sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O Brasil decente precisa deter o general de toga

No escurinho da noite, Gilmar aproveitou o começo do recesso do Judiciário para presentear Garotinho com um habeas corpus

Na segunda-feira, Gilmar Mendes abriu a última semana da primavera de 2017 mandando soltar Adriana Ancelmo, primeira-dama da organização criminosa chefiada pelo maridão Sérgio Cabral. No dia seguinte, o ministro da defesa de culpados socorreu o quadrilhão do PMDB com a transferência do processo para Brasília. Assim, com a ajuda de seus cúmplices no tribunal, Gilmar livrou da competência de Sérgio Moro os delinquentes Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Rocha Loures.

Na mesma terça-feira, Gilmar algemou a condução coercitiva. Assim, enquanto o plenário do Supremo não ressuscitar a sensatez assassinada, o Ministério Público, a Justiça Federal e a Polícia Federal estão proibidos de acordar um bando de meliantes às seis da manhã, levá-los para o confronto com pilhas de provas e vê-los enredar-se em contradições e mentiras. Ainda na terça, o general de toga mandou para casa os empresários Miguel Schin e Gustavo Estellita, ambos envolvidos no esquema criminoso de Sérgio Cabral.

Na quarta-feira, Gilmar superou-se. No escurinho da noite, aproveitou o começo do recesso do Judiciário para acionar a fábrica de habeas corpus em favor de Anthony Garotinho e do presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues. Mas o que tem o ministro do Supremo a ver com o caso do ex-governador?, perguntaram-se milhões de brasileiros. É que Gilmar ainda é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e, pior, está de plantão por causa do recesso. Como perder a chance de decidir monocraticamente a pendência antes que o ministro Jorge Mussi pudesse examiná-la?

Está claro que o libertador de gatunos e seus parceiros no STF comandam uma ofensiva cada vez mais selvagem contra  a Operação Lava Jato. Só a mobilização dos brasileiros decentes, fartos da corrupção impune e agora abençoada pelo grupo liderado por Gilmar, poderá deter a tropa togada. As bofetadas na cara do país que presta passaram da conta. Ou o povo mostra nas ruas que apoia a Lava Jato ou os bandidos seguirão controlando o  Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Augusto Nunes / Veja

Globo anuncia demissão de William Waack

A Rede Globo anunciou na manhã desta sexta-feira a rescisão do contrato com o jornalista William Waack. O desligamento foi anunciado em um comunicado assinado pelo diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel (leia abaixo, na íntegra).

Embora afirme que Waack nega qualquer tipo de racismo e reconheça o seu valor profissional, a nota afirma que o jornalista e a emissora “decidiram que o melhor caminho a seguir é o encerramento consensual do contrato de prestação de serviços que mantinham”.

Waack comandava o Jornal da Globo e o Painel, na Globo News, e estava afastado desde novembro após acusações de racismo.

No dia 8 daquele mês, viralizou nas redes sociais um vídeo gravado minutos antes do apresentador entrar no ar, em uma transmissão realizada em frente à Casa Branca, em Washington. “Tá buzinando por que, seu m… do c…?”, diz o jornalista no vídeo, reclamando de uma buzina que soava na rua. Em seguida, ele balbucia ao convidado, o comentarista Paulo Sotero, ao seu lado: “Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…” E depois continua com um trecho em que parece dizer: “É preto, é coisa de preto”.

No mesmo dia, a jornalista Renata Lo Prete substituiu William Waack na bancada do Jornal da Globo e abriu o programa anunciando o afastamento do colega.

Feito em 2016, o vídeo que emergiu somente agora, divulgado por um ex-funcionário negro da Globo e seu amigo, ambos militantes de causas negras, que alegaram indignação com a frase.

O episódio foi bastante ilustrativo sobre o poder das redes sociais na destruição de reputações, como mostrou reportagem de capa de VEJA.

Confira abaixo o comunicado escrito por Ali Kamel.

COMUNICADO

Em relação ao vídeo que circulou na internet a partir do dia 8 de novembro de 2017, William Waack reitera que nem ali nem em nenhum outro momento de sua vida teve o objetivo de protagonizar ofensas raciais. Repudia de forma absoluta o racismo, nunca compactuou com esse sentimento abjeto e sempre lutou por uma sociedade inclusiva e que respeite as diferenças. Pede desculpas a quem se sentiu ofendido, pois todos merecem o seu respeito.

A TV GLOBO e o jornalista decidiram que o melhor caminho a seguir é o encerramento consensual do contrato de prestação de serviços que mantinham.

A TV GLOBO reafirma seu repúdio ao racismo em todas as suas formas e manifestações. E reitera a excelência profissional de Waack e a imensa contribuição dele ao jornalismo da TV GLOBO e ao brasileiro. E a ele agradece os anos de colaboração.

Ali Kamel, diretor de Jornalismo da TV GLOBO

Com informações da Veja

Em entrevista, Lula demonstra confiança cega nas instruções que teria recebido de ministros do STF para acobertar seus crimes

Muitos brasileiros se dizem chocados com o cinismo com que o ex-presidente Lula desafia as autoridades a comprovarem seus crimes que já foram mais que comprovados. De acordo com as investigações da Operação Lava Jato, por mais evidentes que possam parecer os flagrantes, por mais óbvias que tenham sido as manobras do petista para acobertar o recebimento de vantagens indevidas, os subterfúgios clássicos de organizações criminosas e os expedientes manjados de lavagem de dinheiro estão todos descritos nas ações penais que pesam contra o petista.

Seria inocência imaginar que Lula seria capaz de cometer qualquer deslize legal sem consultar antes uma série de juristas, inclusive ministros do STF. O petista fez uma poupança de propina durante os oito anos, mas teve o zelo de não cometer nenhum crime durante o exercício da Presidência, por receio de perder seu mandato. Deixou para receber as vantagens indevidas para quando deixasse o cargo em janeiro de 2011. Mas para colocar a mão na bolada que havia acumulado com empreiteiros corruptos, foi necessário todo um planejamento para desvinculá-lo das operações ilícitas.

Foi a partir deste momento que Lula e seus cúmplices começaram a colocar em prática as instruções que possivelmente tenha recebido de juízes, desembargadores, ministros do STF, criminalistas e de juristas tarimbados. "Se você fizer assim, não tem como ligar você ao crime". "Não precisa de muita sofisticação, basta não contrariar o que está previsto no Código do Processo Penal". "Um laranja aqui, um contrato de palestras ali, e pronto. Ninguém vai poder provar nada contra você".

De fato, a Justiça se vê forçada a soltar diversos criminosos todos os dias, mesmo com todo mundo sabendo que o sujeito cometeu diversos crimes. Advogados chegam a se especializar em manobras que exploram lacunas da lei para livrar da cadeia toda sorte de sonegadores e pessoas que possuem rendas ilícitas das mais variadas origens. Os especialistas inclusive dão garantia de que seus clientes jamais serão alcançados pela Justiça. "Como eles vão provar que isso é seu!" 

Pois é justamente neste tipo de convicção que o ex-presidente Lula e seus aliados estão se fiando para chegarem ao ponto de desafiar a Justiça. Acompanhe abaixo um trecho da entrevista que o ex-presidente Lula convidou um grupo de jornalistas petista na sede do Instituto Lula em São Paulo ontem: 

"A minha condenação será a negação da Justiça. Porque a Justiça vai ter que fazer um esforço monumental para transformar uma mentira em verdade e julgar uma pessoa que não cometeu crime.

A sentença do juiz [Sergio] Moro me condenando, aos olhos de centenas de juristas, até de fora do Brasil, é quase que uma piada. 

Eu tenho a tranquilidade de que vou ser absolvido porque para um cidadão ser condenado ele tem que ter cometido um crime. E não tem [crime]. É por isso que eu tenho desafiado a Polícia Federal, o Ministério Público da Lava Jato, a mostrarem uma única prova. Eu não peço duas. Eu peço uma.

Na verdade estamos vivendo uma anomalia jurídica e política. Esse processo começou com uma mentira de um jornal, de uma revista, que foi transformada num inquérito pela Polícia Federal. O resultado do inquérito é mentiroso. Foi enviado ao Ministério Público, que mentiu e fez uma acusação. E o Moro aceitou a mentira.

Tudo isso poderia ter terminado se a Polícia Federal tivesse sido sincera e se o Moro tivesse feito papel de juiz. 

Acontece que estamos vivendo um momento muito delicado. Você subordinou o processo ao que a imprensa fala dele. Numa linguagem popular, eles estão sem rota de fuga. Ou seja, mentiram e não têm como sair. 

Qual é a única chance que eu tenho? É pedir provas. Tem que ter algum documento, algum contrato, aluguel, pagamento [do tríplex], algum ato de ofício, alguma coisa.

Eu tenho até o dia 24 para esperar que alguém diga qual foi o crime que eu cometi. E dizer que o apartamento [tríplex] é meu. Me entrega a chave. Quem sabe a nossa próxima conversa será na sacada do apartamento, tomando sol. Enquanto não for, por favor, parem de mentir a meu respeito. 

Eles [desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que vão julgá-lo] têm mais obrigação diante da sociedade no dia 24 do que eu. A minha inocência eu já provei. Quero que agora eles provem a minha culpa. 

Eu penso que meus acusadores vão ficar ridicularizados. Ridicularizados".

O petista já foi condenado no caso do triplex do Guarujá na primeira instância pelo juiz federal Sérgio Moro, que colheu, entre outras provas, o depoimento do principal cúmplice de Lula no esquema criminoso. O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, confirmou que o imóvel havia sido reservado ao ex-presidente como forma de compensação por contratos superfaturados entre a Petrobras e sua empreiteira. O recurso do petista será julgado no dia 24 de janeiro pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região de Porto Alegre. Caso os três desembargadores confirmem a sentença de Moro, Lula cai na Lei da Ficha Limpa, se torna inelegível e pode ter sua prisão decretada. 

Lula conta justamente com os subsídios fornecidos por juristas para poder recorrer de suas sentenças. Os ministros do STF estarão prontos para evocar a Constituição e o CP para dar razão ao petista.

Com informações do site Imprensa Viva

Donos da Globo pedem penico e oferecem jantar a Temer. Não foi bonito. Irineu e João Roberto Marinho levaram uma dura do presidente

O presidente Michel Temer resolveu atender a um pedido de João Roberto Marinho, um dos donos do Grupo Globo e concordou em se encontrar reservadamente com o empresário, que promoveu um jantar na casa de seu irmão Roberto Irineu Marinho, há poucos dias.

Obviamente, o jantar tinha como propósito pedir uma trégua ao presidente, após o grupo de comunicação ter participado da maior conspiração da história da República para derrubar um chefe do executivo. A Globo patrocinou a trama engendrada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot e o criminoso Joesley Batista, que se encontra preso. 

Durante o encontro, os donos da Globo ouviram boas verdades do presidente Michel Temer, que não se furtou da oportunidade de acusar o grupo de ter participado da mais vergonha campanha contra os interesses do país de que se tem notícias até hoje.

Temer falou com todas as letras que a cobertura do grupo de comunicação para o caso JBS que tinha o claro propósito de derrubá-lo. 

Temer acusou que o comportamento imoral do grupo teve início no 17 de maio, quando o jornal "O Globo" divulgou uma transcrição falsa de uma gravação feita pelo açougueiro criminoso instruído pelos auxiliares de Janot.

O presidente não poupou críticas à atuação anti republicana da Globo e mencionou o editorial de "O Globo" em 19 de maio. Intitulado "A renúncia do presidente", que defendia que sua saída do cargo como a melhor opção para o país. Temer lembrou que o editorial foi veiculado mesmo depois que a divulgação da íntegra dos áudios originais, que revelaram a verdade sobre o teor da conversa que desmentia a transcrição divulgada pela Globo dois dias antes. 

Implacável, Temer ainda jogou na cara dos Marinhos que usaram uma delação de forma covarde e o acordo de colaboração do empresário J. Hawilla, da agência Traffic, com a Justiça dos EUA, que apontou o envolvimento da Globo no pagamento de propina no esquema de corrupção na Fifa. 

Os donos da Globo, que até pouco tempo contavam com um socorro de propagandas de governos do PT como os de Minas Gerais e Bahia, estão preocupados com a disposição do presidente em manter o corte de mais de 40% de gastos com publicidade. Para piorar, em pleno ano eleitoral, a Presidência da República anunciou que fará um corte extra de R$ 200 milhões em publicidade. 

Temer não quis conversa, afirmou que não pretende rever a política de redução de gastos públicos ou sacrificar áreas como a saúde para gastar com propaganda. O presidente apenas pediu que a cobertura da Globo reconheça a importância da reforma da Previdência. Os empresários ouviram calados as reclamações de Temer. 

Segundo a Folha, João Roberto Marinho contou com a ajuda do vice-presidente de Relações Institucionais da Globo, Paulo Tonet e do deputado Beto Mansur (PRB-SP), para conseguir o encontro com Temer. 

texto: Imprensa Viva
Com informações da Folha.

Calma gente. Ainda não acabou. O PT ainda vai reinar no STF durante muitos anos ainda

Quem pensa que já se viu livre do PT apenas pelo fato da ex-presidente Dilma Rousseff e sua corja terem sido expulsos de Brasília ainda não viu nada. Mesmo que ninguém vote em candidatos do partido nas próximas eleições, o brasileiro ainda vai ter que conviver durante muitos anos com as tragédias criadas pelo partido de Lula na vida do povo, que vai pagar durante muitos anos as faturas salgadas das lambanças na Petrobras, na Eletrobras, nos Correiros, etc.

Mas não fica apenas nisso. O povo terá que aturar ainda durante muitos anos as figuras bolivarianas nomeadas por Lula e Dilma para os cargos de ministros do STF. Os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin ainda prometem fazer muita gente passar raiva durante as próximas décadas com suas 'relatividades morais'. Muitos destes caras foram colocados no STF sob influência de gente bacana como o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e pelo açougueiro criminoso Joesley Batista. Juntos, os sete ministros petistas garantem vitória em qualquer parada no STF. Isso sem contar a ajuda de seus colegas nomeados por Sarney, Collor, FHC e Temer, cada um com apenas um indicado no STF.

Além dos sete petistas, ainda tem ministros para todo gosto. Como Gilmar Mendes, cria do FHC, e Marco Aurélio Melo, o primo de Fernando Collor de Melo.