quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A pinguela para o passado

A pinguela de Michel Temer para salvar a economia já desabou.
Agora resta apenas sua pinguela para salvar a ORCRIM.

Leia um trecho da coluna de Helio Gurovitz:

“Temer assumiu o poder com agenda dupla. Para público e mercado, o objetivo explícito eram as reformas. Para seu grupo político, o implícito era salvá-los das garras da Operação Lava Jato, manter o foro privilegiado e dar apoio velado a toda sorte de medidas que contivessem as investigações.

No primeiro objetivo, o próprio Temer acaba de reconhecer a derrota. Seu capital político desgastado é insuficiente para vencer as forças que lutam contra as reformas. Como resultado, o Brasil se encaminha para as eleições de 2018 mais uma vez embalado no pensamento mágico que alimenta o populismo econômico (…).

Claro que a prioridade de Temer, os fatos se encarregaram de mostrar, sempre foi o segundo objetivo. Mas mesmo aí seu sucesso foi relativo. Embora tenha livrado por ora os ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco e a si próprio, estão presos Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do doleiro Lúcio Funaro. Cada um dos outrora aliados diz que, hoje, quem mente é o outro. Eis, até o momento, o saldo da pinguela de Temer para o futuro.”