A ex-presidente Dilma Rousseff bem que tem tentado enfrentar toda sua decadência
mantendo uma certa fleuma de ex-presidente que ainda é capaz de opinar nos
destinos do país. Mas a realidade tem sido mais dura do que ela esperava e há cada vez
menos pessoas dispostas a ouvir o que a petista tem a dizer. Mesmo dentro de seu
partido, Dilma não tem mais espaço nas mesas diretoras ou na tomada de decisões.
Não é mais convidada para eventos entre seus correligionários e foi completamente
banida da vida partidária. O PT por sua vez tem outras preocupações bem mais
imediatas e não quer que a já combalida imagem do partido seja "contaminada" por
toda negatividade que Dilma passou a representar no país de 13 milhões de
desempregados.
De fato, não faltam razões para que todos queiram manter distância da ex-presidente.
Segundo sondagens internas do próprio PT, Dilma hoje é vista como a pessoa mais
arrogante e, ao mesmo tempo incompetente, que já ocupou o Palácio do Planalto.
Poucos políticos tiveram um fim tão meteórico em toda a história do país. Collor
partiu para o isolamento por livre e espontânea vontade, pois sabia que cairia no
ostracismo no dia seguinte ao impeachment. Já Dilma ainda tenta se inserir, sem
sucesso, na vida política do país.
A situação de Dilma chegou a um ponto degradante mesmo antes de ter seu mandato
cassado. Por questões de segurança, a petista ficou praticamente detida no Palácio da
Alvorada por vários meses, até a conclusão do processo de impeachment. O temor do
gabinete da Presidência da República era o de que ela sofresse algum ataque, tamanho
era o repúdio popular contra a petista naqueles dias sombrios.
Atualmente, Dilma está praticamente abandonada à própria sorte pela maioria de seus
antigos aliados. Traída por ex-ministros e auxiliares, a petista vive praticamente
isolada dos debates no país e se comunica através das redes sociais e pequenas rádios
do interior e blogs saudosos do dinheiro do contribuinte.
Não demorou muito tempo para que Dilma Rousseff se tornasse uma mera sombra
esmaecida daquilo que foi um dia: arrogante, pretensiosa e mandona. Os ex-funcionários
que a serviam em Brasília são unânimes em afirmar que se sentem
aliviados por terem se livrado do jugo da petista. Dilma era tirana e se comportava
como uma rainha do mal, que gostava de impor humilhações aos que eram colocados
a seu serviço.
O desprestígio político é proporcional ao repúdio popular. A situação de Dilma nos
dias de hoje é tão degradante que a petista não consegue mais encontros com pessoas
da vida pública. Poucos se arriscam a visitá-la e quando o fazem, exigem sigilo e nada
de fotos.
A situação não é diferente no exterior. Dilma passou cerca de quinze dias na Europa,
às custas do contribuinte, mas não conseguiu ser recebida por nenhum chefe ou ex-chefe
de Estado. A petista passou pela Espanha, França e Itália sem conseguir ser
recebida por nenhuma autoridade local. O máximo que conseguiu foi um encontro
rápido com uma obscura senadora francesa do inexpressivo Partido Comunista
Francês.
No Brasil, Dilma avança inexoravelmente para o ostracismo político na mesma
proporção que conquista as manchetes policiais e, justamente por este motivo, ainda
não pode ser considerada um cachorro morto na beira da estrada. A petista ainda deve
chamar muita atenção quando começar a se tornar alvo de uma série de processos
sobre corrupção e lavagem de dinheiro nos próximos meses.
Isso faz com que cada vez mais pessoas procurem mantes distância de Dilma. Até
mesmo oportunistas como João Pedro Stédile (MST), Carina Vitral (UNE) e Vagner
Freitas (CUT) já não querem mais ser vistos ao lado da petista e até se tornaram
críticos de seu governo. É claro que nenhum destes citados jamais possuiu algum
compromisso com a luta de classes, mas sim com o projeto de poder do PT.
Entretanto, até eles precisam criticar Dilma para não se prejudicarem perante os
movimentos que representam.
Em seu partido, o PT, Dilma é repudiada e apontada como a principal responsável
pelo fim do sonho de um projeto de poder duradouro. Mesmo os blogs, jornalistas e
meios de comunicação se veem numa situação ridícula, por serem forçados a admitir
que a incompetência, inépcia e arrogância de Dilma foram os principais fatores que
conduziram o pais ao caos político e econômico da atualidade.
Nem mesmo os artistas petistas se arriscam a defendê-la abertamente. Dilma enfrenta
dias bem distantes daqueles em que reinava absoluta, fiando na certeza de que o Brasil
e as instituições não estariam dispostas a bancar um outro processo de impeachment
após o de Fernando Color. Ela pagou para ver e deu no que deu.
Dilma é responsável por um feito inédito: fracassou em sua relação com a direita e
destruiu a esquerda do país. O abatimento e a ausência de uma frase que faça algum
sentido comprova que a petista é apenas um passo triste perdido na história.
fonte: Imprensa Viva