quinta-feira, 13 de abril de 2017

Prisão de Lula é questão de tempo

Os petistas já sabem que Lula será preso.
De acordo com a coluna Radar, da Veja, "a revelação de que a Odebrecht matinha uma poupança milionária para Lula trouxe ao PT a mesma percepção de 9 em cada dez brasileiros: sem foro privilegiado e no alvo de Sérgio Moro, a prisão de ex-presidente virou uma questão de tempo".

conteúdo: O Antagonista

Cuba suspende envio de médicos ao Brasil em meio à recusa dos profissionais para voltarem ao seu país

O governo de Cuba suspendeu o envio para o Brasil de 710 profissionais treinados para trabalhar no Programa Mais Médicos, de acordo com informações do Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. 

Segundo a agência, o grupo deveria desembarcar no País ainda neste mês. A decisão do governo cubano, comunicada ao Ministério da Saúde anteontem, foi reflexo do descontentamento com a grande quantidade de médicos que se recusa a voltar para Cuba quando encerrados os três anos de trabalho no programa. Atualmente, 88 profissionais estão recorrendo à Justiça para permanecer no Brasil, de forma a garantir o direito de continuar no programa do governo federal.

Cuba argumenta que a permanência dos profissionais no Brasil não estaria em conformidade com o acordo de cooperação. Em meio ao impasse, o governo brasileiro deve enviar nas próximas semanas uma comitiva ao país para discutir o assunto. 


O Ministério da Saúde já havia anunciado a intenção de limitar o número de cubanos integrantes do Mais Médicos. Porém, a redução da participação de profissionais estrangeiros deveria ser feita de forma gradual, de forma a não provocar vazios assistenciais, ainda mais levando em conta regiões onde há grande dificuldade de se garantir a permanência de médicos brasileiros.

A República da Odebrecht

Com um propinoduto oceânico, a empreiteira comprou as cúpulas do governo, do Congresso e dos principais Estados – um verdadeiro poder paralelo.

É espantoso: o Brasil vivia sob um cleptocracia cujas dimensões só agora começam a ser reveladas com nitidez – e o susto é generalizado. De tudo o que veio a público ao longo da semana passada, salta aos olhos que a República Federativa do Brasil talvez pudesse ser chamada de República Federativa da Odebrecht. 

A empreiteira, que cresceu inigualáveis 520% em dez anos antes da Lava-Jato, superando multinacionais como a Microsoft, literalmente comprou a cúpula do governo, a cúpula da Câmara, a cúpula do Senado e a cúpula dos principais governos estaduais. Comprou, à base de propinas ou dinheiro clandestino para campanhas, o poder nacional. 

Ao depor sobre o esquema, o empresário Emílio Odebrecht disse o seguinte: “A recente história do capitalismo brasileiro, desenvolvido ao longo das mesmas décadas nas quais a Odebrecht nasceu e se desenvolveu, nos mostra que essa interação entre o poder público e os agentes privados só foi possível porque as duas partes aceitaram jogar o mesmo jogo.” E que jogo! Nele, tudo podia ser comprado e vendido.

fonte: Revista Veja

Retrato do Brasil: todos os ex-presidentes vivos e também o atual são citados na Lava Jato

Antes de tudo, vale ressalvar que uma pessoa só é considerada culpada após o trânsito em julgado; e a pena de prisão apenas acontece após a segunda instância confirmar a sentença original condenatória. Passada a óbvia observação, vamos à calamidade do fato.
A situação é vergonhosa, para dizer o mínimo.
Nas delações da Operação Lava Jato, aparecem simplesmente TODOS os ex-Presidentes da República ainda vivos e também o mandatário atual.
Enfim, o Sarney foi mencionado e surpreendentemente obteve benefício de foro mesmo sem tê-lo (pois é, ele NÃO TEM foro privilegiado), e há menção a seu “grupo” na nova lista. Fernando Collor é alvo de inquérito e Lula, de pedido de investigação. Os casos de Dilma e FHC desceram para a primeira instância.
Temer, por prerrogativa do cargo, só poderá ser investigado sobre fato pregresso após deixar o Planalto.
Este é nosso país.

conteúdo: Implicante.com

CONTAS DE CAMPANHA DE DILMA E TEMER DEVEM SER SEPARADAS EM PROCESSO NO TSE? SIM

A lei exige que a prestação de contas de campanha eleitoral dos candidatos seja feita de maneira individual e separada, ainda que integrante de uma coligação partidária.
São contas distintas e independentes, o que possibilita a identificação da origem e do destino de todos os recursos captados para financiar a campanha. Cada candidato é individualmente responsável pela arrecadação dos recursos e discriminação dos gastos realizados.
Ora, se a lei obriga que a prestação de contas dos candidatos seja feita em separado, como pode a condenação ser em conjunto? Tal raciocínio contraria frontalmente a lógica cartesiana.
O Tribunal Superior Eleitoral no âmbito estadual e municipal tem aplicado o princípio da indivisibilidade da chapa, mas com abrandamentos. Em face da constatação de que o vice não cometeu nenhuma ilegalidade, a despeito de cassar a chapa deixa-se de aplicar a pena da inelegibilidade. É o que ocorre com Dilma Rousseff e Michel Temer, situação em que restou comprovado que o vice não cometeu qualquer ilícito.
Todavia, não parece coerente que o TSE reconheça a inexistência de culpa do vice-presidente, deixando de aplicar a inelegibilidade, mas derrube a chapa e casse o seu mandato.
A indivisibilidade da chapa, como de resto qualquer princípio, não pode ser aplicada de forma absoluta, sob pena de violar outros princípios constitucionalmente assegurados, como o da personalidade da pena, da segurança jurídica e da proporcionalidade.
O preceito da personalidade consiste na proibição de a pena ultrapassar a pessoa do réu de modo a atingir terceiros. Portanto, não pode o vice receber uma sanção por um ato que não cometeu.
Já a segurança jurídica confere estabilidade aos pleitos eleitorais e às expectativas de todos os que participam das eleições.
A prestação de contas da chapa Dilma/Temer foi inicialmente aprovada pelo TSE com ressalvas e inexistem irregularidades na prestação das contas do vice. Deve-se prestigiar o eleitor e o voto popular.
Impõe-se também que, em face de um aparente conflito entre princípios, leve-se a efeito uma redução proporcional do âmbito de alcance de cada um deles.
Aplica-se um sopesamento dos valores em conflito, no caso concreto, de modo a encontrar uma decisão necessária, razoável, adequada e menos gravosa ao outro princípio.
A solução menos gravosa e mais eficaz é, sem dúvida nenhuma, apurar as responsabilidades em separado e aplicar as penas individualmente. Não é razoável punir o vice por uma conduta que não cometeu, da qual nem tinha conhecimento.
Também não merece prosperar o argumento segundo o qual não há precedentes no TSE, uma vez que o caso é extremamente singular, pois diz respeito ao julgamento de contas de uma presidente da República que sofreu impeachment e de um presidente legalmente empossado.
Este -nada obstante o difícil quadro político, social e, principalmente, econômico pelo qual passa o país, com preços em alta, desemprego descontrolado e contas públicas com acentuado deficit- já conseguiu reduzir a inflação e começou a recuperar o emprego e a colocar limites aos gastos públicos. O impacto positivo principia a ser sentido.
Ao seguir essa linha de raciocínio, não se poderiam admitir inúmeras decisões proferidas pelo TSE sem que houvesse precedentes.
Está-se diante de um "leading case" (caso paradigma) em que uma eventual e, a nosso ver, improvável decisão contrária geraria novamente instabilidade política, social e econômica, em que a população menos favorecida seria a mais prejudicada.
por Ives Gandra e Samantha Meyer-Pflug Marques. 
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra
SAMANTHA MEYER-PFLUG MARQUES é professora titular de direito constitucional da Universidade Nove de Julho (Uninove)


(Publicado originalmente na Folha de São Paulo)

A parte de Jucá no assalto aos cofres públicos: R$ 22 milhões

Ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Mello Filho revelou que ele sozinho pagou “R$15 a 16 milhões” ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) desde que chegou em Brasília, em 2004. Mas mencionou outros pagamento para o senador, atual presidente nacional do PMDB, que totalizam R$22 milhões.
Cláudio Mello Filho também revelou em sua delação premiada o pagamento de outros R$ 6 milhões por meio de outro diretor da empreiteira, Henrique Valadares, do setor elétrico. O pagamento seria referente à garantia da obra da hidelétrica de Santo Antonio.
Ex-diretor da Odebrecht em Brasília, Cláudio Mello Filho substituiu o próprio pai, já falecido, que exerceu durante muitos anos a função de manter relacionamento com autoridades governamentais.

Maria do Rosário estava plenamente ciente de que recebia caixa 2 e consentiu, diz delator


O delator Alexandrino Alencar, em seu depoimento, detalhou a relação que mantinha com a deputada Maria do Rosário. Ele afirmou que ela pediu apoio para sua campanha à reeleição, em 2010. Segundo Alencar, a Odebrecht doou 150 mil reais em duas etapas, via caixa 2, porque ela pediu. 

Perguntado se ela tinha consciência ou se tinha sido informada de que se tratava de caixa 2, ele afirmou que não havia qualquer dúvida de que ela estava ciente de que recebia caixa 2. E disse: "e consentiu, tanto é que foi feito". 

Irmão de Lula recebeu mesada durante 13 anos, relata delator

O delator Alexandrino Alencar detalhou como funcionava o pagamento de mesada a Frei Chico, irmão do ex-presidente Lula. Em depoimento ao Ministério Público Federal, ele contou que o sindicalista prestou consultoria para articulação da Odebrecht com o setor sindical antes da eleição do irmão. 

Depois da posse, ele passou a receber por mês "graciosamente" o que ganhava pelo antigo trabalho. Os pagamentos foram feitos ao longo dos 13 anos de governo do PT. Na planilha da empresa, Frei Chico tinha o codinome de "Metralha". Além de receber recursos, a sua filha foi contratada pela empresa.

Alexandrino fazia pessoalmente os pagamentos mensais em encontros no restaurante "Galetos" do Shopping Eldorado, em São Paulo. Ficou acertado que ele receberia R$ 3 mil por mês, mas como a entrega do dinheiro — em espécie — era feita trimestralmente, o executivo entregava pacotes de R$ 9 mil. Segundo ele, Frei Chico pediu um reajuste e o valor subiu para R$ 5 mil mensais.

Aos procuradores, o executivo da Odebrecht disse que o contato com Frei Chico começou nos anos 90. Explicou que a empresa tinha problemas na área sindical por causa das privatizações.

— Achamos oportuno ter pessoas ajudando na interlocução com os sindicatos — afirmou o executivo.

Foi feito um contrato com o Frei Chico por meio de uma empresa de contratação temporária. Durante seis anos, ele prestava serviços, viajava e prestava as contas do contato com os movimentos sindicais.

— Ele era o irmão de Lula. Tinha esse cartão de visita que era muito importante.

Alexandrino contou que o relacionamento mudou depois que o irmão Luiz Inácio foi eleito presidente. A conclusão é que a relação com Frei Chico tinha de mudar. E uma rescisão contratual foi feita.

— Ele não poderia prestar esse tipo de serviço. E aí passei a dar para ele uma mesada — disse o delator, antes de ser questionado pelos procuradores se isso seria um pagamento sem contrapartida:

— Gracioso. Isso aí. Uma mesada — conclui o executivo. — Mantive uma mesada para ele durante esses últimos 13 anos. Pelo fato de ser irmão do Lula. sem dúvida nenhuma.

FREI CHICO PEDIU EMPREGO PARA FILHA

O executivo frisou que o ex-presidente sempre soube dos pagamentos feitos a seu irmão. Ele relatou ainda que Frei Chico pediu a Alexandrino que a filha Larissa — estudante de jornalismo — fosse contratada como estagiária. Ele disse que providenciou isso e que a garota mostrou competência e foi contratada.

Outro executivo confirmou a história. Hilberto Silva — também delator — disse que o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht aprovou os pagamentos ao irmão do presidente Lula.

— No caso, existia uma coisa que não era recomendável, mas como também era um valor pequeno e por se tratar de quem se tratava, Alexandrino fazia questão de ele ir pessoalmente receber e levar. Como valor era pequeno, a gente fazia vista grossa, mas a gente não permitia que nenhum executivo funcionário da empresa se envolvesse em transporte de valores — afirmou Hilberto.

Em nota, o Instituto Lula afirma que o ex-presidente Lula e seus familiares tiveram seus sigilos fiscais e telefônicos quebrados, sua residência e de seus familiares sofreram busca e apreensão há mais de um ano, mais de 100 testemunhas foram ouvidas em processos e não foi encontrado nenhum recurso indevido ou ilegalidade cometida pelo ex-presidente.

“Lula jamais solicitou ou recebeu qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou para qualquer outra empresa e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois de ser presidente da República democraticamente eleito por dois mandatos”.


Alckmin usou cunhado para pegar R$ 10,3 milhões do setor de propinas da Odebrecht, dizem delatores

Três delatores da Odebrecht afirmaram à Procuradoria-Geral da República que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou o cunhado para pegar R$ 10,7 milhões do setor de propinas da empreiteira. As informações constam de manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal.

“Trata-se de petição instaurada com lastro nos termos de depoimentos dos colaboradores Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Pachoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, os quais relatam que o Grupo Odebrecht teria repassado ao então candidato Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, atual Governador do Estado de São Paulo, a pretexto de contribuição eleitoral, R$ 2 milhões no ano de 2010 e R$ 8,3 milhões no ano de 2014, todas somas não contabilizadas”, narra o ministro Edson Fachin.

“Referidos repasses seriam implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas da companhia, mediante o sistema “Drousys”. Menciona-se, inclusive, que Adhemar César Ribeiro, cunhado do Governador Geraldo Alckmin, receberia pessoalmente parte desses valores e que, ao lado desses pagamentos, houve também doação oficial de R$ 400 mil.”

Como governador, Alckmin detém foro privilegiado perante outra Corte, o Superior Tribunal de Justiça.

Janot afirmou que ‘não existe menção a crimes praticados por autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função nesta Corte’ e pediu o reconhecimento da incompetência do Supremo Tribunal Federal para a apuração dos fatos.

“Considerando que o suposto beneficiário das doações exerce o cargo de governador do Estado de São Paulo, postula autorização para utilizar “o material perante o foro competente, o Superior Tribunal de Justiça, a fim de que lá sejam tomadas as providências cabíveis.”Pede, ainda, “o levantamento do sigilo dos termos aqui referidos, uma vez que não mais subsistem motivos para tanto”, relata Fachin.

“Ante o exposto: (i) determino levantamento do sigilo do procedimento; (ii) defiro o pedido do Procurador-Geral da República para o uso de cópia dos termos de depoimentos dos colaboradores Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Pachoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, e documentos apresentados, junto ao Superior Tribunal de Justiça. Registro que a deliberação aqui implementada não importa em determinação de competência, a qual poderá ser reavaliada nas instâncias próprias.”

COM A PALAVRA, GERALDO ALCKMIN

“Jamais pedi recursos irregulares em minha vida política, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei.”


Executivo da Odebrecht diz que Itaipava era usada para obter dinheiro em espécie

A cervejaria Itaipava teria sido usada pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht para obter dinheiro em espécie no Brasil, de acordo com o ex-executivo da empreiteira, Hilberto Mascarenhas. O papel da empresa era fazer conversão de dólares para reais, de modo a possibilitar pagamentos em dinheiro no Brasil. 

Com venda de cervejas sem nota fiscal em pequenos bares, que o delator chamou de "fria", a Itaipava teria entrado no esquema em 2008 através de seu presidente, Walter Faria. Foi dito que a companhia recebia 4% sobre as operações. 

Também mencionou-se que os pagamentos eram realizados por meio do banco Antiga Overseas nas delações, divulgadas em áudio.

Jaques Wagner mandou entregar dinheiro de propina na casa da mãe

O ex-diretor do "departamento de propina" da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, afirmou aos procuradores da Lava Jato que operacionalizou a entrega de R$ 500 mil na casa da mãe do então governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), ex-ministro da Casa Civil na gestão Dilma. 

Segundo Hilberto, o "setor de propinas" determinou um pagamento de R$ 1 milhão para Wagner, mas não existia doleiro em Salvador que pudesse operacionalizar a entrega. “Esse valor não era possível ser pago em Salvador porque não existia quem tivesse essa moeda disponível nesse nível. Os doleiros de Salvador não têm volumes que atinjam isso. Então eu propus ao pedinte, na época o Benedicto Junior [diretor da construtora], que pagasse em São Paulo ou no Rio. E foi pago 50% no Rio de Janeiro, se não me engano na casa da mãe do governador na época, foi pago R$ 500 mil lá”, contou Hilberto.

Wagner, apesar de ter feito carreira política na Bahia, é carioca. A segunda entrega, de acordo com Hilberto, Wagner pediu que fosse feita em Salvador porque houve algum problema ou descontentamento com a entrega na casa da mãe. Nesse caso, segundo Hilberto, foi acertada a entrega com um preposto de Wagner chamado Carlos Daltro. Questionado sobre a razão do pagamento, Hilberto diz: “Com certeza, algum pedido que tinha sido atendido pelo governador de alguma coisa na Bahia”. Sobre o pedido específico desse caso, o delator responde: "Não sei. Como eu nunca sabia. Meu papel era pagar. Eu nunca me envolvi com negociações de valores”.

Citado em quatro inquéritos, Renan diz ‘confiar na justiça’

Citado em ao menos quatro inquéritos e enrolado até o pescoço com a Lava-Jato, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) parece não estar preocupado. Em vídeo, disse confiar na justiça e reafirmou que “não há um centavo ilegal” em suas contas. Portanto, ele acredita que as denúncias serão arquivadas.

“A quem serve esse abuso?”, disse.

Contra Renan as denúncias são diversas. Em Alagoas, ele é acusado de receber 500 mil reais em propina da Odebrecht, 4 milhões com Romero Jucá para aprovar medidas provisórias e ter pedido R$ 1,2 milhões da Braskem para o PMDB. Além disso, indiretamente, Jucá teria pedido mais R$ 5 milhões em nome de Renan.

13 DE ABRIL - DIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

GOVERNO ODEBRECHT

Emilio Odebrecht contou em sua delação que, na íntima relação que mantinha com Lula, tinha liberdade para fazer os pedidos que bem entendesse.

O patriarca da empreiteira exemplificou que quando tratava com Lula da obra da usina hidrelétrica Santo Antônio, fazia duas solicitações:

1. "Eu sempre colocava para ele: 'Tá precisando dar um aperto no pessoal do Meio Ambiente. É muita licença. Para que as coisas não esmorecessem..."

2. "Ele (Lula) precisava mostrar para o BNDES que esse era um empreendimento importante, que eles (o banco) não podiam atrasar as liberações (dos empréstimos)."

Emilio era o verdadeiro presidente.

fonte: O Antagonista

LUIZ INÁCIO ODEBRECHT DA SILVA


Assista à análise de Claudio Dantas sobre como Emílio Odebrecht criou o personagem político Lula. 

As delações da Odebrecht vão reescrever os livros de História.


conteúdo: Momento Antagonista

REFORMA DO SÍTIO DE ATIBAIA ERA SURPRESA DE MARISA PARA LULA


Emilio Odebrecht contou em sua delação que a reforma do sítio de Atibaia, na qual a empresa desembolsou mais de 700 mil reais, era para ser uma surpresa de Marisa Letícia a Lula, como forma de celebrar o término do segundo mandato do petista.
O pedido de ajuda à empreiteira foi feito pela então primeira-dama a Alexandrino de Alencar em um aniversário de Lula, em Brasília.
"A mulher do Lula, Marisa Letícia, disse que tinha dado um problema, porque ela queria fazer uma surpresa... (...) A dona Letícia pediu a ele (Alexandrino) que a ajudasse porque ela não conseguia terminar as obras que lá estavam, porque quem estava lá ela não confiava mais e disse que queria dar essa surpresa quando o Lula terminasse (o segundo mandato)."
Tempos depois, Emilio foi ao Palácio do Planalto e comentou com Lula:
"Eu disse para ele: 'Olhe, chefe, você vai ter uma surpresa e nós vamos garantir o prazo que nós tínhamos naquele programa lá, no sítio."
Lula, no entanto, não reagiu com surpresa, segundo Emilio.
"Ele já estava sabendo."

fonte: O Antagonista


'Lamentável Em plena quarta feira, sessão cancelada por causa da lista', desabafa senador Magno





Nesta manhã, após a divulgação dos pedidos de inquérito feitos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, Câmara e Senado cancelaram as sessões plenárias. 

O senador Magno Malta, que compareceu, lamentou o desinteresse dos colegas. Malta ressaltou que, independente de lista, todos deveriam estar trabalhando, especialmente os que disseram que são inocentes apesar de constarem da lista.

Marcelo Odebrecht revela fundo de R$40 milhões para Lula

Em depoimento à Justiça Federal do Paraná, o empresário Marcelo Odebrecht afirmou que a empreiteira reservou um fundo de R$ 40 milhões para atender demandas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após sua saída do Palácio do Planalto, em 2010.


O empresário confirmou ao juiz Sergio Moro que Lula era tratado como “amigo” e contou que, em duas situações, conseguiu perceber que demandas financeiras apresentadas à empreiteira foram feitas pelo petista. Marcelo disse que Lula não pediu diretamente, mas que as questões foram tratadas com o ex-ministro Antonio Palocci.

A primeira questão seria a compra de terreno para construção do Instituto Lula e uma doação para a entidade em 2014.

“Tinha um saldo de uns 40 milhões [na conta do PT com a Odebrecht]. Aí o que eu combinei com o Palocci? Vai mudar o governo, vai entrar a Dilma […] A gente sabia que ia ter demandas de Lula, por uma questão do instituto, para outras coisas. Então o que a gente disse foi o seguinte: ‘Vamos provisionar uma parte desse saldo, e então botamos  R$ 35 milhões no saldo amigo, que é Lula, para uso que fosse orientação de Lula, porque a gente entendia que Lula ainda ia ter influência no PT’”, afirmou.

“Como era uma relação nossa com a Presidência (da República), PT, com Lula, tudo se misturava. Então a gente botou R$ 40 milhões para atender demandas que viessem de Lula”, completou.

“As duas únicas comprovações que eu teria de que Lula de certo modo tinha conhecimento dessa provisão foi quando veio o pedido para a compra do terreno do instituto IL (Instituto Lula), eu nao consigo me lembrar se foi via Paulo Okamotto ou via Bumlai, foi um dos dois, mas com certeza depois eu falei com os dois. Eu deixei bem claro que se eu fosse comprar o terreno sairia do valor provisionado”, afirmou.

As declarações de Marcelo foram dadas na segunda-feira, na ação penal que investiga o ex-ministro Antonio Palocci. Como o Supremo Tribunal Federal determinou abertura de inquéritos a partir da delação da Odebrecht, Moro determinou a retirada do sigilo do processo de Palocci na Justiça do Paraná.

O empresário disse ainda que entre o governo Lula e a chegada do governo Dilma sobrou um saldo de R$ 50 milhões, que passou a ser administrado pelo ex-ministro Guido Mantega.

Marcelo Odebrecht afirmou ao juiz que da lista de políticos na planilha do setor de propinas da empresa só conhecia pessoalmente “dez”, mas que o Italiano sempre foi o apelido do ex-ministro Antonio Palocci. “O italiano já existia antes de eu chegar. Quando falado dentro de casa, estava me referendo a Palocci. O codinome italiano só usava para Palocci”.

Odebrecht disse ainda que “não necessariamente caixa dois é propina. “A razão de pagar caixa dois é porque ¾ da campanha do pessoal precisava de caixa dois. Nenhum candidato queria mostrar tudo que gastava. A empresa não queria mostrar quem apoiou”.  “A decisão era por motivos de interesse do candidato ou do empresário e não aparecer”.


Lista de Fachin mostra que, na política, quem sai aos seus degenera mesmo

Citado para indicar a boa índole de filhos, o ditado “quem sai aos seus não degenera” não serve para explicar pais e filhos investigados na Lava Jato, por ordem do ministro Luiz Fachin. 

O ex-presidente Lula e os filhos Lulinha e Luiz Claudio, o senador Renan Calheiros e o filho governador de Alagoas estão na mesma lista do governador potiguar Robinson Faria (PSD) e o filho, deputado Fábio. O filho, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, faz companhia ao pai, César Maia (DEM), assim como o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) não nega que é filho de José Dirceu, ex-"primeiro-ministro" de Lula preso em Curitiba. Também o governador Tião Viana e o irmão Jorge Viana (PT) têm a Polícia Federal na cola. 

A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Na lista há casais como as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o marido Eron Bezerra, além de Marta Suplicy com Márcio Toledo.

Estão na lista a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e o maridão, Moisés Pinto Gomes, que nas investigações foi mencionado como “Momô”.

Paulo Bernardo está na lista de Fachin, juntamente com sua mulher senadora Gleisi Hoffmann (PT), que já era ré na Lava Jato

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB) figura na lista dos políticos a serem investigados, na companhia do irmão Geddel Vieira Lima.


Emilio Odebrecht revela que Dilma favoreceu doadora de campanha em construção de hidrelétrica

O patriarca da maior empreiteira do país, Emílio Odebrecht, revelou que a ex-presidente Dilma Rousseff era ‘responsável pelo favorecimento’ da empresa Tractebel-Suez em licitação para construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia.

Os depoimentos do empreiteiro e do executivo Henrique Serrano do Prado Valladares, também ligado à Odebrecht, embasaram petição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin.

Janot solicitou o envio das delações à Justiça Federal do Paraná, que julga a Operação Lava Jato na primeira instância, sob tutela do juiz Sérgio Moro.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral apurados pelo Estado, o comitê de campanha da ex-presidente recebeu R$ 1 milhão nas eleições de 2010 e a candidatura pessoal de Dilma na campanha de 2014 foi destinatária de R$ 800 mil da Tractebel Energia Comercializadora Ltda.

Inaugurada em 2016, a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia, recebeu investimentos de R$ 19 bilhões e foi financiada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

O leilão para construção da usina foi realizado em 2008, quando Dilma era chefe da Casa Civil do governo Lula, e teve como vencedor o consórcio Energia Sustentável do Brasil, formado pela Engie – controladora da Tractebel -, Mitsui, Eletrosul e Chesf.

‘Segundo o Ministério Público, relatam os colaboradores a ocorrência de favorecimento à empresa Tractebel-Suez, vencedora do processo licitatório envolvendo a obra da Usina Hidrelética de Jirau, que, em conjunto com a Usina Hidrelétrica Santo Antônio (obra vencida pelo consórcio formado entre Odebrecht e Andrade Gutierrez), compunha o ‘Projeto Madeira’. Narram os colaboradores que solicitaram auxílio do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva objetivando reverter a adjudicação em favor da Tractebel-Suez, contudo, por razão desconhecida, o ex-presidente da República optou por não contrariar a então Presidente Dilma Vana Roussef, vista como responsável pelo favorecimento da mencionada empresa’, diz a petição assinada pelo ministro Edson Fachin, baseado nas informações que chegaram a ele via Procuradoria-Geral da República.

Como os ex-presidentes Lula e Dilma não têm mais foro privilegiado no Supremo, o relator da Lava Jato na Corte máxima reconheceu incompetência para julgar o caso e enviou os depoimentos dos delatores à Justiça Federal e à Procuradoria da República no Paraná. Fachin ainda decretou o levantamento do sigilo dos autos.


Renan Calheiros é citado em ao menos quatro inquéritos

O senador e ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) é citado em pelo menos quatro inquéritos autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No inquérito 4.464, o senador é suspeito de ter recebido R$ 500 mil de propina, com o objetivo de “realizar um acordo de mercado entre as empresas que participariam da obra canal do sertão alagoano”. Segundo o inquérito, ele recebeu o dinheiro um hotel de Maceió.

O valor teria sido pago pelo departamento de propina da Odebrecht. Renan vai ser investigado por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

O inquérito 4.437, afirma que Renan teria recebido da Odebrecht a quantia de R$ 4 milhões junto com o também senador Romero Jucá para facilitar a a aprovação de medidas provisórias favoráveis aos interesses da companhia e posterior conversão em leis.

Em outro inquérito, o 4.389, Renan aparece envolvido em um esquema com a Braskem. O Senador é suspeito de ter pedido R$ 1,2 milhão em doação para o PMDB. Deste valor, R$ 800 mil teriam sido repassados para a campanha ao governo do estado de Alagoas de seu filho, Renan Filho.

Em troca, ele facilitaria a aprovação de legislação favorável aos interesses da empresa.

Por fim, no inquérito 4.426, Renan aparece indiretamente. De acordo com o documento, o Senador Romero Jucá é suspeito de pedir R$ 5 milhões em propina, e "afirmava falar em nome também do Senador da República Renan Calheiros."

O valor teria sido repassado pelo “Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrechet, sendo associado no sistema “Drousys”ao tema “exportação”, o que indica, na visão da ProcuradoriaGeral da República, “que o pagamento se deu em contrapartida à aprovação da MP que cuidava de créditos no exterior.”

Em nota, Renan disse que "abertura dos inquéritos permitirá que eu conheça o teor das supostas acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos seletivos de delações. Um homem público sabe que pode ser investigado. Mas isso não significa condenação prévia ou atestado de que alguma irregularidade foi cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro".

A PGR fez o pedido com base nas delações dos ex-executivos da Odebrecht. Fachin autorizou inquéritos para investigar ministros, senadores, deputados e governadores, segundo o jornal "O Estado de S. Paulo".

STF levou 20 meses para abrir 3 ações penais da Lava Jato



Um levantamento feito pelo site jurídico Jota mostra que, em média, os inquéritos contra políticos no STF levaram quase dois anos para serem transformados em processos penais. O site menciona as 3 ações do petrolão que já correm no STF: contra a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Nelson Meurer (PP-PR).

O processo que envolve Gleisi Hoffmann surgiu de um inquérito aberto em 2015. Embora a denúncia tenha sido recebida em setembro de 2016, com recursos protelatórios a senadora conseguiu adiar o início da ação penal até fevereiro de 2017. 

No caso do deputado federal Aníbal Gomes, o inquérito foi aberto em março de 2015, e a ação penal só se iniciou em fevereiro de 2017. 

O inquérito contra o deputado federal Nelson Meurer e seus dois filhos foi instaurado em março de 2015 e a ação penal só se iniciou em outubro de 2016.