sábado, 30 de setembro de 2017

LULA PEDIU A JOESLEY PARA PAGAR CUNHA E SALVAR DILMA?

Eduardo Cunha reuniu-se durante quatro horas com Lula e Joesley Batista, às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff.

O objetivo de Lula era convencê-lo a parar o impeachment, segundo disse Cunha à revista Época.

Por que Joesley estaria presente numa reunião dessas?

Única conclusão possível: para pagar Cunha e a bancada do PMDB, a pedido de Lula.

Se Cunha não está mentindo, Joesley precisa entregar Lula.


PT SAI DE FININHO

O PT criticou o STF por afastar Aécio Neves, mas, segundo o Painel da Folha, vai endossar o discurso de que o Senado deve esperar a Corte deliberar a respeito da prerrogativa de o Congresso avalizar medidas contra parlamentares, para definir o destino do tucano.

“Se houver pressão para que Casa se manifeste na próxima semana, os senadores do PT não devem comparecer.”

Em outras palavras: os petistas tentam evitar o duplo desgaste de salvar Aécio e confrontar seus próprios juízes.

SEM LULA, BOLSONARO LIDERA

O deputado Jair Bolsonaro lidera a corrida presidencial de 2018 nos cenários sem Lula, segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas encomendado pela IstoÉ.

Com o prefeito João Doria como candidato tucano, eis o resultado:

Bolsonaro: 19,6%;

Marina Silva (Rede): 15,4%;

Doria (PSDB): 13,5% (em empate técnico com Marina, já que a margem de erro é de 2%);

Joaquim Barbosa: 8,9%;

Ciro Gomes (PDT): 7,4%;

Álvaro Dias (Podemos): 4,4%;

Fernando Haddad (PT): 3,4%;

Henrique Meirelles: 2,3%.


“Quando o candidato do PSDB é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Bolsonaro permanece em primeiro, mas com desempenho ligeiramente melhor”:

Bolsonaro: 20,9%;

Marina: 15,3%;

Alckmin: 9,7% (“3,8 pontos percentuais a menos do que Doria”);

Joaquim Barbosa: 8,9% (em empate técnico com Alckmin);

Ciro Gomes: 7,4%;

Álvaro Dias: 4,6%;

Fernando Haddad: 4%;

Henrique Meirelles: 2,2%.








ESCOLA COM PARTIDO (2)

Em julho de 2016, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, emitiu uma suposta “nota técnica” contra o projeto de lei Escola Sem Partido, na qual defendia abertamente “o fato de a escola ser um lugar estratégico para a emancipação política”.

O fato de que quase metade (45%) dos diretores das escolas públicas do país tenham sido escolhidos apenas por indicação, em geral por políticos, como mostra a Folha, confirma que o lugar é mesmo “estratégico”.

ESCOLA COM PARTIDO

“Quase metade dos diretores das escolas públicas do país foram escolhidos apenas por indicação, em geral por políticos, sem critérios objetivos.”

É o que mostram dados tabulados pela Folha a partir das respostas de 55 mil diretores a um questionário aplicado em 2015 pelo Ministério da Educação.

“Esses dirigentes indicados tendem a possuir pior formação e menos experiência no ensino do que os selecionados por concurso ou eleição.”

Veja o quadro do “Quem indica” (sobre como os diretores são escolhidos):

45% – Indicação apenas;

21% – Eleição apenas;

11% – Processo seletivo e eleição;

7% – Processo seletivo e indicação;

7% – Concurso público apenas;

4% – Processo seletivo apenas.



"FUNARO NÃO TINHA ACESSO AO MICHEL TEMER. EU TINHA", DISSE CUNHA

Esse é só um pequeno exemplo de como Eduardo Cunha se mostra disposto, em sua entrevista à revista Época, a aliviar Michel Temer:

“A delação do Lúcio Funaro foi feita única e exclusivamente pelo que ele ouviu dizer de mim. O problema é que ele disse que ouviu de mim coisas que não aconteceram. Como um encontro dele com Michel Temer e comigo na Base Aérea em São Paulo. Ou esse episódio da véspera do impeachment, de compra de deputados, que o Janot colocou na boca do Lúcio Funaro. Tudo que ele falou do Michel Temer que disse ter ouvido falar de mim é mentira. Ele não tinha acesso ao Michel Temer ou aos deputados. Eu tinha.”

Quem precisa de Antônio Mariz quando tem Cunha em sua defesa?

O JOESLEY POUPOU MUITO O PT

Eduardo Cunha disse à Época que “traria muitos fatos que tornariam inviável a delação da JBS” e que tem “conhecimento de omissões graves”.

“O Joesley fez uma delação seletiva, para atender aos interesses dele e do Janot. Há omissões graves na delação dele. O Joesley poupou muito o PT. Escondeu que nos reunimos, eu e Joesley, quatro horas com o Lula, na véspera do impeachment. O Lula estava tentando me convencer a parar o impeachment. Isso é só um pequeno exemplo.”

Se Joesley “escondeu” a reunião com Cunha e Lula, e uma delação deve focar em episódios que envolvam crimes, Cunha sugere que Lula da Silva cometeu crimes naquela reunião?


O FORO EM DISCUSSÃO NO STF

O Painel da Folha informa que o ministro Alexandre de Moraes devolveu na sexta-feira à pauta do STF a ação que discute o alcance do foro privilegiado, liberando assim o plenário para retomar o julgamento.

“Em junho, o relator do caso, Luís Roberto Barroso, votou para que autoridades só tenham acesso ao foro quando cometerem crimes relacionados ao exercício do cargo e durante o mandato. Três integrantes da corte acompanharam seu entendimento.”

"O CENÁRIO MUDA QUANDO O ELEITOR CONFRONTA CANDIDATURAS ASSUMIDAS"

Disse FHC à IstoÉ:
“Estas pesquisas mostram as especulações dos eleitores hoje. O cenário muda quando o eleitor confronta candidaturas assumidas. Quando deixei o Ministério da Fazenda para ser candidato, em abril de 94, eu tinha 12% e Lula 40%. Em outubro, ganhei com 54% e Lula 30%. Idem em 98. Isso não quer dizer que as pesquisas de hoje sejam inefetivas. Quer dizer que os partidos devem tomar em conta o potencial político-eleitoral dos candidatos e não apenas as pesquisas de hoje.”

Geraldo Alckmin, que hoje aparece 3,8 pontos percentuais atrás de João Doria, curtiu isso.

MELHOR E MAIS BARATO DO QUE REPASSAR PROPINA

Um grupo de empresários vai criar um instituto para financiar a formação de candidatos novatos.

Eles receberiam algo em torno de 5 mil reais mensais e, uma vez eleitos, seriam monitorados pelo instituto.

Melhor e mais barato do que repassar propina para Antônio Palocci.

(O Antagonista conteúdo)

NÃO HÁ CRISE: O JUDICIÁRIO MANDA FAZER E O LEGISLATIVO DESOBEDECE

O ministro Gilmar Mendes disse que não há crise entre os Poderes, apenas uma fricção natural.

De fato, não há mais crise desde dezembro do ano passado, quando Renan Calheiros, com o apoio da Mesa Diretora do Senado, ignorou a liminar de Marco Aurélio Mello que o afastava da presidência do Senado.

O Judiciário manda fazer e o Legislativo desobedece.

DODGE DEVE SE MANIFESTAR SOBRE INQUÉRITO CONTRA TEMER

ministro Luís Roberto Barroso pediu que Raquel Dodge, presidente do STF, se manifeste sobre petições apresentadas pelos advogados de Michel Temer ao Supremo.

A defesa do presidente alega que ele não cometeu nenhuma irregularidade na edição de um decreto que mudou regras no sistema portuário –Rodrigo Janot, o antecessor de Dodge na PGR, o acusa de beneficiar a empresa santista Rodrimar.

Esse é o único inquérito contra Temer correndo no STF atualmente. Das duas denúncias feitas por Janot, a primeira, por corrupção passiva, foi barrada pela Câmara em agosto; a segunda, por organização criminosa e obstrução da Justiça, ainda vai ser analisada pelos deputados.