domingo, 20 de maio de 2018

Sogra de Lulinha repassou dinheiro para empresa ligada a operador do petrolão

A sogra de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e uma empresa da qual ela é sócia repassaram R$ 252,7 mil para a SM Terraplenagem, firma ligada a Adir Assad, usada para lavar dinheiro do petrolão.

Os dados são do MPF, que levantou a movimentação da SM de 2007 a 2013. Maria Teresa de Abreu Moreira (a sogra) é vinculada a R$ 109,6 mil; a Geobase Construção e Pavimentação, a R$ 143 mil.

Procurados, Maria Teresa, a Geobase e a defesa de Adir Assad não se manifestaram.

Denúncias e falta de confiança marcam eleições na Venezuela

A votação para presidente continua no final deste domingo (20) na Venezuela, depois de um dia em que algumas seções ficaram vazias e adversários do presidente Nicolás Maduro fizeram denúncias de fraude.

O processo eleitoral deveria terminar oficialmente às 18h (19h de Brasília), mas algumas escolas ficaram abertas bem depois desse horário em várias partes do país, mesmo sem filas de votantes, informa o portal G1.

Segundo a publicação, embora 20,5 milhões de pessoas estivessem aptas a votar, um grande número de abstenções deve favorecer a reeleição de Nicolás Maduro para mais 6 anos de mandato. Ainda não há um balanço oficial, mas o resultado do pleito pode sair ainda nesta noite.

A maioria da oposição decidiu boicotar a eleição e retirou candidaturas, o que também deve contribuir para a reeleição de Maduro. Apenas Henri Fálcon, Javier Bertucci e Reinaldo Quijada seguiram com as candidaturas.

O pleito ocorreu também para cidadãos venezuelanos residentes no exterior. Em diversos países, houve protestos contra o governo de Maduro, que ocupa o cargo desde 2013, após a morte de Hugo Chávez.

A fronteira com o Brasil foi fechada ainda no sábado, para "resguardar a soberania territorial" da Venezuela e para que as Forças Armadas controlem todo território nacional, segundo explicou o cônsul-adjunto da Venezuela em Roraima, José Martí Uriana.

A medida fez com que venezuelanos procurassem rotas clandestinas para comprar mantimentos no Brasil.

Maduro chegou para votar pouco antes das 6h ao colégio Miguel Antonio Caro, em Caracas, ao lado da esposa, Cilia Flores, e de vários colaboradores.

Segundo pesquisa da Atlantic Council divulgada em 5 de abril, quase a metade dos venezuelanos avaliava não votar nas eleições presidenciais – o voto não é obrigatório no país.

A Frente Ampla Venezuela Livre, um dos grupos de oposição ao governo do país, afirmou ainda no meio do dia que a participação era de apenas 12% e denunciou a presença de aliados do chavismo em 85% das seções eleitorais, o que violaria um acordo firmado entre os candidatos antes do pleito.

Pontos de votação visitados pelas agências internacionais de notícias AP e Reuters tinham baixa participação, mas o governo não divulgou um balanço ainda.

Segundo o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, mais de 2,5 milhões de venezuelanos já votaram e a participação é "excelente".

Denúncias

Agências internacionais e membros da oposição apontaram irregularidades nos chamados "pontos vermelhos" instalados pelo partido de Maduro, com objetivo de checar quem votou por meio do "carnê da pátria" - usado para ter acesso aos programas sociais do governo.

Durante a campanha, Maduro chegou a prometer "prêmios" para quem participar da eleição. Não há informação oficial, mas testemunhas afirmaram que o prêmio seria de 10 milhões de bolívares - cerca de US$ 13 no mercado paralelo.


O ex-pastor evangélico Javier Bertucci afirmou ter recebido mais de 1.400 denúncias de irregularidades, todas elas documentadas:

"Tenho centenas de vídeos que posso colocar à disposição dos jornalistas", disse o adversário de Maduro.

No final do dia, o presidente ainda pediu ao comando de sua campanha e aos militantes chavistas que facilitem o transporte de eleitores para que eles possam votar no pleito.

Desconfiança internacional

Países como Chile, Argentina e Espanha afirmaram que não irão reconhecer as eleições presidenciais venezuelanas, além da União Europeia.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, classificou neste domingo as eleições presidenciais na Venezuela como "fraudulentas" e disse que elas "não mudam nada" no cenário do país.

Os EUA anteciparam há um mês que não reconheceriam o resultado do pleito de hoje como estava sendo preparado, e o vice-presidente do país, Mike Pence, pediu recentemente que Maduro suspendesse as eleições, consideradas "falsas".

Como medida de pressão, o governo de Donald Trump também impôs nos últimos meses várias rodadas de sanções econômicas a funcionários do governo venezuelano, incluindo o próprio presidente Maduro, por abusos aos direitos humanos, corrupção e ações para minar a democracia.

A eleição presidencial estava inicialmente prevista para o fim deste ano, mas em 23 de janeiro a Assembleia Nacional Constituinte anunciou que ela seria antecipada para uma data anterior a 30 de abril, depois fixada em 22 de abril. Mais tarde, porém, houve um adiamento para a segunda quinzena de maio.

Boicote e outros candidatos

Assim que as eleições foram anunciadas, a oposição avisou que iria boicotar o pleito. "Não contem com a Mesa da Unidade Democrática nem com o povo para aprovar o que, até agora, é apenas um simulacro fraudulento e ilegítimo de eleição presidencial", afirmou o coordenador político da MUD, Ángel Oropeza, em 21 de fevereiro.

De qualquer forma, os dois maiores rivais de oposição de Maduro estariam impedidos de concorrer ao cargo: Leopoldo Lopez está em prisão domiciliar e Henrique Capriles está impedido de se candidatar a qualquer cargo por um período de 15 anos, por conta de acusações de má conduta quando era governador.

No entanto, o oposicionista Henri Falcón furou o boicote e decidiu se candidatar. Falcón, militar da reserva e dissidente chavista de 56 anos, é o candidato do Movimento ao Socialismo (MAS, esquerda).

"Consideramos que é imprescindível participar. Em um país onde o regime tem 80% de rejeição, é possível vencer, apesar das armadilhas e dos obstáculos", declarou Segundo Meléndez, presidente do MAS, em 26 de fevereiro, ao anunciar a candidatura.

Falcón, advogado, ex-prefeito e governador do estado de Lara entre 2008 e 2017, foi ligado ao movimento que levou Hugo Chávez ao poder em 1999, mas rompeu com o chavismo em 2010 mediante uma carta aberta na qual denunciou ter sido alijado por denunciar os erros da chamada revolução bolivariana.

Além de Falcón, apresentaram candidaturas à presidência o pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.

Campanha

Apesar de tudo, Maduro cumpriu uma intensa agenda de campanha eleitoral e foi cauteloso quanto a um discurso de vitória certa antes da hora.

Mesmo com a grave crise econômica e política do país, o presidente participou de animados comícios diariamente, nos quais prometeu "uma revolução na economia", cantou e dançou ao lado de artistas populares na Venezuela e até do ex-jogador argentino Diego Maradona.

Maduro confirmou oficialmente sua candidatura à reeleição em 27 de fevereiro. Naquele dia, com funcionários de sua confiança, visitou o túmulo do líder socialista Hugo Chávez (1999-2013), antes de se encaminhar para a sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para entregar os documentos de inscrição.

"Este é o plano da pátria 2025, que é o aprofundamento do caminho e o legado de nosso amado comandante Hugo Chávez (...) na direção da prosperidade econômica", declarou na ocasião.

fonte: G1

A ESQUERDA PRECISA FAZER COM QUE TUDO VÁ MAL PARA QUE ELA POSSA IR BEM

O escritor gaúcho e membro da Academia Rio -Grandense de Letras, Percival Puggina, faz eloquente pronunciamento diretamente de Portugal, onde passa uns dias de férias.
Assista ao vídeo:

AMARRARAM CACHORRO COM LINGUIÇA

Desculpem a expressão pouco polida e, ainda menos, criativa. No entanto, é a exclamação que me ocorre diante do que se cristalizou como cenário das próximas eleições parlamentares.
Promover uma grande renovação nas duas casas do Congresso Nacional era a principal aspiração da sociedade brasileira para a futura eleição parlamentar em 7 de outubro. 
Tratava-se de pura racionalidade: afastar os corruptos, os coniventes com a corrupção e os incompetentes, preservando os melhores. A conduta dos eleitores, aliás, deveria ser sempre essa, mas os eventos dos últimos anos – em especial os achados da Lava-Jato e operações análogas – tornaram tal conduta uma imposição dos fatos a todo eleitor consciente, a todo cidadão preocupado com o presente e o futuro do país.
Foi no contexto desse clima político-eleitoral que começaram as pressões para extinguir o financiamento empresarial aos candidatos e partidos. Seria esse financiamento (e não o irracional modelo político) “a” causa fundamental da corrupção, por gerar conluio de interesses escusos entre financiadores e financiados. Tão indigno sistema – assim se dizia - deveria ser substituído por uma fonte pública, imune a quaisquer compromissos.
Chamada a opinar, a sociedade não aderiu à tese. Nem mesmo a poderosa organização formada por mais de uma centena de entidades e associações que se integraram na famosa “Coalizão por Reforma Política e Eleições Limpas”, sob a liderança da OAB e da CNBB, conseguiu sensibilizá-la. Empenharam-se os patrocinadores da tese em campanha que se estendeu por mais de um ano, entre 2014 e 2015, tentando, inutilmente, coletar 1,5 milhão de adesões a um projeto de iniciativa popular. O financiamento público encabeçava as propostas. 
Alegavam expressar o desejo social e pediam assinaturas durante missas em todo o país, mas nem assim conseguiram os patrocinadores coletar a metade disso! O povo jamais considerou ser de seu dever custear campanhas eleitorais, através de recursos públicos pelos quais cada cidadão estaria, inclusive, financiando candidatos contrários às próprias convicções.
A falsa lógica do beatificado fundo eleitoral público, porém, já havia contaminado os “legisladores” do STF. Em setembro de 2015, por oito a três, atropelando, inclusive, um projeto em sentido oposto que procurava disciplinar o financiamento por pessoas jurídicas, o Pleno decidiu que ele era “inconstitucional”.
Resultado: em 2017, o Congresso aprovou a formação de um fundo público para a eleição de 2018. Esse recurso, no montante de R$1,7 bilhão, será destinado aos partidos e neles manejados por seus líderes. 
E quem são estes? 
Como regra quase geral, nas executivas nacionais e nas secções estaduais, são deputados federais e senadores. 
Ou seja, os recursos “públicos” serão privatizados por aqueles que, em grande proporção, a sociedade não deseja ver reeleitos, frustrando-se a efetivação do cristalino anseio nacional pela renovação. 
OAB, CNBB e STF estão devendo explicações para esse terrível malfeito que realiza o sonho de todos os corruptos cuja reeleição estava em risco! 
Amarraram cachorro com linguiça, entregando-lhes – logo a eles! – o privilégio de se financiarem com meios que a nação sangrou para produzir e arrecadou na forma de tributos federais. 
Quem quiser furar esse esquema que trate de correr o chapéu juntando trocados de pessoas físicas, na base da “vaquinha”, ou do me dá um dinheiro aí.
Apesar desse desastroso papelão, persiste o desejo de renovação. 
Não se omita, não vote em corruptos, preserve os bons e renove. 
Sobretudo, dedique tempo à escolha que fará, e renove!
Artigo de Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras e escritor .

Gleisi: “Lula é o nosso Pelé”

O site do El País brasileiro publicou um trecho de uma entrevista feita com Gleisi Hoffmann.

Nela, a petista denunciada pela PGR por corrupção e lavagem de dinheiro fala, entre outras coisas, da ofensiva do partido contra o TSE e que não há “plano B” para o PT.

“O que nós não podemos, jamais, é deixar de apresentá-lo como candidato, deixar dispersar a base social. Ele é nosso Pelé. É o melhor que nós temos no time. Então a gente não põe o melhor do time no banco de reserva para colocar um que está na reserva para jogar. Tem que ser com ele.”

Bretas: “Eu não tenho liberdade, nem eu nem a minha família”

Os principais magistrados da Lava Jato têm segurança reforçada e já relataram ter sido ameaçados, relata o Estadão.

Marcelo Bretas vive sob proteção policial 24 horas por dia. Sergio Moro tem proteção diária de agentes de segurança. E Edson Fachin também ganhou reforço depois de revelar que sua família tem sofrido ameaças.

“Eu não tenho liberdade, nem eu nem a minha família. É uma vida sem liberdade”, afirmou Bretas em evento em Brasília no começo do mês.

“É um preço a pagar. A questão é isso: não é o ideal, mas agora vou até o fim. Já estou nisso, então vou continuar.”

“O indulto de Lula está no forno”

“O indulto de Lula está no forno”, diz Elio Gaspari.

“Se vier a ser eleito presidente da República, Ciro Gomes poderá indultar Lula no primeiro dia de governo”.

O colunista prossegue:

“O ministro Luís Roberto Barroso parece ter farejado essa carta ao restringir o indulto de fim de ano de Temer”.

MORO GANHA TÍTULO HONORÁRIO E EXALTA LAVA JATO EM UNIVERSIDADE AMERICANA

O juiz federal Sergio Moro recebeu, neste domingo (20), o título de Doutor em Direito honoris causa pela Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. 

O juiz federal também já havia sido homenageado pela instituição no ano passado, quando recebeu o Prêmio Notre Dame.

O título a Moro foi concedido durante cerimônia de graduação da turma de 2018, da qual foi considerado membro honorário e para quem fez o discurso inicial. Durante sua fala, o juiz brasileiro exaltou os feitos da Operação Lava Jato e citou, sem mencionar nomes, que a investigação foi capaz de julgar e condenar diversos empresários e políticos poderosos, dentre eles, um ex-presidente da República.

"Hoje, como resultado dessa investigação, mais de 157 pessoas foram condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro, dentre eles empresários das maiores empresas de construção do País, executivos da Petrobras, parlamentares, um ex-governador, um ex-ministro da Fazenda, um ex-presidente da Câmara dos Deputados e até um ex-presidente", disse ele. E complementou: "Diferente do passado recente de impunidade."

Moro também disse que a população brasileira apoia a Lava Jato, como mostrou, segundo ele, uma pesquisa de abril deste ano, em que 84% dos consultados disseram que desejavam que a investigação continuasse. O juiz também afirmou que "milhões" de brasileiros saíram às ruas, desde 2016, para protestar contra a corrupção e a favor da Lava Jato.

"Nossos esforços valem a pena. Todos os brasileiros têm esperança de que, no fim, nós teremos uma economia forte e uma democracia com mais integridade e com uma melhor qualidade. Não queremos ser conhecidos como o País da propina, mas como uma forte e moderna democracia, com a regra da lei", disse, completando, que não sabe o que vai acontecer com o Brasil no futuro, mas que "construímos a chance" de viver em um País melhor, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a publicação, Moro ainda aconselhou os formandos a "nunca desistir de uma boa causa" e a defender seus direitos e lutar pela democracia, sendo aplaudido em pé pelos alunos, professores, membros da universidade e parentes.



(vídeo: NasRuas)

Padre pede liberdade de Lula em missa

O Padre João Batista rezou hoje uma missa pela liberdade de Lula, publica Lauro Jardim em O Globo.

A pregação aconteceu na Basílica de Aparecida, às 15h de hoje.

“O padre levantou um cálice e pediu orações por Lula e por sua libertação”.

É mais um padre vigarista.

PT tem “Chapa Carcerária” pronta


Com o recolhimento nesta sexta-feira (18) de José Dirceu na Papuda, em Brasília, o PT está com a sua ‘Chapa Carcerária’ prontíssima.
A espirituosa observação foi feita pelo jornalista Felipe Moura Brasil, que definiu a escalação de presos em caso de uma disputa no sistema penitenciário:
Presidente: Lula
Vice: José Dirceu
Gerente: Antonio Palocci
Tesoureiro João Vaccari Neto
Secretário: Marcelo Sereno
Marqueteiros (em prisão domiciliar): João Santana e Mônica Moura
Captação de Patrocínios: André Vargas
Ações de Rua: Maninho do PT
Sem dúvida, um time da pesada e de altíssima periculosidade.

Rio aprova lei do PSOL de luta contra prisão de bandidos negros e vídeo de jovem negro viraliza (Veja o vídeo)

Uma lei esdrúxula de autoria do PSOL foi aprovada esta semana pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Trata-se da lei 6357, que cria o ‘Dia de luta contra o encarceramento da juventude negra’.
O prefeito Marcelo Crivella, totalmente perdido na gestão da cidade, sancionou a lei e a partir de agora o dia 20 de junho será a data de comemoração do emblemático ‘dia de luta’, registra o site Jornal da Cidade Online.
Por essa razão, um jovem negro indignado, realizou um vídeo dentro de um cemitério, que viralizou nas redes sociais, criticando a iniciativa.
No vídeo, ele explica que cada uma das pessoas assassinadas que ‘descansam’ naquele local, se pudessem responder a pergunta se a cor da pele do bandido importou para ela, certamente a resposta seria ‘não’.
A luta tem que ser por uma sociedade mais justa e de combate à criminalidade, independente da cor da pele do bandido.
Veja o vídeo:

Militares candidatos terão projeto unificado e o General Mourão como cabo eleitoral

Um grupo de militares organizados pelo general da reserva Antônio Hamilton Martins Mourão em torno do Clube Militar vai desenvolver diretrizes de programas de governo e pautas no Legislativo de cerca de 70 militares pré-candidatos às eleições de 2018 - entre eles, postulantes à Câmara e Senado, governos e assembleias estaduais. Mourão disse ao UOL que, se eleitos em número suficiente, a ideia é formar uma bancada militar no Congresso.

A articulação, com pré-candidatos em todos os estados, é inédita após a ditadura militar. O Clube Militar, que tem como sede um prédio na Cinelândia, na região central do Rio de Janeiro, deve funcionar como um centro para essa articulação e divulgação das candidaturas.

O general, que integrou o Alto Comando do Exército e deu declarações polêmicas entre 2015 e 2017 (criticando o governo Dilma Rousseff e sugerindo uma intervenção militar no governo), avalia que chegou a hora de os militares retornarem ao poder pelas vias democráticas. "Agora não resta dúvida de que a sociedade está clamando por isso", afirmou.

Filiado ao PRTB, ele diz que não se candidatará a cargo público, mas atuará como articulador e usará sua imagem para ajudar nas campanhas dos colegas. Candidato único à presidência do Clube Militar, Mourão deve ser eleito por aclamação no fim deste mês.

Fundado em 1887, o clube é uma instituição privada que reúne militares da reserva e da ativa e tem funcionado como órgão representativo, pois eles não podem formar sindicatos. Seu passado é marcado por intenso envolvimento político, como nas campanhas abolicionista e republicana, mas, desde a ditadura militar, o clube vinha evitando a política (exceto ao se manifestar contra os resultados da Comissão da Verdade em 2014).

Os pré-candidatos, que pertencem a legendas cujo espectro político abrange da direita ao centro (PSL, PR, DEM, PSD, PROS, PSDC, PRP, PTB, PEN, PHS, NOVO, Patriotas, PRTB e PSDB), pretendem lançar mão de financiamento coletivo na internet e das redes sociais para divulgação.

Independentemente das siglas, a maioria deve apoiar o pré-candidato à Presidência pelo PSL Jair Bolsonaro que, segundo a última pesquisa (CNT/MDA), lidera a corrida eleitoral com 18,3% das intenções de voto em um cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril na carceragem da PF em Curitiba.

Os programas abordarão temas como o combate à corrupção, integração da segurança pública e privatização de estatais. Mourão diz ver com ressalvas programas sociais de renda, uma das principais políticas dos governos de Lula e Dilma Rousseff.

O movimento acontece em um momento em que as Forças Armadas estão em evidência na intervenção federal no Rio de Janeiro (chefiada por um general da ativa) e no socorro humanitário a imigrantes venezuelanos em Roraima. E ocorre após o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, publicar mensagem no Twitter na véspera do julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de habeas corpus que poderia evitar a prisão de Lula --para analistas, a mensagem teve influência na decisão.

Também houve a divulgação de um memorando da CIA que indicaria o aval de ex-presidentes militares brasileiros, como Ernesto Geisel, para assassinatos de opositores do regime militar.

O Exército afirmou, porém, que apesar dos postulantes terem origem militar, não possui qualquer ligação com as pré-candidaturas. O Centro de Comunicação Social do Exército afirmou ao UOL que "o Exército Brasileiro é uma Instituição de Estado, politicamente neutra e apartidária". "O posicionamento da Força baseia-se sempre nos interesses nacionais e o seu emprego é imparcial, com foco nas missões constitucionais", disse, por meio de nota.

Movimento militar e eleições

Nas eleições de 2010, alguns oficiais do Exército, da ativa, reserva e simpatizantes, tentaram articular um movimento para participar democraticamente do pleito à Presidência. "Naquele momento surgiu a figura do general [Augusto] Heleno [Ribeiro Pereira], pela inteligência, pela capacidade de diálogo, pela argumentação, pela liderança inconteste que ele tem até hoje", disse Mourão.

Heleno foi o primeiro comandante brasileiro da missão de paz da ONU no Haiti e se envolveu em polêmicas ao contestar ações do governo Lula. Os organizadores do movimento chegaram a dizer que ele tinha mais de 5 milhões de potenciais eleitores. Mas o general, que era da ativa, afirmou na ocasião que não seria digno se aproveitar do poder e prestígio que tinha no Exército para se lançar em uma candidatura. Ele nunca se candidatou a nenhum cargo. Um partido militar chegou a ser formado, mas não avançou.

Nas eleições de 2010, quase não houve candidatos militares significativos e, em 2014, o desempenho deles foi modesto. Mas, segundo Mourão, a deterioração do cenário político com os escândalos de corrupção e o fortalecimento da candidatura de Bolsonaro criaram em 2018 um ambiente mais favorável para os militares.

Contudo, um oficial mais cético, que pediu para não ter o nome revelado, vê certo exagero na animação dos colegas. Segundo ele, alguns pensam que apenas os seus nomes ligados às Forças Armadas serão suficientes para elegê-los. "Não vai ser tão fácil assim. As campanhas são complexas e nós não temos proximidade com a política. Somos cartesianos e algumas coisas não vamos querer fazer", disse o militar.

Plataforma e valores comuns

Mourão observa que, apesar da singularidade de cada estado brasileiro, as plataformas a serem elaboradas terão linhas de ação em comum.

"Nós temos condições de organizar a plataforma que irá orientar os nossos diferentes candidatos em todos os estados da federação. Não resta dúvida que a gente sabe que cada caso é um caso, cada estado tem a sua problemática, mas as soluções passam na maioria das vezes pelas mesmas linhas de ação", disse Mourão.

"Os nossos candidatos estão aí em sua grande maioria em partidos ligados à direita e, na realidade, eu acho que o elo comum que nos une são todos aqueles valores que nós viemos praticando desde o momento que ingressamos na instituição militar", disse, em referência a valores como honra, integridade, patriotismo e sacrifício, bastante explorados pelo próprio Bolsonaro.

Segundo Mourão, os pré-candidatos vão dar atenção a temas como o combate à corrupção, a alta carga tributária do país, a otimização dos gastos públicos e o combate à criminalidade em todo o país de forma organizada.

O general Roberto Peternelli (PSL), que tem organizado listas e feito os contatos no grupo, diz que há outras bandeiras comuns, como a defesa da propriedade privada e o estímulo da privatização de empresas estatais.

Mourão diz que programas sociais de renda e habitação são importantes, mas não podem beneficiar eternamente quem os usa. "A partir de determinado momento, aquela pessoa vai ser liberada dessa ajuda e vai caminhar com as suas próprias pernas. Infelizmente, a nossa população, parcela dela, tem aquela tendência de ficar aguardando que o coco caia na cabeça, não pode ser assim."

Para tornar as candidaturas viáveis, os militares devem recorrer a campanhas de financiamento coletivo, o crowdfunding. Para a divulgação, eles afirmaram que confiarão no potencial das redes sociais e do boca a boca. 

Mourão disse que vai reforçar a divulgação desses pré-candidatos usando as redes sociais, a revista e as reuniões do Clube Militar. 

"Existe um termo usado na Brigada Paraquedista que diz que aves da mesma plumagem voam juntas. Esse grupo militar que eventualmente for eleito vai ser uma bancada, apesar de pertencer a diferentes partidos", disse Mourão.

Ele também não descartou que militares eleitos se aproximem simultaneamente a outras bancadas, como a ruralista.

Em 2017, Mourão se notabilizou ao sugerir a possibilidade de uma intervenção militar no governo. Ele disse que, se as instituições civis não solucionassem o problema político do país retirando da vida pública pessoas envolvidas com atos ilícitos, "nós [militares] teremos que impor uma solução".

Ao ser perguntado pelo UOL se há alguma possibilidade de os militares voltarem ao poder por vias não democráticas, Mourão afirmou: "uma coisa tem que ficar muito clara: se o país flertar com o caos, é dever constitucional das Forças Armadas garantir os poderes e garantir a lei e a ordem".

Como exemplo de caos, citou o que vê como "desrespeito à legislação vigente". "Nós temos um caso agora que poderia ter levado ao caos, vamos olhar aí essa questão do julgamento feito pelo STF do foro, a questão do foro, esse é um troço que deveria ter sido resolvido pelo Congresso e não pelo STF". 

Neste mês, o Supremo Tribunal Federal restringiu, mas não acabou completamente com o foro privilegiado de políticos.

Mas, questionado como os militares poderiam voltar ao governo, Mourão respondeu: "vamos chegar pelas urnas".

Milícias vão de casa em casa nas favelas de Caracas e ‘convencem’ eleitores a votar em Maduro

Milícias venezuelanas organizadas sob bases semelhantes às brasileiras - alimentadas por “contribuições” de moradores, regulação de serviços e captura de armas obtidas em confrontos com o narcotráfico - bateram de porta em porta nas favelas de Caracas para recomendar o voto no ditador Nicolás Maduro.

O relato inicial de pressão desses grupos, sem armas à vista, mas identificados com o tradicional uniforme preto, partiu de moradores das regiões de Petare, a maior favela de Caracas, e do município de Baruta, vizinho à capital. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apurava as razões pelas quais Maduro, com popularidade estimada em 20%, é considerado, tanto por opositores quanto por governistas, o provável vencedor na eleição deste domingo, 19. Seus principais adversários são o ex-chavista Henri Falcón e o pastor Javier Bertucci.

Os líderes das milícias venezuelanas são avessos a entrevistas. Acham "injusto" serem tratados como grupos paramilitares que reprimem opositores. O jornal O Estado de S. Paulo esteve com dois chefes de “coletivos”, como esses movimentos são chamados na Venezuela, e visitou o território de um terceiro. 

Sem capuzes escondendo o rosto ou armas à mostra, um deles justificou a mobilização: uma derrota de Maduro os obrigaria a voltar à clandestinidade. O segundo admitiu ambições políticas que dependem da reeleição do ditador.

“Se Maduro perder, nossa única opção será entrar na clandestinidade. A direita vai querer nos exterminar e vamos resistir. Se alguém ameaça a revolução com armas, não vamos responder com flores”, disse David Delgado, de 54 anos, que fala em nome da Frente Miliciano Sucre (FMS), cuja área de atuação são os bairros Propatria, Casalta, La Silsa, onde vivem cerca de 300 mil caraquenhos. Ele admite que seu grupo bate de porta a porta, mas alega que os opositores, chamados de “esquálidos” pelos chavistas, são respeitados. “No nosso território, todos nos conhecem, não vamos armados. Só convencemos a população que há uma guerra econômica.”

Algumas das 121 mortes ligadas a protestos antichavistas nos primeiros meses de 2017 foram creditadas por líderes opositores aos coletivos, que usavam motos e faziam disparos para o alto para dispersar a multidão. Schannon Losada, miliciana de 27 anos, diz que a função primordial do grupo “é só atemorizar”. “Os vizinhos mesmo nos chamam quando há algo errado”, sustenta a mulher, que como a maior parte de seus colegas tem passagem pelas Forças Armadas.

Em atos como o encerramento de campanha de Maduro, na quinta-feira, os milicianos em motocicletas são distribuídos em pontos de aglomeração. Não têm armas à mostra, mas carregam mochilas em que poderiam guardá-las. Comunicam-se por rádio. “Nossa função é neutralizar os sabotadores, que jogam dinheiro ou gritam que há saque em aglomerações. Detemos eles, fazemos com que falem quem os mandou e revisamos o celular para ver se há material contra a revolução”, diz Delgado.

A hiperinflação mudou o rol de prioridades das milícias. Elas são acionadas com frequência para reprimir os “bachaqueros”, apelido dos atravessadores que vendem produtos subsidiados pelo governo. “Quando os flagramos vendendo algo de 10 mil bolívares a 50 mil, damos ou revendemos por um preço simbólico, para que não digam que estamos nos aproveitando”, afirma Delgado.

A exemplo do que ocorre no Brasil, pesam denúncias de extorsão contra as milícias, consideradas pela oposição grupos paramilitares. A ex-procuradora venezuelana Luisa Ortega Díaz também as classificou assim quando ainda estava no cargo. A chavista dissidente fugiu em agosto da Venezuela.

O coordenador da milícia Izquierda Unida, Félix Velázquez, disse ao jornal que os coletivos recebem contribuições de comerciantes e moradores para se financiar. “São voluntárias e de acordo com o tamanho do estabelecimento, por proteção. Às vezes, isso vem em comida, nem sempre em dinheiro. Também nos abastecemos do armamento que conseguimos nos confrontos com o narcotráfico ou criminosos comuns”, diz.

“Não recebemos dinheiro do Estado, como dizem. Colocamos ordem e regulamos serviços. Onde estão os coletivos, se evita a presença do narcotráfico”, alega o ex-guerrilheiro, membro da cúpula do Exército do Povo, espécie de associação de 17 milícias de 3 Estados que decidiram unir forças. Velázquez exalta o fato de seu grupo, em particular, ter estrutura em 16 dos 23 Estados do país. “Durante as eleições, fazemos propaganda, não somos só uma frente de choque. Já temos cinco prefeitos e dez deputados regionais.”

Uma moradora de 55 anos do bairro de Catia, no oeste de Caracas, disse ter sido ameaçada com pistolas por mascarados duas vezes. “Ninguém pode protestar aqui, ou eles vão contra nossos filhos”, afirmou. Ela é militante do partido Vontade Popular, de Leopoldo López, impedido de concorrer à presidência e em prisão domiciliar. Os principais líderes antichavistas recomendaram um boicote à votação presidencial. A adesão dos eleitores de oposição a este chamado deve definir a votação.

Governo vai mandar avião da FAB à Porto Alegre para resgatar 144 objetos roubados por Dilma do Acervo da Presidência


Como parte do esforço para recuperar parte dos 712 objetos que desapareceram do acervo da Presidência da República durante os governos dos ex-presidentes petistas Lula e Dilma, o Planalto vai utilizar um avião da Força Aérea Brasileira para resgatar 144 objetos levados por Dilma Rousseff para Porto Alegre, logo após a conclusão do processo do impeachment em 2016. Os itens levados por Dilma, cuja localização já foi descoberta pelo governo, já foram separados pelos assessores da ex-presidente.

O Palácio do Planalto abriu há dez dias uma investigação para descobrir o paradeiro das peças levadas por Lula e Dilma. As buscas foram determinadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2016, a partir de uma lista de presentes recebidos pelos dois petistas em eventos oficiais durante seus mandatos. Quando deixam o Planalto, ex-presidentes só podem levar itens de natureza estritamente pessoal, como cuecas, roupões de banho, cartas, fotos e remédios, e não objetos entregues em função do cargo que ocuparam. 

Quando retiraram os objetos dos Palácios do Planalto, da Alvorada e Jaburu, tanto Lula quanto Dilma e seus assessores tinham conhecimento sobre o Decreto 4.344/2002, que permite que ex-presidentes carreguem consigo apenas os itens de natureza personalíssima. A partir destes fatos, é perfeitamente razoável supor que Lula e Dilma roubaram o patrimônio do povo de caso pensado, registra o site Imprensa Viva.

"Desde o início da semana passada, um grupo de servidores do Planalto vem vasculhando centenas de caixas guardadas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo com os bens pessoais de Lula para localizar cerca de 568 objetos desaparecidos. Desse total, os servidores já encontraram 390 peças levadas por Lula, mas que agora serão devidamente reintegradas ao patrimônio do Acervo da Presidência da República pertencente ao povo brasileiro.

Das peças levadas por Dilma, apenas um tapete foi devolvido pela petista até o momento. A missão da FAB deve resgatar os outros 144 objetos que a petista já se dispôs a devolver.

Entediado na prisão, Lula gasta pilha do controle da TV caçando notícias sobre ele, mas só dá Dirceu, Gleisi e Dilma


O ex-presidente Lula está chateado na prisão. Apesar das notícias envolvendo vários companheiro do PT ao longo da última semana, seu nome quase não apareceu nos meios de comunicação, exceto pela notícia sobre o corte de benefícios decidido pela Justiça, que determinou a retirada de oito servidores e dois carros que se encontravam a disposição do petista preso. Até mesmo o acampamento de apoiadores no entorno do prédio da PF, onde ele está preso, deixou de ser notícia e foi desativado esta semana.

No mais, as notícias que ocuparam as manchetes eram sobre alguns companheiros de Lula, como a prisão de seu ex-braço direito, José Dirceu. Outra notícia que bastante veiculada foi sobre o relatório CONCLUSIVO  da Polícia Federal, que apontou que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann é corrupta e embolsou cerca de um milhão no esquema de corrupção capitaneado pelo marido da senadora no ministério do Planejamento.

Mesmo blindada por setores da imprensa, nem a ex-presidente Dilma escapou das novas revelações do açougueiro Joesley Batista, que confirmou em depoimento na quarta-feira, 16, que a petista lhe pediu dinheiro até mesmo no Palácio do Planalto, informa o site Imprensa Viva.

Segundo ainda a publicação, impaciente em seu quartinho de 15 metros quadrados, Lula passa as horas zapeando os canais da TV aberta em busca de alguma notícia sobre ele TV, gastando as pilhas do controle remoto. O que mais tem deixado Lula irritado é que quem mais aparece nas notícias são as pessoas que tentam visitá-lo. O petista chegou a acionar seus contatos no UOL, Folha e SBT para conseguir uma entrevista sabatina na prisão, mas ao que tudo indica, a manobra não vai prosperar. 

No lugar de sua entrevista, Lula viu o juiz Sérgio Moro recebendo o prêmio de "Pessoa do Ano" na  Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York. 

Segundo interlocutores, o petista está bastante irritado com a programação da TV aberta, os únicos canais que tem acesso na prisão.