segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A mania de tirar o sofá da sala: o Brasil e suas “soluções” estapafúrdias

A resposta para os três casos concretos apresentados é: retirar o sofá da sala!
A mania de tirar o sofá da sala: o Brasil e suas “soluções” estapafúrdias.*
O marido chega em casa mais cedo do trabalho e flagra a esposa em pleno ato libidinoso com um terceiro em cima do sofá. O que faz o rapaz de cabeça enfeitada para resolver o conflito? Tira o sofá da sala. Pronto.
Seria cômico se não fosse parte de nossa tragédia diária como cidadãos brasileiros. Diante de problemas quaisquer, nossas autoridades governamentais costumam tentar resolver os imbróglios retirando alguma peça de suas engrenagens, com vistas a interromper o processo danoso. Só que, via de regra, elas mexem na ponta errada do circuito, e, em vez de interromper o prejuízo gerado, só fazem aumentá-lo.
O Capitalismo de laços sempre distorceu a vontade popular nos pleitos eleitorais. Empresas privadas financiam as campanhas de políticos e partidos que, uma vez empossados, devolverão a gentileza por meio de favorecimentos diversos, e todos os envolvidos enriquecerão ilicitamente durante a empreitada.
E o que faz o Estado (personificado, nesta situação, nos Ministros do STF) para quebrar esta corrente de corrupção, trapaça  e desvio de dinheiro extraído do setor produtivo da sociedade? Ora, proíbe as doações de pessoas jurídicas, bem como limita a um mínimo as doações de pessoas físicas – simplesmente impedindo que os simpatizantes das associações as financiem.
A Suprema Corte, para começo de conversa, poderia ter se limitado a sua função jurisdicional e não ter legislado sobre o tema, mas como o ativismo judicial está bastante em voga, decidiu por bem reescrever a lei.
Havia, portanto, um cenário em que os políticos ocupantes de cargos públicos, a partir de seu vasto poder de interferir na economia (podendo inclusive, por meio do BNDES, escolher quem fica rico no país) e dos inúmeros contratos administrativos celebrados por incontáveis empresas públicas e órgãos estatais, nas três esferas e nos três poderes, podiam oferecer benesses a quem lhes bancasse a reeleição – ou a eleição de um apadrinhado.
Ou seja, de duas uma: ou se procurava retirar este farto poder de barganha dos agentes políticos, esta possibilidade de vender facilidades após criar dificuldades, por meio do enxugamento da máquina estatal, da eliminação de regulações puramente burocráticas e da contenção dos gastos públicos, ou se proibiam as doações de empresas. As chances erro e acerto eram de 50% para cada lado, portanto.
E não é que tiraram o sofá da sala?
O resultado: de onde raios sairiam os recursos para realizar as próximas campanhas? Somente aqueles partidos que já houvessem amealhado dinheiro de forma improba em outros mandatos estariam aptos a concorrer, beneficiando, assim, os desonestos – e praticamente impossibilitando a renovação das bancadas legislativas e da chefia do Executivo.
A consequência desta emenda pior do que o soneto? O estapafúrdio fundo partidário de R$3,6 bilhões aprovado recentemente na calada da noite no Congresso Nacional. Quer dizer, agora é o pagador de impostos quem vai fazer papel de corno manso e ainda receber a dolorosa para pagar.
Este é um exemplo bastante atual deste bizarro modus operandi, mas nem em sonho é exceção.
O Brasil é um país de índices de violência altíssimos. Homicídios, latrocínios, fraudes e estupros em profusão – tudo fruto da sensação de impunidade gerada pela legislação penal patética, e pelo fato de nossa população ter sido desarmada ao longo das últimas décadas. Tais estupros, como relações sexuais que são, acabam dando origem, por vezes, a gestações (obviamente indesejadas) nas pobres vítimas.
De novo: que peça deve ser removida deste circuito maligno? A impunidade que motiva a prática destes crimes hediondos (estupros entre eles), ou as gestações resultantes destes estupros? 
O entorno de bares e restaurantes, em vários locais do Brasil, costuma virar uma completa zona em determinados dias e horários da semana. Carros apostando racha, brigas na rua com direito a garrafas voando, som automotivo de trocentos decibéis, drogas ilícitas consumidas e comercializadas livremente, e por aí vai.
E o que faz o poder público diante de tal cenário: compele os frequentadores da região a portarem-se feito gente, fazendo uso do monopólio da força que detém (ou seja, mais ninguém pode cumprir esta tarefa senão o próprio Estado), ou restringe o funcionamento dos estabelecimentos, cujos proprietários não tem nada a ver com a omissão e a ineficiência das forças de segurança, nem tampouco com a falta de educação do brasileiro médio?
As vagas oferecidas por universidades federais costumavam ser ocupadas quase que exclusivamente (especialmente em cursos de maior prestígio e melhor perspectiva de remuneração no futuro) por alunos oriundos de famílias de alta renda, tendo em visto a péssima qualidade do ensino oferecido pelas escolas estaduais e municipais.
Diante desta conjuntura, como agem os gestores estatais: procuram fazer com que os estudantes da rede pública saiam do colégio com algo mais em suas cabeças do que slogans marxistas repetidos à exaustão (apoiando medidas como o Escola Sem Partido e adotando o sistema de vouchers), ou criam cotas para acomodar este pessoal nas instituições públicos de ensino superior, dividindo ainda mais a sociedade e passando longe de equacionar o problema?
A resposta para os três casos concretos apresentados supra é: retirar o sofá da sala!
Melhor ligar e avisar que está saindo mais cedo do trabalho na próxima, brasileiro…
* por Bordin Burke, em Por um Brasil sem Populismo 

Novos condenados por Sérgio Moro

O juiz Sergio Moro condenou nesta segunda-feira (21) quatro executivos da Andrade Gutierrez, além do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, na Operação Lava Jato. O ex-presidente da empreiteira, Otávio Marques de Azevedo, e outros cinco réus, tiveram o processo suspenso devido aos acordos de colaboração premiada firmados com a Justiça.
Os executivos Antônio Pedro Campello de Souza Dias, Elton Negrão de Azevedo Júnior, Flávio Gomes Machado Filho e Paulo Roberto Dalmazzo foram condenados por corrupção ativa. Dias também foi condenado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os quatro vão cumprir as penas previstas nos acordos de colaboração premiada firmados por eles com a Justiça.
Além de Azevedo, Sérgio Moro também suspendeu o processo em relação ao doleiro Alberto Youssef, os operadores Fernando Soares, Mario Goes e os ex-funcionários da Petrobras Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, por causa dos acordos de colaboração. Lucélio Goes e Armando Furlan Júnior foram absolvidos de todas as imputações por falta de provas.
Já o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que não firmou acordo de colaboração premiada, foi condenado a Moro a 10 anos de prisão. Como colaborou espontaneamente com a Justiça, confessando seus crimes, Moro admitiu a progressão de regime de cumprimento de pena depois do cumprimento de cinco anos no regime fechado.
O juiz Moro ainda estipulou em R$ 115,9 milhões o valor mínimo para indenização dos danos decorrentes dos crimes, a serem pagos à Petrobras.
Esses executivos da Andrade Gutierrez são os últimos a serem condenados por Moro na Lava Jato. O magistrado já condenou executivos da Odebrecht, OAS, Camargo Correa, UTC, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, Engevix e Mendes Junior.
Gazeta do Povo

Bolsonaro manda partido trocar de advogado

O PEN, futuro Patriotas, deve mudar seu advogado na ação que pretendia impedir a prisão de condenados em segunda instância.

Considerando que não é possível retirar a ação que tramita no STF, o presidente do partido, Adilson Barroso, explicou a O Globo a alternativa encontrada:

“Eu vou tirar o Kakay (advogado que protocolou a ação) e colocar outro para tentar pedir para tirar a ação e para falar contra. Devo fazer isso pessoalmente ao novo relator, que vai ser o Edson Fachin. Estava dando esse processo como perdido porque perdemos a liminar.”

Adilson esclareceu que a mudança de advogado será feita a pedido de Jair Bolsonaro, que migrou para o partido e condicionou sua filiação à retirada desse processo.

“Bolsonaro hoje é meu chefe maior.”

Lula, o descobridor

“Estou aqui pra ver se a gente descobre o que aconteceu com este país”, disse o Estimado Líder na passagem de sua caravana por Sergipe.

É fácil descobrir: você e seu poste ficaram 13 anos no poder, Lula. O resultado é isso aí.

'Estudantes' ofereceram a Lula 'título' de doutor com erro grosseiro de Português

O ex-presidente e candidato Lula da Silva, em sua viagem de campanha antecipada, recebeu uma homenagem de alunos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 

Os alunos improvisaram um "título" de doutor honoris causa assinado por eles mesmos. 

No entanto, o que realmente chamou a atenção, na fotografia postada pelo petista Emir Sader, foi o erro de grafia no termo "discentes", grafado como "dicentes". 

Ministro do Planejamento abre mão de R$ 18 mil mensais

O ministro do planejamento Dyogo Oliveira vai abrir mão de um jeton de R$ 18 mil mensais que recebe como conselheiro fiscal do Senac, uma empresa não governamental.

Essa decisão do ministro veio após a imprensa destacar que sua remuneração e a de outros ministros excedem o teto do funcionalismo, de 33.700 reais.

Sem o jeton (remuneração dada aos membros de órgãos colegiados por sessão a que comparecem), Dyogo Oliveira passará a ter um salário líquido de R$ 22.527,52, mais vale alimentação de R$ 458.

“Diante da importância do debate sobre o teto remuneratório dos salários do serviço público, o ministro está renunciando ao jeton do Senac, mesmo que respaldado legalmente e estudará medidas para propor que os jetons também se enquadrem dentro do teto de todos os servidores públicos”, diz a nota do Ministério do Planejamento.

Cardozo e ‘Bessias’ juntos

Jorge Rodrigo Messias, o “Bessias”, ficou famoso como o portador do termo de posse de Lula como ministro, quando Sérgio Moro liberou a gravação em que a então presidente Dilma Rousseff dizia que iria enviar “o papel” ao petista para que usasse “em caso de necessidade”.

Ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil de Dilma, “Bessias” agora se uniu ao advogado dela no processo de impeachment, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, em nova empreitada.

Ambos serão sócios em um escritório de advocacia em Brasília, segundo Juliana Braga, do Globo.

No PT, mercado para advogados não falta.