quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

MJ DIZ QUE CONSELHEIROS ERAM IDENTIFICADOS COM GESTÃO DO PT

A nota de Alexandre de Moraes sobre a renúncia coletiva dos integrantes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária:
"Brasília, 25/01/17 – O Ministério da Justiça e Cidadania agradece, e muito, o trabalho realizado pelos sete membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária que pediram desligamento nesta data.
O Conselho é órgão clássico de assessoramento do ministro de Estado da Justiça e Cidadania. Não é órgão de Governo, mas de Estado. A Lei prevê que seja composto por treze membros titulares. Portaria ministerial previa cinco suplentes. Portaria mais recente corrige a situação, passando a prever treze suplentes para equalizar com o quantitativo legal de membros titulares.
O grupo que ora se despede identificava-se com a gestão anterior. O Conselho passará, ao natural, por renovação, o que proporcionará melhor compreensão do dramático cenário herdado. O descalabro penitenciário não é de hoje, não tem oito meses, mas décadas. Claro, sobretudo, foi acentuado nos últimos 14 anos. O Conselho tem papel relevante no enfrentamento da situação e, agora, poderá aperfeiçoar sua contribuição, não apenas no diagnóstico da situação, mas, também, com medidas efetivas e corretivas.
Por exemplo, o Conselho há anos é ignorado em matéria de indulto, sobretudo porque suas proposições sequer eram plausíveis de pronta aplicação prática. Com sorte, o indulto tinha algum resultado concreto um ou dois anos depois. Por outro lado, o último indulto (já na atual gestão) separa o joio do trigo: concede o benefício àqueles que cometeram crimes sem violência ou grave ameaça e dificulta-o àqueles que cometeram crimes com violência ou grave ameaça.
Quanto ao Fundo Penitenciário Nacional, não houve utilização dos seus recursos “para fins diversos do seu desiderato”. Em verdade, o que houve – e há muito não havia – foi o uso efetivo do Fundo para enfrentamento do drama penitenciário. O Fundo vinha sendo alvo de sistemáticos contingenciamentos. O Supremo Tribunal Federal proibiu a prática, mas essa determinação foi ignorada por meses. Finalmente, a decisão foi cumprida pela atual gestão. O Ministério da Justiça e Cidadania repassou aos estados o inédito e expressivo montante de R$ 1,2 bilhão para construção e equipagem de presídios. Portanto, houve uso efetivo do Fundo (e rigorosamente dentro do respectivo escopo).
A sociedade brasileira deseja o efetivo enfrentamento da criminalidade, bem como reclama que se coloque termo ao sentimento de impunidade. Esses são objetivos centrais do Plano Nacional de Segurança Pública. O Ministério da Justiça e Cidadania não medirá esforços para – em conjunto com os órgãos do Poder Executivo, e em harmônica articulação com os entes da Federação e com a população brasileira – realizar esses objetivos dentro de rigorosas constitucionalidade e legalidade das políticas públicas pertinentes."
via O Antagonista

DELAÇÃO DA ODEBRECHT PODE MINAR FAVORITOS DE TEMER NO CONGRESSO
Claudio Dantas explica que Michel Temer é contra a urgência da homologação da delação premiada da Odebrecht porque teme seu impacto na eleição para o comando da Câmara e do Senado na próxima semana.
Os favoritos Eunício Oliveira e Rodrigo Maia são citados pelos delatores. Cármen Lúcia precisa correr!

PESCANDO PEIXÕES NO PERU

"O escândalo envolvendo propinas pagas pela Odebrecht no Peru durante três governos está se revelando maior do que o imenso caso de corrupção que derrubou o ex-presidente Alberto Fujimori, disse o procurador-geral peruano nesta quarta-feira.

Pablo Sánchez disse que os promotores estão trabalhando duro para capturar qualquer, segundo ele, 'peixe grande' envolvido."

fonte: Reuters e O Antagonista