terça-feira, 4 de setembro de 2018

Manuela entra em colapso

A deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB) vive momento de profundo desespero e agonia. 

A situação instável e a absoluta indefinição de seu nome como vice de uma chapa encabeçada pelo PT, está lhe causando extrema preocupação e ansiedade, registra o site Jornal da Cidade. 

A reunião havida nesta segunda-feira (3) entre Fernando Haddad e Lula, com a presença dos advogados do petista, que a deputada imaginou que fosse de definição, não resultou em nada de concreto. Muito pelo contrário, o cenário é de completa indefinição, com a insistência de Lula em não abrir mão de sua candidatura fake. 

Manuela, por sua vez, sem chances de recuo, teme a possibilidade de ficar sem mandato e sem foro privilegiado. 

Nas planilhas da Odebrecht ela era tratada como “avião”.

INELEGÍVEL: Garotinho é condenado em 2ª instância pelo TRF2 por associação criminosa

Nesta terça-feira (4) Anthony Garotinho foi condenado em segunda instância pela Segunda Turma do TRF-2, por formação de quadrilha, registra O Globo.
Candidato ao governo pelo PRP, a pena de Garotinho foi aumentada de dois anos e seis meses para quatro anos e seis meses.
A sentença se refere às denúncias de loteamento de cargos nas delegacias do Rio durante os governos de Garotinho e de sua mulher, Rosinha, numa associação com a quadrilha do bicheiro Rogério de Andrade.
Com a condenação por órgão colegiado, o ex-governador se torna inelegível, conforme a Lei da Ficha Limpa.
Os desembargadores do TRF-2 comunicaram a notificação imediata ao TRE e  ao Ministério Público Eleitoral.

Gleisi é barrada de novo na carceragem de Lula

Gleisi Hoffmann e o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, foram proibidos de entrar hoje na sala onde o chefe está preso na sede da PF em Curitiba, relata o Estadão.

O único político autorizado a entrar foi o poste oficial de Lula, Fernando Haddad, ainda constituído como integrante da equipe de advogados do condenado.

Apesar de Gleisi ter tentado se passar por “advogada eleitoral” de Lula, a ordem para barrá-la –da juíza Carolina Lebbos, a pedido do MPF– continuou valendo.

A senadora saiu esbravejando e comparando a decisão da juíza à “ditadura militar”. Ontem, aconteceu o mesmo.

Lula não se conforma

Da prisão, Lula diz que não se conforma com o fato de ter sido barrado nas eleições pela lei da Ficha Limpa.

“Os Tribunais Superiores, que poderiam reparar essa injustiça julgando o mérito do processo antes das eleições, não pautam a votação. Vão julgar quando eu já tiver sido alijado do processo eleitoral?”, diz mensagem assinada pelo ex-presidente e divulgada por sua assessoria.

O país tem outras prioridades, Lula.

Bolsonaro diz que ‘é uma vergonha’ Alckmin perder para ele em SP

Jair Bolsonaro chamou de “falácias” os ataques que vem sofrendo na propaganda na TV e no rádio da campanha de Geraldo Alckmin, informa O Globo.

“Ele [Alckmin] tem quatro delatores em cima dele. Quem tem um cunhado como ele tem, quem tem o Paulo Preto como sombra. E ele está perdendo para mim [nas pesquisas] em São Paulo, é uma vergonha”, declarou o presidenciável do PSL.

Bolsonaro rebate Alckmin: “PSDB é conivente com o comunismo”

Jair Bolsonaro comentou no Twitter a comparação com Hugo Chávez feita pela campanha de Geraldo Alckmin, segundo a qual “votar em alguém só porque é militar deu ruim na Venezuela”:

“O problema da Venezuela não tem a ver com militar, tem a ver com comunismo, essa ideologia desprezível e assassina que conhecidamente destrói tudo por onde passa. O PSDB desvia o foco do problema porque é conivente com o mesmo. Todo mundo sabe disso!”, escreveu Bolsonaro.

IBOPE SUSPENDE DIVULGAÇÃO DE PESQUISA E QUESTIONA TSE SOBRE LULA

O Ibope suspendeu, pelo menos por enquanto, a divulgação da pesquisa presidencial contratada pelo Estadão e pela Globo que deveria ter ido ao ar agora à noite, conta Igor Gadelha em Crusoé.

O instituto perguntou ao TSE se pode divulgar a pesquisa sem o nome de Lula. Embora o levantamento tenha sido registrado em 29 de agosto com o nome do petista, o Ibope não submeteu o nome dele, “em respeito” à impugnação da candidatura do presidiário pelo tribunal, em 1º de setembro.

O TSE ainda não respondeu.

Haddad é denunciado pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

O Ministério Público de São Paulo acaba de denunciar o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Segundo informou o Estadão, "A acusação da Promotoria é um novo desdobramento da investigação envolvendo a UTC Engenharia, de Ricardo Pessoa".

A denúncia pode afetar ainda mais a candidatura de Haddad à Presidência pelo PT. As indefinições sobre a chapa impostas pelo ex-presidente Lula da prisão deixam o ex-prefeito numa situação bastante delicada na campanha.

Além de Haddad, também foram denunciados o ex-tesoureiro do PT,  João Vaccari Neto, Francisco Carlos de Souza, Ricardo Ribeiro Pessoa, Walmir Pinheiro Santana e Alberto Youssef. Abaixo, um trecho da denúncia do MP Estadual:

I. Introdução. Descrição dos Fatos
Em dia incerto, entre os meses de abril e maio de 2013, Ricardo Ribeiro Pessoa, Presidente da empreiteira UTC ENGENHARIA S.A., recebeu solicitação de pedido especifico formulado por João Vaccari Neto, então tesoureiro nacional, representante do PT – Partido dos Trabalhadores, da quantia de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), para o pagamento de uma dívida de campanha do recém eleito Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; contraída com gráfica que pertencia a Francisco Carlos de Souza, vulgo “Chicão”, ex-deputado estadual, também pelo PT - Partido dos Trabalhadores. Nestas condições, João Vaccari Neto representava e falava em nome de Fernando Haddad.

Constou na agenda de Fernando Haddad – quando já no exercício do cargo de Prefeito Municipal de São Paulo, que ele recebera Ricardo Pessoa da UTC Participações, pessoalmente, no dia 28 de fevereiro de 2013.

Ricardo Pessoa, antes mesmo, mantinha uma espécie de “contabilidade paralela” junto a João Vaccari, relativa a propinas pagas em decorrência de contratos de obras da UTC Engenharia S.A. com a Petrobrás, com uma “dívida” a saldar, em pagamentos indevidos de propinas, da ordem de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais).

Ricardo Pessoa e Fernando Haddad - enquanto candidato ao cargo de Prefeito Municipal de São Paulo, haviam sido apresentados por José di Filippi Junior e se reuniram algumas vezes durante a campanha eleitoral no decorrer de 2012.

A solicitação de R$ 3.000.000,00 foi atendida, e com ela Ricardo Pessoa a ofereceu e prometeu diretamente para João Vaccari Neto, e indiretamente para Fernando Haddad. 

Ricardo Pessoa e João Vaccari Neto trocaram informações a respeito dos números de
telefones dos seus prepostos.

As informações são do Estadão.

Os temores do PCdoB

Manuela D’Ávila pode acabar sem mandato (e sem foro privilegiado).

Segundo o Estadão, “a avaliação dos líderes do PCdoB é a mesma de parte do PT: a transferência de voto não será mecânica e automática e depende de dois movimentos: tornar Haddad conhecido e convencer o eleitor que ele é o nome de Lula, que não estará no palanque.

Informes feitos por advogados apontam para uma situação de extrema fragilidade jurídica mesmo que o STF conceda a liminar pretendida pela defesa de Lula.

Um dos cenários colocados aponta para a necessidade de Lula ter que renunciar à candidatura para evitar que a chapa toda seja cassada se o Supremo, depois, julgar improcedente o pedido de mérito.”

Problema complexo, solução errada: Maduro aumenta preço da gasolina

Contra os problemas complexos há sempre uma solução simples com potencial para piorar ainda mais a situação. O governo da Venezuela vai aumentar o preço da gasolina em postos na fronteira com a Colômbia. A medida, que será implementada nesta terça-feira, é uma resposta ao contrabando de combustível realizado pelo país vizinho. “Vou deixar mais cara a gasolina na fronteira colombiana. Já nos roubaram o suficiente”, afirmou o presidente venezuelano Nicolás Maduro, nas redes sociais.

O aumento nas fronteiras é considerado umas das únicas medidas que o governo venezuelano pode fazer para “retaliar” as ações de outros países sobre seu território.

A gasolina é um produto fortemente subsidiado pelo governo. Com uma inflação de mais de 800.000% ao ano, 0,01 centavo de dólar pode comprar mais do que um barril de gasolina. Numa comparação publicada pelo jornal Folha de São Paulo, o valor pago por um café poderia comprar 3.000 litros do combustível, que pode encher 60 vezes o tanque de um tanque de um carro médio.

Maduro, que teme um novo Caracazo – quando, em 1989, a população venezuelana se revoltou contra o governo por conta do aumento no preço da gasolina – prometeu um novo esquema de preços para hidrocarbonetos e um subsídio direto a venezuelanos portadores do cartão nacional, uma identidade que dá acesso a programas sociais (e que permite um controle da oposição por parte do governo).

A Venezuela não está perdendo somente gasolina para a Colômbia, mas também sua população. Estima-se que mais de 600.000 venezuelanos tenham entrado no país vizinho, o que mais recebeu migrantes em busca de emprego e de melhores condições de vida no continente.

O governo colombiano tem, junto com outros países sul-americanos, negociado planos e acordos para lidar a crise migratória. Na semana passada, líderes do Brasil, Equador, Colômbia e Peru se reuniram para discutir o êxodo de mais de 2,3 milhões de pessoas da Venezuela. Enquanto os acordos não saem do papel, os países tentam, individualmente, lidar com a chegada dos migrantes.

No mês passado, o Equador iniciou um corredor humanitário, para que os venezuelanos entrassem no país e conseguissem migrar para outros territórios. O governo brasileiro prometeu entrega de senhas para aqueles que migrassem temporariamente (poderiam, assim, passar o dia no Brasil para comprar alimentos e remédios, e voltar para a Venezuela).

Ontem, a ONG Human Rights Watch divulgou relatório cobrando dos países sul-americanos a adoção de um regime comum de proteção aos venezuelanos. Enquanto o governo de Maduro promete medidas para conter a crise, as pessoas deixam o país, e vivem uma outra crise: a da falta de política migratória no continente.

fonte: Exame

PT vai ao Supremo para adiar o inadiável: a saída da Lula

O PT segue esticando a corda da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Termina hoje o prazo para a defesa do ex-presidente entrar com recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ontem, o candidato a vice em sua chapa, Fernando Haddad, disse que o partido entrará com recursos extraordinários na esfera eleitoral e também no Supremo Tribunal Federal para derrubar a decisão do TSE que vetou a candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa. O PT também apresentou novo recurso à ONU, cujo Comitê de Direitos Humanos recomendou a presença de Lula na disputa presidencial.

Daqui para frente, o PT caminha numa linha tênue. O partido tem até o 11 de setembro para substituir o nome do cabeça de chapa na disputa, segundo decisão do TSE na última sexta-feira. Após reunião com o partido na noite de ontem, o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira afirmou que há o risco de o registro da chapa ser anulado caso o plenário do Supremo venha a rejeitar o recurso apenas após o dia 17 de setembro, prazo final para a troca dos candidatos.

Segundo a Folha de S. Paulo, o principal aliado petista, o PC do B, manifestou preocupação com a dispersão de eleitores de Lula antes de Haddad ser apresentado oficialmente como seu sucessor. Um balizador pode ser a pesquisa eleitoral do Ibope, a ser divulgada nesta terça-feira. Ontem, levantamento do BTG Pactual mostrou que, com Haddad como candidato, iriam para o segundo turno Jair Bolsonaro (PSL), com 26%, e Ciro Gomes (PDT), com 12%. O ex-prefeito de São Paulo teria 6% dos votos.

Até a substituição do candidato, o PT pode ter dificuldade crescente até de fazer propagandas eleitorais, uma vez que as peças vão ser analisadas com lupa pelos adversários. Ontem, o TSE decidiu que o partido não poderá voltar a veicular as propagandas transmitidas no sábado, por entender que elas apresentam Lula como candidato. O tribunal respondeu a uma ação do Partido Novo.

A decisão de manter Lula na disputa por mais alguns dias é essencialmente política. Mas vai ficar cada dia mais difícil o partido fazer política sem anunciar seu candidato oficial.

fonte: Exame