quarta-feira, 13 de junho de 2018

Barroso critica 'súbita indignação' com conduções coercitivas: 'É que o direito penal vai chegando ao andar de cima'

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira, 13, a legitimidade da condução coercitiva para interrogatório de um acusado que não atender a uma prévia intimação. Barroso também defendeu a legitimidade da condução coercitiva nas hipóteses em que seria possível a prisão cautelar do investigado, acompanhando o entendimento firmado pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF.

"A condução coercitiva do investigado, quando haja fundamento razoável, esta possibilidade é a prática da maior parte das democracias do mundo, sendo que em boa parte deles não se exige sequer a ordem judicial. A própria polícia pode fazer a condução", disse Barroso na sessão plenária desta quarta-feira. No caso do Brasil, Barroso defendeu a condução coercitiva mediante ordem judicial. 

O STF retomou nesta tarde o julgamento de duas ações - do Partido dos Trabalhadores e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - que contestam a condução coercitiva de investigados para a realização de interrogatórios, um procedimento que vinha sendo utilizado em investigações da Polícia Federal até o final do ano passado, quando foi vetado em decisão liminar do ministro Gilmar Mendes.

Indignação 

Durante a leitura do voto, Barroso criticou a "súbita indignação contra a condução coercitiva" e ressaltou que o dispositivo do Código de Processo Penal que prevê a medida está em vigor no País desde 3 de outubro de 1941. O ministro ainda lembrou que, em manifestações encaminhadas ao STF, a Presidência da República, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Congresso Nacional defenderam a medida.

"Eu arrisco um palpite (sobre a súbita indignação). É que o direito penal vai chegando, aos poucos, com atraso, mas não tarde demais, ao andar de cima, aos que sempre se imaginaram imunes e impunes. Gente que paga tudo com dinheiro vivo, desconhece o sistema bancário. Gente que vive de dinheiro fácil, com dinheiro dos outros, dinheiro desviado", comentou Barroso.

"E agora que juízes corajosos rompem pacto oligárquico e começam a delinear um direito penal menos seletivo e alcançar criminosos do colarinho branco, há um surto de garantismo. É o mal travestido de bem", prosseguiu o ministro.

Direito 

Barroso aproveitou o discurso para dizer que aplica a todos, ricos e pobres, "o mesmo direito penal".

"Não trato os pobres como se fossem invisíveis e os ricos como se fossem imunes. Nem viro os olhos pro outro lado se o réu for poderoso", afirmou Barroso, relator de um inquérito que investiga o presidente Michel Temer e apura suspeitas de irregularidades em torno do decreto dos Portos.


"Acho que há uma velha ordem que precisa ser empurrada pra margem da história e é nosso papel empurrá-la. Ninguém deseja Estado policial, uma sociedade punitiva, mas aqui é preciso fazer esclarecimento: o Estado que pune um empresário que ganha licitação porque pagou propina não é Estado policial, é Estado de Justiça", concluiu o ministro.

Ex-funcionário diz a Moro que, no sítio de Atibaia, 'quem mandava era Dona Marisa'

Ex-funcionário da equipe de seguranças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o militar Itamar de Oliveira, contou ao juiz Sergio Moro, na tarde desta quarta-feira, que prestava serviços e cumpria ordens de Marisa Letícia – falecida no ano passado – no sítio de Atibaia. A defesa do ex-presidente nega que ele seja proprietário do imóvel, e diz que Lula frequentava o local a convite de Fernando Bittar, cujo nome consta como dono de parte do imóvel, registra o site Folha Política.

Oliveira contou que trabalhou seis anos com Rogério Aurélio Pimentel, assessor de Lula, e que atendia "especialmente" aos pedidos da ex-primeira dama em serviços no sítio. Ele disse que, entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, período em que foi feita a reforma no imóvel, levava Aurélio a Atibaia de três a quatro vezes por semana.

- Ele (Aurélio) era um office boy de luxo, mas não tinha poder nenhum. Quem mandava era Dona Marisa. Quando nós chegávamos lá na residência do senhor presidente, dona Marisa determinava o que era pra ser feito, e nós íamos fazendo o serviço - disse Oliveira, arrolado como testemunha de defesa de Aurélio em depoimento a Moro.

Nesse processo, o ex-presidente é acusado de se beneficiar das reformas do sítio. Segundo a Força-Tarefa da Lava-Jato, cerca de R$ 870 mil foram lavados com reformas, construção de anexo e benfeitorias no sítio, como a compra de móveis para a cozinha, para adequá-lo à família Lula. Outros R$ 150 mil são atribuídos a propinas decorrentes de contratos do Grupo Schahin, com reformas conduzidas por intermédio do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.

Outra testemunha de Bumlai também prestou depoimento na ação penal nesta tarde. Moisés Madalena, que é motorista do pecuarista, contou que levou Bumlai e Reinaldo Bertin ao sítio por pelo menos três vezes. Moisés disse que a razão das visitas ao sítio era a construção de cinco suítes no imóvel. Ele disse que Bumlai e Bertin trataram do assunto com o engenheiro responsável pela obra, mas negou a razão do envolvimento dos dois no empreendimento.

Petista que foi primeira-dama de El Salvador é presa por corrupção

Foi presa nesta terça-feira (12) a ex-primeira-dama de El Salvador Vanda Pignato, que é brasileira. Ela é acusada de ter participado de um esquema comandado por seu ex-marido, o ex-presidente Mauricio Funes, que teria desviado US$ 351 milhões (R$ 1,3 bilhão) dos cofres públicos. 

Um juiz tinha ordenado na segunda (11) a prisão da ex-primeira-dama, que é ligada ao PT, por lavagem de dinheiro de US$ 165 mil (R$ 611 mil). Ela foi detida pela polícia em um hospital na capital, San Salvador. Não foram revelados detalhes de sua saúde, mas ela luta contra um câncer. 

Em entrevista para a Folha de S. Paulo em 2016, Pignato afirmou que foi filiada ao Partido dos Trabalhadores apenas até a eleição de seu ex-marido, em 2009. 

Na semana passada, a Justiça já tinha ordenado a prisão de Funes e de 30 de seus aliados, incluindo dois filhos. O ex-presidente, porém, continua solto porque vive desde 2016 na Nicarágua, relata o site Folha Política.

Funes assumiu a Presidência em 2009, levando ao poder o partido formado a partir da antiga guerrilha de esquerda FMLN (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional), em campanha comandada pelo marqueteiro brasileiro João Santana. 

Em sua delação premiada no Brasil, Santana afirmou que participou da campanha de Funes a pedido do ex-presidente Lula e que ela foi bancada com dinheiro de caixa 2 da Odebrecht. Os advogados do petista afirmam que a acusação é mentirosa. 

Ela ingressou no PT no período de formação da legenda, nos anos 80, e exerceu o posto de representante do partido na América Central, desde que se mudou para El Salvador, em 1992.

Em 2013, o então chanceler do governo de Funes, Jaime Miranda, afirmou que a relação de Vanda com o PT e com o ex-presidente Lula permitiu ampliar as relações bilaterais entre os dois países.

​Funes deixou o cargo ao fim de seu mandato, em 2014, e pouco depois anunciou a separação de Pignato.

Ele foi substituído por seu vice e atual presidente, Salvador Sanchez Ceren, de quem a brasileira era secretária de Inclusão Social. 

Apesar disso, Sanchez Ceren disse concordar com a investigação do caso. "Como governo, rejeitamos qualquer ato de corrupção, onde quer que seja, e apoiamos todas as ações necessárias para a defesa dos recursos públicos. Não toleraremos ninguém que tenha traído a confiança do povo de El Salvador" disse o gabinete do presidente em nota. 


Já Funes afirmou pelas redes sociais que não cometeu nenhum crime e disse que as acusações contra ele e sua família são "políticas" e "orquestradas por grupos conservadores".

'A Lava Jato não existiria se Gilmar fosse seu relator’, diz Deltan Dallagnol

Em entrevista ao jornal Nexo, o procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, afirmou que, se o relator da operação Lava Jato fosse o ministro Gilmar Mendes, a operação não existiria. Segundo o procurador, "a mensagem que as decisões dele passam, de leniência com os crimes de corrupção, é uma mensagem que não favorece a celebração de acordos de colaboração premiada. O ponto aqui é que a pessoa só colabora com a Justiça se ela vê uma perspectiva de punição, se ela vê que o crime grave que ela praticou corresponde a uma consequência grave". 



Leia abaixo o trecho da entrevista: 
Como avalia a atuação do ministro Gilmar Mendes?
A primeira vez que o Ministro tomou a decisão de libertar um réu foi no caso de José Dirceu. Naquele momento, o que eu fiz foi fazer um estudo dos casos anteriores em que o Ministro Gilmar Mendes tinha mantido as pessoas presas, e o que eu identifiquei foi que ele tinha mantido pessoas presas em casos de menor gravidade do que aquele de José Dirceu. Inclusive, um desses casos era de um réu de colarinho branco, e era de desvio de dinheiro público, só que era um caso menos grave, menos desvio, menos reiterações criminosas.
Isso me mostrou, e eu coloquei isso publicamente, que existia uma incoerência. E quando existe uma incoerência, em duas situações iguais, toma-se uma decisão A, e na outra situação igual toma-se uma decisão B, as pessoas passam a desconfiar daquela decisão. Passam a desconfiar que existe um fundamento oculto, que não foi revelado, porque não existe sentido em você dar tratamento diferente para situações idênticas.
O que nós vimos a partir de 2017 é que o ministro Gilmar Mendes passou a reiteradamente soltar réus em situações em que nós vemos situações clássicas para mantê-los presos preventivamente. E ele fez várias manifestações públicas atacando as investigações, atores das investigações. A grande verdade é que se nós tivéssemos como relator da Lava Jato o ministro Gilmar Mendes, a Lava Jato não existiria em Curitiba. Isso porque a mensagem que as decisões dele passam, de leniência com os crimes de corrupção, é uma mensagem que não favorece a celebração de acordos de colaboração premiada. O ponto aqui é que a pessoa só colabora com a Justiça se ela vê uma perspectiva de punição, se ela vê que o crime grave que ela praticou corresponde a uma consequência grave.
Quando a pessoa passa a acreditar que a consequência, no seu caso, vai ser impunidade, como é regra no Brasil – 97 a cada 100 casos de corrupção acabam em plena impunidade, segundo um estudo, a pessoa não tem porque colaborar com a Justiça. Por que ela vai revelar os crimes que ela praticou, desconhecidos, crimes que ainda não foram descobertos, vai devolver o dinheiro desviado e vai se submeter à uma punição, ainda que reduzida, se ela tem uma larga avenida da impunidade como alternativa? É óbvio que ela não vai. 

Lula pede para fazer campanha eleitoral de dentro da cadeia

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, analisa pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele possa realizar atos de pré-campanha e da Convenção Nacional do PT, marcada para 28 de julho, por meio de videoconferência ou vídeos previamente gravados na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso desde 7 de abril. O pedido foi apresentado à Justiça na última sexta-feira pelo advogado Eugênio Aragão, em nome do PT.

Lula cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá. Aragão, que foi ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff, afirmou na petição que a execução provisória da pena imposta ao ex-presidente não cassou os direitos políticos e não pode restringir a pré-candidatura à Presidência. Ressalta que a lei prevê tratamento isonômico aos candidatos, e que veículos de comunicação já pediram autorização para ouvir Lula como presidenciável. O pedido ainda não foi apreciado.

— Só existe suspensão de direitos políticos depois do trânsito em julgado. Ele é plenamente elegível até o julgamento dos recursos — disse Aragão.

Ontem, o ministro Felix Fischer, relator da Lava-Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou pedido da defesa de Lula para suspender os efeitos da condenação no caso do tríplex. A expectativa da defesa, que fez o mesmo pedido ao STJ e ao Supremo Tribunal Federal, é de que Lula responda em liberdade enquanto espera julgamento de recursos nas instâncias superiores.

O PT tem mantido o nome de Lula como presidenciável. O partido alega que ele tem direito de gravar vídeos para ser usado na campanha, porque ele não está com seus direitos políticos suspensos. O argumento do partido é que não pode haver uma impugnação prévia da candidatura, antes da apresentação do registro à Justiça Eleitoral, por isso o ex-presidente tem direito de se apresentar como presidenciável.

Para especialistas, a decisão sobre se Lula pode ou não fazer campanha na cadeia tem que respeitar a Justiça Penal. Para Henrique Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, a decisão deve ser tomada com base nas regras de execução penal, não eleitorais:

— A decisão diz respeito à segurança prisional e ao juiz penal. É preciso lembrar que o que for decidido para o ex-presidente vai gerar precedente, e outros presos poderão requisitar o mesmo tratamento em diversos presídios.

Para a professora Karina Kufa, da Faculdade de Direito Público de São Paulo, não há no âmbito eleitoral proibição para que um réu preso seja candidato, e quem disputa uma campanha pode praticar todos os atos a ela relacionados. Segundo a professora, o pedido da defesa de Lula “não é um absurdo” do ponto de vista da Lei Eleitoral, mas a decisão deve ficar a cargo unicamente da Justiça de Execução Penal.

— Ele tem chance, mas a decisão cabe unicamente à Execução Penal, sem interferência da Justiça Eleitoral — diz.

O procurador eleitoral Thales Cerqueira, da Justiça Eleitoral de Minas Gerais, disse que, em tese, Lula pode fazer campanha, mas avalia que nenhum direito individual pode ser usado como “escudo contra a coletividade” e, por isso, a gravação de campanha dentro da cadeia pode ser entendida como abuso de direito.

— A discussão é se a participação na campanha é moral. E isso é imoral — afirmou o promotor.

O poste de Lula no segundo turno

Henrique Meirelles disse para o Estadão que só há uma vaga em disputa no segundo turno.

A outra, segundo ele, será ocupada pelo poste de Lula.

A Copa de Lula e Luleco

Lula será interrogado pela Zelotes no dia 21. E Luleco no dia 29.

Segundo a Veja, “o petista não sairá da cadeia em nenhuma dessas datas. Ele ficará conectado por vídeo conferência, diretamente da PF em Curitiba”.

Os fantasmas do PT e do PSDB

Os brasileiros querem se livrar de PT e PSDB.

Mas eles sempre acabam voltando.

Lula sabotou Ciro Gomes, o único candidato capaz de roubar-lhe a coroa esquerdista, publica o site O Antagonista.

E Geraldo Alckmin deve atrair para a sua órbita os dezoito nanicos descartados pelo eleitorado, entre os quais Henrique Meirelles, Rodrigo Maia, Flávio Rocha e Josué Alencar.

PT e PSDB morreram, mas seus fantasmas continuam a assombrar o país.

Bolsonaro derrota Lula no RS

Jair Bolsonaro bate Lula no Rio Grande do Sul, segundo o Instituto Paraná.

Os marqueteiros do PT e do PSDB apostam que Jair Bolsonaro vai definhar durante a campanha eleitoral.

Por enquanto, eles estão quebrando a cara.

Moro interrompe o achaque

Sergio Moro acatou o pedido dos procuradores da Lava Jato e impediu o uso das delações premiadas por parte de órgãos ligados ao governo federal.

Diz a Folha de S. Paulo:

“A decisão de Moro foi proferida no dia 2 de abril e atinge a AGU, a CGU, o Cade, o Banco Central, a Receita Federal e o TCU.

No despacho, que é sigiloso, o juiz altera nove decisões anteriores em que autorizara o compartilhamento de provas da Lava Jato com esses órgãos, que têm a atribuição de buscar reparação de danos causados aos cofres públicos e aplicar multas e outras penalidades de caráter administrativo.”

Com essa medida, evita-se que se achaque as empresas a fim de calar os delatores, comenta o site O Antagonista.

Nora de Lula é condenada a devolver salários que recebeu como funcionária fantasma do Sesi

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Marlene Araújo Lula da Silva, nora de Lula, e Jair Meneguelli, ex-presidente do Sesi, a devolverem R$ 173 mil aos cofres da entidade.
Investigações apontam que Marlene era funcionária fantasma do Sesi. 

Segundo o TCU, Marlene, casada com Sandro, não conseguiu comprovar ter prestado serviços ao Sesi no período em que estava contratada. 

Como Meneguelli, antigo amigo de Lula, foi responsável pela contratação de Marlene, é solidário na dívida. Marlene e Jair terão 15 dias para comprovar o pagamento da quantia.

Na tribuna, dois senadores cobram andamento de impeachment de Gilmar Mendes

Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Lasier Martins (PSD-RS) usaram a tribuna na sessão desta terça-feira para cobrar que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), dê início à tramitação do pedido de impeachment impetrado em abril pelo jurista Modesto Carvalhosa contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A representação enumera nove atos de Mendes em que ele teria incorrido em crime de responsabilidade passível de perda do cargo a partir de processo no Senado, órgão responsável por analisar e processar pedidos de impeachment contra integrantes do Supremo.

Nos últimos anos, dezenas de pedidos de impeachment contra ministros de Supremo já chegaram ao Senado, mas todos foram engavetados ou arquivados por orientação da assessoria jurídica da Casa. Diante das duas questões de ordem sobre os pedidos contra Mendes, Eunício Oliveira apenas respondeu que encaminha todas as representações para a assessoria jurídica.

A representação afirma, segundo o senador Randolfe, que Gilmar abusa do cargo e das funções que exerce “sistemática e reiteradamente", cometendo "inúmeras vezes os crimes de responsabilidade”.

— A responsabilidade de dar uma resposta, em especial a essa denúncia apresentada pelo doutor Modesto Carvalhosa, este insigne jurista, é de todos nós membros do Senado, ao qual cabe a responsabilidade de julgar, processar e dar encaminhamento a denúncias contra ministros do Supremo. Faço questão de apresentar aqui esta questão de ordem, não só à mesa, mas me referindo ao conjunto do plenário do Senado, para que seja dado a essas denúncias o encaminhamento que requer a Constituição e o regimento — cobrou Randolfe.

— Todos esses episódios lamentáveis não cuidam de mera intriga. Foram testemunhados embaraçosamente por todos os brasileiros em cadeia nacional nos mais diversos meios de comunicação. O ministro citado, de antes defensor enfático da Lava-Jato nos governos petistas, passou a ser seu opositor ferrenho, quando viu as investigações se avizinharem do novo ocupante do Palácio do Planalto, do qual se tornou comensal e habitual frequentador em agendas noturnas — discursou Randolfe.

Em seguida, o senador Lasier Martins encaminhou outra questão de ordem a Eunício, para que sejam esclarecidos os seguintes pontos em relação aos pedidos de impeachment de autoridades que tramitam na Casa: se a decisão de acatar ou não é da alçada da Mesa Diretora, e não do presidente, monocraticamente, e se, dependendo da instância decisória, no caso de rejeição, qual o recurso pode ser impetrado no plenário.

— Existem hoje no Senado vários pedidos de impeachment de autoridade a partir de denúncias por crime de responsabilidade. Alguns foram rejeitados liminar e monocraticamente pelo presidente da Casa. E alguns outros aguardam há meses por uma deliberação — discursou Lasier Martins.

Na semana passada, Lasier já tinha feito dois apelos na tribuna para que Eunício leve a plenário ao menos um dos seis pedidos de impeachment de Gilmar, a quem chamou de “libertador geral dos delinquentes”.

Supremo marca a data para o primeiro julgamento de Gleisi Hoffmann

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar na próxima terça-feira (19) uma ação penal da Operação Lava Jato que mira a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, investigados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A discussão do caso marcará o segundo julgamento de uma ação penal da Lava Jato na Segunda Turma do STF – colegiado composto por Celso de Mello (ministro revisor da Lava Jato na turma), Edson Fachin (relator da Lava Jato), Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Em setembro de 2016, a Segunda Turma do STF decidiu receber por unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Gleisi, o marido e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues. Eles são acusados de solicitar e receber R$ 1 milhão oriundos de um esquema de corrupção instalado na diretoria de abastecimento da Petrobrás que teria favorecido a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010.
Procurado pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o gabinete de Gleisi Hoffmann não havia se manifestado até a publicação deste texto.
A ação penal de Gleisi e Paulo Bernardo foi liberada para julgamento pelo ministro Celso de Mello na quinta-feira passada (7).

Ana Amélia lidera com folga disputa pelo Senado no RS

Em busca de reeleição, Ana Amélia (PP) lidera com folga a disputa pelas duas vagas do Rio Grande do Sul no Senado Federal, de acordo com levantamento do Instituto Paraná divulgado nesta terça-feira.

O senador petista Paulo Paim está em segundo lugar, seguido de Germano Rigotto, do MDB.

Eis os números:


Ana Amélia (PP): 44,5%

Paulo Paim (PT): 28,7%

Germano Rigotto (MDB): 22,3%

Alceu Collares (PDT): 11,3%

Beto Albuquerque (PSB): 10,5%

Sérgio Wais (PRB): 3,0%

Nenhum: 14,9%

Não sabe: 5,8%

Dilma quer ‘rediscutir o papel da mídia’

Em entrevista para o site do MST, Dilma Rousseff ataca a mídia e diz que “uma das questões essenciais que os movimentos populares têm que levantar a bandeira, levando em conta o aumento dos índices de desconfiança da população nessa mídia oligopolizada já comprovados em pesquisas, é rediscutir o papel na reconstrução da democracia do Brasil do que significa a mídia”.

Talvez ela esteja falando em liberdade para inventar que o papa enviou um rosário para um presidiário de seu partido.

O ato final de Lula e FHC

Lula e FHC saem de cena.
José Nêumanne comentou o ato final da dupla de farsantes:

“O tucano depôs ao juiz Sérgio Moro em defesa do petista. Em benefício do réu e de si próprio, a testemunha contou que presidentes da República têm por obrigação, ao contrário de executivos privados, receber gente de toda espécie, de banqueiros a sindicalistas, o que é, por suposto, muito diferente de receber propinas, de que o sucessor da testemunha na Presidência é acusado pelo Ministério Público Federal para fazer reformas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia.

O depoimento foi tomado logo depois de ter sido divulgado que o próprio FHC teria sido pilhado num e-mail encontrado no computador de Odebrecht pedindo-lhe dinheiro para o PSDB.”

Em e-mail, filho de Gilmar oferece à BRF ‘aperfeiçoamentos legislativos’

A Polícia Federal anexou aos autos da Operação Trapaça – terceira fase da Carne Fraca – uma série de e-mails oriundos da quebra de sigilo telemático dos diretores da BRF.

Segundo publicação do O Antagonista, num desses e-mails, Francisco Schertel Ferreira Mendes, filho do ministro Gilmar Mendes, conversa com Ana Rovai, diretora jurídica da companhia.

Usando o e-email funcional do Senado, ele diz que foi um “prazer” participar com ela de debate na FGV e a convida para um café em Brasília.

“Seguem aqui meus contatos para trocarmos ideias sobre possíveis aperfeiçoamentos legislativos que te interessem.”

Rovai agradece e também se coloca à disposição para outro café quando Francisco estiver em São Paulo.

O filho de Gilmar Mendes ainda não havia assumido o comando do IDP, mas já dava as cartas por lá.



O rosário do presidiário

Lula espalhou  que o papa Francisco enviou-lhe um rosário de presente.

Agora se sabe que é mentira, mas Fernando Morais já deve ter incluído o episódio na biografia do presidiário.

PF no gabinete de Cristiane Brasil

A PF vasculhou hoje o gabinete de Cristiane Brasil.

Além disso, o STF autorizou “medidas cautelares consistentes em proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com os demais investigados” da Registro Espúrio.

A vaquinha de Bolsonaro

Jair Bolsonaro “recebeu projeções otimistas segundo as quais conseguiria arrecadar até 15 milhões de reais” em sua vaquinha virtual, diz a Folha de S. Paulo.

Ele ainda não escolheu uma plataforma, porém.

Estadão 3%

O Estadão não se conforma com a impopularidade de Michel Temer.

E acusa a Lava Jato de "ter provocado a ira dos brasileiros contra esse presidente honesto e reformista":

“Graças ao clima de caça aos corruptos que se instalou no País, em que todos os políticos passaram a ser considerados ladrões, Temer acabou sendo alçado ao lugar mais alto do panteão da corrupção da política nacional – e tal percepção manteve-se inabalável mesmo depois que se comprovou a constrangedora inépcia das denúncias feitas contra o presidente pela PGR. E essas denúncias bastaram não apenas para desmoralizar o presidente, que hoje ostenta 3% de aprovação, segundo pesquisa do Datafolha com margem de erro de 2 pontos porcentuais, como também para desqualificar as reformas que ele tentou promover.”

O Brasil já perdeu

Os motivos do desinteresse dos brasileiros pela Copa do Mundo, segundo análise do Datafolha. 

“O primeiro é o pessimismo em relação à economia (…). A expectativa sobre o aumento da inflação entre os que não têm interesse pela Copa supera em 12 pontos percentuais a verificada entre os que têm algum interesse”.

Em segundo lugar, “aparecem os aspectos citados pelos brasileiros como principais problemas do país — corrupção, saúde, desemprego e violência”.

Em terceiro, “o descrédito em relação às instituições do país. Os que não demonstram interesse pela Copa compõem um dos estratos da população que menos confiam nos diferentes níveis do Judiciário, na Presidência da República, no Congresso Nacional, nos partidos políticos, na imprensa e também nas Forças Armadas”.

Em quarto lugar, “a reprovação a Michel Temer é ainda maior entre os que não querem saber da Copa — supera em seis pontos percentuais a do estrato dos que têm interesse pelo evento”.

O interesse pela Copa diminuiu porque os brasileiros já se sentem derrotados.