segunda-feira, 2 de julho de 2018

“Comunicamos o falecimento do imposto sindical”

Deputados que votaram pela aprovação da reforma trabalhista estão enviando mensagens entre si comemorando a decisão definitiva do STF na semana passada, registra o site O Antagonista.

O texto, em tom de nota de falecimento, diz o seguinte:

“Comunicamos o falecimento do imposto sindical. O extinto deixa viúva a CUT e milhares de pelegos filiados ao PT e outros partidos de esquerda.”

“Apoiei Lula por 16 anos. Isso não conta?”

Ciro Gomes participou do desfile cívico de 2 de julho, em Salvador.

A Folha registra que, interpelado por Binha de São Caetano, torcedor símbolo do Esporte Clube Bahia, o presidenciável “gastou o verbo para tentar ganhar mais um eleitor”.

“Apoiei Lula por 16 anos. Isso não conta?”

O canarinho pistola de Geddel

Fontes do Presídio da Papuda disseram a O Antagonista que Geddel Vieira Lima, além de agredir verbalmente o agente penitenciário, também lhe mostrou as partes íntimas.

O ex-ministro, que não queria ser revistado após a visita do irmão na cadeia, agora passará uma temporada na solitária.

O militante Ricardo Lewandowski

Em editorial, o Estadão definiu precisamente a decisão de Ricardo Lewandowski de conceder liminar e suspender processos de privatização: é uma atitude de militância política…

“Proferida numa ação proposta pelo governo de Alagoas contra a União, a primeira liminar retira a empresa Companhia Energética do Estado de Alagoas (Ceal) do leilão de privatização de distribuidoras da Eletrobras, previsto para o próximo dia 26 de julho. De acordo com o edital de venda, a Ceal tem patrimônio líquido negativo de R$ 573,8 milhões, endividamento de R$ 1,46 bilhão e prejuízo acumulado nos últimos cinco anos de R$ 923,6 milhões. Diante dessa situação financeira periclitante, a União decidiu licitá-la pelo valor simbólico de R$ 50 mil. O governo de Alagoas alega, no entanto, que teria direito a receber R$ 4 bilhões pela venda da Ceal.

Apesar do irrealismo do pedido, o ministro Lewandowski concedeu a liminar, numa decisão que, além de acrescentar incertezas a um processo de privatização absolutamente necessário, obriga o contribuinte a continuar custeando dívidas bilionárias de estatais mal administradas.”

A liminar que mela a privatizado da Eletrobrás que abre caminho para desvarios de todos os tipos contra os interesses do país, publica o site O Antagonista.

Segundo a publicação, como diz uma fonte do site: “A existência dessas estatais locais, como a de Alagoas, é uma aberração. Já roubaram bilhões através delas. Mais uma vez, o Judiciário pode estar sendo usado para ressuscitar carcaças de companhias aéreas, usinas falidas, títulos podres e por aí vai. Somando tudo, é um espanto na casa de 200 bilhões de reais”.

Geddel “tem que sobreviver num lugar fétido”

No site Migalhas, há uma descrição da solitária em que está preso Geddel Vieira Lima, depois de desacatar verbalmente  um agente penitenciário.

Trata-se de uma cela, dois por dois, com cama de alvenaria (sem colchão), sem luz, onde o preso fica no mínimo 7 dias.

A comida é colocada diariamente, mas não recolhida, de modo que o preso, que não consegue ver a luz do dia, tem que sobreviver num lugar fétido. Uma verdadeira masmorra.

Não há chuveiro, existindo uma minúscula pia (que é onde ele bebe água) e o boi (um buraco no chão para fazer as necessidades).

Não é possível que em pleno 2018 tenhamos que assistir a uma cena dessas.

Certamente os ministros do Supremo Tribunal Federal, ciosos, não sabem disso. Mas agora, ao lerem essa triste migalha, deveriam hoje mesmo fazer uma vistoria naquele local para pôr um fim nesse verdadeiro sarcasmo penal.

Certamente, antes de ser preso, Geddel Vieira Lima não estava minimamente preocupado com as condições desumanas do sistema prisional brasileiro, publica O Antagonista.

O problema no STF “é juiz que faz favor”

Na Folha, Luís Roberto Barroso dá o seu recado:

O problema no STF  “é juiz que faz favor e acha que o poder existe, não para fazer o bem e a justiça, mas para proteger os amigos e perseguir os inimigos”.

Guardadas as devidas diferenças, no jornalismo também.

A Lava Jato não anda em São Paulo

Nenhum dos cinco acordos de colaboração da Odebrecht firmados por promotores paulistas foram homologados pela Justiça ou pelo MPE, noticia o Estadão.

Dizem que faltam provas efetivas nas delações que implicam, entre outros, Gilberto Kassab e Paulo Preto

É impressionante como a Lava Jato não anda em São Paulo.

Pensando bem, não é impressionante.

O México já perdeu

Não importa o resultado do jogo de hoje, o México já perdeu ao eleger no último domingo o esquerdista López Obrador presidente da República.

Em O Globo, o historiador mexicano Enrique Krauze o definiu o “grande caudilho do século XXI”:

“Escrevi um livro que se chama ‘O Povo Sou Eu’, em torno do fenômeno do populismo, focado em explicar a tradição populista da América Latina. Me preocupa muito o perfil populista de López Obrador, que também tem um componente messiânico. Estudei sua figura e acredito que ele tem uma visão redentora de si mesmo, e o povo o vê assim também. Isso é um conceito importante, pois a História de muitos países, inclusive a do Brasil, mostra que isso é muito arriscado. E não tem a ver com o desenvolvimento democrático: é autoritário, intolerante e em seu discurso é insultante com os meios de comunicação e com as vozes críticas, despreza a imprensa independente, polariza a sociedade, divide o país entre os bons e os maus mexicanos. Andrés Manuel López Obrador, conhecido pelas suas iniciais AMLO, tem uma visão da História na qual se coloca como um herói salvador do México.”

A América Latina perde sempre.

Lula não passaria nem para o segundo turno, caso disputasse eleições, sugere pesquisa


O ex-presidente Lula continua blefando da cadeia. O que se pode depreender com base nas últimas pesquisas de intenções de votos, é que o petista, embora figure em primeiro lugar isolado, o fato de quase 60% dos eleitores não manifestarem qualquer preferência revela uma apatia que pode deixar de existir, caso o condenado fosse liberado para disputar as eleições de outubro, publica o site Imprensa Viva.

Segundo a publicação, Lula aparece com 21% das intenções de votos num universo de apenas 40% dos eleitores, de acordo com a última pesquisa do Ibope. Isto significa que o petista possui a preferência de apenas 8% de intenções de votos, considerando todos os eleitores do país. De acordo com a pesquisa, 59% dos entrevistados não nominaram um candidato.

É possível intuir que a maior parte daqueles que não nominaram nenhum candidato não votariam em Lula de jeito nenhum. Num cenário com a participação do condenado, é razoável imaginar que muitos destes indecisos escolheriam um outro candidato qualquer apenas para impedir que Lula chegasse ao segundo turno. A presença de Lula na disputa poderia funcionaria como um fator motivador para muitos eleitores que se tornariam dispostos a votar apenas para inviabilizar a candidatura de Lula.

Este aspecto, que não pode ser aferido por qualquer pesquisa de opinião, em tese, praticamente invalida a inserção do nome de Lula em qualquer pesquisa eleitoral para um eventual segundo turno.

Dilma causou o fechamento de mais de 341 mil empresas no Brasil, segundo IBGE


O Brasil ainda vai levar anos para se recuperar da pior recessão de sua história, que teve início por volta do final de 2014 e culminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no episódio das pedaladas fiscais. A petista deixou um rombo nas contas públicas de mais de R$ 170 bilhões e um rastro de destruição na economia, com cerca de 13 milhões de desempregados, inflação e juros altos e queda nos investimentos. De lá para cá, 341,6 mil empresas fecharam as portas. O comércio foi o segmento mais afetado, com 262,3 mil casos. É o que aponta o Cadastro Central de empresas divulgado esta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Pouco antes de Dilma afundar a economia do país, um levantamento realizado em 2016 revelou que havia pouco mais de 5 milhões de empresas ativas no País.  Embora o número de empresas fechadas represente uma queda de 6,3% na comparação com 2013, quando o número total de empresas ativas chegava a cerca de 5,4 milhões, o impacto na economia foi enorme.

Segundo o IBGE, do total de empreendimentos que fecharam as suas portas nesse período, 76,8% atuavam no comércio. Em 2013 havia 2,2 milhões de empresas com esse perfil, número que passou para 1,94 milhão em 2016 – uma queda de 11,9%.

Depois do comércio, em números absolutos, a indústria de transformação foi o segmento empresarial que mais teve empresas com atividades encerradas no período – 37,6 mil, o que corresponde a uma queda de 8,4%. O segmento de alojamento e alimentação aparece em terceiro lugar, com 15,6 mil empresas fechadas de 2013 a 2016, uma redução de 4,8%.

Com o fechamento das empresas, aponta a pesquisa, o total de empregados no setor empresarial caiu em 6,8% entre 2013 e 2016, o que representa um contingente de 3,7 milhões de desempregados.

Uma empresa fechada é como uma planta que morre em consequência da pobreza do solo. A recuperação não é tão simples. Instalações, maquinários e estoque são os primeiros ativos que mudam de mãos ou são simplesmente sucateados. A maior parte dos empresários que faliram ficaram endividados e dificilmente conseguirão capital para começar do zero seus negócios.

Com informações do G1.

Presidente eleito da Colômbia pede que países da região deixem Unasul

O presidente eleito da Colômbia, Iván Duque, pediu que os países que integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deixem a organização que, segundo ele, tornou-se "cúmplice da ditadura da Venezuela". Ele fez a declaração , em Washington, depois de uma reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, publica o site Folha Política.

"Manifestei a Almagro meu desejo de seguir fortalecendo o sistema interamericano e que, nesse sentido, os países da América do Sul têm que avançar muito. Primeiro, convidando-os à retirada [da Unasul]. A Unasul foi uma organização que realmente se transformou em uma cúmplice da ditadura da venezuelana", disse Duque.

"Parte do fortalecimento do sistema interamericano é respaldar a Carta Democrática [da OEA] como instrumento regional para a promoção e o fortalecimento da democracia", completou o presidente eleito.

Em abril, seis dos países-membros da Unasul - Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru - suspenderam sua participação na organização de forma indefinida devido à discordância sobre o funcionamento.

A Unasul, com sede em Quito, é formada por 12 países da América do Sul. A criação da organização foi promovida, entre outros líderes, pelo então presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Durante a campanha eleitoral, Duque já havia expressado desejo de que a Colômbia deixasse a Unasul por ser uma "espécie de cúmplice silenciosa da ditadura da Venezuela".

Duque, do Centro Democrático, partido do ex-presidente Álvaro Uribe, venceu as eleições do último dia 17 de junho e toma posse no dia 7 de agosto para um mandato que vai até 2022.

PT vive disputa interna para escolher substituto de Lula

A 98 dias do primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta, em vão, deter uma disputa entre petistas pelo direito de substituí-lo na corrida presidencial, diante do provável impedimento de sua candidatura. Por intermédio de bilhetes e mensagens, Lula busca manter o controle do partido.

Mas, à espera de uma definição do ex-presidente, potenciais candidatos e apoiadores já deflagraram suas batalhas pelo papel de reserva de Lula.

Hoje existem quatro nomes cogitados para incorporar o plano B: o ex-governador Jaques Wagner, o ex-prefeito Fernando Haddad, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Celso Amorim.

E uma amostra dessa rivalidade aconteceu no dia 8 de junho, data de mais um lançamento oficial da pré-candidatura de Lula, em Contagem (MG). Apontado como preferido de Lula e dos governadores petistas, Wagner era o encarregado de ler uma mensagem enviada pelo ex-presidente.

Sob comando de Gleisi, os organizadores do ato decidiram, porém, montar um jogral para a leitura da carta. Descartada a ideia, a tarefa foi repassada à ex-presidente Dilma Rousseff.

No momento da leitura, Wagner já havia deixado o auditório onde se realizava o lançamento. A saída dele foi interpretada como mais um sinal de sua inapetência para a candidatura presidencial, especialmente após a realização de uma operação da Lava Jato em sua casa. Defensores de Wagner afirmam, no entanto, que ele aceitará concorrer se convocado por Lula, mas prefere ser discreto até lá.

Enquanto isso, Haddad tenta amenizar resistência interna. Para isso, se associou à maior corrente petista, a CNB (Construindo o Novo Brasil), tem viajado pelo Brasil e se reunido com petistas a pretexto da elaboração do programa de governo de Lula.

A disputa começou um dia depois da prisão de Lula, no dia 7 de abril. Contrariada com a veiculação de notícia segundo a qual Haddad dividiria com Gleisi a missão de falar em nome do ex-presidente, a senadora fez registrar em resolução do partido que ela foi a porta-voz designada por Lula.

Cada vez mais popular entre os militantes, Gleisi também tem interditado debate interno sobre o plano B, alimentando a suspeita de que busca se viabilizar para a disputa.

No último dia 18, durante reunião do conselho informal do PT, dirigentes petistas manifestaram apreensão quanto à falta de estratégia para depois da Copa do Mundo. A reunião foi gravada para que seu teor fosse enviado a Lula. Mas, por uma falha técnica, não chegou ao ex-presidente.

Na reunião, os ex-ministros Franklin Martins e Aloizio Mercadante se mostraram preocupados com a ausência de um porta-voz credenciado para representar Lula em atividades da pré-campanha. Mas a discussão sobre antecipação do nome do vice de Lula foi abortada.

Em meio a essa turbulência, um grupo de dirigentes do PT trabalha pela indicação de Celso Amorim para a execução do plano B. Há até slogan para o diplomata: "o chanceler da paz" ou "o embaixador da esperança".

Oficialmente, porém, o partido mantém o discurso de que Lula será candidato. Em evento na noite de sexta (29), em São Paulo, com representantes de pré-candidaturas de esquerda ao Planalto, Haddad repetiu que a sigla "não pode e não vai abrir mão" do ex-presidente.

"Nós não temos condições políticas, morais, intelectuais, programáticas de abrir mão do Lula", disse.

QUEM SÃO OS PLANOS B DO PT 

Jaques Wagner - O ex-governador da Bahia é o preferido de Lula para substituí-lo; porém, pode sofrer desgaste com a Lava Jato

Fernando Haddad - O ex-prefeito de SP é o coordenador do programa de governo de Lula, mas seu nome enfrenta resistência na sigla 

Gleisi Hoffmann - Presidente do PT, assumiu o papel de porta-voz do petista e tem vetado discussões internas sobre plano B 

Celso Amorim - Apelidada de 'plano C', indicação do ex-chanceler, que não tem experiência eleitoral, é defendida por grupo do partido.

As informações são do site Folha Política.

O Brasil viveu 4 anos em suspense pela prisão de Lula. Com tantos recursos no STF, é uma aflição quase diária com possibilidade de soltura do condenado


O Brasil acompanha aflito a batalha jurídica feroz travada pela defesa do ex-presidente Lula para tentar livrá-lo das garras da Justiça. Já se perdeu a conta dos inúmeros recursos impetrados pela defesa do petista, desde a deflagração da Operação Lava Jato, há quatro anos. Foram ações de toda natureza, como as que tentavam tirar investigações das mãos do juiz Sérgio Moro, para evitar a prisão do investigado e, finalmente, mais uma leva interminável de recursos para tirá-lo da cadeia, registra o site Imprensa Viva.

Segundo a publicação, a população passou quatro ano em suspense. A maioria sequer acreditava que o ex-presidente, que chegou a se tornar réu em nada menos que sete ações penais, seria algum dia preso. Não se sabe quanto Lula gastou para não ir para a cadeia. As despesas para se defender no campo político foram colossais, incluindo caravanas dispendiosas pelo país, atos políticos, mobilização da imprensa petista, jornalistas de aluguel e de artistas. Para manter seu nome em evidência, Lula não poupa recursos. Mesmo preso.

No campo jurídico, Lula pode ter torrado milhões com a contratação de estrelas do direito, como Nilo Batista e até um ex-presidente do STF, o advogado Sepúlveda Pertence. Apesar de todo esforço e de tantos milhões, Lula acabou tendo que se entregar à Polícia Federal, no dia 07 de abril deste ano, após ter sido condenado em 2.º grau pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Mas dinheiro não deve ser problema para o ex-presidente Lula. Desde que foi preso, a impressão que se tem é a de que o condenado entra com um recurso no STF todo dia. Após longos quatro anos de suspense, a população continua aflita diante da possibilidade do condenado ser colocado em liberdade, assim como ocorreu com o ex-ministro José Dirceu. 

Lula responde por outros processos graves que podem resultar em outras condenações. Talvez por este motivo, a população vive sobressaltada com a quantidade absurda de recursos que mobilizam o STF. A liberdade de Lula traria uma enorme sensação de impunidade. 

Alexandre de Moraes contraria Estatuto do Desarmamento e libera porte de arma para guardas municipais de todas cidades do país


Na sexta-feira (29), dia de decisões surpreendentes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar que contraria o Estatuto do Desarmamento que suspende um trecho da legislação que proíbe o porte de armas para guardas municipais de cidades com menos de 500 mil habitantes. Na decisão, o magistrado destaca que não há dados comprovando que a população de um município influencia nos índices de criminalidade e, portanto, não faz sentido a restrição.

Segundo o Jota, "O ministro critica o dispositivo da Lei Federal nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) e afirma que a Constituição exige que situações iguais sejam tratadas igualmente. “Seja pelos critérios técnico-racional relação com o efetivo exercício das atividades de segurança pública, número e gravidade de ocorrências policiais, seja pelo critério aleatório adotado pelo Estatuto do Desarmamento número de habitantes do Município, a restrição proposta não guarda qualquer razoabilidade”, diz".

O Estatuto do Desarmamento prevê  o porte de arma apenas para guardas municipais de capitais e de municípios com mais de 500 mil habitantes. Para cidades com população inferior a 50 mil habitantes, o uso da arma só poderia ocorrer em serviço. O ministro suspende essas especificações para fixar que, independentemente do tamanho do município, os profissionais têm o direito ao porte.

Nesta mesma sexta-feira, 29, o ministro Alexandre de Moraes negou um pedido de liberdade do ex-presidente Lula. O petista, que está preso desde o dia 07 de abril, permanecerá detido na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. 

MST cai em investigação da Polícia Federal sobre esquema de invasão e vendas de terras



A Polícia Federal investiga um esquema criminoso envolvendo negócios imobiliários promovidos por integrantes do MST. Segundo a revista ISTOÉ, a PF "descobriu é mais escabroso. Trata-se da existência de um perigoso conluio entre empresas interessadas nesses imóveis e o MST. Grupos ligados ao movimento estariam sendo arregimentados por empreiteiras, fazendeiros e políticos para invadirem propriedades passíveis de regularização, em troca de pagamentos em dinheiro"


Ainda segundo a publicação,"Um dos exemplos desse conluio encontra-se a céu aberto. Fica a cerca de trinta quilômetros do centro de Brasília. Ali, famílias do MST estão acampadas numa fazenda de 19,8 mil hectares desde maio. Parte dessa área é administrada pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que cuida das terras federais. A ocupação foi deflagrada justamente após a edição da MP. Por trás da invasão, há um interesse imobiliário. A Fazenda Sálvia, localizada na rodovia DF-440, integra um plano bilionário. Nela, seria construído um setor para 94 mil habitantes batizado de Taquari 2, em alusão a uma cidade homônima de Brasília. O empreendimento, estimado em R$ 30 bilhões, estava pronto para ser realizado pelas empreiteiras JC Gontijo e OAS, esta última envolvida na Lava Jato. O negócio foi fechado durante o governo Agnelo Queiroz (PT). E se daria por meio de parceria público-privada, sem licitação".

Sistema político brasileiro prosperou na cultura da promiscuidade por décadas e classe política atual é fruto desta cultura


As mudanças de paradigmas sempre são traumáticas em qualquer civilização. O avanço nos marcos civilizatórios é, na maioria dos casos, visto como um processo dolorido e exige o banimento de comportamentos profundamente arraigados na sociedade.

O que era considerado perfeitamente normal há algumas décadas, hoje soa absurdo. O simples fato de hábitos comportamentais vistos como banais uma geração atrás serem repudiados hoje pela maioria da sociedade comprova que, por mais conturbado que seja, o processo civilizatório é irreversível, quando ocorre num ambiente democrático.

Estas mudanças de paradigmas ocorrem em conjunto entre países que primam pela evolução de suas sociedades com base em conceitos de civilidade e igualdade de direitos entre os cidadãos. A ruptura de valores e hábitos considerados normais gera alguma contrariedade entre pessoas menos dispostas a ceder em nome de um convívio social mais harmonioso.

Um exemplo bem simples. As regras para o consumo de bebidas alcoólicas no Brasil são extremamente brandas. As bebidas podem ser consumidas abertamente em locais públicos de grande circulação, sem qualquer restrição. Os bares, quiosques e até camelôs colocam mesas nas calçadas, sem serem importunados. 

Não é raro que pessoas embriagadas entrem em desentendimento com transeuntes inocentes que simplesmente tentam chegar em suas casas. As autoridades estão cansada de saber  sobre a perigosa relação entre bebida alcoólica e violência. Em maior quantidade, a substância pode deixar algumas pessoas mais agressivas e propensas a se envolver em situações de risco, como brigas e acidentes de trânsito. 

A bebida alcoólica também está por trás de boa parte dos homicídios que ocorrem no Brasil, além de ser apontada como precursora de 65% dos casos de violência doméstica.

Nos Estados Unidos e na maior parte dos países civilizados, o consumo de bebida alcoólica sofre uma série de restrições. Não há comércio de bebidas em locais abertos, ninguém pode circular em locais públicos, como praias, ruas e parques , consumindo até mesmo uma simples cervejinha e a pessoa tem que ser maior de 21 anos, que é a lei dos EUA. 

Algumas regras e leis que devem ser seguidas, sob pena de multa, fechamento de estabelecimentos e até consequências mais graves para quem infringir. 

Beber e dirigir então, nem pensar. As leis para quem bebe e dirige são bem rígidas e dá até cadeia, além de pesadas multas e perda da habilitação. Não é raro ver notícias de celebridades e políticos poderosos algemados após terem sido flagrados embriagados ao volante.

Este é apenas um exemplo da cultura da permissividade que ainda predomina no Brasil, em muitos casos. Alguns cidadãos se inflamam para defender 'direitos', sem se importar se estão afetando os direitos dos demais cidadãos. 

O problema é que os hábitos considerados normais por muitos tendem a se tornar verdadeiros absurdos com o tempo. Muitos não se lembram, mas até pouco tempo atrás, as pessoas fumavam em hospitais, elevadores, ônibus urbanos e coletivos, e até mesmo no avião. 

Neste aspecto, respeitar o espaço público representa um avanço no processo civilizatório, embora algumas mentes menos arejadas insistam em taxar estes avanços como retrocessos. A resistência de uma sociedade transgressora representa a maior barreira para o avanço das conquistas da cidadania e da Democracia.

No caso da classe política, a situação é ainda mais difícil de se corrigir. Praticamente todos os políticos em atividade no Brasil se elegeram através de métodos e financiamentos de campanhas nada adequados para os dias de hoje. 

Há poucos dias, o Supremo Tribunal Federal inocentou a senadora do PT, Gleisi Hoffmann de acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. 
Os membros do Supremo sequer mencionaram que o processo que pesava contra a presidente nacional do PT envolvia o uso de cerca de R$ 1 milhão em  caixa 2 que teriam circulado na campanha da petista ao senado em 2010. 

O mesmo ocorreu durante o julgamento da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral. As evidências de que houve uso de milhões em recursos não declarados oriundos de esquemas de corrupção eram bastante contundentes, mas não houve qualquer condenação por parte da Justiça Eleitoral naquele episódio.

Assim como o patrão assediar a empregada valendo-se de sua posição de superioridade era algo banal até a bem pouco tempo, assim como 'adotar' uma criança carente para a execução de serviços domésticos era um hábito bastante comum em várias regiões do Brasil, financiar campanhas com recursos não declarados era uma prática comum. 

Empresas interessadas em negócios com o governo ou empenhadas em aprovar projetos no Congresso doavam milhões aos partidos, que redistribuía estas verbas para seus candidatos. 

Várias empresas e empresários que prosperaram no Brasil ao longo das últimas décadas, como Joesley Batista e Marcelo Odebrecht, teriam se beneficiado desta relação nada republicana com os partidos e políticos. 

Some-se à isso os meios de comunicação, os grupos corporativos ligados a servidores e outros grupos de interesses organizados. 

O resultado é a manutenção da classe política por décadas, com baixíssima taxa renovação de seus quadros.

Com base neste retrospecto negro, é possível concluir que não há santo entre os atuais representantes da classe política, que deve tentar se ajustar aos novos tempos pós-Lava Jato. 

Por outro lado, o eleitor também precisa se reeducar na hora do voto. Será preciso muita atenção no momento de escolher os novos representantes do povo para os governos dos estados, as casas legislativas e o presidente da República em 2018.