Após as derrotas da defesa do ex-presidente Lula de impedir que os arquivos
completos sobre as delações da Odebrecht e do sistema de propina da empresa, o juiz
federal Sergio Moro autorizou que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal a
usar os arquivos nas investigações que pesam contra o petista.
Moro autorizou nesta terça-feira, 31, que a PF e o MPF usem os depoimentos
prestados por executivos da Odebrecht sobre pagamentos irregulares ao ex-presidente
Lula por meio da contratação dele para realização de palestras, além das reformas no
sítio de Atibaia, e a aquisição de um imóvel para o Instituto Lula.
A partir de agora, os integrantes da força-tarefa da Lava Jato poderão anexar os
depoimentos dos delatores da Odebrecht aos processos que ainda estão em fase de
conclusão contra Lula.
A Polícia Federal já havia pedido autorização para usar o material na instrução do
inquérito aberto para investigar pagamentos indevidos e lavagem de dinheiro
relacionados à LILS Palestras e ao ex-presidente, empresa que recebe os pagamentos
pelas palestras realizadas por Lula.
O pedido da PF indica que o ex-presidente também poderá ser denunciado pelos
valores que recebeu pela realização de palestras para a Odebrecht. A defesa de Lula
nega todas as acusações.
"Assim, ante a manifestação convergente das autoridades responsáveis pelo
procedimento investigatório, defiro o requerido e autorizo a utilização das provas e
elementos probatórios destes autos para instrução das investigações encetadas no
âmbito do inquérito policial", decidiu Moro.
fonte: Imprensa Viva
fonte: Imprensa Viva