segunda-feira, 13 de março de 2017

Lula inelegível em 2018. Petista faz muito barulho por nada apenas para antecipar discurso de vítima

O ex-­presidente Lula tem feito muito barulho sobre sua eventual candidatura à Presidência em 2018, mas todo seu esforço para conquistar espaço na imprensa com este vai não vai pode não dar em nada. Em poucos meses, o petista pode estar inelegível e impedido de concorrer a cargos públicos, inclusive para vereador. 

Levando em conta a velocidade com que tramitam outros processos da Operação Lava Jato, o petista deve colher os primeiros resultados de suas falcatruas perante a lei ainda este ano e se tornar inelegível. 

Na média, os processos da Lava Jato julgados em segunda instância consumiram um ano e dez meses desde a denúncia até o veredicto. Lula se tornou alvo das primeiras denúncias criminais no ano passado e hoje já figura em cinco ações penais onde é formalmente acusado de centenas de crimes, Ainda que conseguisse adiar ao máximo as ações que pesam contra ele, Lula tem mais como deter julgamentos já em andamento. A previsão é mesmo que ele se torne inelegível bem antes do período de campanha, entre julho e outubro de 2018. 

A impossibilidade de se eleger está prevista na Lei da Ficha Limpa, que determina que qualquer pessoa condenada por um colegiado não pode se candidatar e, consequentemente, ser eleita. Mesmo considerando o tempo gasto pela Lava Jato no processo mais longo, que consumiu dois anos e sete meses, Lula cai na média. O processo mais rápido consumiu apenas dez meses entre a denúncia e a condenação. Preso ou em liberdade antes do pleito, restará a Lula apenas apoiar os candidatos que mais se alinham aos esquemas do PT nos últimos anos. Só não se sabe se o felizardo será Ciro Gomes ou Marina Silva.

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Recuperação da economia deve demorar cinco anos. É isso que dá votar numa guerrilheira corrupta e incompetente

Não era para ser assim. Embora o IBGE tenha divulgado nesta semana atestam que o Brasil acaba de passar pela pior crise econômica de sua história, não há razão nenhuma para comemorar. O estrago provocado por Dilma, Lula e o PT na economia do país deve deixar cicatrizes profundas em mais de 13 milhões de desempregados e quase um milhão de empreendedores e empresários que viram seus negócios, pequenos, médios e grandes, fechando as portas. 

Segundo o IBGE, a recessão provocada pela corrupção do governo do PT e pela incompetência da ex­-presidente Dilma começou oficialmente segundo trimestre de 2014, quando o produto interno bruto (PIB, a soma das mercadorias e serviços produzidos pelo país) encolheu 9%. 

Com Dilma no comando do governo, indicada por Lula para que ele continuasse a comandar os esquemas de corrupção iniciados em seu governo, a economia voltou para patamares de 2010. Dilma indicou seu ex-­ministro da Fazenda, Guido Mantega, outro incompetente corrupto, para gerenciar as propinas que recebia da Odebrecht para quitar suas dívidas de campanha, conforme delação de Marcelo Odebrecht. 

Juntos, Dilma e Mantega destruíram as finanças públicas públicas e desorganizaram a economia, enquanto roubavam e ocultavam o rombo no caixa da União. Em termos de profundidade, a recessão de agora supera até mesmo a crise causada pelo descontrole da dívida externa, ainda no fim do período militar, e também a crise da hiperinflação e do sequestro da poupança, no governo Collor. Mas quem mandou o povo votar numa ex­-guerrilheira indicada por um ex­-sindicalista corrupto? 

Após assumir o comando do governo, e presidente Michel Temer, que nem é alguém tão brilhante em termos de economia, cumpriu seu dever de casa, apesar de continuar sendo alvo de ataques baixos dos membros do PT e de jornalistas de aluguel a serviço de Lula e Dilma. Sem parecer se importar com os ataques e denúncias ainda não apuradas, Temer montou uma equipe econômica pragmática, negociou ministérios com gente duvidosa apenas para conseguir maioria no Congresso e aprovar as medidas mais urgentes. Apesar dos percalços, o pálido Michel Temer conseguiu retomar a recuperação da economia. Mesmo de fora do governo, Lula, Dilma e o PT continuam comprovando a incapacidade de contribuir para o país com sugestões construtivas.

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Lula é o pai da orgia 'Estado-Odebrecht', Diz Demétrio Magnoli

Enquanto setores da imprensa se preocupam em determinar o envolvimento de membros do governo e de outros partidos no esquema bilionário de corrupção envolvendo a Odebrecht, pouso jornalistas se preocupam em se ater aos fatos. 

O principal deles é que não haveria como a Odebrecht manter um regime de corrupção tão profundo e arraigado no governo federal sem o aval dos ex­-presidentes Lula e Dilma. O próprio Marcelo Odebrecht admitiu que 80% da propina reservada pela empreiteira eram destinados exclusivamente ao PT. Os outros 20% entregues a membros de outros partidos, todos eles da antiga base aliada governista, eram liberados para outros políticos e partidos mediante o aval de Lula e Dilma, com quem Marcelo Odebrecht se reuniu mais de 100 vezes, segundo o próprio empresário. 

Isto significa que Lula, Dilma e o PT, através de seus ex­-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci, foram responsáveis pela distribuição de mais de R$ 3 bilhões em propina. O valor constava das planilhas do setor de operações estruturadas da empreiteira, o departamento de propina concebido por Marcelo Odebrecht, para que ele pudesse organizar o fluxo do dinheiro sujo oriundo de contratos espúrios com os governos petistas. Os atuais membros do governo envolvidos em esquemas de corrupção com a Odebrecht fizeram parte do governo de Lula e Dilma, como Romero Jucá, Renan Calheiros, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima. Todos os ilícitos que tenham praticado ocorreram durante os governos petistas e se receberam propina, receberam com aval de Lula e Dilma em troca de apoio aos seus governos. É tolice e má fé tentar atribuir a corrupção destas pessoas ao governo Temer. Para montar sua equipe de transição e garantir o máximo de apoio político para aprovar as medidas necessárias, Temer teve que confiar na palavra de seus ministros, que acabaram caindo em pouco tempo. 

Em artigo publicado na Folha, Demétrio Magnoli afirma que "A corrupção, tão velha quanto o Brasil, está disseminada por todos os partidos, mas o "Estado ­Odebrecht" nasceu sob as asas de Lula. A "esquerda brasileira" centralizou os esquemas de captura privada do poder público, convertendo-os em ferramenta política estratégica. No "centro da Lava Jato", encontram-­se os que detinham as chaves das portas das empresas estatais durante os 13 gloriosos anos do verde-­amarelismo lulopetista. Mas, em exercícios de hipocrisia extrema, os intelectuais de esquerda comemoram os inquéritos que atingem o círculo de Temer enquanto denunciam uma suposta "perseguição de Moro" contra seu idolatrado ex­-presidente. Como não lastimar isso?

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Lula e Dilma já começam a chamar Marcelo Odebrecht de mentiroso. Pelo menos até aparecerem as provas

Os ex-­presidentes Lula e Dilma e demais membros do PT estão em compasso de espera para o que promete ser o mais vergonhoso episódio na vida de todos. A procuradoria-­geral da República deve pedir o levantamento do sigilo das delações de 77 executivos da Odebrecht nos próximos dias. 

Os depoimentos são tão devastadores que agora até mesmo os delatores estão entrando na Justiça para que os vídeos com as confissões não sejam divulgados, mas apenas os áudios. Considerando que o Ministério Público Federal não celebra nenhum acordo de delação sem que os mesmos sejam ancorados por provas robustas, os delatores só puderam relatar aquilo que tinham documentos para comprovar. Mesmo assim, o estrago provocado na imagem e na vida de Lula é Dilma é irreversível. 

Embora existam outros políticos citados nas delações, os petistas são definitivamente as estrelas de maior grandeza, por era com eles que ficavam as chaves dos cofres públicos. Não importa se este ou aquele político também recebeu propina, o que importa é que todos que se lambuzaram no esquema criminoso dos governos petistas com a Odebrecht, o fizeram com aval de Lula e Dilma. 

Tudo ao seu tempo. Tem sido assim com a Lava jato e assim será com a delação da Odebrcht. Assim que receber a solicitação do levantamento do sigilo relativo a figuras sem foro privilegiado, o ministro do Supremo Tribunal Federal deve divulgar o teor das gravações que irão mostrar ao Brasil que são na verdade os maiores bandidos da história do país. Marcelo Odebrech e seu pai Emílio já se assumiram, mas também revelaram que jamais teriam chegado onde chegaram sem a cumplicidade de Lula e Dilma. Isto é um fato. O executivo confirmou que se reuniu pelo menos 100 vezes com a ex-­presidente Dilma para tratar de assuntos de interesse mútuo. Invariavelmente, ele queria obras bilionárias superfaturadas sem concorrência e Dilma queria propina para sua campanha e para o PT. 

Sem alternativas para se contrapor as revelações, e provas contra eles, Lula e Dilma já começaram a chamar Marcelo Odebrecht de mentiroso. É tudo que eles podem fazer, mas isso não impedirá que sejam abertos novos processos contra os dois. Pelo menos para a Justiça, que lida com fatos, não adianta dizer que é perseguição política, que é mentira ou que é golpe

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Lula desafiou a Lava Jato a provar que ele tinha uma conta escondida. A Lava Jato provou e acabou com cinismo do petista

Além de alegar que não era dono, no papel, do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia, o ex ­presidente Lula já desafiou os membros da força-­tarefa da Lava Jato várias vezes a provar que ele tinha uma conta escondida. A Lava Jato provou que o petista estava mentindo e encontrou sua conta secreta no departamento de propinas da Odebrecht. 

Segundo a Veja, a conta corrente de Lula no departamento de operações estruturadas da empreiteira era "um dos segredos mais bem guardados da delação premiada dos executivos da Odebrecht, cujos depoimentos deverão ser tornados públicos nos próximos dias, está prestes a ser revelado em detalhes: o ex-­presidente Lula era o dono de uma parte da milionária conta corrente que o PT mantinha junto à empreiteira".

Lula foi desmascarado pela Lava Jato e não há mais como manter o cinismo de suas alegações. Na matéria da Veja, fica claro o grau de comprometimento do petista na investigação: "Nos depoimentos prestados à Procuradoria­-Geral da República como parte do acordo que resultou na chamada “delação do fim do mundo”, não só Marcelo Odebrecht como outros dirigentes da empreiteira confirmaram que Lula é o misterioso personagem por trás do codinome “Amigo”, que em julho de 2012 tinha um crédito de 23 milhões de reais registrado no Departamento de Operações Estruturadas, como era chamada o setor de propinas da companhia".

Todos estes fatos vieram a tona graças ao fato da Polícia Federal ter chegado a Maria Lúcia Guimarães Tavares, a datilografa e distribuidora de "acarajés" do setor de propina da Odebrecht. A secretária é a testemunha bomba da Operação Xepa, 26.ª fase da Lava Jato, que culminou com a decisão do alto escalão da Odebrecht de fazer delação premiada e reconhecer que o "amigo" titular de uma conta corrente de propina que consta nas planilhas apreendidas PF é mesmo o ex-presidente Lula. Os saques desta conta somaram R$ 23 milhões nos últimos anos e parte do dinheiro foi usado para comprar uma cobertura em São Bernardo do Campo, no mesmo andar onde o petista tem um apartamento. Lula usou como laranja um primo de seu amigo José Carlos Bumlai. 

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Reforma do Maracanã teve aditivos suspeitos e gastos em duplicidade, diz TCE-RJ


Fantástico mostrou com exclusividade detalhes de investigação. Durante a semana, órgão determinou arresto de recursos de concessão. MP quer que empresas devolvam R$ 200 milhões.

O Fantástico deste domingo (12) mostrou com exclusividade detalhes de investigações do Tribunal de Contas do Estado do Rio sobre a reforma no Maracanã para a Copa 2014. Os documentos mostram indícios de que recursos foram desviados em serviços e produtos superfaturados. As investigações apontam, por exemplo, termos aditivos suspeitos no contrato e gastos em duplicidade.
O TCE-RJ concluiu que o superfaturamento da obra foi de R$ 211 milhões, em valores atuais e determinou a suspensão dos pagamentos às empreiteiras em outros contratos com o governo do estado do Rio.

Nas mãos do Consórcio Maracanã, vencedor da licitação, formado pelas empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta engenharia, o custo da obra quase dobrou: saltou de 705 milhões de reais para 1 bilhão e duzentos milhões. Esta semana, o TCE-RJ determinou o arresto de recursos obtidos com a venda da concessão do estádio. O Ministério Público, por sua vez quer que as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e a Delta Engenharia devolvam aproximadamente R$ 200 milhões aos cofres públicos.

Segundo os documentos do TCE que o Fantástico teve acesso, as irregularidades na reforma do estádio para a Copa de 2014 teriam começado no projeto básico: o tribunal considera o documento impreciso, “acarretando significativas modificações entre o projeto básico e o executivo”. Além disso, vários itens da planilha de custos acabaram sendo alterados, o que o tribunal chama de “jogo de planilha”.

“Jogo de planilha é a substituição de itens, quando você substitui itens de menor valor por outros de maior valor, e são feitos diversos aditivos”, diz Aloysio Neves, presidente do TCE.
Ao todo, o contrato teve 16 termos aditivos. Como exemplo de como o TCE suspeitava de que consórcio manipulava os gastos com a obra estava valores gastos com a limpeza da estrutura de concreto com jato d’água de altíssima pressão, que custava R$ 30,64 o metro quadrado. Ele foi substituída pela limpeza com jato de menor pressão, mas com preço mais alto: R$ 37,58 o metro quadrado. A troca aumentou em R$ 577 mil o valor da obra.

As investigações apontam que também houve superfaturamento na compra de argamassa. O valor apresentado pelo consórcio era quase três vezes maior que o do mercado. Isso encareceu a reforma em mais de R$ 23 milhões.

O TCE constatou ainda gastos em duplicidade. É o caso do aluguel de guindastes para movimentação das estruturas metálicas no canteiro de obras. Esse serviço, entretanto, já estava previsto em outro item da planilha de custos. Dessa maneira, foram gastos mais R$ 2,7 milhões.

Outro exemplo de como o dinheiro público teria sido desviado segundo o TCE foi uma irregularidade na contratação de equipes de limpeza. A previsão era contratar 18 equipes de limpeza por mês para remover os entulhos da obra. Cada equipe contaria com uma retroescavadeira, um caminhão e 16 serventes. Só que nas vistorias, o TCE encontrou apenas três funcionários fazendo a limpeza. E pior: lixo e entulho acumulados em vários pontos do estádio.

Outro ponto era a cobertura do Maracanã. No projeto básico, a cobertura original seria mantida, mas o consórcio condenou a estrutura e decidiu construiu uma nova, que custou R$ 274 milhões.A cobertura é parecida com a do estádio da cidade do cabo, na África do Sul, construído para a copa de 2010, mas a do Maracanã custou cinco vezes mais.

Suposta propina em denúncia contra Cabral
O Ministério Público também afirmou que houve irregularidades no processo de licitação para a reforma do Maracanã. Nesta sexta, ele entrou com uma ação civil pública para responsabilizar as empresas do Consórcio Maracanã e mais 9 pessoas ligadas ao governo do Rio na época por improbidade administrativa. O órgão também pede o bloqueio dos bens das pessoas supostamente envolvidos.

A suspeita de favorecimento ao Consórcio Maracanã foi apontada também pela delação da Andrade Gutierrez à Justiça, que apontou a formação de cartel. A empresa afirma que houve um acordo entre as empreiteiras e o governo do Rio para direcionar a licitação e que as empresas pagaram propina pra serem escolhidas. Esta foi uma das denúncias que levaram à prisão do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, na Operação Calicute.

Hudson Braga, ex secretário de obras do governo do estado do Rio na gestão de Sergio Cabral, e que também foi preso na operação, está na lista das pessoas que podem ter os bens bloqueados pela Justiça.

Segundo o Ministério Público, os outros envolvidos são o ex- presidente da Emop - empresa de obras públicas, Ícaro Moreno, além de autores do projeto básico e membros da comissão de fiscalização das obras do Maracanã.

A Delta e a Andrade Gutierrez disseram que não vão se pronunciar. A Odebrecht afirmou que está colaborando com as investigações.

O advogado de Hudson Braga também foi procurada pela equipe do Fantástico, mas não respondeu aos questionamentos. A Emop afirmou que já respondeu ao Tribunal de Contas ao Estado e que agora aguarda as investigações do TCE.



conteúdo G1/TV GLOBO

Quando a Justiça apresentar provas dos roubos bilionários de Lula, todos brasileiros vão pedir sua prisão imediata

O ex-­presidente Lula está liquidado. Além das trapaças já reveladas na Lava jato, o petista deve ter mais dezenas de tramoias escancaradas em breve para o grande público após a divulgação da parte apimentada do depoimento de três peças chave para sua prisão: Marcelo Odebrecht, seu pai, Emílio Odebrecht e o ex-­presidente da OAS, Léo Pinheiro. 

Apesar do espetáculo fora da esfera judicial promovido pelo ex-­presidente Lula, sua situação perante a justiça, particularmente na Lava Jato, tende a piorar de forma dramática nos próximos dias. Ciente da ineficácia de sua defesa diante das denúncias criminais de que tem sido alvo, o petista tenta de todas as formas desencorajar as autoridades a adotarem medidas mais extremas contra ele através de pataquadas no campo político. 

Não que Lula acredite que suas explosões e ataques aos membros da força­tarefa e ao juiz Sérgio Moro servirão para alguma coisa. Mas espernear é tudo que lhe resta. Lula sabe que será preso, mas quer cair "esperneando". 

As delações de Marcelo Odebrecht, Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar e de Léo Pinheiro são devastadoras contra o petista. É justamente aqui que os problemas enfrentados por Lula o colocam numa situação cada vez mais delicada. 

Vale lembrar que, além desta denúncia Lula é réu em dois processos (um no Paraná e outro no Distrito Federal) e investigado em dois inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, todos relacionados à Operação Lava Jato. Mas o drama do petista não acaba ai. 

O procurador-­geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir a abertura de novos inquéritos contra o petista com base nas delações da Odebrecht. O fato é que Lava Jato possui muitas provas contra Lula e o MPF não teria firmado um acordo de delação com os executivos do Grupo Odebrecht sem que os mesmos fornecessem provas robustas sobre seus relatos envolvendo o petista. Obviamente, todos os investigadores, procuradores, desembargadores e juízes que participaram dos inquéritos e aceitaram as denúncias contra Lula, tornando o petista réu em cinco ações penais, não iriam arriscar suas reputações apostando em algo improvável. Lula e seus advogados sabem que ele será condenado. 

Apenas para ilustrar a dramática situação do petista, o Ministério Público Federal já informou à Justiça que existem outras investigações em andamento envolvendo as suspeitas de crimes contra o sistema financeiro nacional, tráfico de influência, corrupção transnacional e desvio de finalidade envolvendo o ex­-presidente. 

Embora tenha passado despercebido na denúncia formulada contra o petista pela Justiça Federal em Brasília, um documento de quatro páginas chamado de “cota da denúncia”, o MPF especificou que existe a necessidade de prosseguir apurando condutas e fatos relacionados às suspeitas de irregularidades em obras na Venezuela, na República Dominicana, no Panamá, no Equador e em Cuba. A cota da denúncia é usada pelo MPF para evitar que fique implícito a informação de que outras suspeitas estão sendo arquivadas, mas sim que precisam de mais investigações. 

“Há, ainda, necessidade de prosseguir apurando condutas de terceiras pessoas, citadas superficialmente no [inquérito], por fatos que tangenciaram ou, quiçá, concorreram para a prática dos delitos apontados na denúncia”, escreveram os procuradores Ivan Cláudio Marx e Luciana Loureiro, que assinam a ação penal. Os procuradores ainda destacaram na peça judicial que será necessário a cooperação de órgãos internacionais para o avanço das apurações.

conteúdo Imprensa Viva


Caixa dois e corrupção são diferentes, mas ambos são crimes, diz Barroso

Após o ministro Gilmar Mendes defender a diferenciação entre caixa dois e corrupção — a exemplo do que fizeram nomes como FHC — outros integrantes do Supremo Tribunal Federal marcaram posição sobre o tema.

O ministro Luís Roberto Barroso, por exemplo, ponderou que “caixa dois e corrupção podem, de fato, ser coisas diferentes”. “Mas ambos são crimes”, concluiu.


conteúdo: Folha Política

Lula tem pouca chance de vencer a eleição presidencial de 2018, diz Eurasia

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está fazendo “movimentos claros” para se posicionar como candidato do Partido dos Trabalhadores em eleições presidenciais de 2018. Além disso, algumas pesquisas de opinião mostraram que ele ganharia em todos os cenários de segundo turno (caso da CNT/MDA de meados de fevereiro). Porém, há grandes obstáculos em seu caminho até o Palácio do Planalto. 

Segundo a consultoria de risco político Eurasia, diante de riscos legais, há boa chance de Lula ser impossibilitado de competir em disputa. Lula é réu em cinco processos, sendo três na Operação Lava Jato, um na Zelotes e um na Janus. Se condenado em segunda instância, ele não poderá concorrer a cargos públicos. Segundo a Lei da Ficha Limpa, candidatos que tenham sido condenados por um órgão colegiado são impedidos de disputarem nova eleição ou assumir um novo mandato –ainda que caiba recurso. 

Além disso, a base de suporte de Lula é robusta no Nordeste, o que o tornaria competitivo no primeiro turno. Porém, seus números de rejeição nos outros lugares do país atingem 76% e não devem melhorar, afirma a Eurasia. As investigações em curso e processos judiciais devem produzir manchetes que vão continuar a prejudicar a imagem de Lula ao longo dos próximos dois anos. 

"Em um contexto onde eleitores estão furiosos com todos os políticos e o PT ainda é associado à enorme recessão que o país enfrenta, isso dificulta que Lula avance muito além do seu grupo de fiéis seguidores", afirma a consultoria.

conteúdo: Folha Política