Muitos brasileiros estão indignados com o fato dos meios de comunicação ainda
tratarem o ex-presidente Lula, um criminoso condenado, como candidato à
Presidência da República. Ocorre que não é apenas a imprensa que sente falta da
generosidade do petista com o dinheiro do contribuinte. Anunciantes, rentistas donos
de grandes fortunas, artistas órfãos da Lei Rouanet, especuladores do mercado
financeiro, bancos, políticos corruptos, autoridades e até ministros do STF sentem
falta do prestígio e das regalias que desfrutavam durante os governos do PT de Lula e
Dilma. Como se não bastasse a falta que o dinheiro fácil está fazendo para esta gente,
muitos ainda têm rabo preso com o petista.
Visto por este ângulo, torna-se fácil compreender não apenas o fato de todos estes
grupos tratarem Lula como candidato, mas também o ódio desta gente contra o
governo Temer. Além dos cortes das regalias, das verbas e dos financiamentos
criminosos, o governo reduziu drasticamente os juros e a inflação, fonte de riqueza das elites e miséria da população, que pela primeira vez em ano, consegue economizar na
compra de alimentos.
Uma reportagem publicada em O GLOBO comprova que há bilhões de motivos para
esta gente odiar o governo Temer e rezar pela volta de Lula. Segundo a publicação, "O
lucro líquido de uma amostra de nove bancos (entre eles, Banco do Brasil, Itaú e
Bradesco) somou R$ 174,075 bilhões entre 2003 e 2010, em valores nominais.
Corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), essa cifra
pula para R$ 199,455 bilhões, batendo de longe os resultados registrados durante a
gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso. As mesmas nove instituições, entre
1995 e 2002, acumularam um ganho nominal de R$ 19,113 bilhões e R$ 30,798
bilhões a valores atuais. A diferença entre os lucros corrigidos pela inflação nos dois
períodos é de 550%".
Não foram apenas os bancos que lucraram durante os governos do PT. A Rede Globo
embolsou quase R$ 7 bilhões durante a era petista, o que equivale a mais de R$ 2
milhões por dia, em valores da época. Com o governo Temer, a arrecadação de verbas
publicitárias do grupo teve queda de mais de 60%. A queda do PT do poder está
doendo nos bolsos de muita gente, como os sindicalistas, os membros de movimentos
sociais, os artistas que acumularam fortunas e desaprenderam seus ofícios, os
empresários corruptos que prosperaram e os políticos corruptos da esquerda que
tinham recursos garantidos para suas campanhas.
Dados da fundação Getúlio Vargas divulgados no mês de setembro revelam que os
lucros dos bancos sofreram um impacto de mais de 30% nos últimos meses com a
queda dos juros (de 14.5% para 7.5%) e da inflação (de 13.4% ao ano para menos de
3% no acumulado dos últimos doze meses). Por outro lado, as famílias de baixa renda
se beneficiaram com a queda da inflação e dos juros, o que na prática, elevou suas
rendas nos mesmos 30%. O reflexo desta inversão de lucros está no aquecimento do
consumo destas famílias, que estão indo as compras de eletrodomésticos, roupas e
gastos com lazer. Isso sem contar a retomada na geração de empregos.
Não é por acaso que os jornalistas estão indignados com o fato das pessoas não irem
para as ruas pedir a saída de Temer. Escaldadas pela maior recessão da história
deixada pelos governos petistas, as pessoas estão com medo de retrocessos na
economia e da volta do PT ao poder. Tudo que as elites mais querem neste momento.
fonte: Imprensa Viva