terça-feira, 14 de agosto de 2018

Lula e o PT prestes a protagonizar mais um espetáculo vergonhoso no registro da candidatura do presidiário no TSE


O ex-presidente Lula vem acumulando uma série de derrotas, desde que passou a ser investigado pela Operação Lava Jato. Como não poderia deixar de ser, o agora presidiário fez questão de armar um espetáculo em cada denúncia do MPF, sempre que se tornava réu, nos dias de seus depoimentos ao juiz Sérgio Moro e, mais recentemente, nos dias que antecederam sua prisão.

As tentativas do presidiário em intimidar as autoridades mais parece comportamento masoquista, no qual Lula sempre faz questão de convocar todos os seus apoiadores para acompanharem de perto cada uma de suas derrotas. Além das figurinhas carimbadas do PT, como a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o senador Lindbergh Farias e a ex-presidente Dilma Rousseff, Lula ainda faz questão da presença de gente como o o líder do MST, João Pedro Stédile e seus comandados e do presidente da CUT, Vagner Freitas e seus comandados. Todos costumam fazer discursos inflamados, ameaçam com distúrbios violentos, mas acabam voltando para suas casas com mais uma derrota.

Ao que tudo indica, com a presepada preparada para o registro da candidatura do condenado no Tribunal Superior Eleitoral esta semana não será diferente. Stédile convocou seu exército de sem-terra, o PT está levando militantes, a CUT, os pelegos órfãos do imposto sindical obrigatório e os demais apoiadores do condenado no campo da esquerda estarão presentes para tentar intimidar os membros do TSE.

Mas as chaces do presidiário enquadrado pela Lei da Ficha Limpa conseguir registrar sua candidatura são remotíssimas. Ao longo dos últimos meses, várias autoridades já se posicionaram sobre o tema. Desde a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, o ministro Luiz Fux, que presidia o TSE até poucos dias, e outros ministros do Colegiado, como Admar Gonzaga.

Gozaga alertou que “Se e quando formalizado o pedido de registro, cumprirá a esta corte, ex officio [de ofício, sem provocação das partes] ou por provocação das partes legitimadas, analisar os requisitos de elegibilidade dos pretensos candidatos.”. Isto significa uma simples verificação nas certidões de Lula.  Desde que foi condenado em Segunda Instância, o petista se tornou automaticamente inelegível. Neste caso, o registro da candidatura do condenado pode ser negado imediatamente, assim que os representantes do PT tentarem registrar o presidiário como candidato à presidência.

A resolução 23548/2017 permite a um ministro do TSE, em seu artigo 51, indeferir uma candidatura mesmo sem aguardar o prazo de cinco dias para que outros partidos, candidatos ou o Ministério Público peçam a impugnação.

“Ainda que não tenha havido impugnação, o pedido de registro deve ser indeferido quando o candidato for inelegível ou não atender a qualquer das condições de elegibilidade”, diz o texto da resolução.

Em programa de governo, Bolsonaro promete Estado menor e 'carteira de trabalho verde-amarela'

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, divulgou nesta terça-feira, 14, as diretrizes de seu programa de governo nas eleições 2018. Entre os objetivos de seu projeto, autodenominado "Operação Fênix", estão diminuição do tamanho do Estado na economia e relativização das regras trabalhistas, com a manutenção de programas sociais como o Bolsa Família.

Na área social, o candidato promete informatizar a área de saúde e um cadastro universal de médicos para o SUS. Em educação, seu foco é acabar com a doutrinação e sexualização precoce. Para a segurança pública, o deputado sugere, entre outras medidas, reduzir a maioridade penal para 16 anos e reformular o Estatuto do Desarmamento para facilitar o acesso de pessoas físicas a armas de fogo. 

No quesito combate à corrupção, Bolsonaro promete encampar o projeto "Dez medidas contra a corrupção", defendido por procuradores do MP que atuam na Lava Jato. 

Economia

No campo econômico, as propostas preveem cortes de despesas do governo e redução das renúncias fiscais para diminuir o déficit público, além de um amplo programa de privatizações e redução de alíquotas de importação.  "Daremos especial atenção ao controle dos custos associados à folha de pagamento do governo federal. Os cortes de despesas e a redução das renúncias fiscais constituem peças fundamentais ao ajuste das contas públicas", diz o texto. "O déficit público primário precisa ser eliminado já no primeiro ano e convertido em superávit no segundo ano."

Segundo projeção do governo federal divulgada em fevereiro, O déficit fiscal em 2018 é estimado em R$ 149 bilhões - um aumento de 20% na comparação com 2017.  De acordo com a Receita Federal, o governo deixou de arrecadar só em 2017 R$ 354,7 bilhões. 

Bolsonaro também promete dar início a um amplo programa de privatizações. Embora não cite um número nem quais empresas das 147 de propriedade da União ele pretende vender, o deputado diz que todos os recursos obtidos com privatizações e concessões deverão ser obrigatoriamente utilizados para o pagamento da dívida pública. 

"Algumas dificuldades políticas que poderiam surgir durante o processo de privatizações poderão ser contornadas, com bem desenhadas 'golden shares', garantidoras da soberania nacional", diz o texto. "O BNDES deverá retornar à centralidade em um processo de desestatização mais ágil e robusto, atuando como um banco de investimentos” da União e garantindo que alcancemos o máximo de valor pelos ativos públicos."

No total, o candidato pretende reduzir em 20% o volume da dívida por meio de privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias da União e devolução de recursos em instituições financeiras oficiais. 

Emprego

Para criar empregos, o deputado federal também sugere a criação de uma nova modalidade de carteira de trabalho, na qual o jovem que ingresse no mercado de trabalho poderá escolher um contrato individual que prevaleça sobre a CLT, mantendo todos os direitos constitucionais.

No que tange a política econômica, o candidato do PSL promete manter o tripé macroeconômico vigente: câmbio flexível, meta de inflação e meta fiscal. Além disso, Bolsonaro tem uma proposta de independência formal do Banco Central, cuja diretoria teria mandatos fixos.

Reformas da Previdência e Tributária

Bolsonaro pretende alterar o modelo de previdência atual do modelo de repartição para o de capitalização, que será, segundo ele, introduzido em etapas. " A grande novidade será a introdução de um sistema com contas individuais de capitalização", diz o texto. "Novos participantes terão a possibilidade de optar entre os sistemas novo e velho. E aqueles que optarem pela capitalização merecerão o benefício da redução dos encargos trabalhistas."

Ainda de acordo com o candidato, a insuficiência de recursos provocada pela transição de um regime para o outro será remediada com a criação de um fundo para reforçar o  financiamento da previdência e compensar a redução de contribuições previdenciárias no sistema antigo.

A reforma tributária defendida pelo candidato do PSL prevê simplificação e unificação de tributos federais e a descentralização e municipalização de impostos. 

Energia e combustíveis

No setor energético, Bolsonaro promete flexibilizar ainda mais as regras para a exploração de petróleo do pré-sal, que, em sua avaliação, são burocráticas. "A burocrática exigência de conteúdo local reduz a produtividade e a eficiência, além de ter gerado corrupção", diz. "Além disso, não houve impacto positivo para a indústria nacional no longo prazo. Assim será necessário remover gradualmente as exigências de conteúdo local."

O candidato diz que a política de preços atual da Petrobrás, que acompanha as flutuações do mercado, terá flutuações de curto prazo suavizadas com mecanismos de hedge - espécie de proteção contra variações cambiais inesperadas. Bolsonaro também propõe o fim do monopólio da estatal na exploração de gás natural. 

Comércio e agronegócio

A política comercial do candidato prevê redução de alíquotas de importação e barreiras não-tarifárias, em paralelo com a constituição de novos acordos bilaterais internacionais, sem especificar quais seriam essas taxas a serem reduzidas nem quais setores da economia seriam afetados. 

A política agrícola prevê maior segurança no campo, melhora da logística de transporte e armazenamento e políticas especificas para consolidar e abrir novos mercados externos.

Segurança Pública

Bolsonaro atribui índices altos de violência a cidades governadas pelo Foro de São Paulo. O candidato também diz no seu programa de governo que "dentre instituições, grupos, pessoas ou atividades, que tiveram sua imagem atacada pela doutrinação ideológica de esquerda, certamente as Forças Armadas do Brasil estão entre as que mais sofreram".

"Houve clara intenção de desconstruir a imagem desta espinha dorsal da Nação, afinal, elas são o último obstáculo para o socialismo", diz.

Para solucionar o problema da violência urbana, o candidato propõe investir em tecnologia e inteligência, acabar com a progressão de penas e as saídas temporárias, reduzir a maioridade penal para 16 anos e garantir o direito do cidadão a portar armas para legítima defesa.

Outras propostas consistem em dar uma "retaguarda jurídica" aos policiais no exercício da função,  tipificar como terrorismo as invasões de propriedades rurais e urbanas  e retirar da Constituição qualquer relativização da propriedade privada.

Janaina Paschoal recua e afirma agora que será candidata à Deputada Estadual


Há poucos dias,  a advogada Janaína Paschoal afirmou que que não seria candidata a nada pelo PSL e que não aceitará convite para nenhum ministério, caso Bolsonaro ele fosse eleito. Na ocasião, a professora de Direito da Universidade de São Paulo (USP) anunciou que também havia desistido de disputar um cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo.

No início da noite desta terça-feira, 14, a jurista anunciou por meio de seu perfil no Twitter que já se candidatou à Deputada Estadual e prometeu fornecer maiores detalhes sobre sua decisão esta semana. A professor havia recusado o convite para ser vice de Bolsonaro alegando que não estaria disposta, por motivos familiares, a se comprometer com um cargo em Brasília.




Amados, quero contar para vocês que eu me candidatei à Deputada Estadual. Após o dia 16, falarei mais detidamente sobre esta decisão e planos.

Lula 'simplesmente não é, e nem pode ser, candidato', diz MPF

Em parecer apresentado ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o MPF (Ministério Público Federal) reafirmou que considera o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inelegível. A manifestação foi feita na segunda-feira (13) dentro de ação em que o fotógrafo Ricardo Stuckert, que acompanha Lula há 16 anos, pediu para entrar na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba e fazer registros fotográficos e em vídeo do petista, além de entrevistá-lo, relata o site Folha Política.

"Importante enfatizar não haver qualquer dúvida jurídica de que a condenação em segundo grau (...) inviabiliza a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Então, ele simplesmente não é, e nem pode ser, candidato", escreveu o procurador regional Mauricio Gotardo Gerum no parecer.

O ex-presidente está preso na sede da PF desde 7 de abril. Condenado em segunda instância no processo do tríplex, Lula está inelegível. Contudo, o PT irá registrar sua candidatura ao Planalto na quarta-feira (15) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), limite do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral. A Corte deve definir a situação do petista até 17 de setembro.

Primeira instância negou

A juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena de Lula, já havia negado o pedido na primeira instância. Agora, o pedido tramita no TRF-4, onde tramita a segunda instância da Lava Jato.

Desta vez, o procurador Gerum reforçou sua negativa a pedidos de entrevista com Lula, o que já havia feito, na semana passada, a respeito de um recurso semelhante feito pelo PT para que Lula pudesse participar de atos de campanha.

O procurador pontua que Lula "encontra-se cumprindo pena provisória em regime fechado, cerceado de sua liberdade e de todos os direitos que dela decorrem, como o de participar de um pleito eleitoral e dos consequentes atos de campanha."

No parecer, Gerum diz que o direito de Lula ter contato com o mundo exterior "vem sendo rigorosamente observado" por meio das visitas de familiares, amigos e advogados, e também "por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de comunicação que não comprometam a moral e os bons costumes."

Sobre entrevistas, o procurador afirma que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que a Lei de Execuções Penais não normatizou as hipóteses de comunicação do preso, "dentre as quais não consta o direito de se entrevistar com jornalistas".

O pedido foi elaborado pelo advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, que representa o fotógrafo na ação e é o responsável pelo registro da candidatura de Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Casagrande Pereira dizia que a solicitação não fazia "respeito à prática de atos de campanha", mas ao "interesse público coletivo em ter conhecimento da situação do ex-presidente dentro do encarceramento".

Procurado pelo UOL a respeito do parecer, o advogado não se manifestou até o momento.


A situação deverá ser analisada pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato no TRF-4. Não há prazo para que isso aconteça.

Homem é preso por estupro perto da Granja do Torto e diz ser do MST

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu um homem na manhã desta terça-feira (14), após ele ter estuprado uma mulher na região do Núcleo Rural Boa Esperança II, próximo à Granja do Torto, registra o site Folha Política.

Segundo a PMDF, o homem se identificou como integrante do Movimento Sem Terra (MST) e afirmou que estava em Brasília para participar da “Marcha Nacional Lula Livre”, que há dois dias atormenta o cotidiano dos brasilienses.

O homem foi detido por dois homens que passeavam a cavalo no local, quando ouviram os gritos da mulher pedido socorro.  A vítima trabalha em uma chácara na região, no caminho do trabalho foi atacada pelo homem, que a arrastou para dentro do mato.

O estuprador foi detido e ficou amarrado até a PMDF chegar ao local. A Tanto a vítima, testemunhas e o estuprador foram conduzidos para a 5ª DP. Na delegacia foi constatado que o homem é lavrador, mora na cidade de Campos Belos (GO) e tem 10 passagens a maioria por ameaça.

Por meio de nota o MST nega que o homem tenha algum vínculo com o movimento. “Foi feita checagem e rechecagem dos integrantes. Todas as marchas estavam reunidas às 7h nas ruas e não falta nenhuma pessoa entre as delegações. Há controle de nomes em lista e pulseiras para controle dos presentes”. E afirma ser “uma irresponsabilidade creditar o crime ao movimento a partir da fala do suspeito”.

Desde ontem, integrantes do MST perturbam o cotidiano dos brasilienses,  atrapalham o trânsito, bloqueiam vias  e  geram engarrafamentos quilométricos, ontem nas rodovias que dão acesso a Brasília, e hoje nas vias do Plano Piloto.

O PT insiste que vai registrar a candidatura do ex-presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (15), ignorando a lei que foi sancionada pelo próprio petista, a Lei da Ficha Limpa.

New York Times publica artigo vigarista do condenado Lula

Lula assina um artigo vigarista no New York Times, repetindo as mentiras de sempre.

O título é de um cinismo ímpar: “Quero democracia, não impunidade”.

É uma vergonha mesmo para o New York Times.

Leia trechos e vomite:

“Meu encarceramento foi a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil. Pretende-se impedir que o Partido dos Trabalhadores seja novamente eleito para a presidência. Com todas as pesquisas mostrando que eu venceria facilmente as eleições de outubro, a extrema direita do Brasil está tentando me tirar da disputa. Minha condenação e prisão são baseadas somente no testemunho de uma testemunha cuja própria sentença foi reduzida em troca do que ele disse contra mim. Em outras palavras, era do seu interesse pessoal dizer às autoridades o que elas queriam ouvir.”

E ainda:

“Moro tem sido incensado pela mídia de direita do Brasil. Ele se tornou intocável. Mas a verdadeira questão não é o Sr. Moro; são aqueles que o elevaram a esse status de intocável: elites de direita, neoliberais, que sempre se opuseram à nossa luta por maior justiça social e igualdade no Brasil.
Eu não acredito que a maioria dos brasileiros tenha aprovado essa agenda elitista. É por isso que, embora eu possa estar na cadeia hoje, eu estou concorrendo à presidência, e por que as pesquisas mostram que se as eleições fossem realizadas hoje, eu venceria. Milhões de brasileiros entendem que minha prisão não tem nada a ver com corrupção, e eles entendem que eu estou onde estou apenas por razões políticas.

Eu não me preocupo comigo mesmo. Já estive preso antes, sob a ditadura militar do Brasil, por nada mais do que defender os direitos dos trabalhadores. Essa ditadura caiu. As pessoas que estão abusando de seu poder hoje também cairão.

Eu não peço para estar acima da lei, mas um julgamento deve ser justo e imparcial. Essas forças direitistas me condenaram, me prenderam, ignoraram a esmagadora evidência de minha inocência e me negaram o habeas corpus apenas para tentar me impedir de concorrer à presidência. Eu peço respeito pela democracia. Se eles querem me derrotar de verdade, façam nas eleições. Segundo a Constituição brasileira, o poder vem do povo, que elege seus representantes. Então deixem o povo brasileiro decidir. Eu tenho fé que a justiça prevalecerá, mas o tempo está correndo contra a democracia.”

Meu nome é trabalho

Dias Toffoli avisa que, ao assumir a presidência do Supremo, enviará ao Congresso uma proposta para acabar com os feriados que só existem no Judiciário.

Segundo a Folha, três feriados estão na mira do ex-advogado do PT: 11 de agosto, Dia da Criação dos Cursos Jurídicos no Brasil; 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, e a Quarta-Feira Santa para juízes federais – a Páscoa começa nesse dia da semana e vai até domingo.

Os palmitos e os bolsomitos

A campanha de Geraldo Alckmin contratou 40 pessoas para “popularizá-lo” na internet…

“Agora temos os palmitos, além dos bolsomitos”, comenta um observador da cena política.

Serviço limpo na TV; serviço sujo nas redes sociais

Basicamente, os candidatos dividiram as suas campanhas assim: na TV, o serviço limpo; nas redes sociais, o serviço sujo.

O TSE não tem, não, com controlar as redes sociais. Nem as empresas que as criaram e as gerem.

O serviço sujo na TV só começará a ser feito quando bater o desespero.

Toffoli e as diferenças em relação a Cármen Lúcia

De acordo com a Veja, Dias Toffoli resumiu a diferença que marcará o seu mandato na presidência do STF, em relação a Cármen Lúcia:

“Ela ouve as ruas, eu ouvirei os autos.”

Tem outra diferença: Carminha não recebe mesada de 100 mil reais.

Fogo amigo contra Cármen Lúcia

O Painel da Folha publica que, irritados com o fato de Cármen Lúcia criticar o aumento dos ministros do STF, “um deles chegou a dizer a um grupo de amigos que ela deveria abrir mão do aumento de salário, caso ele seja aprovado pelo Congresso”.

O fogo amigo deve ter partido de um ministro que não ouve as ruas, apenas os autos.

Alckmin x Bolsonaro

O PSDB trabalha para tentar recuperar para Geraldo Alckmin o eleitorado perdido para Jair Bolsonaro, registra a Folha.

A estratégia é começar uma ofensiva — antes mesmo do início da propaganda eleitoral — no interior de São Paulo.

A campanha também está disposta a usar Ana Amélia em eventos onde o tucano não possa comparecer, especialmente no Centro-Oeste e no Sul.

O objetivo é que Daciolo roube votos de Bolsonaro, diz presidente do Patriota

Adilson Barroso, presidente do Patriota, disse à Folha que a meta do partido é que Cabo Daciolo roube votos de Jair Bolsonaro e não que ele seja uma escada para o candidato do PSL.

Para Adilson, Daciolo pode ser uma opção de voto para os evangélicos.

“Ele é verdadeiramente temente a Deus. Não nos deixou divulgar o nome dele há 50 dias porque disse que estava fazendo jejum.”

Campanhas investem pesado nas redes sociais

O Estadão fez um levantamento da estrutura das campanhas presidenciais na internet.

Entre os candidatos que mais investiram nas redes sociais estão Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles. O tucano contratou mais de 40 pessoas para postar conteúdo no Twitter, Facebook e Instagram, enquanto o emedebista tem 50 auxiliares para popularizá-lo nas redes.

A estratégia de investir na internet se tornou obrigatória para enfrentar Jair Bolsonaro, que tem eleitorado influente nas redes sociais.

Já o PT, para tentar alavancar a popularidade de Fernando Haddad — que tem menos seguidores do que vários parlamentares do partido –, usará as páginas de Lula e de Dilma Rousseff para replicar conteúdo da campanha.

Cristina Kirchner se nega a depor e diz que sofre 'perseguição política'

A senadora e ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015) compareceu nesta segunda-feira a um tribunal federal de Buenos Aires, onde deveria prestar seu quarto depoimento desde que deixou o poder perante o juiz Claudio Bonadio. O juiz já a processou, ordenou sua detenção e pediu em vão a suspensão de sua imunidade parlamentar no caso de um suposto pacto secreto com o Irã para acobertar ex-funcionários daquele país acusados de envolvimento no atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, publica o site Folha Política.

Segundo a publicação, Cristina apresentou-se, desta vez, aos tribunais portenhos por ordem do juiz para depor na chamada “Lava-jato argentina”, em que ela, vários de seus ex-funcionários e empresários são acusados de terem formado uma associação ilícita para arrecadar dinheiro por meio de obras públicas. A senadora se recusou a prestar depoimento, questionou a competência de Bonadio para julgar o caso e apresentou um documento no qual nega as acusações e afirma ser uma perseguida política.

Pouco antes de chegar ao tribunal, no centro de Buenos Aires, Cristina divulgou uma nota em que diz que há uma “nova estratégia regional para prescrever dirigentes, movimentos e forças políticas que ampliaram direitos e permitiram que milhões de pessoas saíssem da pobreza na primeira década e meia do século XXI”, numa referência implícita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na nota, a ex-presidente diz ainda que o processo é "uma decisão política do Poder Judiciário, em sua mais alta expressão, em coordenação com o Poder Executivo [do presidente Mauricio Macri] e a mídia hegemônica para ungir Bonadio como o braço da perseguição dirigida contra minha pessoa. Inaugura-se assim uma nova categoria jurídica que excede a do 'juiz parcial' ou a de 'nenhum juiz': a do 'juiz inimigo, ator principal da lawfare [guerra jurídica]".

Nesta segunda, diferentemente de outros momentos em que a ex-presidente compareceu aos tribunais portenhos, não houve uma multidão de militantes kirchneristas do lado de fora. Ela pediu que os militantes não comparecessem desta vez. Apenas jornalistas e cerca de 300 agentes da Gendarmeria (força nacional de segurança). Cristina, além de denunciar uma suposta perseguição política, não falou ao juiz e solicitou a anulação do processo.

PROPINAS PODERIAM CHEGAR A US$ 13 BILHÕES

No caso da “Lava-jato argentina”, já foram indiciadas 37 pessoas, das quais 15 estão detidas. Muitas delas são empresários do setor da construção civil, acusados de terem pago propinas milionárias a ex-funcionários kirchneristas. O caso veio à tona com a descoberta de oito cadernos escritos à mão por Oscar Centeno, chofer de um ex-alto funcionário do Ministério do Planejamento, que anotou com riqueza de detalhes os movimentos de seu ex-chefe, agora preso.

Nos cadernos, Centeno, que se disse arrependido e agora é protegido pela Justiça, relata cada movimento de recebimento e entrega de malas com dinheiro, em alguns casos mencionando até mesmo Cristina e o ex-presidente Néstor Kirchner. Cálculos realizados pela imprensa argentina estimaram que o valor total das propinas poderia chegar a US$ 13 bilhões (R$ 50,5 bilhões), ou seja, US$ 3 milhões (R$ 11,6 milhões) por dia, se divididos pelos quase 13 anos em que o kirchnerismo esteve no poder.

VÁRIOS PROCESSOS

A senadora e ex-presidente está envolvida em vários processos judiciais. Na maior parte, é considerada a cabeça das associações ilícitas. “Agora, neste novo processo, iniciado de maneira claramente irregular, pretendem voltar a persegui-la pela mesma conduta que já é matéria de investigação em outros três processos, ou seja, a suposta associação ilícita que teria formado nos governos nacionais de 2003 a 2015”, afirmou o advogado de Cristina, no documento entregue nesta segunda a Bonadio.

Em sua nota, Cristina também pediu que se investigue o sistema de atribuição de obras públicas do governo Macri em Buenos Aires, cidade onde o atual presidente foi prefeito. "Se existe o propósito genuíno de saber o que ocorreu com as obras públicas, a investigação deve chegar até o presente", declarou a ex-presidente. "É imprescindível que se analise o manejo das obras públicas no âmbito da Cidade Autônoma de Buenos Aires, onde o PRO (partido do governo) vem governando há mais de uma década".

Os próximos passos no processo contra Cristina seriam uma autorização do Congresso argentino para a realização de revistas em residências da ex-presidente e, em médio a longo prazo, um novo pedido de suspensão de sua imunidade parlamentar, caso o juiz volte a solicitar sua prisão. O pedido anterior foi negado.

Até agora, o funcionário mais importante dos governos Kirchner que está preso, acusado em vários casos de corrupção, é o ex-ministro do Planejamento, Julio De Vido, apontado com o cérebro da "Lava-jato argentina", junto com Néstor Kirchner, falecido em outubro de 2010.