segunda-feira, 27 de novembro de 2017

General detona atitude de ministro do STF que impediu conclusão sobre o foro privilegiado

O General Pimentel, presidente do Clube Militar, detonou, sem citar nomes, a atitude do ministro do STF, Dias Toffoli, que impediu o término do julgamento sobre a restrição ao Foro Privilegiado. 
O texto foi publicado pelo general Paulo Chagas no seu perfil no Facebook:
GEN PIMENTEL - PRESIDENTE DO CLUBE MILITAR

"Imagina um ministro do STF, em meio a uma sessão plenária da mais alta relevância, com ansiedade e expectativa aguardada pela nação, pois já diversas vezes incompreensivelmente postergada, anunciar, ao vivo e em cores, que dela se afastaria para comparecer a um exame médico de rotina. Não é o máximo do descaramento e da sem vergonhice? 

Não, ainda não é o máximo, antes de retirar-se, o magistrado(?) Pediu vista do caso, já decidido pela maioria, jogando-o para as calendas. E o Brasil que se dane!!!

É tempo de pensar no que virá depois. Uma coisa é certa, governar esse país mais adiante, caiba a quem couber, só será possível com o respaldo maciço da sociedade e a sustentação de força legal. Simples palavras não serão suficientes para que esses bandidos larguem o osso. Fincaram raízes profundas. Fomos condescendentes em demasia".


Lula será preso antes da eleição ou após sofrer uma derrota nas urnas

Desde a queda da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula tem vivido uma situação bastante desconfortável diante do avanço inexorável da Operação Lava Jato. Encorajado por seus advogados e por gente influente de Brasília, o petista bem que tentou protelar o andamento das investigações e processos que pesam contra ele na Justiça. Mas sua corrida contra o tempo está chegando ao limite. De anda mais adianta Lula apostar num desfecho favorável para suas ações penais. O desânimo alcançou até mesmo aqueles que garantiam sua blindagem, como senadores, juízes e ministros do STF. 

A corrente que deve prevalecer neste caso é a outra parte de judiciário, favorável aos ventos que sopram de Curitiba. Nem Lula nem seus advogados conhecem a fundo as provas que foram entregues aos membros da força-tarefa da Lava Jato. Sobretudo as que ancoram as tratativas do acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci e parte das provas obtidas nas planilhas da Odebrecht. 

Outra sombra negra que paira sobre a cabeça de Lula é a confirmação de sua condenação no caso do Triplex na segunda instância pelo TRF-4. Além de se tornar inelegível, o ex-presidente terá pouquíssimo tempo para recorrer da sentença. 

A expectativa é que isso ocorra justamente em meio a uma nova condenação do petista, no caso relativo ao recebimento de vantagens indevidas da Odebrecht. Na primeira condenação, Lula pode se safar da prisão por ser réu primário. Mas não terá a mesma possibilidade no caso de uma segunda condenação. Moro sabe o momento exato de pedir a prisão de Lula e não irá desperdiçar a oportunidade de colocar o chefe da organização criminosa por trás das grades. 

Neste cenário, condenado a partir de provas robustas, Lula não teria como conseguir um habeas corpus ou até mesmo poder contar com o apoio daqueles que lhe juram fidelidade eterna. Como bom jogador que é, Lula aposta suas fichas na possibilidade de disputar a eleição em 2018. 

Trata-se de uma corrida contra o tempo diante de uma improvável vitória ao final. Lula será preso. Antes da eleição ou após sofrer uma derrota nas urnas.

Bolsonaro assume liderança isolada em pesquisa e alcança 34,05% de intenções de votos

Nesse domingo (26) o site O Antagonista divulgou uma pesquisa realizada pelo Instituto Vertude que aponta o deputado Jair Bolsonaro como líder isolado nas pesquisas para a eleição presidencial de 2018, O pré-candidato aparece com 34,05% de intenções de votos. 

A pesquisa realizada por telefone com 6370 pessoas em todo o território nacional coloca o ex-presidente Lula em segundo lugar, Lula com 27,40% dos votos. 

Tecnicamente, Bolsonaro já está no segundo turno das eleições, enquanto Lula terá que disputar a segunda vaga com Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, que dividem 35% da preferência do eleitorado. 

Como Lula é o pré-candidato com maior rejeição, a possibilidade de ser demolido durante os debates é grande, tendo em vista o preparo de Bolsonaro, rápido e mortal em suas respostas. 

Isso se o petista conseguir registrar sua candidatura. Lula corre o sério risco de se tornar inelegível antes de agosto de 2018, caso seja condenado no julgamento do TRF-4 na Segunda Instância. 

Analistas apontam para um cenário mas provável de disputa entre Geraldo Alckmin e Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais.

A apatia e a despolitização no Rio de Janeiro

Em matéria sobre a crise ética no Rio de Janeiro, ancorada na descrição do estado por Raquel Dodge como “terra sem lei”, O Globo ouviu especialistas, entre os quais o site O Antagonista destaca o cientista social Marcelo Burgos, professor da PUC-Rio:

“O Rio não conseguiu desenvolver partidos com relação orgânica com a sociedade. Em São Paulo, fortaleceram-se partidos com mais lastro com a sociedade civil, como o PT, junto à classe operária, o PSDB, à classe média. Aqui, tivemos o que se diria um populismo de esquerda, nos tempos de Brizola, um arranjo pragmático-clientelista (Garotinho) até chegar à máquina política super blindada de Cabral e Picciani.

Seja pela névoa produzida pelos grandes eventos, ou pelo efeito anestésico das UPPs, fechou-se o ciclo perfeito: bênção, e investimentos, do governo federal do PT, uma Alerj transformada em extensão do Executivo, TCE e agências reguladoras sem desempenhar seu papel, Ministério Público impotente, mesmo a imprensa… Cabral e companhia são frutos deste cenário.

Acho que teremos abstenção enorme em 2018. Deve aumentar a apatia e despolitização da população, que é uma das causas deste quadro.”

Como comentamos em Reunião de Pauta, a apatia e a despolitização da população são – em todos os sentidos – crônicas no Rio.

Com raras exceções, a imprensa tende a continuar deslumbrada com efeitos anestésicos como as UPPs e os grandes eventos; os pobres tendem a continuar querendo mais Estado; e os ricos tendem a continuar querendo apenas mais praias, festas e viagens.