornou o reflexo da derrocada do serviço público no estado. Não pelos servidores, mas pelas condições de trabalho imposta a eles. O EXTRA conversou com quatro docentes da universidade, que somam prêmios e titulações internacionais, para saber de cada um o sentimento frente ao atraso dos salários — maio e junho não foram pagos, além do 13º de 2016 —, os problemas estruturais da universidade e o futuro nada promissor. Nesta semana, por sinal, a reitoria da universidade suspendeu o ano letivo até o fim de 2017.
Diretor do instituto de Geografia Hindenburgo Francisco Pires, de 60 anos, 27 deles dedicados à Uerj, teme pela representatividade alcançada pela instituição ao longo dos últimos anos em função da dedicação dos servidores.
— A gente vê tudo o que construímos desmoronar. Os investimentos ao longo dos anos em pesquisa estão sucumbindo . A universidade conseguiu ser referência no país, e fora dele, pelo corpo acadêmico — lamentou o diretor.
Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação, Stela Guedes Caputo, de 50 anos, traduz o sentimento de muitos outros servidores.
— Sinto revolta. Trabalhamos muito para nos constituirmos professoras, uma formação que não é fácil, é longa e dispendiosa. Não podemos chegar agora, já nessa altura da vida e pensar como recomeçar — desabafou.
A primeira reação ao ler essa reportagem é sentir um misto de pena e revolta. Mas logo depois a razão vai dominando as emoções, quando lembramos que a Uerj tem sido um antro de doutrinação ideológica, ao lado de quase todas as federais e estaduais do Brasil. Tomadas por militantes esquerdistas disfarçados de professores, essas universidades se transformaram em palco para todo tipo de proselitismo ideológico e partidário, inclusive cometendo crimes para tanto.
Alguém poderia questionar: “Ok, entendo perfeitamente sua revolta, mas e os professores em particular, vão todos pagar pelos erros de alguns?” Pergunta legítima, claro. Não podemos generalizar. Ocorre que nesse ambiente só os que aceitam jogar o jogo avançam. É raríssimo ver professores de fora do “sistema” construindo carreiras promissoras, até porque os responsáveis pelas promoções são também marxistas em sua grande maioria.
E, surpresa!, parece ser justamente o caso dos quatro docentes entrevistados pelo jornal. Everton Rodrigues, do Students For Liberty Brasil, fez uma pesquisa pelos perfis deles, e eis o que encontrou:
O Jornal Extra fez essa matéria entrevistando 4 professores da UERJ, que estão em situação triste, sem salários e sem perspectiva de melhoras.
Aí eu fui procurar um por um esses professores no Facebook. Hindenburgo Francisco Pires, compartilha video do Jean Wyllys. Stella Guedes Caputo tem fotos em Cuba no monumento do Che Guevara. Bruno Sobral tem várias fotos em protestos de esquerda e compartilha postagem do sites aliados à esquerda. Inês Barbosa Oliveira tem foto da Dilma no perfil e logomarca do PSOL50, fora aquele papo todo de governo golpista.
Resumo da ópera: Não dá pra ter dó, não consigo. Passaram a vida toda pedindo Estado grande, intervencionismo, gastos exagerados em todos os setores do governo, militaram contra políticas de austeridade e responsabilidade financeira. Acharam lindo ver governos durante anos usando a máquina pública como bem queriam, sem limites, e ainda atacavam o capitalismo que é o grande meio de produção de riqueza, único meio que sustenta um Estado.
Tudo o que é gasto eles apoiam freneticamente (SUS, PAC, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, FIES, ProUni, Ciências Sem Fronteiras, bolsa isso, bolsa aquilo, auxílio disso, auxílio daquilo, concurso desse, concurso daquele outro, Copa, Olimpíadas, etc etc) e na outra ponta tudo o que é meio de fazer economia ou gerar caixa eles são contra ( Reforma previdência, privatizações etc), e também nunca acharam grande problema os prejuízos recorrentes de estatais como a Petrobrás, Eletrobras e Correios. É como se o dinheiro caísse do céu.
Agora que tudo ruiu, que tudo veio abaixo, que o sistema faliu e sobrou dívida pra todo canto, agora ficam de choro com cara de criança que colocou o dedo na tomada e se arrependeu. Só que esses são adultos, acadêmicos, educadores… É triste, mas é bem feito. O pior de tudo é que nem assim aprendem, nem assim….
Ideias têm consequências. Quem planta vento colhe tempestade. Não dá para ficar pregando o socialismo a vida toda, aplaudindo aumento de gastos públicos, condenando privatizações, atacando o livre mercado, defendendo mais impostos, e depois reclamar quando a grana acaba. O socialismo dura até o dinheiro dos outros acabar. E ele sempre acaba sob tal mecanismo perverso de incentivos.
Já alertei aqui várias vezes que mesmo os funcionários públicos, da classe claramente privilegiada em nosso país, deveriam defender mais capitalismo, reformas estruturais e redução do estado, ainda que à custa de alguns benefícios. É que se o peso dos parasitas ficar demais para os hospedeiros, todos saem perdendo, eventualmente até os parasitas. Se matarem a galinha dos ovos de ouro (capitalismo), matam também os ladrões de ovos de fome (socialistas).

fonte: Gazeta do Povo

Ex-ministra alemã defende independência do Judiciário e diz que escolha de ministros do STF deveria ser alterada

A jurista Herta Däubler-Gmelin, ex-ministra da Justiça da Alemanha (1998-2002), afirmou em São Paulo que "há dúvidas cada vez maiores" sobre se o Judiciário brasileiro coloca o país na lista de lugares onde o Estado de Direito não é respeitado.

Em visita a SP para participar de uma série de conferências organizadas pela Fundação Friedrich Ebert sobre a relação entre Justiça e democracia, a ex-ministra defende que o Brasil deveria reformular o modo pelo qual os juízes do STF são escolhidos. Däubler-Gmelin sugere que os magistrados tenham mandatos com prazo determinado e que seus nomes sejam aprovados em votações na Câmara e no Senado por ao menos dois terços dos parlamentares.

Na última quinta (10), ela falou também sobre a crise dos refugiados na Europa e criticou a escalada autoritária dos governos da Hungria e da Polônia.

Leia a entrevista a seguir:

Que relação a sra. acredita que a Justiça deve ter com a política?
É muito importante que a Justiça seja independente. Os governos e os que estão no poder não devem exercer influência sobre tribunais e juízes. E os juízes não devem se imiscuir em debates e questões políticas. Na Alemanha, se um juiz se pronunciar sobre algum debate político, ou sobre um caso que ele está tratando ou que o tribunal do qual ele faz parte pode vir a tratar, ele automaticamente será excluído do procedimento.

No Brasil, há quem questione que ministros do STF, por exemplo, deem entrevistas ou declarações à imprensa sobre casos. Como a sra. vê isso?
Seria inadmissível na Alemanha. Esses juízes não seriam declarados capazes de julgar os processos sobre os quais comentaram. Ainda mais se emitiram juízos em público. Juízes que atuam no Estado de Direito geralmente não se comportam assim. Outros juízes deveriam criticar, dizer que esse tipo de atitude não é correta, todo o público e a mídia diriam que isso é inaceitável.

Como coibir esse tipo de prática?
São necessárias várias medidas urgentes. Primeiro, os meios de comunicação têm de deixar bem claro que esse tipo de juiz não está se comportando como se estivesse em um Estado de Direito, fazendo justiça imparcial.
Em segundo lugar, as associações e organizações de classe também deveriam se manifestar, no sentido de que pré-julgamentos e parcialidade não cabem no Estado de Direito.
Além disso, países como o Brasil ratificaram uma série de acordos internacionais sobre o Estado de Direito e, por isso, o governo atual tem compromissos e obrigações de preservar o Estado de Direito.

Políticos investigados e processados no âmbito das investigações da operação Lava Jato, especialmente alguns ligados ao PT, fazem críticas ao que chamam de parcialidade da Justiça no Brasil. A senhora ouviu essas críticas? Qual a sua avaliação delas?
Viajo muito mundo afora, vejo o que ocorre com o sistema Judiciário na Rússia, por exemplo, e os abusos cometidos lá. Encontramos procedimentos incorretos em vários países.
Até agora, o Brasil não faz parte desse grupo de países. Mas as dúvidas sobre se o Brasil não deveria ser incluído no grupo de países que cometem esse tipo de infrações são cada vez maiores.

Um dos possíveis questionamentos à Justiça brasileira é sobre a maneira pela qual são escolhidos os juízes do STF, com a indicação presidencial e posterior sabatina no Senado, um modelo parecido ao dos EUA. Quais as vantagens e desvantagens desse modelo?
É uma opção da constituição brasileira, mas um sistema que os designasse por um determinado período em vez de por toda a vida teria vantagens.
Defendo que esses cargos tão importantes sejam eleitos pelas duas Casas parlamentares.
As vantagens de uma eleição em base ampla são óbvias. Com isso, assegura-se que os juízes não venham sempre de um mesmo grupo social, da elite, mas sim que todos tenham acesso a essa carreira. Além disso, nesse modelo todos os partidos políticos participem da eleição e possam influenciá-la. Ao limitar tempo de mandato e ampliar a base pela qual os juízes são escolhidos, conseguimos uma composição mais democrática.

Uma eleição desse tipo não poderia politizar o Judiciário?
Não. Se você estipular que precisa haver uma maioria de dois terços tanto da Câmara quanto do Senado para ser eleito, garante uma representação tão ampla que não haverá uma influência pessoal na escolha.

Alguns analistas afirmam que a democracia no mundo está em crise. A sra. concorda com essa afirmação?
Claro que há muita crítica sobre sistemas democráticos em vários países do mundo. Mas essa crítica tem diferentes níveis, é diferenciada.

As críticas que se expressam com relação à democracia no Brasil estão quase todas relacionadas ao comportamento partidário de juízes.
Na Alemanha, se houvesse acusação da Procuradoria-Geral contra o presidente, ele teria de deixar o cargo imediatamente. E ele o faria, certamente, sem demora. Você talvez se lembre do ex-presidente alemão Christian Wulff, que renunciou sob acusações [de corrupção e tráfico de influência, em 2012].
Também seria impossível na Alemanha que uma decisão do parlamento impedisse o prosseguimento da denúncia, como ocorreu no Brasil. Isso tem a ver com os princípios fundamentais da democracia. Os poderosos precisam respeitar a lei.

Na Europa, vemos governos que fazem escaladas autoritárias na Hungria e na Polônia, por exemplo. Como a UE deve atuar nesse sentido?
Tanto na Hungria quanto na Polônia, poderosos que estão no governo tentam usar o sistema jurídico a seu favor com a intenção de perpetuar-se no poder.
A União Europeia não pode aceitar esse tipo de atitude, porque a independência da Justiça é um dos pilares do Estado de Direito e deve ser defendida.
A Comissão Europeia já se pronunciou várias vezes contra os dois casos e iniciou procedimentos contra os governos desses dois países.
O Conselho Europeu também já se manifestou dando advertência aos dois países, criticando-os e exigindo correções.

A senhora é otimista com relação à democracia na Hungria e na Polônia? A União Europeia vai conseguir impedir uma escalada autoritária nesses países?
Na Polônia, podemos observar muito bem que a mídia, diferentemente da brasileira, não está do lado do governo. E a população também resiste e denuncia abusos de poder. Isso é bom.
Na Hungria, também temos meios de comunicação que mostram o que está acontecendo, os abusos do presidente Viktor Orbán e de seu governo. Tudo isso é bom e nos dá coragem.

Como a sra. vê a questão dos refugiados na Europa e como classifica as posições do governo alemão e da UE frente ao tema?
Há consenso entre os partidos no governo na Alemanha de que precisamos combater as causas dos movimentos migratórios. Mas não devemos, obviamente, combater os refugiados.
A vontade de ajudar da população alemã é enorme. Mesmo quando vemos nos meios de comunicação que a extrema direita é contrária aos refugiados. Não podemos nos esquecer de que grande parte da população alemã ajuda e quer continuar ajudando refugiados.
Na UE, o grande problema é que os países onde os refugiados mais chegam, casos como o da Grécia e o da Itália, não estão recebendo o apoio necessário do bloco. Isso precisa mudar rápido e o governo alemão está trabalhando nesse sentido junto à UE.

A senhora é favorável ao sistema de cotas de recebimento de refugiados por país-membro da UE, para uma distribuição mais equilibrada dos fluxos de imigrantes?
Esse sistema foi aprovado pela UE, mas não é respeitado por alguns países. O Tribunal de Justiça da UE determinou que esse sistema é lei e deve ser cumprido.

Mas não vem sendo cumprido.
Por isso devemos nos empenhar. Na Alemanha, todos os partidos, sejam do governo ou da oposição, de esquerda ou de direita, apoiam essa posição com relação aos refugiados. 

Caravana de Lula terá 'escolta' do MST


Militantes de movimentos de esquerda escoltarão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a caravana que fará pelo Nordeste brasileiro a partir da próxima quinta-feira (17). Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e de sindicatos rurais acompanharão, em suas motos, a chegada de Lula às cidades do interior do Brasil.
Lula já se referiu ao MST como seu "exército". 

Segundo petistas, o cortejo tem dupla função: atrair atenção e intimidar os opositores do ex-presidente. Os dirigentes nacionais do MST se dividirão para coordenar a recepção a Lula, que visitará 25 cidades.

Embora a segurança do ex-presidente fique a cargo da GSI (Gabinete de Segurança Institucional), da Presidência, uma equipe do Instituto Lula procurou as Casas Militares dos governos estaduais para discutir medidas complementares para sua proteção.

Presidente do instituto, Paulo Okamotto, afirma que foi um "mero gesto de educação". A assessoria do ex-presidente explica que é um procedimento de praxe.

A Casa Militar do governo de Pernambuco, por exemplo, informou ter recebido solicitação, por parte da Secretaria-Geral da Presidência da República, de apoio operacional à visita.

Em Pernambuco, Lula visitará a comunidade de Brasília Teimosa e participará de ato no parque Dona Lindu. Em Sergipe, fará de barco uma travessia do rio São Francisco. Antes participará de atividade ao lado de mulheres catadoras de aratu.

Em Salvador, embarcará em vagão do metrô ao lado do governador Rui Costa e do ex-ministro Jaques Wagner. Um dos responsáveis pela organização da caravana e vice-presidente do PT, Márcio Macedo, afirma que uma equipe será encarregada de vistoriar as cidades visitadas antes da chegada de Lula.

"Haverá precursora política, de comunicação, e de segurança, como em todos os atos em que o presidente Lula participa", diz Macedo.

Escalado no PT para organização da viagem, Macedo diz também que "a segurança de Lula é compatível com o fato de ele ser ex-presidente da República e a maior liderança política e popular do país".

JANTARES

Ao longo da caravana, o ex-presidente se reunirá com líderes políticos de diferentes matizes partidárias. Na quarta, jantará com o governador Renan Filho e o senador Renan Calheiros (PMDB), em Maceió. Também está prevista uma reunião com integrantes do PMDB da Paraíba, onde se reunirá com o governador Ricardo Coutinho (PSB).

Sua caravana já produziu tremores no Ceará, onde o governador Camilo Santana (PT) é aliado dos irmãos Ciro e Cid Gomes. Potencial candidato à Presidência pelo PDT, Ciro está, segundo aliados, contrariado com a acolhida dedicada a Lula.

Ciro já avisou que não participará de atividades dedicadas a Lula em seu Estado. Ao responder se acredita na hipótese de obter apoio petista na corrida presidencial, Ciro é nada otimista. "Só se eu vencer e passar ao segundo turno, e eles não".

Embora tenha sido condenado pelo juiz Sergio Moro em primeira instância, Lula deu sinais de esperança na manutenção de sua candidatura ao traçar seu roteiro pelo Nordeste. Segundo colaboradores, recomendou que fossem selecionadas cidades que não possa visitar durante a campanha presidencial de 2018.

Lula também pediu um levantamento de todas as realizações dos governos petistas nas regiões visitadas. E fez um pedido: pernoitar em hotéis "para evitar que crianças sejam tiradas de suas camas para acomodar um ex-presidente".

MPF quer esclarecimentos de Maria do Rosário por uso da máquina pública para censurar Gentili

O especialista em defender famosos, o advogado Maurício Bunazar, confirmou em entrevista ao site Justiça Em Foco, sexta-feira (11), que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) terá que prestar esclarecimentos ao Ministério Público Federal (MPF) sobre a representação feita pela parlamentar na Procuradoria da Câmara dos Deputados contra o apresentador de TV, Danilo Gentili.

O apresentador acusa Maria do Rosário de improbidade administrativa ao tentar censurá-lo, usando a máquina pública, no momento em que registrou a denúncia na Procuradoria da Câmara dos Deputados. 

'Foi precipitado considerar atos de 2013 democráticos', diz Lula

O ex-presidente Lula da Silva afirmou em discurso nesta sexta-feira (11) que foi precipitado considerar como democráticas as manifestações que tomaram o país em junho de 2013.

Condenado em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Moro, o petista atacou o magistrado, procuradores da Operação Lava Jato e a imprensa. Disse que vai se candidatar em 2018 e que, caso eleito, fará "a regulação da mídia".

"A Globo não suspendeu novela nem para transmitir enterro do Roberto Marinho [fundador da emissora]. Naquela passeata, ela suspendeu a grade de novela para transmitir ao vivo uma grade do movimento social, sobretudo contra o governo Dilma", disse Lula.

"Esse país não foi compreendido desde o que aconteceu em junho de 2013. Nós nos precipitamos ao achar que 2013 foi uma coisa democrática. Que o povo foi para a rua porque estava muito preocupado com aquela coisa do transporte coletivo", declarou o ex-presidente.

Lula participou do "Ato pela Reconstrução do Estado Democrático de Direito" na Faculdade de Direito da UFRJ, no centro do Rio. Ele estava acompanhado de juristas e petistas críticos ao impeachment contra a ex-presidente Dilma, que também estava no evento.

"Nós não fizemos, e eu errei, quando não fizemos a regulação da mídia. Eles têm que saber que têm que trabalhar muito para não deixar eu voltar a ser candidato. Se eu for candidato, eu vou ganhar e vou fazer a regulação da mídia. [...] Não vou morrer até voltar a governar com vocês este país", disse o petista.

LAVA JATO

O ex-presidente Lula criticou a condução da Operação Lava Jato. Disse que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal submetem suas decisões "ao que a Rede Globo quer que eles façam".

"A Lava Jato não é um processo judicial. O pessoal que compõe a força-tarefa é um partido político", afirmou ele.

Lula afirmou que o processo tem como objetivo atacar o que considera conquistas de seu governo, citando o programa Minha Casa, Minha Vida, construção de escolas técnicas e aumento de renda dos mais pobres. O ex-presidente criticou também movimentos estudantis que se manifestaram, o Reuni, programa de expansão das universidades.

"Meninos representantes da elite, travestidos de esquerdista, quebraram reitoria, invadiram e tentaram bater em professor", disse ele.

"Precisamos outra vez juntar os cacos da esquerda nesse país e voltar a governar", disse ele.

Ele ironizou o que considera o resultado político da atuação da Lava Jato. "Eles ficam inquietos. Porque tudo o que eles fizeram foi parir um [Jair] Bolsonaro."

Dilma afirmou em seu discurso que a proposta de voto distrital para o Legislativo é "uma nova etapa do golpe". 

O socialismo é anacrônico

Jonas Donizette (PSB-SP), prefeito de Campinas e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, falou à Folha sobre o racha do partido e a necessidade de modernizá-lo:
"O DNA do PSB é de esquerda, não tem como mudar. Mas a gente pode encontrar o equilíbrio."
"O estatuto fala em desapropriação de terra. Nem a China comunista tem isso mais! Às vezes parece um dogma, é como se estivesse ferindo as memórias dos antigos líderes."

A ordem de grandeza do Bolsa-Eleição

Pelo menos sete pastas do governo têm um orçamento igual ou menor que os R$ 3,6 bilhões a serem destinados, já em 2018, ao Bolsa-Eleição – o fundo de financiamento público de campanhas eleitorais.
O Antagonista organiza os números levantados pelo Estadão:
– Ministério do Meio Ambiente: R$ 3,8 bilhões;
– Ministério das Relações Exteriores: R$ 3,6 bilhões;
– Advocacia-Geral da União: R$ 3,5 bilhões;
– Ministério de Indústria e Comércio Exterior: R$ 2,6 bilhões;
– Ministério da Cultura: R$ 2,5 bilhões;
– Ministério da Transparência: R$ 986 milhões;
– Ministério do Esporte: R$ 960 milhões;
– Ministério do Turismo: R$ 343 milhões.
"Esses valores correspondem ao orçamento das pastas antes do corte adicional de R$ 5,9 bilhões anunciado pelo governo no fim do mês passado."

Sem terra, com moto?

Os militantes do MST que, como os milicianos de Nicolás Maduro, acompanharão, em suas motos, a chegada de Lula às cidades do interior do Brasil não tem terra, mas tem motos?
É só uma pergunta.

A incompetência de Lula

Declaração de Lula, neste sábado (12), no Rio de Janeiro:
"Quando cresce [sic] emprego e salário mínimo, cresce a contribuição previdenciária. Não podemos aceitar que tentem jogar em cima do trabalhador a responsabilidade pela falta de dinheiro da previdência. É resultado da incompetência dessa gente que está de forma pouco democrática governando o país.”
Dilma Rousseff, a sucessora escolhida por Lula para manter suas políticas, deixou o Brasil com 12 milhões de desempregados.
A competência dessa gente em acabar com o dinheiro do país é mesmo estarrecedora.
Aprendam, trabalhadores.