quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Polícia Federal sob a tutela de Sarney?

Sarney fez lobby por novo diretor em encontro com Temer.
O ex-presidente José Sarney fez lobby junto ao presidente Michel Temer pelo novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia.
Sarney, que é um dos principais aliados do presidente, esteve com Temer no final de semana passado.
Mas desde setembro o ex-presidente se queixa a Temer de Leandro Daiello, substituído por Segóvia.
Segundo o Blog apurou com fontes do governo, o lobby de Sarney junto a Temer pela troca na PF se intensificou no final de semana do dia 17 de setembro.
Sarney foi recebido pelo presidente no Palácio do Jaburu, quando tratou do assunto, segundo relatos obtidos pelo Blog.
Segóvia foi superintendente da PF no Maranhão, base política de Sarney.
No sábado passado (4), quando Sarney foi ao Jaburu, Temer chamou Romero Jucá (PMDB-RR) também.
O líder do governo no Senado era um dos principais entusiastas da troca no comando da Polícia Federal.

por Andréia Sadi - G1 conteúdo

Michel Temer troca o comando da Polícia Federal

O presidente Michel Temer decidiu nomear o delegado Fernando Segóvia para diretor-geral da Polícia Federal no lugar de Leandro Daiello.
Nesta quarta-feira (8), o presidente, Segóvia e o ministro da Justiça, Torquato Jardim (ao qual a PF é subordinada) se reuniram no Palácio do Planalto.

Fernando Segóvia tem 22 anos de carreira na Polícia Federal e pertenceu a um grupamento de elite da corporação, o Comando de Operações Táticas (COT). Foi superintendente da PF no Maranhão, adido policial na África do Sul e coordenador, pela PF, da Campanha do Desarmamento.

Leandro Daiello está no cargo desde 2011, quando assumiu o posto a convite do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Nesses últimos anos também passaram pelo Ministério da Justiça Eugênio Aragão, Alexandre de Moraes e Osmar Serraglio, além do atual, Torquato Jardim. Todos mantiveram Daiello no posto.

Daiello é o segundo diretor-geral que mais tempo permaneceu no cargo (seis anos e dez meses, entre 2011 e 2017). Ele só ficou menos que Moacyr Coelho (11 anos, entre 1974 e 1985).

Nota oficial

Leia abaixo nota oficial do Ministério da Justiça sobre a nomeação de Segóvia.

NOTA OFICIAL
O Ministério da Justiça comunica que o senhor Presidente da República escolheu nomear o Delegado Fernando Segóvia como novo diretor-geral do Departamento de Polícia Federal.
Nesta mesma oportunidade, o ministro da Justiça expressa ao Delegado Leandro Daiello seu agradecimento pessoal e institucional pela competente e admirável administração da Polícia Federal nos últimos seis anos e dez meses.

O Delegado Fernando Segóvia é advogado formado pela Universidade de Brasília, com experiência de 22 anos na carreira. Foi superintendente regional da PF no Maranhão e adido policial na República da África do Sul, tendo exercido parcela importante de sua carreira em diferentes funções de inteligência nas fronteiras do Brasil.

G1 conteúdo

Gilmar e os sindicalistas

Gilmar Mendes recebeu ontem, no início da tarde, um grupo de pelegos para discutirem a constitucionalidade do imposto cobrado para financiar os sindicatos.

O ministro do STF relatou uma ação que questionou a legalidade da cobrança de taxas como essa.

Paulinho da Força e sua turma estão desesperados. Sabem que sem grana, só sobrarão os megafones.




Alckmin ministro de Huck?

Luciano Huck quer convidar Geraldo Alckmin para ser ministro de seu governo, segundo informa a Folha de S. Paulo.
Isso é mentira.

Mas se a candidatura de Geraldo Alckmin naufragar, é claro que uma ala do PSDB vai apoiar João Doria e a outra ala vai apoiar Luciano Huck.



A chapa Huck – Barbosa

“Luciano Huck e Joaquim Barbosa se encontraram recentemente no Rio para conversar sobre política”, diz a Folha de S. Paulo.
Por enquanto, Joaquim Barbosa resiste à ideia de ser vice-presidente na chapa de Luciano Huck.

Mas, isso pode mudar...





A direita unida jamais será vencida

Jair Bolsonaro, de uma hora para a outra, passou de estatista a liberal.

Isso permitiu que ele atraísse para a sua candidatura uma turma mais à direita que, até recentemente, atacava-o na imprensa e nas redes sociais.

Seus dois principais assessores, Adolfo Sachsida e Bernardo Santoro, pertencem ao Instituto Liberal, de Rodrigo Constantino, que algumas semanas atrás o acusou de fazer o jogo do PT ao votar pelo afastamento de Michel Temer.



A pinguela para o passado

A pinguela de Michel Temer para salvar a economia já desabou.
Agora resta apenas sua pinguela para salvar a ORCRIM.

Leia um trecho da coluna de Helio Gurovitz:

“Temer assumiu o poder com agenda dupla. Para público e mercado, o objetivo explícito eram as reformas. Para seu grupo político, o implícito era salvá-los das garras da Operação Lava Jato, manter o foro privilegiado e dar apoio velado a toda sorte de medidas que contivessem as investigações.

No primeiro objetivo, o próprio Temer acaba de reconhecer a derrota. Seu capital político desgastado é insuficiente para vencer as forças que lutam contra as reformas. Como resultado, o Brasil se encaminha para as eleições de 2018 mais uma vez embalado no pensamento mágico que alimenta o populismo econômico (…).

Claro que a prioridade de Temer, os fatos se encarregaram de mostrar, sempre foi o segundo objetivo. Mas mesmo aí seu sucesso foi relativo. Embora tenha livrado por ora os ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco e a si próprio, estão presos Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do doleiro Lúcio Funaro. Cada um dos outrora aliados diz que, hoje, quem mente é o outro. Eis, até o momento, o saldo da pinguela de Temer para o futuro.”






O Kim Jong-un da Eletronuclear

O almirante Othon, condenado pela Lava Jato por receber propina da Andrade Gutierrez, imitou Kim Jong-un.
Ele disse para a Folha de S. Paulo que só foi preso por causa de “interesses internacionais”.

Leia um trecho de sua entrevista:

Como começou tudo isso? Num depoimento que o presidente de uma empreiteira fazia sobre um contrato com a Petrobras.

Ele mencionou que ouviu dizer algo sobre o presidente da Eletronuclear estar de acordo com um cartel.

Isso serviu de pretexto para os camaradas vasculharem a minha vida desde garoto. Havia um direcionamento.

Mas haveria um comando externo nas investigações?

Não comando, mas influência forte, ideológica. Não posso provar mas tenho um sentimento muito forte. Houve interesse internacional.”

E por que haveria interesse internacional em sua prisão?

Porque tudo o que eu fiz [na área nuclear] desagradou. Qual o maior noticiário que tem hoje? A Coreia do Norte e suas atividades nucleares. A parte nuclear gera rejeição na comunidade internacional.

E o Brasil ser potência nuclear desagrada. Disso eu não tenho a menor dúvida.

Jair Bolsonaro já tem um nome para o ministério da Fazenda

Trata-se de um dos melhores economistas do Brasil: Mansueto Almeida.
Adolfo Sachsida, consultor do candidato do PEN, disse para a Folha de S. Paulo:

“Eu já falei para Bolsonaro que, em um eventual governo, ele deveria manter boa parte da equipe econômica atual e nomear para ministro da Fazenda o Mansueto Almeida.”